A Ladra De Raios - Brittana escrita por Ju Peixe


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi... Alguém possesso comigo pela demora?



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Depois da Captura à Bandeira, minha vida tinha mudado completamente. Santana tinha se encarregado de “cuidar” de mim todos os dias, me ajudando com o Grego antigo e com outras coisas que eu precisava praticar. Ela também havia me tirado do meio da multidão depois daquela noite em que o tridente apareceu acima de mim. Fiquei em um dos chalés grandes e bonitos, mas vazios. Sentia-me sozinha agora, pois aparentemente eu sou intimidadora. Estranho, mas tudo bem.

Santana era a única pessoa além de Sam e Finn que ficava comigo. Ela estava sendo uma boa amiga para mim, mas o seu humor era bem... Imprevisível. Às vezes eu me perguntava o que tinha feito de errado para deixa-la com tamanho mau humor... E então chegava a conclusão de que esse era o jeito dela de ser.

Mesmo com a carranca, eu a adorava. Era divertida, e eu podia ver o bom coração que ela tinha. Uma pena que nem todos partilhassem da mesma opinião sobre a latina.

Hoje era mais um dos dias em que a carranca tinha tomado forma no rosto doce de Santana. Um dos meus outros passatempos preferidos era irritá-la quando estava de mau humor. Era no mínimo engraçado ouvir Santana proferir quinhentas palavras em espanhol e ficar mais irritada quando eu alegava não entender uma palavra do que ela falava.

- Vamos, Cabeça de Alga. Não é nada tão complicado assim... É só Grego, poxa! – ela reclamou quando não li a frase com perfeição.

Cabeça de Alga tinha se tornado o meu mais novo apelido, dado por Santana. Cada vez que eu fazia alguma coisa errada ela resmungava algo sobre a minha cabeça estar cheia de algas no lugar do cérebro.

- Ah! Mas é claro, Salsa Caliente! Mil perdões é só Grego! Ora Santana, tenha um pouco de paciência comigo. Eu vou aprender, mas eu preciso que você pare de me estressar... – retruquei.

Ela me lançou um olhar irritado. Bingo. Salsa Caliente era o apelido que Kurt me ensinou. Achei Satã e outros muito ofensivos, só queria tirá-la um pouco do sério, não magoá-la. Eu sabia que machucava um pouco Santana quando diziam alguns desses apelidos cruéis.

- Escute peixinho fora d’água. Minha paciência tem limites, principalmente quando o assunto é você e grego antigo. Então, por hoje chega. Vamos treinar esgrima ou algo assim. – ela disse parecendo nada feliz.

- Ah, não sei não. Promete que não vai tentar me atacar com a espada que nem fez daquela última vez? – perguntei abrindo um sorrisinho.

Ela virou-se para mim e abriu um sorriso largo. Adeus carranca.

- Prometo. – ela respondeu tomando minha mão. – agora vem, Cabeça de Alga. Temos muito que fazer ainda.

Segui-a para a arena e ficamos um bom tempo treinando. Ela era muito boa com uma espada, mas era melhor com um arco. Ou melhor do que eu, pelo menos. Não que fosse muito difícil.

Paramos um pouco o treino e Sam apareceu com um sorriso largo no rosto. Eu ainda tinha que me controlar para sair correndo cada vez que ele abria aquela boca enorme, pois tinha a leve sensação de que ele nos engoliria.

- Britt! Ei, está afim de fazer alguma coisa agora? – ele perguntou.

Olhei para Santana e ela já estava com a cara fechada de novo. Bem vinda de volta, carranca.

- Hoje não, Sam. Vou ficar por aqui. – respondi.

O rapaz assentiu e saiu. Voltei meu olhar para Santana que estava com uma carranca enorme. Sorri, pois ela ficava mais linda emburrada. Mesmo que fosse com uma cara do tipo “eu vou te matar se você abrir a boca de novo” ela ficaria linda.

- Fechou a cara de novo, bonitinha? – perguntei sorrindo.

- Não sei do que está falando. – ela respondeu seca.

Nossa, era incrível como ela passava de latina feliz para latina emburrada. Mas era divertido, principalmente se eu conseguisse irritá-la. Ouu, a não ser que fosse o que eu estava pensando. Ai não seria nada divertido.

- Você gosta dele. – disse, meio perguntando, meio afirmando.

- O quê? Você ficou louca? – ela disse incrédula - Precisamos dar um jeito nessas algas na sua cabeça... Estão abafando seu cérebro.

Sorri para ela, mas ela não desfez a carranca. Isso era bem engraçado.

- Mas então porque você faz essa cara de emburrada cada vez que ele aparece e te ignora? Vamos, San! Me diz... – pedi derrubando-a no chão e a imobilizando.

Sentei em cima dela e abri um sorriso. Ela me fuzilou com os olhos e meu sorriso apenas se alargou.

- Por nada! E se eu que te impeço de sair com o Bocão, vai logo que ele tá te esperando. – ela disse virando o rosto para mim.

Sai de cima dela e sentei ao seu lado. Ela sentou também, arrumando a camiseta levemente amassada.

- Não... – Respondi. – Eu... Eu prefiro ficar com você. Além do mais, aquela boca me da calafrios, San. Sei lá, parece que ele vai me engolir ou algo assim.

A carranca sumiu de seu rosto e deu lugar a um largo sorriso.

- Prefere ficar aqui comigo? – ela perguntou mais alegre.

- Prefiro. – confessei. – Não está mais irritada?

- Não, Cabeça de Alga. Já passou. – ela respondeu calmamente. – agora vem, ou vamos perder o jantar. Depois temos que nos juntar aos outros à fogueira.

Santana provavelmente percebeu a minha expressão chateada. Eu odiava sentar sozinha nas refeições, mesmo quando Finn aparecia para comer comigo não era a mesma coisa. E na fogueira eu geralmente ficava sozinha porque eu “intimidava” os outros com os meus poderes.

- Vamos, Cabeça de Alga. Eu fico com você na hora da fogueira.

Levantei os olhos mais animados.

- Promete? – perguntei com um leve sorriso.

- Claro que sim. Eu sou sua amiga, de qualquer forma. E não vou te deixar sozinha com o Bocudo. Vá que ele te engula.

Sorri e segui Santana para o jantar. Sentei junto a ela e ficamos conversando um bom tempo, até que ela foi para sua mesa. Finn veio jantar comigo e me alegrou um pouco mais. Disse que estava namorando uma ninfa chamada Sugar e que estava muito feliz. Conversamos um bom tempo até a hora da fogueira. Fui em direção a Santana e Finn foi se juntar a misteriosa Sugar. Eu precisava conhecê-la.

Santana sentou-se ao meu lado e ficamos cantando as músicas do acampamento. Algumas pessoas ainda me olhavam torto, com se esperassem que eu fosse explodir. Isso me magoou um pouco, mas logo a mão de Santana repousava sobre a minha.

- Não faz essa carinha, Britt. – ela pediu baixinho.

Sorri quando ela me chamou de Britt. Sem Cabeça de Alga, Peixinho, Pierce-Peixe ou nada assim. Só Britt. Entrelacei meus dedos nos seus e estava prestes a falar quando as chamas da fogueira começaram a crescer e a tomar forma. A imagem de um homem extremamente forte e com uma cara nada boa apareceu no meio das chamas.

- BRITTANY PIERCE, APAREÇA! – Ele ordenou.

Tentei me levantar, mas Santana apertou meu pulso com força. Lancei um olhar para ela e soltei minha mão de seu aperto, aproximando-me das chamas.

- Estou aqui! – disse ao homem.

Ele me olhou da cabeça aos pés. Lançou-me um sorriso irônico e começou a falar.

- Você tem algo que me pertence! E eu tenho algo que pertence a você – ele disse, abrindo a mão.

Pude ver a figura de uma mulher em uma jaula surgir das chamas. Mãe. Então ela está viva! O homem voltou a me fitar, com o mesmo sorriso.

- Você tem três semanas. Se não aparecer, ela morre.

Dito isto, o homem desapareceu engolido novamente pelo fogo, deixando-me sozinha e atordoada. Mas do que diabos ele estava falando?


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Pra quem curte Harry Potter, eu tenho uma outra fic já em estágio final. É Brittana também.
Pela demora, me perdoem. Eu estou sem muito tempo para escrever, já estou com trabalhos até o pescoço.



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