Harry voltou para o Ministério para reportar a Kingsley sua visita aos Malfoy, no entanto ele teve de esperar alguns minutos, pois o ministro estava resolvendo alguns assuntos com outro auror.

Enquanto esperava Harry estava pensando em tudo o que Malfoy lhe contara e tentando fazer as coisas se encaixarem.

Quem quer que fosse esse tal de Mikhail, ainda era uma incógnita. Harry não tinha as respostas para algumas perguntas que ainda o atormentavam, como por exemplo, a ligação entre Lord Voldemort e esse cara.

Harry duvidava que se ele fosse partidário de Voldemort, o mesmo o deixaria de fora da batalha final, afinal, Karkaroff renunciou o Lorde das Trevas e foi morto, então isso não fazia o mínimo de sentido, por outro lado, talvez Voldemort estivesse treinando-o em segredo para ser seu sucessor, vindo de Vodemort, Harry podia esperar qualquer coisa.

A ideia de que Mikhail foi aluno de Durmstrang também dava arrepios em Harry, afinal, Durmstrang era conhecida por ensinar as Artes das Trevas aos alunos, até que para fins acadêmicos isso não era uma má ideia, mas nem todos os bruxos de Durmstrang são tão legais como Vitor Krum.

O ministro finalmente apareceu e cumprimentou Harry e depois perguntou por que ele estava ali.

- Vim reportar os acontecimentos durante o interrogatório dos Malfoy – disse Harry calmamente.

- Interrogatório? Por que interrogatório? – perguntou Kingsley confuso.

- Esta manhã eu estive na mansão do Senhor Lucio Malfoy a fim de fazer alguns esclarecimentos.

- Sem falar comigo antes Potter? – perguntou Kingsley um pouco alterado.

- Desculpe ministro – adiantou-se Harry – eu precisava tirar algumas dúvidas e pode ficar tranquilo, eu obedeci às regras.

- É melhor, mas ainda foi errado.

- Mais uma vez eu peço desculpas – disse Harry.

- Ok. Bem, vamos ao que interessa – falou Kingsley mais calmamente – Conte-me tudo.

Harry narrou tudo o que havia acontecido na casa dos Malfoy. Como fez os três tomarem Veritaserum, tudo o que Draco havia dito sobre o tal aluno da Durmstrang chamado Mikhail e suas hipóteses sobre esse garoto ter ou não alguma coisa a ver com Voldemort.

- Isso é bem a cara do Voldemort – disse Kingsley depois que Harry terminou – Minerva também veio aqui e ela disse que precisa conversar com você e também com Rony e Hermione, algo que tenha a ver com a profecia.

- Ela deu algum detalhe? – perguntou Harry.

- Não, mas ela pediu que eu avisasse vocês três que ela vem mais tarde para conversar. Pode voltar aos seus afazeres e eu mando Percy avisar vocês quando a professora voltar.

- Então tá – disse Harry e saiu da sala do ministro.

O que a professora McGonagall queria falar com os três, Harry não sabia, mas se tinha algo a ver com a profecia não podia ser uma coisa boa.

***

O dia se passou monótono e Harry ficou um bom tempo conversando com Rony. Contou a ele tudo o que descobrira até agora.

- Belo amigo você é – disse Rony – vai à casa dos Malfoy, humilha eles, quase arranca o braço do Draco e nem me convida para ir junto.

Harry riu e pediu desculpas a Rony – isso era uma coisa que eu precisava fazer sozinho Rony, mas eu me arrependi de não ter levado você, devia ter visto a cara do Lucio quando eu tirei o frasco de Veritaserum do bolso.

Eles riram mais um pouco e Harry perguntou:

- Tem ideia do que a McGonagall quer com a gente?

- Kingsley não falou comigo e muito menos com Hermione – contou Rony – o que quer que a Minerva tenha pra falar conosco ela quer falar com nós três juntos.

- Como nos velhos tempos – falou Harry.

Eles ainda estavam falando quando Percy apareceu com Hermione logo atrás dele.

- A Minerva chegou – disse ele.

***

Harry voltou com Rony, Hermione e Percy no escritório do ministro, onde ele e a professora estavam lhes esperando.

- Sentem-se – disse a professora.

Os três sentaram-se um do lado do outro e Percy ficou em pé ao lado de Kingsley.

Aquela cena lembrava a Harry os tempos de Hogwarts, quando os três violavam as regras e iam parar na sala da diretora da Grifinória.

- Ainda bem que vocês chegaram – Disse Minerva - O ministro estava me contando da pequena visita que você fez a família Malfoy Harry. Vocês devem estar se perguntando por que chamei vocês aqui, pois bem, como vocês viram no ultimo dia dois, Sibila fez uma predição. Desde então eu tenho estudado as palavras e cheguei à seguinte conclusão: A primeira frase

“O novo inimigo está se aproximando sorrateiro, esse é ainda mais cruel que o primeiro”, quer dizer que esse inimigo não é Voldemort, assim como a Senhora Weasley muito bem observou, mas provavelmente está aliado a ele. 

“A pior batalha que o mundo da magia já viu está muito próxima de começar, discípulo e discípulo estão prestes a se enfrentar”, quer dizer que seja quem for é pior que Voldemort, é óbvio e quem tem que enfrentá-lo não são vocês três.

- O que? Como assim? – perguntou Harry confuso.

- Eu acho que entendi o ponto – disse Hermione – Discípulo e discípulo estão prestes a se enfrentar: um dos discípulos tem Voldemort por mestre e o outro é o discípulo do maior inimigo dele, ou seja, você Harry.

- Vejo que continua com um ótimo raciocínio Hermione.

- Mas eu não tenho nenhum discípulo – falou Harry sem entender nada.

- É exatamente por isso que eu estou aqui – disse a Professora com calma. – Vocês três vão voltar a Hogwarts esse ano como professores para achar o discípulo perfeito para Harry Potter.