Sunshine - a Alma Dourada escrita por Laay


Capítulo 1
Christmas


Notas iniciais do capítulo

PARTE UM
A DAMA E SEUS SONHOS


1. CHRISTMAS



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As dezenas de enfeites coloridos e brilhantes eram especialmente encantadores. E espalhavam-se por toda a casa, dando a tudo um ar mais acolhedor e festivo. Fazia um pouco de frio naquela noite natalina, e era possível ver os incontáveis flocos de neve deslizando pelo céu.


 


A mesa principal estava farta de aperitivos incrivelmente cheirosos, e, em todas as ocasiões que passava casualmente por perto da imensa sala de jantar, não perdia a oportunidade de desejar todas aquelas delicias – principalmente o enorme e gordo peru, no centro da mesa.


 


Eu acabava de cumprimentar a Condessa de Bashindore, uma viúva amargurada que sorria pouquíssimas vezes. Fui criada com uma educação impecável, e entre as lições de boas maneiras da mamãe se encontravam a simpatia ao dirigir-se a uma pessoa – e especialmente um nobre.


 


Andei vagamente pelo local e sorria gentilmente para todos aqueles que olhavam-me nos olhos, já acostuma em ser o centro das atenções – beleza era algo que não me faltava de maneira alguma. Tinha cabelos dourados como o mais puro ouro e os olhos azuis como o mais límpido dos céus, além de uma pele clara abençoada.


 


Alguém, delicadamente, pousou uma das mãos em meus ombros. Virei-me e encarei Vera Foster, minha melhor amiga em todas as circunstâncias. Seus lábios vermelhos formavam um doce sorriso quando se aproximou e entregou-me um caloroso abraço amigável – eu chegara há pouco mais de dez minutos, e ainda não tínhamos nos encontrado.


 


- Oh, olá. – disse, soltando um riso obviamente mais delicado e bonito do que o da morena. – Feliz Natal, Vera.


 


- Olá, Rose. – cumprimentou-me a morena, e passamos a andar. – Feliz Natal, também.


 


Vera, parente dos anfitriões e donos da casa, conhecia os terrenos muito mais do que eu – nunca havia estado naquele local antes. Percorremos os corredores lotados de nobres e famílias da alta sociedade, como as nossas. Até que minha melhor amiga apertou minha mão e puxou-me para uma sala mais reservada e silenciosa. Uma biblioteca.


 


- Maravilhoso. – murmurei, passando os olhos azuis pelos exemplares antigos e provavelmente caros. Sempre apreciei um momento tranqüilo de leitura. – É uma biblioteca fantástica essa de seus parentes, Vera.


 


Então, rodopiei – e meu magnífico vestido rodado, branco e vermelho, fez um efeito lindo. O rosto de minha amiga estava em uma mistura um tanto engraçada, emoção, felicidade e terror.


 


- Oh, Rose. – começou ela, desabando em uma poltrona de couro por perto. – Tenho um segredo chocante para revelar a você.


 


Desconfiada, aproximei-me dela. Tínhamos apenas dezessete anos, e por isso não imaginei nada muito peculiar ou poluído. Além do mais, eu a conhecia desde pequena e Vera sempre havia sido o melhor dos exemplos, juntamente comigo.


 


- E que espécie de segredo seria esse? – perguntei, erguendo uma de minhas sobrancelhas.


 


Neste segundo, a porta de carvalho escuro se abriu repentinamente, revelando a figura carrancuda de uma das criadas da casa. Sobressalte-me e Vera estava de pé rapidamente, assustada e de olhos esbugalhados.


 


- O jantar será servido, senhoritas. – anunciou, com uma voz morta e cansada. Senti uma incrível pena pela aquela senhora. Ela retirou-se, dando passos arrastados.


 


- Vamos. Depois você me conta, Vera. – disse, dando passos rápidos em direção a porta que se fechava. Caminhamos lado a lado pelos corredores e chegamos à sala de jantar, local de maior concentração de pessoas.


 


Avistei mamãe logo em seguida, e ela chamava-me. Despedi-me rapidamente de Vera, que se juntava a sua família também. Reparei que papai e meus amados irmãozinhos já estavam inquietos ao lado de mamãe. Aproximei-me mais dela.


 


- Rosalie, mais que falta de respeito. – falou mamãe, seu tom baixo. Acenou alegremente para uma amiga e voltou sua atenção para mim. – A procurei a festa inteira, para apresentá-la ao bom rapaz Vangor. Não é educado que uma dama desapareça em uma comemoração.


 


- Desculpe, mamãe. – redimi, provavelmente aparentando realmente algum remorso verdadeiro. – Estava conversando com Vera. Mas antes disso até cumprimentei a Condessa de Bashindore.


 


Um sorriso inexplicável surgiu no rosto de mamãe, enquanto éramos levadas até os nossos lugares na enorme mesa. Vera ficou consideravelmente distante de minha pessoa, cortando qualquer opção de nos comunicar.


 


- Verdade. A Condessa veio falar comigo a seu respeito. – o tom de minha mãe era completamente satisfatório. Adora quando a dava orgulho. – Ah, querida. Olhe ali, o rapaz Vangor. É um menino muito cavalheiro, aposto como você irá adorá-lo. Iremos tomar chá na mansão dos Vangor amanhã.


 


E mamãe piscou casualmente para mim. Sorride volta, enquanto as empregadas me serviam em porções moderadas. Observei por alguns instantes o rapaz que minha mãe havia indicado há pouco tempo, e ele realmente parecia encantador. Depois de alguns segundos, claramente, parei de encará-lo por questões de educação.


 


Vez ou outra durante o jantar o flagrava olhando cobiçosamente em minha direção, sorrindo abobalhadamente. Lacei-o um olhar envergonhado e abri um sorrido tímido, voltando rapidamente à atenção à conversa que corria pelas pessoas próximas a mim – e percebi que falavam divertidamente de bolsas e ações bancarias. Respirei fundo, e ajeitei pomposamente meus cabelos loiros e bem arrumados antes de prosseguir da refeição.


 


Ao servir a sobremesa, eu já estava perfeitamente satisfeita – mas, como mamãe me ensinou, fui educada e agradeci quando a criada pôs um pouco da torta em meu prato. E, a certo ponto do jantar, percebi que Vera também me olhava fixamente. Pensei que tínhamos combinado que ela iria contar seu segredo mais tarde, em um local mais reservado e em uma ocasião não tão importante.


 


- Obrigado pelo magnífico jantar, Cornélio. – agradeceu meu pai, quando já estávamos de saída e colocando nossos casacos. Mamãe despediu-se também, o que fiz logo em seguida. George e John, meus irmãos mais novos, acenaram para os donos da festa.


 


Saímos animados dentre a neve que caia, andando em direção a carruagem aquecida que nos esperava. Entramos rapidamente e, em meio à conversa divertida sobre a festa, avistei minha melhor amiga Vera na varanda espaçosa da casa, encarando-me com aqueles seus olhos verdes e, agora, preocupados.


 


 


 


 


 


 


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Notas finais do capítulo

e ai gente boa? essa é a minha primeira fic de Crépusculo e pretendo fazer outras, é claro. :D espero que vcs gostem, e, se alguém ler essa coisa, por favor comentem.



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