Amor Entre Amigas escrita por ChicaSweet


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Beem, pessoal, eu queria muito a opnião de vocês, poiis fiquei com um pouco de medo de ter dado uma super super mudada na fic. Uma mudança radical. Caso voces não gostarem, eu queria pedir que me falassem o que eu poderia colocar, de acordo com oque vocês acham melhor ^^



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Eu acordei com a luz do sol batendo na minha cara, olhei para o rádio-relógio, e percebi que estava super atrasada para o trabalho. Dei um pulo da cama e fui correndo para o banheiro, ao lavar o rosto, lembrei que a Bianca não estava mais na minha cama. Lembrei da noite que tivemos e principalmente, lembrei-me de que minha mãe chegaría e provavelmente encontraría nós duas sem roupas, deitadas uma em cima da outra. Roupas espalhadas pelo chão e o pepino tosco que a Bianca pegou na geladeira.

Eu não sabia no que imaginar. Eu pensava que minha mãe pordería ainda não ter chegado em casa, mas quem abriu a cortina? Com certeza foi a Bianca. -Pensava.

Eu não posso imaginar, nem sonhar de que minha mãe chegou. Não mesmo, porque sempre que ela chega em casa, ela vem direto no meu quarto me dar boa noite ou bom dia. Ela abre minha cortina, ela devería estar aqui.

Terminei de lavar meu rosto e escovar o dente, fiz um coque no cabelo. Mas antes, vesti o sutiã que achei perdido pelo chão, e uma calcinha box que com certeza minha. Desci silênciosamente cada degrau e vi a Bianca sentada no sofá da sala, vestindo apenas o meu blusão xadrez aul que eu tanto amo. "De onde ela o tirou"?

Terminei de descer e ela me olhou estranha. —Bia, por que você está aqui? -Eu sussurrei. Ela fez sinal para que eu fosse até a cozinha. Quando entrei, dei de cara com a minha mãe. —Bom dia, Lucy. Ela sorriu. —Bo..bom di.dia. -Sentei-me. —Mãe, á que horas a senhora chegou aqui? —Umas sete. Por que filha? —Não, nada.

Comecei a pensar que talvez ela realmente não havia encontrado a Bianca na minha cama. Mas isso não explica o motivo de Bia estar sentada na sala pasma. Alguma coisa estava estranha.

Voltei para a sala com aquela imprensão de nervosismo e medo.

—Bem, se você não se importa, eu vou pra minha casa. -Ela se levantava, e eu á puxei pelo braço com força. —Não some. Precisamos conversar. -Ela me olhou e saiu.
Minha mãe saiu da cozinha e foi pra sala. "Droga"! pensei.

—Luciana, quem, é essa sua amiga? —Bia..Bianca, quer dizer. —O que houve com a Mel? Você falava tanto nela, que eu achava que vocês eram irmãs. -Ela sorriu —É, eu sei. -Ela sentou-se.

—Lucy, eu vi você e aquela garota na cama. -Ela não precisou dizer mais nada. Eu gelei, fiquei tremendo de nervosismo. Ela iria me matar, com certeza!

—Mãe, eu posso explicar... -Tentei. —Lucy, não precisa explicar. Eu só quero pedir um favor. -Olhei pra ela. —Não traga mais nenhuma garota para esta casa. -Ela se levantou. —Mãe, eu preciso conversar... -Tentei novamente. —Luciana, eu não quero tocar nesse assunto novamente. Estou te dando uma chance. Vamos fingir que nada aconteceu. Por favor! -Ela deu um sorriso.

Meu celular tocou e eu ignorei a foto do visor. —Alô? —Lucy? –Eu me arrepiei toda. Dos pés á cabeça. Porque eu recohecia aquela voz. Era da Mel. —Mel? —É, sou eu. Como você está? —Eu... Eu... -Observei para ver se minha mãe estava me espionando, já que ela estava muito estranha. Voltei ao celular sussurrando. —Sim, quer dizer, não. Mas por que está me ligando? —Desculpa eu ficar sem dar notícias. Mas é que precisamos conversar. Mesmo! —Droga, odeio quando você faz isso. —Aonde posso te encontrar? —Amanhã, na lanchonete. —Okay. Mas por que está sussurrando?–Só daí, me toquei que estava sussurrando com ela, como se estivesse fugindo de algo... E estava. —Sussurrando? Eu? Desculpa Mel. Mas vou ter que desligar, amanhã nos veremos.

Aprendi a ser forte quando o assunto se tratava da Mel.

Ela me deixou, caso vocês não preceberam. Esqueceu de mim e agora vem ligando, agindo como se não tivesse acontecido nada? Na boa, ela é muito bipolar.

No dia seguinte, acordei bem mais cedo do que meu horário normal. Quer dizer, não consegui dormir. Tive o que chamam de "I.N.S.Ô.N.I.A".
Fui para a lanchonete e fiquei nervosa esperando a Mel aparecer.

7hrs e ela apareceu com uma roupa bem leve. Sem aquela maquiagem pesada que usava da ultima vez que a vi. A Mel que eu conheci, estava voltando. —Oi! -Ela sorriu. —Oi. -Eu disse lentamente. —Tudo bem? —É... Olha Mel, eu não vou mentir pra você. Eu não... -Antes mesmo que eu terminasse, ela me interrompeu. —Hey, eu não preciso ouvir suas palavras de lamentos outra vez. Eu só vim até qui para me desculpar de forma legal. Sem relembrar o passado ou até mesmo, sem ter que tocar naqueles assuntos frágeis. -Ela deu mais um de seus sorrisos encantadores. —Tudo bem. —Então, tem um minuto? -Olhei para a garota que estava ao meu lado e ela entendeu que devería me cobrir por alguns minutos. —Tenho.

Saímos dalí e paramos em frente á uma praça de skate. Estava vazia por ainda ser cedo, na verdade, estava vazia porque ali era um local que ninguém frequentava.

—Por que viemos pra cá? Nem sabemos andar de skates. -Sorri. —Por isso mesmo. Não precisamos saber andar de skate, para entrar numa praça de skate —Okay.

Ela foi até o carro e pegou dois patins. Um preto e outro roxo.
—Toma, esse é pra você, e se você ganhar de mim, poderá ficar com o meu. —Ganhar o que? —Vamos ver quem anda melhor de patins e quem faz as melhores manobras, ou talvez as mais doidas. -Riu. Seu sorriso era encantador. —Tudo bem.

Colocamos os patins e começamos á andar com eles. Ela era perfeita de qualquer jeito, mas eu só não entendi uma coisa.

—Mel, por que você veio me procurar? —Porque eu precebi que não posso ficar brigada com você. Nem mesmo ficar com você. Nós somos amigas, melhores amigas. Na verdade, você é a minha primeira melhor amiga mais confiante de todos os tempos. -Eu sorri de distração. —Olha Lucy, você é tudo pra mim, sempre vai ser. Espero que nunca se esqueça disso. Não fique triste com o que eu vou dizer, mas acho que a pior coisa que eu já fiz na minha vida, foi ter ficado com você. -Parei de patinar. —Não fique brava. Ainda não terminei. Olha, eu... Eu te amo muito, mas sinto falta da nossa velha e antiga amizade. Aquela de quando íamos no shopping. Cantávamos na rua feito duas loucas, e até mesmo, sinto falta do Colegial. Entende o que eu quero dizer? -Continuei de cabeça baixa. —Vamos sentar ali.

Sentamos no banco que havia ali na praça.

—Lucy, eu quero que você me entenda. Eu fui completamente idiota. Eu sei. Mas agora, eu quero apenas recuperar o tempo perdido. Lucy, sinto sua falta. Muito mesmo. Você é a minha melhor amiga. E única. -Eu chorei. —Não chora, por favor. -Ela tentou secar minhas lágrimas com seus dedos. —Desculpe. Por favor. Eu fiz de você uma pessoa diferente.

Foi daí que eu descobri o que eu realmente sentia pela Mel, pela Bianca e por mim. Foi apartir desse momento que eu pude saber quem eu era de verdade.

—Mel. Você não me fez uma pessoa diferente. Eu me fiz essa pessoa, e nem eu e nem você somos diferente. Eu gosto de você, e toda aquela história de eu ser hétero, era completamente confusa pra mim. Confusa demais. Quer saber, eu percebi que eu gosto de meninas mais do que de homens. Eu sinto algo forte por elas.

Ela me olhou com os olhos bem atentos.

—E tem mais... -Era hora de contar sobre a Bianca. —O que? —Eu fiquei com a Bianca!

Ela não se alterou, continuou do mesmo geito, eu não vi nenhum sinal de raiva ou medo, nenhum sinal de despreso e muito menos de tristeza.

—Olha, Lucy. Entre eu e Bianca, não acontecia nada demais e ela já havia me falado que se interessou por você. Naquele dia do rodízio. Como eu não gostava dela mesmo, resolvi sumir por um tempo. —Então, você deixou ela, para que ela ficasse comigo? —Aham. É isso que as amigas de verdade fazem. -Fiquei triste novamente. —Mas, tem a minha mãe. —Ué, quem disse que ela precisa saber? —Esse é o problema. Ela já sabe. Quer dizer, ela descobriu. —Como assim? —A Bianca foi lá pra casa e durmiu lá. Mas, esquecemos que a minha mãe voltaría no dia seguinte de manhã.

Ela levantou e estendeu a mão para que eu pudesse levantar também.

—Já que ela sabe, então não se esconda. Procure conversar com ela e tentar fazê-la entender. —Mel, ela disse que não queria nenhuma outra garota dentro da nossa casa. —Nossa. Bem, primeiro de tudo, vá atrás da Bianca, porque ela com certeza vai fugir de você. -Rimos.

Eu tive uma idéia um pouco fora do comum, mas se eu ainda sentia algo pela Mel e se ela ainda sentia algo por mim, eu tinha certeza de que a gente se encontraría outras vezes. Só espero que ela não suma.

—Lucy, sei que tudo aconteceu muito estranho, rápido e tenso. Nós erramos, mas temos mais outras oportunidades de acertar-mos um dia. -Eu acenti. —Que tal voltarmos a ser best friends novamente?

Eu é claro, de qualquer forma, não gostaría nunca de perder a amizade dela. Mel era tudo pra mim, depois da minha mãe. E depois de namorá-la encontrei em mim, algo que eu devo agradecer á ela.

—Sim, seria ótimo. -Respondi. Nos abraçamos e voltamos a patinar.

Foi uma manhã boa, até eu ter que voltar pro trabalho. Voltei com um sorriso enorme. Depois de conversar melhor com a Mel, pude entender que é preciso sempre se ter uma amiga por perto. Afinal, amigas fazem tudo juntas.

Lucy deixou de ser garçonete na lanchonete e começou um curso Engenharia Civil.

Mel optou por continuar com seus mangás, que passaram a vender e está juntando o dinheiro para comprar seu carro.

Lucy não estava mais com Bianca e encontrou uma garota no seu curso. Elas estão saindo, mas nada sério.

Lucy e Mel sempre entravam em contato uma com a outra.

FIM



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Notas finais do capítulo

Beem pessoal, esse é o capítulo final da fic, mas a seguir temos o capítulo para entender-mos qual rumo essas duas garotas levaram.



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