No outro dia Fatinha acordou sentindo os raios de sol entrarem em seu quarto, olhou pro lado e viu Bruno ainda adormecido com um sorriso no rosto, deu pequenos beijos no queixo e no pescoço dele e devagar viu ele abrir os olhos.

-Bom dia meu amor.

-Bom dia minha princesa, dormiu bem?

-Muito bem.

-Eu acho que vou querer dormir assim mais vezes, acordar com você ao meu lado é maravilhoso.

-E eu prometo que sempre vou acorda-lo com beijos.

Os dois sorriram, Fatinha pegou o celular e olhou a hora, eram nove horas da manha, sua mãe chegaria as onze então dava tempo de aproveitar com o moreno.

-Amor levanta, vamos tomar café?

-Vamos sim, mas primeiro eu vou tomar um banho.

-Não, nós vamos tomar banho.

Eles tomaram banho e depois café, ficaram conversando e quando era quase onze horas a mãe de Fatinha chegou.

-Ola casal – disse Vilma sorrindo da porta – Fatinha me ajuda com essas sacolas.

-Que isso mãe, comprou uma loja foi?

-Não, são algumas coisas pra casa que estavam faltando e alguns presentinhos pra minha filhota.

-Presente? Eu amo presentes.

-Eu sei meu amor e como a senhorita fez dezoito anos eu tenho dois presentes pra você, o primeiro eu vou dar agora e o segundo daqui alguns meses.

-E o que seria isso?

-O que você sempre me pediu Fatinha?

-Um carro mãe. Não me diz que…

-Espera – Vilma interrompeu a filha – Eu não vou te dar o carro, não agora, mas acabei de passar na autoescola e da entrada na sua carteira de motorista e depois que você tiver ela nas mãos você ganha o carro.

Fatinha pulou na sua mãe dando uma abraço apertado, Bruno observava as duas sorrindo, achava muito bonita a amizade e cumplicidade das duas, escutou o celular tocando e pegou ele no bolso da calça vendo uma mensagem de Ju.

            Maninho vem pra casa assim que puder, tem uma surpresa esperando por você. Beijos. Ju”

-Algum problema Bruno?

-Não a Ju que me mandou uma mensagem dizendo que assim que eu pudesse fosse pra casa pois tinha uma surpresa pra mim la.

-Surpresa?

-É eu também achei estranho, eu vou la, você quer ir comigo ou vai ficar com a sua mãe?

-Pode ir filha, mas vem pra casa pra almoçarmos juntas.

-Ta bom mãe.

Fatinha deu um beijo em sua mãe e seguiu com Bruno pro apartamento, o moreno abriu a porta e eles deram de cara com um casal sentado no sofá, assim que viu Bruno a mulher se levantou e foi correndo abraça-lo.

-Meu filho que saudade.

-Oi mãe, também tava com saudade, oi pai.

-Oi meu filho, como você esta?

-Bem e vocês? Como foram de viajem.

-Cansativa meu amor, e quando nos chegamos aqui pra comemorar o seu aniversario a sua irmã me disse que você não estava, aonde você estava? Não me diga que você voltou com a Ana e foi comemorar o aniversario com ela? – perguntou esperançosa.

-Marta, deixa o nosso filho falar.

-Obrigado pai e mãe eu não voltei e não vou voltar com a Ana entende isso de uma vez, e eu estou namorando outra pessoa – disse puxando Fatinha que estava conversando com Ju – Seu Olavo, Dona Marta, quero que vocês conheçam a Fatinha, minha namorada.

Fatinha sorriu sem graça pros sogros e Marta fechou a cara na hora já julgando a menina sem conhece-la, não gostou do jeito de se vestir de Fatinha e não escondeu isso de ninguém, já Olavo ate simpatizou com a menina, nunca confiou em Ana e ele sabia o quanto ela tinha feito o moreno sofrer, torcia pra que o namoro do filho desse certo dessa vez.

-Prazer eu me chamo Olavo e essa é Marta minha esposa, somos os pais do Bruno e da Juliana.

-Prazer, o Bruno e a Ju sempre falam muito bem de vocês e eu sinto como se conhecesse os dois de tanto ouvir falar do quanto maravilhosos vocês são.

-Mas eu nunca ouvi falar de você, Bruno porque não me contou antes que estava namorando essa menina?

Bruno olhou irritado pra mãe dele, não gostou do jeito como ela se referiu a Fatinha e Olavo também não gostou nada do tom irritado de Marta.

-Primeiro mãe, essa menina tem nome: Fatinha, e segundo eu não disse antes porque quase não falo com vocês e quando nos falamos é rápido demais e eu queria apresenta-los a ela frente a frente e não por telefone.

-Ok, e você Fatinha? De onde você é?

-Sou de Brasilia e me mudei a pouco tempo pro Rio.

-Como se chama a sua mãe?

-Vilma.

Nesse momento, Olavo arregalou os olhos reconhecendo o nome, o que não passou despercebido pra Ju e nem pra Bruno, Marta não percebeu nada porque estava mais preocupada em anaçisar a menina de cima em baixo procurando defeitos. Fatinha se sentia desconfortável com toda aquela inspeção em seu corpo ate que Ju chamou a amiga pra irem pra casa da Lia e Bruno pediu pra falar com seu pai em particular, Marta aproveitou que ninguém queria saber o que ela faria pra sair de casa sem ser questionada pra onde iria.

Bruno entrou em seu quarto e trancou a porta, olhou pra seu pai e sorriu, idolatrava aquele homem, Olavo era o exemplo de pai perfeito: companheiro, compreensivo, amável, sempre procurava conversar com os filhos e saber a opinião deles em cada assunto.

-Algum problema meu filho.

-Não pai, nenhum, eu só fiquei curioso com uma coisa.

-Com o que?

-Por que quando a Fatinha falou o nome da mãe dela, você ficou tão surpreso?

-Porque eu tinha uma amiga na adolescência com esse mesmo nome, mas pode ser coincidência, onde a sua namorada mora?

-No apartamento ao lado.

Os dois continuaram um bom tempo conversando ate que Olavo teve que sair pro escritório, Bruno resolveu ligar pra Fatinha e marcar de se verem mais tarde, tomou banho e foi dormir um pouco ate o almoço. Fatinha passou o dia com Ju e quando voltou pro apartamento desabafou sobre o que aconteceu com a sua mãe, Vilma aconselhou a filha a dar tempo ao tempo que logo as coisas entre ela e a mãe do namorado se resolveriam.