O Começo De Uma Era 2 escrita por Moça aleatoria, Undertaker


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo! Esse com direito a POV Finnick!



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POV Peeta.

Depois de tudo o que tem acontecido nos últimos tempos, eu realmente não deveria acreditar em milagres. E definitivamente não acreditava, mas depois do que eu vi hoje, não posso negar que foi, de fato, o milagre mais milagroso diante de todos os milagres que eu já vi.

Enfim, um milagre.

Foi tão rápido, uma hora eu estava ao lado de Finnick, preocupado se meu amigo teria ou não um ataque de pânico, e então Annie apareceu de repente, para a surpresa, e om certeza para a alegria de Finnick.

Eu simplesmente fiquei assombrado, como se tivesse visto um fantasma, literalmente. Finnick teve uma reação mais rápida, foi até ela e a abraçou e a beijou, enquanto eu continuei boquiaberto, chocado.

Por um momento, acho que fiquei com inveja, não de Finnick ou de Annie, mas deles. Queria poder estar feliz assim, com Katniss. Mas não posso, mas ainda me resta ficar feliz por eles, e é como eu estou.

Logo depois, quando nos forçaram a voltar para dentro do distrito subterrâneo, Annie teve de ser mandada para o hospital para ser examinada. Finnick e eu também tivemos que voltar, não os vi desde então.

Sem notícias de mais nada e mais ninguém, me restou ficar na minha cama de hospital, sozinho, com uma corda igual a de Finnick que eu tento dar laços agora.

E devo dizer como isso é completamente inútil e frustrante. Um jogo de quem é mais forte, o laço ou o puxão para desfaze-lo. Completamente inútil, sendo que o puxão sempre ganha.

-Adotou a mania de Finnick? – ouço uma voz irônica dizer. – é completamente inútil, você sabe, Garoto.

-Era no que eu estava pensando, Haymitch.

-Atrapalho seu momento de reflexão? -ele pergunta sarcasticamente.

-Incrível como mesmo sem beber você mantem o senso de humor cativante.

-Ponto pra você. - ele fala.

Eu bufo, frustrado.

-Estamos discutindo feito duas crianças.

-Eu concordo. Posso? – ele pergunta apontando para uma cadeia ao lado da cama, onde permaneço sentado.

-A vontade- digo e ele se senta.

-Olha garoto, sei que da última vez que nos encontramos nós não agimos bem, nenhum de nos. -ele fala. - geralmente não sou eu que interrompe brigas ou joguinhos se silencio, você sabe disso, mas tenho uma boa razão para fazê-lo dessa vez.

-E qual seria?

-Você e Katniss são problema meu, sempre foram, desde o início e continuam sendo. - ele fala. - nos perdemos ela mas continuo responsável por você.

-Como meu mentor.

-Eu tentei te ignorar e você foi parar na ala medica, achei que soubesse se cuidar melhor. - ele fala novamente sarcástico. –quero tirar você daqui.

-Pode fazer isso?

-Posso, mas preciso que você colabore. -ele fala. -primeiro, você precisa ter o autocontrole que sempre teve, precisa voltar a ser o cuidadoso da história, pois no momento está faltando um.

-Pensei que eu não fosse competente. - falo.

-E eu pensei que não fosse confiável, mas veja como estamos agora.

-Eu sinto muito. – falo. -pelas coisas que eu disse da última vez, não eram verdade.

-Eu também. - ele fala, então sorri levemente. –continue sendo o garoto ponderado, e melhor pra você.

-Então, uma trégua?

-Trégua.

-E o que acontece agora? -pergunto.

-Falarei com o hospital, é a sua segunda visita aqui, se não se cuidar nem eu poderei te tirar daqui em uma próxima vez. - eu concordo coma a cabeça.   Também estou tentado livrar Finnick.

-Também e responsável por ele?

-Não só por você. Mas o caso dele e mais simples, estava aqui por trauma de luto, mas sendo que o motivo do luto dele voltou dos mortos em um aerodeslizador... - ele fala - bem, tonou as coisas mais simples para ele.

-Eles vão ficar bem.

-Vão, e você vai voltar para o quarto de seu irmão, vai voltar para os treinos e vai se manter estável, não pode perder a calma. –ele fala. -veja, não sou seu pai ou algo do tipo, mas só quero o seu bem.

-Eu sei, e desculpe ter duvidado disso.

-Não se preocupe com isso, só faça o que eu disse.

-Obrigado.

-Siga o concelho de um... Padrinho de casamento. Que tal? -eu sorrio e ele também. - Vamos logo. Ah, mais uma coisa, avise sua amiga Delly, que eu a vi espiando a conversa entre mim e Coin.

POV Finnick.

-Senti muita falta de um lugar como esse. –Annie fala ao entrar no quarto do distrito 13.

-Como assim? - eu pergunto.

-Um lugar para se morar, um lugar concreto sabe? - ela pergunta com um sorriso sonhador, eu sorrio junto. Afinal, acho completamente impossível parar de sorrir hoje.

-Sei, mas acho que vai ter que me aguentar junto. - eu digo.

-Vai ficar comigo, não vai? -ela pergunta, mais confirmando o que perguntando.

-Não vou a lugar algum.

-Nem eu. -eu a puxo para um beijo que ela corresponde no mesmo momento.

-Então você tem morado aqui sozinho? -ela pergunta e eu aceno com a cabeça. -não era solitário?

-Ás vezes, durante a noite. Mas o dia eu geralmente passo com Peeta, Simila e Delly.

-Quem são Simila e Delly? - ela pergunta.

-Simila e irmão de Peeta e Delly a melhor amiga, um dos poucos que sobreviverem do bombardeio do 12.

-O que aconteceu com a família dele?

-Um dos irmão e o pai morreu. - eu digo. -acho que não tem falado com a mãe, é assunto de família, delicado para ele, não toco muito no assunto.

-Bom saber. - ela diz. –então, você tem que me apresentar seus amigos depois.

-Claro, mas depois, agora só quero ficar aqui com você. -eu digo me deitando na cama.

-Eu concordo. -ela sorri se deitando ao meu lado, eu a envolvo em um abraço por traz.

Ficamos em silencio por um tempo, apenas apreciando o momento que tanto custamos para ter, e que finalmente está aqui.

-Sabe, eu tive muito medo de não pode fazer isso novamente. -eu digo.

-Isso o que?

-Te abraçar assim.

-Eu também pensei. -ela diz. - você não é o único que ficou preocupado.

-Você sabia que eu estava no distrito 13. –falo confuso, não entendendo o que Annie quer dizer.

-Não o tempo todo. -ela fala. -não se esqueça que por um bom tempo eu pensei que você estivesse morto.

Ela gagueja ao falar, e mesmo que ela esteja deitada de costas para mim, sei que seus olhos estão marejados pelas lagrimas que ela tenta não soltar.

-Você fala assim que fui resgatado? Quando Snow nos deu como mortos? -ela acena com a cabeça.

-Eu fiquei com tanto medo... Tanto medo de ficar sozinha, sem você...

-Eu também, eu não posso perder você, é tudo que eu tenho. -eu digo, juntando mais o seu corpo ao meu - eu te amo, você sabe disso não é?

-Eu sei, e também te amo Finnick. - ela se vira de frente para mim e me beija.

-Annie? -eu murmuro em seu ouvido.

-Sim?

-Case-se comigo. -ela me olha surpresa, como se duvidasse dos próprios ouvidos. – eu não tenho alianças, não tenho rosas, uma caixa de chocolates ou um poema de amor para você. Eu não tenho muito mas tudo que eu quero é ter você. Não suportaria viver nem mais dia da minha vida sem dizer isso, eu te amo Annie Cresta, e tudo que eu quero e casar-me com você.

-É tudo que eu quero também. - ela diz com os olhos cheios d’ Água.

-Então você aceita?

-O que você acha, Finnick Odair? -ela fala então me beija mais uma vez. - Eu aceito.

Eu não consigo imaginar como alguém pode ter um sorriso maior que o meu, e que agora, de alguma maneira consegue triplicar de tamanho. Apenas Annie conseguia isso de mim, apenas ela me fazia sentir assim e por apenas ela eu seria capaz de lutar contra todo o mundo só para estar ao seu lado.

Eu a pego no colo a tirando na cama com uma extrema facilidade e giro a segundo pela cintura.

-Achei que fosse morrer sem ouvir isso. -ela me dá um tapa no braço ainda em meu colo.

-Ai, pra que isso? - digo ainda sorrindo, como ela.

-Mencione a sua morte de novo e eu mesma o mato. -ela fala. - já ouvi muito sobre mortes, o suficiente

Ela perde o sorriso agora.

-Então está combinado, você se casa comigo e eu não falo mais em morte, combinado? - o seu sorriso volta, como um raio de sol.

-Você e um idiota, sabia?

-E você e a noiva de um idiota.

-Tenho que concordar. - ela fala. - eu te amo.

-Eu também te amo. -ficamos em silencio mais um pouco, comigo olhando fundo em seus olhos azulados e ela nos meus, até que ela começa a rir. - o que foi?

-Eu não sei. Acho que depois de tudo isso nunca pensei eu fosse me sentir tão feliz novamente.

-Nem eu. – eu a coloco no chão, agora inteiramente.

-O que foi?

-Tenho algumas pessoas para lhe apresentar, não seria justo eu viver o momento mais feliz da minha vida e não compartilhar o motivo da minha felicidade com eles.

-Você fez bons amigos aqui. – ela observa e dá um sozinho bondoso.

-Vamos, eles vão amar você. –eu digo oferecendo minha mão, que ela aceita, então caminhamos juntos para fora do quarto.

Nós andamos por pouco tempo pelos corredores, por muitas vezes comigo apontado para salas ou elevadores e lhe explicando algo, até que finalmente avisto quem procurava.

-Peeta! - eu chamo de longe, e vejo uma cabeça loira virar em minha direção, em seguida ele acena.

-Finnick, Annie, como estão? -ele cumprimenta enquanto nos aproximamos.

-Muito bem. - eu digo. - eu ainda não apresentei vocês oficialmente, Annie, meu amigo Peeta, Peeta minha noiva Annie.

-Muito pra...- ele parece então finalmente notar o que eu disse. - espera, você falou noiva?

Eu sorrio e vejo Annie ficar vermelha ao meu lado, apenas sorrio mais.

-Está brincando? Meu Deus, parabéns para vocês! - ele cumprimenta.

-Obrigada.  -Annie fala pela primeira vez.

-Obrigado também, eu agradeço mesmo Peeta. - eu falo. - Você me convenceu a esperar por ela no aerodeslizador, se Annie tivesse chego e eu não estivesse lá eu nunca me perdoaria.

-Imagina Finnick...

-É sério, obrigado. - eu insisto.

Ele finge estar pensando um pouco no assunto.

-Me deixe fazer o bolo de casamento de vocês e estamos quites. – eu sorrio.

-Ah Peeta seria simplesmente perfeito, mas provavelmente não terá festa. - eu digo. - com tudo isso eu acho bem difícil.

-Mas podemos falar com Boggs, quem sabe talvez simples como um bolo e uma pequena cerimonia.

-Podemos tentar, o que acha Annie?

-Seria simplesmente perfeito. - ela fala. - será que permitiriam?

-Não sei, mas esse lugar precisa que um pouco de felicidade. - Peeta fala. -só carrega dor e destruição de famílias, seria bom celebrarmos a construção de uma nova, para variar.

-Tem razão, de todo modo vale a pena tentar. - eu concordo. - falaremos com Boggs.

-Foi bom lhe conhecer Peeta.

-Igualmente Annie, é tão carismática quanto Finnick lhe descreveu.

-Obrigada. - ela diz sem graça.

-Nos vemos por ai, Peeta. - eu sorrio e ele também.

-Tudo bem, boa sorte para vocês dois, com tudo!

E mais uma vez, eu sorri. Hoje não estava disposto a economizar sorrisos ou esconder sentimentos, não havia o que esconder apenas o que celebrar.

É um dia lindo apesar de não vermos o sol, e um monto feliz apesar de guerras e mortes, meu mundo agora tem cor, apesar de tudo em volta ser preto luto.

Está tudo bem. Annie está bem, ela está a salvo, ela está viva e ela é minha noiva e em breve será minha esposa, tudo que eu quero e celebrar o momento enquanto está aqui.

Seguro sua mão mais apertado e Annie vira o rosto para mim.

-O que foi?

-Eu só ainda não acredito que você está aqui, e que agora será minha esposa.

-Eu sempre estarei aqui.

-Eu sei. - eu a puxo para perto de mim a abraçando pela cintura enquanto ela passa seus braços pelo meu pescoço.

Eu a beijo como se fosse a última vez, por que a cada momento parece ser o último, como se de alguma maneira eu ainda pudesse acordar e notar estar sonhando.

Mas eu não acordo. E real. E eu amo isso.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram?
Por favor comentem, favoritem, recomendem, mandem amecas ou simplesmente deixe a sua opiniao!!
E novamente, se encontrarem algum erro me avisem! E desculpem a falta de acento nas notas finais, o meu computador ficou louco de repente e os acentos nao estao indo!
Ate o proximo capitulo!