O Começo De Uma Era 2 escrita por Moça aleatoria, Undertaker


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Interrompemos a nossa ida para o 8 para uma cena romantica urgente obrigatória.
Agora eis a história por que eu nem sei mais o que escrever aqui.
Boa leitura gente!



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POV Katniss.

-Os dois só podem ter enlouquecido! –Haymitch nos acusa. –Estavam pensando no que?

-Na verdade nós...

-Foi uma pergunta retórica, garoto, por que obviamente não se passava nada na cabeça de vocês! –ele diz. –não, na verdade eu quero saber. O que vocês dois estavam fazendo na floresta a uma hora dessas? Mas especificamente, você, Katniss.

-Eu só tive um pesadelo. –eu falo. –fui até a superfície no meio da noite por que é na floresta que me sinto melhor, só que não notei o tempo passando, quando vi já era de manhã. Peeta só foi até lá me procurar, foi só isso.

-Tudo bem então. –ele fala, já mais calmo. –mais cinco minutos e vocês tinham perdido a carona, e Coin ficaria louca de raiva.

Estamos no momento a bordo de um aerodeslizador vindo do 8, era bem espaçoso, nele haviam o local onde estamos, que é bem grande e cheio de acentos, uma porta que dava para o piloto e uma outra porta que eu nem ousava imaginar para onde ia. Era o maior que eu já vira. Um aerodeslizador próprio para a guerra, eu suponho.

-Tenho uma notícia para vocês. –Haymitch anuncia. “Coisa boa não pode ser...” Penso. –Coin mandou as regras do jogo.

Droga.

-Do que se trata? –Peeta diz.

-Ela não quer que ninguém saiba da perda de memória de Katniss.

-O que? –eu digo.

-Ela acha que vai fazer com que a população perca a fé em vocês, garotos. –ele fala. –São a base da revolução, sem vocês como símbolos não temos nada. Principalmente você, Katniss.

Penso comigo mesma como isso realmente faz sentido, mesmo que seja injusto comigo mesma. Afinal, quem iria querer como símbolo aluem que se esquece do próprio marido? Não iria ser o tipo de pessoa que eu gostaria de me basear ou lutar por seu nome. Não acho que um Mokingjay com amnesia seja um símbolo muito forte.

Mas de qualquer forma também não muito justo comigo, afinal, o que eles querem de mim? Sou apenas uma garota que nem se quer completou 18 anos e que agora, de uma hora para outra, descobriu que é casada e ainda é o símbolo de uma maldita revolução. Tudo isso após ser torturada por meses. Eu acho que é um pouco demais para a cabeça de qualquer um, não é mesmo?

-Então o que fazemos? –Peeta pergunta, me tirando um pouco de meu pensamentos.

-É simples, finjam que está tudo bem. Apenas não digam nada sobre a perca de memória de Katniss, e tentem agir como um casal normal. Acham que dão conta?

Eu mordo o lábio levemente e nervosamente. Dar conta? Eu honestamente não sabia se daria.

Peeta pousa a mão sobre meu ombro de forma tranquilizadora.

-Qualquer pergunta mais especifica sobre o assunto eu mesmo respondo. –ele se prontifica. –não tem com o que se preocupar, Katniss.

Eu olho em seus olhos azulados, doces e gentis, e não posso deixar de pensar como me passão tamanha segurança. De fato, Peeta conseguira me tranquilizar um pouco.

-Tudo bem. –digo por fim, mas ainda raspando nervosamente com a pouca unha que me restava a jaqueta de Peeta, que por algum motivo eu ainda usava.

Ambos já havíamos nos trocado por uma roupa toda preta que haviam nos dado, ambos de calças pretas, minha camiseta ia até o ante braço e era um tanto justa. A blusa de frio de Peeta fica grande em mim de maneira que chega quase até minhas coxas, chega a ser um anto engraçado.

 Eu não sei porque eu ainda a uso. Acho que pelo simples motivo de me passa algum tipo de segurança, a mesma segurança que o próprio Peeta me passava.

Peeta não parecia ter frio e não se importar e até gostar que eu a usa-se. Ninguém mandou que eu a tira-se para que o uniforme fica-se “completo” e eu também não sentia calor com ela. Então acabei ficando.

-Ah sim, Katniss, Beetee providenciou uma coisa para você. –Haymitch anuncia, indo até uma mesa atrás de si, e tirando um pano por cima de um objeto que eu vi ser um arco e flecha. –Faça bom uso, docinho.

Ele dá uma piscada para mim, e eu olho maravilhada para o arco que ele estende para mim. Devo estar com uma expressão fascinada ao olhar para a arma, o arco é lindo, maravilhoso, mas acima de tudo e completamente moderno, tem vários modos de mira e tem a aparência mais mortífera que que jamais imaginei que um arco e flecha fosse capas de possuir.

-Pelo visto você gostou. –Peeta comenta com um sorrisinho de canto de lábio.

-Não acho que gostar seja o termo, é simplesmente extraordinário. –eu digo, fascinada. –foi mesmo Cinna quem desenhou?

-Ele mesmo. –Haymitch confirma.

-Tenho certeza que ele adoraria ver seus olhos brilharem agora. –Peeta fala. –ele fez um ótimo trabalho.

Eu dou um sorriso meio nervoso por Cinna. Ele deveria estar aqui, ele merecia isso.

-Cinna desenhou e Beetee o construiu. –Haymitch quem fala.

Faço uma nota mental, agradecer a Beetee quando voltarmos para o 13. Pelo menos a ele eu posso agradecer, a contrário de Cinna, cujo eu nunca terei a chance.

Estou tão perdida em meus pensamentos que só noto a mulher vestida de farda de batalha caminhando até nos quando Peeta me dá uma leve cotovelada.

-Paylor. –Haymitch cumprimenta com um ar sério e respeitoso, que ele não costuma usar nem com Coin. Para que Haymitch trate alguém com um tom tão respeitoso, não é o tipo de pessoa que deva ser ignorada.

-Haymitch, como vai? –ela pergunta de forma amigável, mas ainda sem desfazer sua postura militar.

-Vamos indo. –ele responde, estão se vira para nós. –Katniss, Peeta, essa é a Paylor, a Chefe do distrito 8. Paylor, Katniss e Peeta Mellark.

Eu me distraio um pouco com a fala de Haymitch, afinal, ninguém até agora havia me chamado por Mellark, o meu nome de casada, mesmo que eu saiba que sou e que possuo o sobrenome ele soa ainda estranho a meus ouvidos.

-Muito prazer. –Peeta estende a mão gentilmente, mostrando um sorriso. Eu faço o mesmo, só que não me siando muito bem com meu sorriso sem graça.

-O prazer e meu. –ela pega a mão de Peeta e logo depois a minha, exibindo um sorriso amigável, como o de Peeta. –bem, vejo que Katniss já recebeu o seu arco. Peeta, acho que devemos pegar algo para você. Voce sabe atirar, sim?

-Sei, aprendi no 13. –ele fala.

-Ótimo! –ele fala. – venham comigo.

Ela caminha até uma das salas que eu nem ousava pensar onde dava, e curiosamente dava em um cômodo lotado de armas e alvos.

-A vontade, pode escolher uma. –ela fala.

Ela aponta para os alvos.

–Mas ainda não recebi aljava com as flechas.

-Não será um problema. –ela fala, então escolhe cuidadosamente uma aljava já com flechas dentro. –ah, acredito que essas serão de seu gosto. –ela me estende a aljava, eu as pego. –é dividida em três partes, esquerda são flechas explosivas, direita incendiarias e as do meio normais. Voce dá conta, certo?

-Claro.

-Imaginei que fosse a resposta. –ela me manda um olhar incentivador.

Eu me viro para os alvos e pego, logicamente, uma flecha normal, do meio. Surpreendentemente, acerto o alvo em cheio. Não imaginei que fosse capaz de acertar um alvo depois de tanto tempo. Bem, pelo visto estamos vivendo e aprendendo. Descobrindo coisas novas sobre si mesmo a cada dia.

-Paylor, acho que você me parece familiar. –Peeta fala. –eu já a vi antes?

-Creio que não pessoalmente. –ela fala, agora com uma postura mais séria e o que me pareceu, incomodada com o assunto. –mas acho que já deve ter me visto alguma reprise dos jogos vorazes. Sou uma vitoriosa.

-Ah, então é isso. –ele fala, um pouco sem saber o que fazer, e pegando uma arma nas mãos.

-Boa escolha. –ela fala, se referindo a arma. –pequena mas de longo alcance e uma capacidade boa de balas. Ao mesmo tempo leve e fácil e carregar. Aprendeu muito no distrito 13, eu imagino.

-É, eu tenho treinado bastante. –ele responde.

Ela estrala os dedos do ar, vai até uma outra sessão, dessa vez de roupas militares, e volta com um cinto nas mãos.

-Isso vai ajudar você. –ela estende para Peeta, o que agora posso ver ser um tipo de cinto de suporte para armas.

-Obrigado. –ele agradece, e amara o cinto envolta da cintura, por cima da blusa mesmo, de modo bem acessível. Coloca algumas balas extras no cinto também. Em seguida, junta-se a mim e dá um tiro no alvo. Um ótimo tiro por sinal, bem no centro.

-Se precisarem de mim, estarei lá fora. –Paylor anuncia. –chamo vocês quando pousarmos.

Ela saí da sala, e eu aproveito para chegar mais próxima a Peeta e sussurrar-lhe uma pergunta, ainda com um pouco de receio que Paylor escuta-se.

-Voce não sabia usar uma arma antes. Real ou não real?

-Real. –ele confirma

-Voce é péssimo com um arco e flecha. Real ou não real?

Ele não consegue segurar uma risada, que ecoa levemente pelo cômodo vazio, com exceção de nós.

-Real também. –ele me responde com um sussurro. –Voce até tentou me ensinar certa vez, foi um desastre total.

Agora é minha vez de rir.

-Um dia desses eu tentarei lhe ensinar novamente. –eu prometo.

-Faça um favor a humanidade e não me deixe nunca mais chegar perto de um arco e flecha. –ele brinca. –nunca dá certo.

Ele dá outro tiro perfeito, eu faço o mesmo com uma flecha.

-E quanto a você? –ele pergunta. –vai bem com uma arma?

-Nunca tentei. –ele estende a arma dele para mim. –acho melhor não.

-Vamos lá, é só um tiro. –ele insiste, e eu sorrio. Então pego a arma de sua mão.

-Se eu acertar alguma coisa e ela quebrar a culpa é sua Peeta Mellark. –ele apenas ri, enquanto eu miro com sua arma em um alvo e erro-o muito, mais muito, feio mesmo. Para ser mais precisa eu acertei um uma garrafa d’água em cima de uma mesa que estava ao lado do alvo, que alguém deve ter esquecido ali.

-Foi muito bom. –ele fala brincando. –mas depende se você realmente estava tentando balear a pobre garrafa d’água.

-Acho que vou ficar com o meu arco.

-No 13 eu posso lhe ensinar a usar uma arma.

-Seria ótimo. –eu digo. –mas apenas se você não se importar se eu acidentalmente acertar acidentalmente mais algumas garrafas d’água perdidas, por que é provável que aconteça de ficar muito perto de mim com essa coisa...

Eu digo lhe devolvendo arma, ele apenas ri junto comigo.

Ele para de rir por um momento, me encara com um sorriso ainda em lábios e então de aproxima mais ainda de mim, colando nossos corpos e me puxando pela nuca e pela cintura para um beijo, que eu correspondi com o maior prazer.

O tempo que durou o beijo eu nem tenho ideia, só sei que era cheio de uma saudade que eu nem imaginava sentir. E eu descobri que sim, é possível sentir saudades de uma pessoa que você nem imaginava se importar, e passar a sentir sua falta até mesmo quando se está próxima dela.

Peeta, por outro lado, sentira a minha falta por todo esse período. E se a saudade que eu estou sentindo apenas lembrando-me pouco do que aconteceu, e pouquíssimo sobre nós como um casal, não gostaria de imaginar como Peeta se sentiu todo esse tempo sozinho.

 De algum modo, ao beijar Peeta, eu conseguia me sentir mais completa, como se uma parte de mim que eu pensava ter sido perdida na Capital pudesse ser preenchida por ele. E que talvez, a única coisa que realmente de fizesse falta de fato fosse ele.

Por um momento, eu me esqueci que havíamos sido arrastados até ali, me esqueci da guerra e da destruição ao meu redor. Tudo que eu conseguia ver e sentir era Peeta me beijando.

Era como uma flor de íris, a combinação perfeita de fidelidade e esperança. “Acho que é disso que precisamos agora”. Ele havia dito. E eu concordo com ele.

Nos separamos apenas quando ouvimos o som de palmas sendo batidas lentamente e dramaticamente por Haymitch.

-Pelo visto os docinhos já se entenderam, não é mesmo? –ele pergunta ironicamente, mas ao mesmo tempo exibindo um sorriso que eu estava certa ser mais do que verdadeiro.

-Voce nunca muda hein Haymitch?

Peeta diz em tom descontraído, sem nem de longe ter se importado, muito menos se ofendido com a piada de Haymitch. E estranhamente eu também não me sentia assim. Apenas um pouco envergonhada em ser pega em uma sala de treino aos beijos com Peeta, mas eu também sabia que isso era certo. Parecia certo.

-Pelo visto nem vocês. -ele diz. –e você, Docinho, continua ficando sempre vermelha.

-Veio fazer o que aqui mesmo? –eu ignoro seu comentário.

-Logicamente não foi para assistir os dois quase se engolindo. –ele fala. –vim avisa-los que estamos prestes a pousar no distrito 8.


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Notas finais do capítulo

Gente estou com abstinência de recomendações aqui, vamos lá, seja uma alma bondosa e recomende a fanfic e faça o meu fim de semana mil vezes melhor!
Mas para quem não quiser recomendar, por favor comente ou favoritem! Ah, alias, eu responderei mais tarde os cometários do capítulo 30, estou meio sem tempo e com visita em casa, eu os responderei mais tarde.
Ah, e como sempre, me avisem se virem qualquer erro na gramática!
Até o capítulo 32!