Mine escrita por Franxx


Capítulo 1
Meu


Notas iniciais do capítulo

Eu disse capítulo curto, mas saiu mais de 2000 palavras aqui. -
E olha que eu me contive, queria escrever MUITO mais, porém, não era meu plano no momento. :T
E poxa, uma fanfic minha que é não é para maiores de 18 anos -Q



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Meu coração chegava a palpitar ao vê-lo lutar. As pessoas que assistiam aquilo gritavam, totalmente eufóricos ao verem seus golpes precisos e fortes o suficiente para arrancar dentes de seu adversário. Ao meu lado, Evergreen gritava, assim como Bickslow e eu mantinha minhas próprias mãos apertadas para evitar gritar tanto quanto eles.

Meu coração batia forte e chegava a sentir um arrepio subir pela minha espinha quando ele levava algum golpe, por mais fraco que fosse. Tinha medo. Medo de que ele se ferisse. Não temia por sua derrota, temia pelo fato de que ele pudesse sentir dor. Dor que eu seria capaz de suportar por ele.

Um golpe, dois ... vários ... e por fim o adversário estava no chão. Suspirei aliviado ao ver o homem que o desafiara desmaiado, enquanto Laxus tinha um olhar entediado, limpando o sangue que escorria de sua boca depois que ele recebera um golpe de surpresa. Antes que eu percebesse, meus companheiros já estavam ao redor dele, parabenizando-o por uma de várias vitórias que já tivera em lutas.

- Não foi nada. – ele disse e eu tentava ao máximo não olhar para seu rosto.

- Você é muito modesto Laxus! – Evergreen puxou seu braço, fazendo com que ele ficasse entre seus seios, enquanto o abraçava.

Minha alma chegava a queimar quando ela fazia aquilo. Chegava a me surpreender com a vontade assassina que me subia á cabeça de arrancá-la dali e bater com todas as forças que tinha em sua cara.

- E você Freed? Não vai parabenizá-lo?

Levantei a cabeça e antes que eu percebesse já estava apertando a bainha da minha espada. Lentamente deixei os ombros caírem antes de levar os olhos até a maga que deveria ser minha companheira, mas que há um dia me humilhara, demonstrando com escárnio o quanto eu estava longe de ficar com a pessoa que eu tanto amava.

- Ele não deveria ter aceitado entrar em uma luta de rua. – dei de ombros, dando as costas para eles. – Não há nada a ser vangloriado aqui. - Era incapaz de olhar para Laxus depois de todas as coisas que Evergreen dissera que ele havia dito sobre mim. Escutei uma risada baixa daquela bruxa e confesso, tive vontade de jogar minha espada em sua garganta.

- Não seja tão chato Freed! – aquelas marionetes de Bickslow rondaram por minha cabeça e eu apenas virei o rosto, antes de voltar a caminhar na direção do hotel onde estávamos instalados, deixando-os sozinhos.

Minha cabeça doía e meu corpo estava cansado. Feito uma garotinha, havia passado a noite acordado remoendo cada palavra que aquela mulher me dissera, chegando ao ponto de chorar ao perceber que ela estava certa. Aquilo me irritava, mas tinha de manter a calma. Tinha de me empenhar em meu trabalho, mas com Laxus ao meu lado tudo se tornava mais difícil e angustiante.

Percebendo que ficaria ainda pior se voltasse para o hotel, resolvi ir até um lugar mais afastado, onde poderia descansar e não precisaria ouvir gemidos de alguma vadia que estava no quarto do homem que eu amo. Em passos rápidos cheguei até o riacho daquela vila pequena, um local perfeito para quem quer refletir e ter paz. Joguei minha espada de lado, antes de me sentar á sombra de uma árvore e fechar os olhos.

Milhões de coisas rondaram minha mente, mas feito um masoquista, minha mente logo me trouxe as lembranças da noite anterior.

“Todos bebiam e conversavam em um bar daquela vila. Bickslow já estava caindo de bêbado, Evergreen já estava toda assanhada, se insinuando para Laxus que não tirava os olhos de uma mulher loira que cantava em um palco. Em meio aquela bagunça eu tentava manter o bom senso, tolerando até gracejos de mulheres que me puxavam para os cantos.

Todos riam e eu apenas me mantinha atento a Laxus, olhando para seu rosto através do reflexo de um espelho. Eu estava ao seu lado, mas seria muito indiscreto se olhasse para ele diretamente. Não demorou muito para que ele se levantasse e fosse atrás da mulher loira, como um cachorrinho. Vendo aquilo, soltei um suspiro desanimado e antes que eu pensasse em me levantar e sair dali, Evergreen puxou meu rosto e começou a me interrogar.

- Você gosta do Laxus não é?

- Cla-claro que sim ... ele é o líder do nosso grupo. – respondi no impulso e vi pelo reflexo dos olhos dela que eu já beirava ao desespero, o que me fez engolir em seco.

- Não é gostar dessa forma. Me refiro a gostar , como querer dormir com ele.

Arregalei os olhos e abri a boca, mas não soube o que dizer naquele momento. Aquela bruxa deu um sorriso sarcástico, antes de passar a mão entre meus cabelos, os jogando para trás. Minha cara já queimava de vergonha e me questionava como ela conseguia falar coisas daquele tipo e ser tão vulgar.

- Desista Freed. – Ela aproximou o corpo do meu, enroscando mechas do meu cabelo entre seus dedos. – Laxus odeia homossexuais e no seu lugar ficaria longe dele. Você não consegue ser discreto e já está causando repulsa até mesmo em mim.

Era perceptível o cheiro de bebida saindo da boca dela. Aquele bar estava uma bagunça, de forma que ela tinha de gritar para que entendesse alguma coisa, mas ao que parecia apenas eu estava escutando, pois Bickslow estava do nosso lado e cantava uma mulher que estava em seu colo.

- Você gostaria que ele te levasse para cama não é? Tem noção de quanto uma relação entre homens é nojenta? Apesar que ... – ela riu, passando os braços envolta do meu pescoço. - ... você é mais mulher do que eu.

Meu coração chegou a apertar, enquanto ela continuava a dizer baixarias que me deixavam constrangido. Eu nunca havia pensado em Laxus daquela forma. Eu o amava demais para me interessar apenas por seu corpo.

- Isso não é verdade! – gritei com ela, mas ninguém sequer deu atenção, tamanha bagunça que estava aquele lugar.

- Ele é tão estranho! Chega a ser nojento imaginar as coisas que ele pensa em fazer comigo. Estou pensando seriamente em privá-lo de assistir minhas lutas, afinal ele fica pior que uma mulherzinha quando me assiste lutar. Ele só ... me envergonha! - Evergreen riu e me empurrou, antes de apertar meu queixo e dizer tais palavras. – Foi exatamente isso que o Laxus disse ... – ela riu mais alto. – Freed fangirl!

E como em um quebra cabeça aquelas palavras se encaixaram diante a situações que ocorreram antes. Na minha mente se passou o momento em que ele voltou da guilda e eu o abracei, quando ele lutou no torneio e fiquei torcendo para ele de arquibancada. Em todos aqueles momentos eu estava eufórico demais para lembrar da minha timidez ou mesmo de que Laxus virava o rosto para mim quando eu agia daquela forma.”

- Vai dormir aqui?

Uma voz interrompeu meus pensamentos e eu me mantive de olhos fechados. Sabia que lágrimas escorreriam pelo meu rosto se abrisse os olhos e encarasse aquele que era o motivo das minhas lágrimas.

- Não. Estou apenas descansando ...

Escutei um suspiro dele, assim como os passos pesados que demonstrava que ele se aproximava de mim. Respirei fundo, tentando manter a calma, mas eu segurava soluços de tristeza. Imaginava que ele fosse apenas me dar ordens a respeito de uma nova missão, não sei ... imaginei várias coisas, mas não esperava o que ele falaria.

- Quem fez você chorar?

Senti meu coração bater forte e engoli em seco, levando a mão até o rosto e limpando as lágrimas com a manga do meu casaco. A última coisa que queria era que ele soubesse o quanto eu conseguia ser patético.

- E-eu não estou chorando ... – apertei mais os olhos e pude sentir lágrimas escapando pelo canto dos olhos.

- Você é um péssimo mentiroso ... – senti a respiração dele bater contra meu rosto, o que me fez meu corpo arrepiar e no impulso acabei por abrir os olhos.

Eu nunca havia estado tão perto dele. Nunca havia tido a oportunidade de contemplar de perto aqueles olhos misteriosos que me conquistaram com a determinação que impunham. Devo ter ficado alguns segundos perdido, encarando seus olhos e demorei para me dar conta de que ele estava praticamente em cima de mim, o que me fez corar em instantes.

- Vamos me diga ... – ele disse mais uma vez, diminuindo o tom de voz, enquanto secava minhas lágrimas com o dedo indicador dobrado. – Quem fez você chorar?

- Não estou chorando Laxus ... isso é só-

Eu simplesmente não esperava aquela reação. Tinha plena consciência de que meu amor por ele era impossível. Na verdade, o fato de que eu me interessava por outro homem chegava a me assustar, porém não conseguia deixar de amá-lo. Não conseguia tirar do meu coração aquele desejo de protegê-lo e dar minha vida se fosse preciso em troca da dele. O amor que eu sentia apenas crescia a cada dia e senti meu coração bater ainda mais forte quando ele encostou os lábios nos meus, tornando a repetir a pergunta pela terceira vez.

Meu corpo travou e eu vi meu reflexo nos olhos dele, recebendo um olhar diferente. Um olhar que eu nunca havia Laxus ostentar. Eu era incapaz de falar naquele momento e vi um sorriso se formar em seu rosto antes que ele amparasse meu rosto com as mãos e tornasse a me beijar.

Fechei os olhos sentindo a boca dele encostar na minha mais uma vez. Laxus sempre fora mais agressivo, de forma que eu já havia o visto beijar várias mulheres e não me surpreendi quando forçou passagem na minha boca com a língua. Apertei os olhos, afinal aquilo era muito estranho, mas não podia negar que era bom. Apenas me foquei em meus sentidos naquele momento, silenciando uma parte da minha mente que tentava buscar uma explicação do por que Laxus faria aquilo. Senti as mãos dele deslizarem do meu rosto para minha nuca e ele enlaçou meu cabelo entre seus dedos para forçar ainda mais meu rosto contra o dele. Ele ficou por um tempo fazendo aquilo e eu arrepiava, sentindo ele morder minha boca, incapaz de abrir os olhos de tanta vergonha.

- Vamos, me diga ... quem fez você chorar? ... – ele disse separando os lábios dos meus. Eu respirei fundo, havia ficado sem fôlego depois daquele beijo. Meu rosto ardia de vergonha e demorei a abrir os olhos, sem coragem de encará-lo.

- Por que ... Por que fez isso? – perguntei com a voz fraca quase entrando em desespero pela vergonha. Eu olhava em seus olhos sem entender aquela situação, ainda recebendo aquele olhar diferente, mas que eu podia sentir que era algo bom.

Lentamente ele soltou meu cabelo, deslizando a mão pelo meu rosto até chegar à minha boca. Acariciou meus lábios lentamente com o dedo indicador, me fazendo arrepiar. Isso me surpreendia, afinal ele mal me tocava e eu já me derretia por dentro.

- Te conto se responder a minha pergunta. – ele riu antes de responder, continuando a massagear meus lábios e a olhar em meus olhos.

- Não foi nada .... eu só ... – eu gaguejava, sentindo meu rosto esquentar pela vergonha.

- Foi a Evergreen não foi? – Laxus estreitou os olhos, deslizando a mão até meu queixo. – O que foi que ela te disse?

Eu apenas abaixei a cabeça. Não era capaz de dizer aquelas coisas que a bruxa havia me dito para ele. Tinha medo de que ele confirmasse, mas tinha quase certeza de que ele não faria isso depois que havia me beijado.

- Eu não sei o que ela lhe disse, mas se meu nome estava envolvido com certeza era alguma mentira.

- Você tem vergonha de mim? – acabei por perguntar, aproveitando a situação. Tinha de saber se aquilo não era só uma brincadeira, mas tive certeza de que não era quando ele esticou o corpo e passou os braços envolta do meu pescoço.

- Se eu tivesse, não estaria aqui.

Senti meu peito aquecer. Respirei fundo, sentindo o perfume que ele exalava e controlei a vontade de levar minhas mãos até suas costas e mantê-lo daquela forma para sempre. Era capaz de passar o resto dos meus dias sentindo aquele abraço que fazia meu coração pular dentro do peito.

Lentamente ele me soltou e ficou de pé. Um sorriso largo se formou em seu rosto e ele esticou a mão para que me ajudar a levantar. Mesmo receoso toquei a dele e fiquei de pé, ainda sentindo o quanto estava envergonhado por tudo aquilo. Depois que me levantei ele me deu as costas e deu um aceno enquanto tornava a caminhar pela trilha que levava à vila onde estávamos instalados. Incapaz de dizer ou fazer qualquer coisa, eu apenas o vi partir, com uma mão ainda sobre meus lábios, me lembrando da sensação maravilhosa que havia tido ao ser beijado. Antes que me desse conta, ele já havia partido e eu ficara sozinho novamente.

A noite não tardou a chegar. Fiquei um longo tempo naquele lugar de olhos fechados, apenas revivendo em mente aquele momento que passamos juntos. Sorri várias vezes e acabei por apagar da minha mente as palavras que Evergreen havia cuspido sobre mim. Aquelas palavras perderam o sentido depois daquele dia.

Sem demora, voltei para o hotel. Tentei parecer o mais normal possível, apesar que Bickslow apontara que eu estava muito risonho naquela noite. Dei de ombros, mesmo incomodado por Laxus não ter jantado junto com a gente e fui para meu quarto dormir. Vesti meu pijama e preparei minha cama, chegando ao ponto de cantarolar como uma garota apaixonada. Dobrei meus joelhos e fiz minha oração costumeira, agradecendo pelo meu dia. Já estava a ponto de pedir pela proteção de quem eu tanto amava quando escutei um barulho na porta que levava à varanda. Tomado pela curiosidade, rapidamente fiquei de pé e caminhei até a porta, abrindo-a. Senti meu peito esquentar ao ver Laxus parado ali e provavelmente por me ver corar, ele acabou por sorrir.

- Acabei esquecendo uma coisa ... – ele caminhou para dentro do meu quarto, passando por mim. Puxou-me pela mão e fechou a porta, acendendo um abajur ao lado da cama para que iluminasse aquele ambiente escuro. – Eu não respondi sua pergunta.

Meu coração bateu ainda mais forte e eu senti meu rosto ficar ainda mais vermelho. Vi em seus olhos meu reflexo quando ele tornou a se aproximar de mim, puxando meu corpo para junto ao dele.

- Não sou bom com palavras, mas posso te demonstrar a resposta na prática.

E antes que me desse conta ele já me beijava novamente, explicando através daquele ato que Evergreen e até mesmo eu estava enganado. Ele me amava, tanto quanto eu o amava e que ele também estava a disposto a dar sua vida pela minha, afinal, ele se tornara MEU a partir daquele dia.


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Notas finais do capítulo

Atenção Letícia: EU NÃO ODEIO A EVERGREEN E NEM ACHO ELA UMA BRUXA. Ela era a mulher mais próxima do Freed e do Laxus e eu precisava de uma mulher pra causar discórdia. NÃO ME BATE D:
Tu vai ser sempre minha Evergreen ♥
Voltando a fic: eu sempre coloquei o Freed como a vítima da história, não mudou muito, mas eu nunca abordei os chiliques dele no anime. Todos vêem a cara de desprezo do Laxus e eu realmente pretendia fazer com que o Laxus rejeitasse o verdinho e terminasse numa fanfic triste, mas eu não consegui fazer isso -
Consigo destruir e infligir dor em tudo, mas neles não >:
Outra coisa: até arrepiei escrevendo o Laxus perguntando: Quem fez vc chorar? .. essa pergunta derrete o coração de qualquer um *w*
Não dá, sério, eu amo demais estes dois e to eufórica demais pra escrever algo descente aqui. Ficaria anos só ressaltando o quanto acho lindo eles juntos (:
Perdi pontos no inferno por não escrever uma fanfic com putaria, mas confesso que imaginei eles se pegando hardmente no quarto do Freed :D
OK, PAREI.
Então despeço-me aqui e mando UM TIRO NA BUNDA das recalcadas que shippam eles com outras pessoas. VEJO VOCÊS NO INFERNO BITCHS e.é