Come What May escrita por Louise Maia Silveira, MsTigerOwl, MsTigerOwl


Capítulo 7
I'm So Tired


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, gente!! Eu realmente amo esse capitulo, tava louca pra mandar pra vcs! Fiquei muito feliz com os reviews, se continuarem assim eu posto mais rápido, bem, como eu adoro botar vocês pra fazerem meu trabalho, mais uma enquete, é sobre o bebê da Rachel:
A) menino, Joseph (Joey)
B) Menino, Paul
C) Menina, Marlena (como em água para elefantes)
D) Menina, Nevaeh (fala Nevei, é céu ao contrario, Heaven)



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Cap. 5 - I'm So Tired

Kurt's POV

"Estou tão cansado, não dormi nada

Estou tão cansado, minha mente está apagando

Fico imaginando se devo me levantar e fazer um drink

Não, não, não

Estou tão cansado, não sei o que fazer

Estou tão cansado, minha mente está em você

Fico imaginando se devo te telefonar mas sei o que você faria

Você diria que estou de onda

Mas não brincadeira, isto está me fazendo mal

Você que eu não consigo dormir, não consigo parar minha mente

Você sabe que já são três semanas, estou enlouquecendo

Você sabe que eu te daria tudo que tenho

Por um pouco de paz de espírito

Estou tão cansado, estou me sentindo tão aborrecido..."

Quando pousamos em Lima, ajudei Rachel a descer do avião, estava abatida e tinha chorado o caminho todo, vim com ela por causa da gravidez, quando Santana descobriu algumas semanas atrás, parece que tudo só piorou, acho que nunca vi a baixinha assim, em pânico completo, claro que NYADA não pode expulsá-la, existe uma lei contra isso, mas naquela escola, eles são capazes de envenenar uns aos outros por um único solo, iriam comê-la viva quando descobrissem, pegamos um taxi até a casa dos Berry.

Ela tinha falado com os pais do aeroporto e eles ligaram para Finn, que já estava a caminho, Hiram a abraçou e Leroy a disse que tudo ficaria bem, quando Finn chegou, decidi ir visitar meu pai, era minha deixa para que eles conversassem sozinhos e decidissem o que fazer, fui a pé pois não era muito longe e passava pelo parque de Lima, eu precisava de um pouco de ar puro de qualquer forma.

- Kurt? - ouvi uma voz me chamando enquanto passava pela calçada cor de areia do parque, me virei, nao que precisasse ver quem falava, reconheceria aquela voz até se estivesse pegando fogo, estava certo, era o Blaine, usando um sobretudo preto com as mãos nos bolsos e a gravata borboleta de pinheirinhos que ganhou no especial de Natal.

- Blaine! Estava com saudades! - 

o abracei bem forte, como se pudesse nos unir em um único corpo. Me afastei e olhei no seu rosto, estava ornamentado pelo seu sorriso radiante, que ainda era o mais lindo do mundo.

- Eu... Estava indo na casa do meu pai. - falei, enquanto ele recolocava as mãos nos bolsos do sobretudo e me olhava de lado charmosamente.

- Minha mãe e Katy também estão lá, estava indo buscá-las, provavelmente estão com a Carole fazendo planos para voltarem a ser sogras. - ele falou, e eu sorri, corando, parece que todos da família nos queriam juntos de novo.

- Quer ir comigo? - perguntei, estendendo a mão, ele me olhou, incrédulo por alguns segundos, então pegou minha mão e sorriu, senti as borboletas em meu estômago se agitando, como toda vez que ele me tocava, aquele calor gostoso no peito que só tenho com ele, o olhei de soslaio ele parecia distraído, olhando a grama verde esmeralda do parque mais a frente.

- Como estão as coisas por aqui? - perguntei, vendo os carros passarem na rua.

- Bem... E lá em NY? Você parece estranho. - perguntou, franzindo as sobrancelhas.

- Não sei se Rachel me deixaria contar, droga! Eu não consigo guardar nenhum segredo! - gritei, irritado, sentindo meu rosto ficar vermelho.

- Kurt, o que aconteceu com a Rachel? - perguntou, parando e segurando meus ombros para que olhasse para ele.

- Oh, merda, você consegue guardar um segredo? - perguntei, e ele assentiu, me puxando para o banco que tinha na calçada.

- Claro, o que houve? - perguntou ele, parecendo preocupado, respirei bem fundo e o olhei.

- Rachel ta grávida. - falei, e o queixo dele caiu. - e ela não sabe se o pai é o Finn ou o Pablo Escobar versão manequim.

- Quer dizer, o Brody? - sugeriu, parecendo se divertir com o apelido.

- Ele mesmo. - falei, fungando levemente.

- Coitada. - ele falou, me olhando com um semblante triste. - Como você se sente?

- Acho que melhor do que ela, não sei. - falei, dando de ombros, ele se curvou e apertou a minha mão com força, passando uma forte sensação de confiança para mim instantaneamente.

- Pare com isso, Kurt, você tem essa mania de se sentir culpado por se sentir mal pelos outros. - falou, erguendo a sobrancelha e me olhando com atenção, o parque estava deserto, os únicos sons eram de nossas vozes e do vento passando por entre as árvores.

- É só, triste, sabe? Acompanho a Rachel desde que ela tinha 16 anos, eu sei o tamanho dos seus sonhos, sei como ela é mais capaz de realizá-los do que ninguém, saber que ela pode ter acabado com tudo porque foi descuidada? - falei, meu lábio inferior tremendo levemente. - Dói, sabe?

- Não seria tão ruim, é só um bebê, eles não podem expulsá-la se NYADA, podem? - ele perguntou.

- Não, mas aquela escola é um ninho de cobras, eles já querem a cabeça dela em um espeto agora, imagine quando descobrissem isso? Ela está perdida. - falei, sério, estava preocupado, e cansado, incrivelmente, tinha vontade de chorar, não dormia há vários dias e me sentia mal.

- Sei como fazer você se sentir melhor. - ele falou, sorrindo levemente.

Dentro de alguns minutos estávamos em um bar, parecia o Scandals, mas esse era mais claro e agradável, eu nem tentei me opor, estava sendo muito agradável estar com Blaine, e além disso, acho que precisava de um pouco de animação, estávamos conversando e eu percebi como ele virava os copos rápido, e eu tentava acompanhá-lo, logo estávamos os dois meio bêbados e Blaine pegou o microfone e foi para o palco, começando a cantar.

- Eu sou um bolinho de arroz! DE ARROZ! Meus bracinhos vieram bem depois! BEM DEPOIS! As perninhas ainda estão por vir! ESTÃO POR VIR! E eu não tenho boquinha pra sorrir! POR QUE? POR QUE? Por que eu sou um bolinho de arroz! - cantava ele, com o microfone enquanto eu ria.

- Acho que já bebeu demais. - falei, cambaleando um pouco enquanto tentava puxá-lo de volta para o balcão.

- Mas tava tããão divertido, eu já ia cantar o amendobobo! - brincou ele, rindo e virando um copo de tequila, já pegando outro, mas eu tirei de sua mão e bebi eu mesmo.

- Chega de bebida. - falei, puxando-o do banco.

- Só mais um pouquinho, Kurrrt. - ele pediu, me dando mais um copo, olhei em seus olhos e me senti estranhamente mais animado, peguei o copo, virei e fui em direção á pista de dança, o puxei para dançar e o resto, é uma névoa conturbada.

POVNarrador

Santana se inclinou e beijou Quinn suavemente, aquilo pegou a loira de surpresa, mas ali estava ele de novo, o relógio balançando, hipnotizando-a, o feitiço a envolvendo, e ela cedeu, quando se separaram, elas se encararam por alguns minutos antes de começar a rir.

- E bem vinda a New York. - Santana brincou.

A latina puxou Quinn para dentro do apartamento e a sentou no sofá, indo até a cozinha.

- Vinho? -  Quinn sorriu, vendo a latina voltar com uma garrafa e duas taças.

- Claro. - Santana serviu as duas taças, então, cuidadosamente foi até o sofá e se sentou de frente para a loira.

- Obrigado. - disse Quinn, tomando um gole. - soube que você não passou em NYADA.

- Não foi nada demais,NYADA não era para mim, desisti da audição antes de subir no palco, pretendo me inscrever em Julliard daqui a algumas semanas, atuação é mais a minha praia. - falou, remexendo o líquido escuro na taça, parecendo desinteressada. -  Então, como você está se sentindo?

- Estou bem. Feliz por estar aqui, Rachel e Kurt estão em Lima, e você não está nem um pouco mal com isso mesmo? - Quinn perguntou, se referindo a NYADA,  escorregando para mais perto da morena, sem saber ao certo o que aquela proximidade faria com sua sanidade, mas de qualquer forma, estava ali para se testar.

- Não, sério mesmo, não foi nada demais. - Santana sorriu antes de tomar um grande gole de vinho. Ela precisava lembrar de ser a responsável, quando soube que Quinn estava vindo, enfiou na sua cabeça que ela tinha que ser a responsável ali, nao podia se submeter a Quinn. Essa era a única maneira para essa visita funcionar. 

A loira colocou a taça de vinho descansada em suas pernas, o beijo de "boas-vindas" não lhe saía da cabeça e não pensava mais tão racionalmente, ela inclinou-se para dar um beijo da latina, mas Santana sentou-se e se afastou antes que ela tivesse a chance.

- Eu pensei que... você disse que estava se sentindo bem. - atrapalhou-se Quinn, embaraçada com a tentativa.

- E estou. - Santana brincou, colocando mais vinho em sua taça.

- Então o que são esses jogos todos de repente? - Perguntou a loira, ela sentia um misto de decepção e raiva, e não sabia controlar isso, as coisas estavam saindo de seu controle, bem como ela temia. Santana tomou outro gole de vinho para ficar mais confiante. 

- Que jogos? - perguntou a latina. Quinn balançou a cabeça, levantou-se e caminhou para a cozinha. 

- Você sabe que eu vim aqui para te ver. Que eu perdi você. Sei que não mandei mensagens ou te liguei, mas você também não. - Santana olhou para ela e Quinn virou com lágrimas nos olhos. Era óbvio que algo mais estava acontecendo com a loira, mas Santana não podia simplesmente esquecer seus sentimentos, enterrá-los, já fizera isso umas três ou quatro vezes, e nunca dava certo. Mas ela ainda estava nervosa demais para baixar a guarda. Então, em vez disso, a loira se sentou em silêncio. - Quer saber? Esquece. - Quinn pegou sua bolsa e se dirigiu para a porta. 

- Espere!

- Por quê?- Quinn virou-se rápido, ela estava com raiva, e frustrada, com raiva por não conseguir se controlar perto da latina desde o casamento e frustrada por Santana estar brincando com ela. - Você está me mandando todas estas mensagens confusas e eu não gosto de ficar brincando de cabo-de-guerra com você. Melhor voltar ao que era antes do casamento, se é que isso é possível. - sugeriu a loira, duvidando muito.

- Eu não quero isso. - Santana respondeu suavemente, forçando Quinn a dar alguns passos para a frente, em direção ao sofá.

- Então o que você quer? Eu sei que você não quer namorar ninguém a longa distância, então eu estava oferecendo amigos com benefícios, pensando que poderíamos pelo menos ter um pouco de diversão, mas parece que não gosta da idéia. Eu realmente não tenho certeza do que mais posso oferecer, já que não dá pra voltar ao normal.

- Namoro?- Santana perguntou, chocada. - Você definitivamente não fez parecer que isso era uma opção. - Quinn voltou para o sofá e se sentou. 

- Bem, porque eu também não tenho certeza de que iria querer isso. Quer dizer, você rompeu com Brittany por causa de distância. - explicou, brincando com as mãos no colo.

- Sim, eu sei. Quero dizer... foi um pouco mais do que isso, mas eu realmente não quero falar disso agora. Você estava realmente pensando em namorar comigo? Você sabe que eu sou uma garota, certo? Cadê a menina certinha e homofóbica que Russell Fabray criou? - Quinn riu, perguntando-se se algum dia ela teria sequer existido.

- Sim, eu percebi isso. Mas se eu aprendi alguma coisa sobre o namoro e amor, é sobre a pessoa, não o sexo. - falou, segurando a mão da morena, que sorriu e acariciou as costas da mão da loira.

- Eu não sei Q. O sexo é muito notável. - Quinn deu um tapa no joelho de Santana, brincando.

- Idiota, você sabe o que eu quero dizer. - Santana riu, perdendo seu nervosismo anterior que ainda mantinha por não ter esquecido completamente aquela noite, na verdade, ela permanecia bem viva na cabeça da latina.

- Ok, bem, você percebe a pessoa que você está se referindo sou eu? Santana. Quer dizer, a maior parte do tempo durante a nossa amizade estávamos nos pescoços uma da outra. - O Sorriso de Quinn cresceu. 

- Oh, eu sei, você sempre sabia exatamente como me tirar do sério, e agora ... - Ela disse se aproximando , - você realmente sabe como me tirar do sério. - Santana sorriu de volta, gentilmente tirando um pouco do cabelo de Quinn e colocando atrás da orelha. 

- Você está certa. - a morena disse, sorrindo para a loira involuntariamente.

As duas se olharam por um tempo, aliviadas que finalmente a barreira que foi construída depois do casamento havia sido derrubada.

- Então, e agora? - Quinn perguntou baixinho. 

- Bem, nós não temos de decidir sobre nada certo neste segundo. - disse a latina, sorrindo para Quinn.

- O que você sugere fazer então?

- Viva o momento. - Santana respondeu em um sussurro, ela se inclinou para beijar Quinn suavemente. Quando se afastou Quinn ainda tinha os olhos fechados. 

- Eu gosto dessa idéia. - disse a loira quando abriu os olhos, Santana levantou-se, agarrou a mão de Quinn, e guiou-a para o quarto, as duas caíram sobre a cama entre risos, as mãos correndo livremente pelos corpos, não foram muito longe aquela noite, Quinn estava cansada pela viagem e Santana se sentia desgastada, como se tivesse corrido uma maratona, logo elas tinham dormido abraçadas, as duas só de calcinha e sutiã, "viva o momento", talvez nunca tenha existido conselho tão útil. 


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