O Desafio de Aizen Reeditando escrita por Blitzkrieg


Capítulo 10
Capítulo 10: Um detalhe desanimador


Notas iniciais do capítulo

Ulquiorra se viu em uma situação delicada, mas sabia muito bem qual atitude tomar, sempre muito calculista e cuidadoso analisou todos os meios possíveis para ter Mayuri em suas mãos,porém mal sabia ele que seu conceito sobre a missão mudaria com um pequeno detalhe.



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Nemu estava imobilizada, a lâmina de zanpakutou em seu pescoço era um obstáculo para a fuga. Ulquiorra a segurava pressionando fortemente os punhos da tenente com sua mão esquerda, e com sua mão direita segurava sua zanpakutou movendo-a lentamente, de tal forma que a lâmina da mesma toca-se o pescoço de Nemu.Se manteve em tal posição, e com um olhar frio e voz serena pronunciou:

-Não é necessário me apresentar, pois como você pode ver eu tenho esta mulher sobre meu controle, posso cortar a garganta dela a qualquer momento, e é com isto que você deve se preocupar. Estou aqui para lhe impor algo por meio desta ameaça, qualquer atitude suspeita sua que eu julgar ser perigosa, eu não hesitarei em matar esta mulher. Creio que você pensará duas vezes antes de desacatar a minha imposição. – dizendo tais palavras, Ulquiorra aproximou o corpo de Nemu para si, apertando mais forte os punhos da mesma para que ela não escapasse.

Com esta atitude, Nemu soltou um gemido de dor e novamente pediu ajuda ao capitão, mas seu pedido passou despercebido.

-Um hollow?Será um hollow?Não, não, tem a aparência de um ser humano. De qualquer forma, tirarei minhas conclusões na sala de pesquisas, ele será um ótimo objeto de estudo. – disse Mayuri, ignorando completamente a ameaça de Ulquiorra e o pedido de ajuda de Nemu.

-Você parece que não compreendeu a gravidade da situação, eu estou falando muito sério sobre decapitar esta mulher. – disse Ulquiorra, tentando confirmar a sua teoria sobre o capitão, baseada na leitura que havia feito dos dados de Mayuri que possuía em Las Noches, sobre o chefe do departamento de tecnologia da Soul Society.

-Hum... você parece ser inteligente,não é um hollow comum. – observou Mayuri, colocando sua mão direita sobre o cabo de sua zanpakutou que se encontrava fixa em sua cintura. – Bom... você não escapará desta sala, colabore comigo e não tente fugir, não me faça perder muito tempo, pois tenho muito trabalho a fazer. – acrescentou Mayuri, sacando sua zanpakutou que emitiu um gás roxo por alguns segundos e depois cessou.

Começou a caminhar em direção ao espada lentamente.Ulquiorra percebeu que Mayuri não estava realmente levando a sério a sua ameaça, esta indiferença já era prevista por ele.

-Como eu imaginava. – disse Ulquiorra, fechando seus olhos e tomando uma expressão de tédio. Logo em seguida, abriu seus olhos e encarou Mayuri com seriedade. – Você irá me obedecer. – dizendo tais palavras, com um movimento ligeiro cravou a lâmina de sua zanpakutou no chão.Simultaneamente aumentou a força com que prendia Nemu para evitar sua fuga, e logo depois retirou do bolso o dispositivo de Aporro que havia roubado na sala de pesquisas.

Mayuri se espantou com a reação inesperada do estranho hollow e parou no meio do caminho olhando atentamente para o dispositivo. 

-O que é isso? – indagou o capitão surpreso, tentando analisar o objeto que Ulquiorra estava segurando.

-Este dispositivo é capaz de destruir qualquer informação digital e também é capaz de corromper configurações eletrônicas de qualquer computador ou aparelho com funções semelhantes, dentro de uma área limite. – explicou Ulquiorra, tentando não demonstrar qualquer alteração emocional para não influenciar os pensamentos do capitão.

-Maldito... – balbuciou Mayuri, assumindo uma expressão de preocupação momentânea. Correu os olhos em seguida rapidamente por seu laboratório, observando todos os monitores, logo depois voltou sua atenção para Ulquiorra, assumindo uma expressão de alívio, como se tivesse enxergado um truque na ameaça do estranho hollow. – Um hollow esquisito como você, não teria capacidade de desenvolver um dispositivo tão sofisticado, mesmo tendo certo grau de inteligência.Você está blefando, esse truque é antigo, esse negócio aí não funciona. – disse Mayuri, levantando sua mão esquerda e balançando-a como se ridicularizasse a situação que estava vivendo.Com uma expressão de deboche, soltou algumas gargalhadas curtas em seguida. – Você é um invasor divertido, eu precisava rir hoje, muito obrigado. – acrescentou.
 
Mayuri começou a caminhar novamente em direção á Ulquiorra, desta forma o espada percebeu que deveria amedrontar o capitão acionando o dispositivo. Depositando confiança nas habilidades científicas de Aporro, girou um pequeno reostato na região lateral do aparelho. Observou na pequena tela os parâmetros de intensidade em colunas que decresciam depois do giro, em seguida encarou Mayuri que se aproximava cada vez mais com sua zanpakutou estendida para baixo e pronunciou as seguintes palavras:

-Hum...terei de lhe mostrar então uma porção do que este dispositivo é capaz de fazer. – dizendo tais palavras, apertou um botão vermelho do aparelho fazendo-o emitir um som agudo, e no pequeno visor surgiram vários códigos binários.

Os monitores que o capitão olhara agora a pouco começaram a emitir choques elétricos, fazendo o capitão congelar e assumir uma expressão de espanto. Rapidamente direcionou seu olhar para os monitores e pôde ver vários códigos binários cobrindo as telas, todos os monitores a sua volta começaram a repetir o estranho fenômeno.

-Não! Isso é impossível! Maldito! – exclamou Mayuri, completamente desorientado com o que estava acontecendo.

-Você agora reconhece que não tem escolha a não ser fazer o que vou mandar? – disse o espada, sentiu-se aliviado por o dispositivo ter funcionado, mas procurou manter a seriedade e o tom sombrio de sempre.

-Diga qual a sua imposição!Estranha criatura! – exclamou o cientista, completamente irritado com o invasor.Havia desistido da idéia de capturá-lo para utilizá-lo como objeto de estudo, agora estava com vontade de matá-lo, e da forma mais cruel e dolorosa possível.

-Muito bem... – disse Ulquiorra, guardando o dispositivo em seu bolso. – Você terá que me trazer o cajado do general Yamamoto, se você for pego você não poderá dizer uma palavra sobre mim e nem poderá promover a minha captura. Se você fizer algo parecido, eu destruirei todos os dados que este departamento possui, acionando o dispositivo em máxima intensidade. – acrescentou, novamente assumindo seu tom de ameaça.

Mayuri fez alguns segundos de silêncio e pareceu refletir sobre as palavras do invasor, por um momento Ulquiorra achou que o cientista fosse explodir e liberar a bankai de sua zanpakutou não se importando com o departamento, destruindo ele logo ali mesmo. Porém, a atitude real foi bastante curiosa.

-haha!hahaha!hahahahahahaha! – riu Mayuri, deu uma gargalhada como se Ulquiorra tivesse contado a piada mais engraçada de sua vida. – Você não pode estar falando sério! Quer que eu roube a zanpakutou do velho!? – indagou Mayuri, em tom de deboche, retirando logo em seguida as mãos de sua barriga, estava chorando de tanta graça que havia sentido.

O espada estremeceu, nem teve tempo de se sentir envergonhado, pois não sabia deste pequeno detalhe, ele não possuía muitas informações sobre o comandante Yamamoto, elas eram confidenciais a Aizen. Por um momento, sentiu vontade de desistir por completo da missão, não sabia que o cajado do comandante era também sua zanpakutou, a missão que para ele já era tida como quase impossível se tornou impossível por completo. Começou a refletir sobre o propósito de Aizen enviá-lo para tal missão, agora não conseguia compreender de verdade o motivo de  enviá-lo para roubar a zanpakutou do comandante.Não se conteve e assumiu uma expressão de espanto, chamando a atenção de Mayuri.

-Ora rapaz, você não sabia que o cajado é também a zanpakutou do velho? Você parece assustado. – indagou o cientista, assumindo uma expressão mista de deboche e ódio.

O alarme começou a soar, Ulquiorra percebeu que haviam descoberto a invasão, mas ainda estava um pouco abalado e sua reação estava meio lenta. 

-Ahm... – resmungou o espada, parecia muito desanimado, mas procurou manter-se calmo e seguro de suas intenções. – Esta é a imposição, trate de roubar o cajado ou zanpakutou tanto faz, eu te procurarei para cobrá-lo em breve, e é bom você se lembrar das condições que lhe impus, pois se não lembrar eu cumprirei a minha palavra de destruir esse laboratório. O comandante provavelmente convocará uma reunião de capitães em breve, para discutir a minha invasão e você tratará de fornecer informações que não me prejudiquem.Você não poderá me descrever ou fornecer informações que facilite a minha captura. – dizendo tais palavras, Ulquiorra empurrou a Nemu contra o capitão. Mayuri deu um tapa na tenente fazendo-a bater na parede e cair no chão, logo em seguida ele preparou-se para cortar o espada com sua zanpakutou, mas este utilizou o sonido e saiu da sala.Mayuri ouviu um estrondo, e percebeu que a parede do outro cômodo fora arrebentada, o invasor conseguiu fugir do local.

-Maldito!!! Maldito hollow!!– gritou, e bateu a porta da sala com muita força logo depois,fechando-a.Em seguida a trancou para não ser incomodado pelos curiosos que chegariam no local querendo saber o que houve.


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