Impossível... Mas O Impossível Pode Acontecer! escrita por aninha_nee-chan


Capítulo 1
One Shot


Notas iniciais do capítulo

Acho que esses dois formam um belo casal...
Inner: Preferia ter ambos só para mim *-*



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Eu estaria mais uma vez esperando por aquele cara. O pior de tudo era que eu não queria sentir aquilo pelo homem que a pessoa com quem eu mais me importava no mundo gostava. Mas eu não tinha escolha se minha mente não obedecia à razão e eu continuava a nutrir esperanças por ele.

-Bom dia irmãozinho! – minha irmã me acordava sempre de bom humor, não tinha como não sorrir.

-Bom dia... – resmunguei em um bocejo e sorri olhando para aquela linda morena de rabo de cavalo que eu amava – E então, como está o dia lá fora?

-Nenhuma arma biológica á solta. – ela respondeu sorrindo e piscando para mim – Vou querer que depois de se acordar mesmo, dessa e prepara o almoço enquanto dou uma geral na casa. Teremos um convidado especial hoje no almoço, então vim te acordar antes que ele o fizesse de um jeito nada agradável. Sem contar que eu não poderia fazer comida e arrumar a casa ao mesmo tempo! – ela disse sorrindo e depois saiu do meu quarto, enquanto que eu fiquei lá lembrando da última vez que ele nos visitara, umas duas semanas atrás.

Lembrança:
Eu estava em um forte sonho, onde eu estava de volta á mansão onde a loucura ocasionada pela Umbrela começara. Depois de perambular por um corredor conhecido, estava passando por um outro corredor metalizado que eu não me lembrava que tinha naquele lugar. Então no final do corredor estava Piers me olhando com tristeza, e sua aparência passava de normal para transformado no que aquele vírus idiota fizera com ele. Eu corri para ele e quando o alcancei e segurei seus ombros, tentava falar mas a voz não saia. E ai ele sorriu para mim e disse:
“-Bom dia, bela adormecida!” - foi quando abri meus olhos e dei de cara com uma arma, e um Leon com um meio sorriso me olhando com uma sobrancelha arqueada – Você parecia estar tendo um sonho bem turbulento. Pensei até que pudesse estar finalmente se transformando em um de nossos amigos monstros.

-Tira essa coisa da minha cara! – eu empurrei a arma e sentei na cama passando a mão atrás do meu pescoço – Eu estava vendo o Piers e repentinamente ele disse “Bom dia bela adormecida”... Foi muito estranho.

-Se ele tivesse dito belo adormecido não seria, certo? – Claire disse sorrindo atrás de Leon que já guardara a arma e cruzara os braços.

-Fui eu quem disse isso, e você devia deixar os mortos descansarem. – ele saiu e foi em direção a porta, parando de costas com a mão na maçaneta – Você só esta sonhando com ele porque pensa nele antes de dormir, já lhe disse que coisas ruins acontecem, não se pode se sentir culpado. – ele saiu encostando a porta.

-Não sei o que deu nele, até então ele estava feliz da vida porque finalmente está de férias. – ela comentou dando de ombros e logo após sorriu para mim – A comida já está pronta, nos acompanha senhor Redfield?
-Você permite, senhora Kennedy? – falei sorrindo falsamente e sentindo uma leve irritação.
-Há, há! Como você é engraçado. – ela retrucou com falsidade e deu as costas.
Mas antes que ela o fizesse eu vi as bochechas corarem. Ela não podia me enganar. Eu conhecia minha irmã como ninguém, e sabia que ela gostava dele mais do que como um amigo.

-Leon, você chegou! – ouvi Claire dizer feliz após atender a porta.

-E pensou que eu não viria? – ouvi os dois darem um beijo estalado, provavelmente na bochecha, sai da sala e fui para o corredor da porta – E perder o almoço da minha garota que melhor sabe cozinhar? – ele piscou para ela.

-Só para constar, fui eu quem preparou o almoço hoje. – disse sorrindo estendendo a mão para ele e me aproximando.

-Mas era de você que eu falava. – só ouvi minha irmãzinha rindo, ele sorriu amplamente, apertou forte minha mão e puxou ela para baixo, nos aproximando mais e me dando um breve, mas também forte abraço – Tudo bem com você companheiro?

-Tudo. – falei me distanciando sem olha-lo no rosto – Vou terminar de colocar a mesa. – disse passando por Claire e dando um leve aperto no braço dela.

-Tudo bem. – ela sorriu para mim – Quer esperar na sala? – voltando-se para ele.

-Claro... – ouvi ele responder de longe, pois eu já estava praticamente na cozinha nesse momento.

 Enquanto colocava os pratos, os talheres e os copos na mesa, fiquei pensando em como eu agiria se esses dois aprofundassem o que tinham. A minha sorte era que o Leon não era exatamente um homem de uma só mulher. Não que eu considerasse isso muita sorte, já que isso conseguia me fazer ficar irritado ás vezes.
-Merda... – falei para o nada me abaixando para pegar os cacos do copo que eu derrubara no chão enquanto estava perdido em pensamentos – Tá tudo bem, eu só derrubei um copo no chão de descuidado que sou! – gritei para evitar que aqueles dois aparecessem armados achando que alguma coisa nos atacara.

-Um descuido pode causar sua vida, Chris. – a voz dele me fez ter um arrepio que eriçou os pelos da minha nuca, me virei para trás, ainda agachado, e vi ele encostado na porta de braços cruzados e um sorriso estranho – Como você tem um traseiro grande não? – ele comentou olhando em certa direção.

-Idiota. – grunhi e voltei a cuidar dos cacos sentindo meu rosto ficar quente.

-Quer ajuda? – ouvi os passos dele se aproximarem.

-Não! – eu me exaltei, não querendo que ele se aproximasse pra evitar que pudesse notar meu rosto corado – A Claire foi fazer o que para não estar aqui desfrutando da sua presença? – sorri lançando um olhar de zombaria para ele que já havia feito a volta e estava de frente para mim, me ajudando com os cacos.

-Ela preferiu trocar a blusa que ela percebeu que estava meio suja. – ele falou após me encarar alguns segundos – Pronto, sem maiores estragos, certo campeão? – ele disse colocando os cacos que ajuntara em minha palma aberta.

-Obrigado. – respondi me levantando do chão e indo em direção a pia da cozinha.

-Tá tudo bem aqui? – olhei para a porta da cozinha e minha irmã maluca estava com uma arma na mão e uma cara de doida olhando em volta.

-Sim. – eu disse ao mesmo tempo que Leon tirava sarro dela.

-Não se preocupe que eu protegerei a família Redfield, senhorita Claire. – ele respondeu abrindo o colete que usava mostrando um coldre com duas pistolas – Mas antes de mais nada, você tem permissão para usar essa arma, mocinha?

-Você está de férias! – ela apontou para ele, piscou, sorriu e foi se sentar para almoçar.

Lavei minhas mãos e enquanto os dois conversavam sobre alguns gostos em comuns que eles tinham(umas  séries de televisão e música), me servi e comecei a comer, enquanto pensava que apesar do leve ciúmes que sentia de um com o outro, também gostava de estar na presença dos dois. Pelo menos me dava uma sensação de complemento que eu pouco conhecia. Desde muito cedo tinha sido apenas eu e Claire, mas toda a loucura que houve em Raccon City(nossa antiga cidade natal), até que haviam sobrado coisas boas das literalmente cinzas que restaram de lá.
-Como você pensa alto, Chris, não deixa nem eu e sua irmã conversarmos! – falou alto Leon dando uma leve batida na mesa me tirando dos meus pensamentos e tirando um riso de minha irmã.

-A claro, me desculpem. – sorri e terminei de dar a última garfada no estrogonofe que comia.

-E esses pensamentos todos são de quem? – olhei para frente e Leon me encarava curioso.

-Como assim de quem? – olhei para ele e Claire, sem entender do que eles falavam – Meus?

-Sim, mas ele se referia sobre em quem você tanto pensa. – ela colocou a cabeça descansando na palma da mão – Não vais me dizer que encontrou uma recruta interessante pra me apresentar como cunhada?!

-Que nada! – eu sorri me levantando da mesa e pegando meu prato para coloca-lo na pia para lavar – Até entraram uns recrutas na BSSA, mas são todos homens.

-Hum... – me virei e vi ela desanimar para logo se levantar da mesa em um pulo – Eu estou com vontade de comer sorvete, quem vai comigo até o mercadinho da esquina comprar um pote comigo? – ela olhou sorridente de relance para mim e encarou o Leon por um tempo.

-Alou? – o telefone dele deu um breve barulho e ele logo atendeu se levantando da mesa – Sempre posso falar com você. – ele deu um meio sorriso e saiu da cozinha.

-Quem será que era? – ela perguntou para mim meio desanimada.

-Deve ser uma das muitas mulheres que são caidinhas por ele. – respondi tentando apoia-la com o olhar e depois pegando o prato dela e colocando na pia junto do meu – Acho que ele não vai comer mais, certo?

-Não vai porque eu vou ir lá comprar o sorvete! – ela disse voltando á sua felicidade boba habitual – Quando ele voltar da ligação, se ele quiser sair, não deixa que vou comprar um sorvete bem gostoso pra nós 3,está bem?!

-Sim, capitão! – brinquei batendo continência(levantar a palma da mão reta até a testa e baixar) como um soldado cumprindo ordens faria.

-Bobo! – ela disse vindo me dar um beijo estalado na bochecha e saindo.

Empilhei a louça usada na pia, tirando os cacos de vidros que ali ainda estavam e embalando com cuidado para por depois por no lixo. Guardei a comida que sobrará na geladeira e comecei a lavar as panelas. Estava enxaguando a última panela quando a voz perto de minha orelha me arrepiou e me fez derrubar a panela na pia.

-Voltei.

-Percebi... – grunhi pegando a panela nas mãos, enxaguando mais uma vez – Quem era?

-Curioso?

-Sim, principalmente depois do “Sempre posso falar com você!” – disse deixando a voz mais fina no final “imitando” a voz dele.

-Com ciúmes? – senti meu rosto esquentar um pouco e olhei de soslaio para ele, vendo seu sorriso estranho novamente.

-O certo seria responder a pergunta inicial com uma resposta, mas até agora só me respondestes com perguntas. Se é que eu pudesse dizer que me respondestes. – conclui tirando o sabão das mãos e largando a esponja de lavar louça em cima dos pratos, indo até a mesa e me recostando nela, com os braços cruzados.

-Me responde a última pergunta que eu fiz? Você ficou com ciúmes?

-Fiquei. – ele deu um longo passo em minha direção ficando a poucos centímetros de distancia – Afinal de contas, minha irmã tem uma queda por você e... – eu tinha virado o rosto e olhava para o nada sem olhar no rosto dele, pois aquela aproximação e a conversa já havia sido o suficiente para meu rosto pegar fogo e eu sabia que estava vermelho.

-Mas e quanto á você? – ele pegou meu queixo e me fez encara-lo – Também tem uma queda por mim?

-Olha, eu vou assumir que também te acho um cara bonito mas... – ele prensou seus lábios nos meus com vontade, metendo a língua em minha boca, segurando meu rosto com uma mão e puxando me para ainda mais perto com a outra mão em minhas costas – O que é isso? – falei respirando ofegante o encarando.

-Eu me senti atraído por você desde a primeira vez que nos vimos. Não vamos negar que existe algo á mais quando nos vemos. Eu posso perceber o desejo oculto toda vez que você me olha nos olhos, Chris. – ele praticamente sussurrou meu nome.

Voltou a me beijar com paixão. Eu é claro, retribuí sem pensar duas vezes. Aquilo era exatamente o que eu sempre quisera.

-Espera! – a razão voltou á mim quando a imagem de Claire entrando feliz com seu sorvete na cozinha, e me vendo sobre o Leon, ou ele sobre mim, veio em minha mente – A Claire logo vai chegar, ela não merece ver a gente assim. Ela também gosta de você!

-Se ela quisesse também poderia se juntar á brincadeira. – empurrei ele seriamente, que sorriu e voltou a se aproximar colocando os braços em volta de mim – Era brincadeira.

-Sei... – ele voltou a me beijar com desejo, mas eu logo o empurrei – Para. – disse sério e passei por ele, voltando me para a louça que ainda não terminara – Mas estou confuso quanto á uma coisa.

-O que? – ele perguntou ficando ao meu lado na pia, com uma toalha de secar louças que eu nem havia visto que ele tinha pego e começou a me ajudar secando a louça já lavada.

-Como se faz... Entre dois homens...

-Sexo?

-É. – respondi sentindo meu rosto esquentar.

-Quando você quiser e se sentir preparado, eu te ensino e prometo que não vai doer tanto quanto será prazeroso.

-Espera! – alcancei para ele o último prato – Eu não vou deixar você... – olhei para ele irritado, não conseguindo completar a frase.

-Nós tentaremos de meu jeito, se você não gostar, tentamos do seu, que tal? – ele respondeu calmo como se falássemos de algum plano de acabar com alguma ameaça bioterrorista.

-Você é mais novo, mais bonito e menor, não parece certo eu ser... – comentei lavando a pia e as mãos em seguida.

-Eu sou o com mais experiência no assunto, você segue meus passos, feito? – ele respondeu com um meio sorriso, dei um passo em direção á ele com a intenção de iniciar um beijo e mostrar que posso comandar quando uma voz conhecida me assustou:

-No que o Leon tem mais experiência do que você, Chris? – Claire chegou colocando a sacola com o pote de sorvete em cima da mesa.

-Ahm... – eu não sabia o que dizer e estava mais preocupado com o que ela poderia ter ouvido.

-Caçar mafagafos. É sorvete de que? – Leon respondeu e perguntou em seguida.

-É de bombom. Mas o que são mafagafos?

-São criaturinhas que mudam muito rápido de posição, mas eu sei como controla-las.

-Vamos comer sorvete? – perguntei mudando de assunto intendendo o recado entre linhas que o loiro me mandara, e ele entendendo que eu estava desconfortável com aquele papo, começou a conversar com minha irmã sobre as muitas coisas que eles gostavam em comum.


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