The All Time escrita por Avery Chad


Capítulo 1
Capitulo único,


Notas iniciais do capítulo

Queria que estive em mente que escrevi a one após o episodio 02x10. Para o sentido da historia permanecer, não mudei nada. Espero que goste



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/337220/chapter/1

Há dias me perguntava por que a vida tem uma maneira tão estranha de nos mostrar aonde erramos? Há pouco tudo que desejava era ver a desgraça de todos que um dia ousaram a entrar em meu caminho. Porem agora me via disposta a abdicar da magia para ter a única pessoa a qual me restara. Com um suspiro cansado de remoer tudo que havia feito e todos os pontos a qual precisava mudar, me levantei do banco que havia em baixo de minha macieira que agora se encontrava com os frutos podres. O aperto em meu coração por ver minha amada árvore no estado que estava foi inevitável. Entretanto não tinha tempo para lamentações teria que mudar aquela história e para isso deveria secar as malditas lágrimas que caiam insistentemente por meu rosto e lutar pelos meus desejos, mesmo que um deles fosse impossível.

Com passos largos cheguei à cozinha, a qual agora se encontra sendo minha única amiga. Mesmo que a casa se encontrasse vazia, cozinhar era algo que me tirava do ar me fazendo esquecer as batalhas que travava comigo mesma. Com um suspiro desgostoso comecei a trabalhar.

Já estava naquele ambiente há horas, mas o barulho de minha porta sendo derrubada me fez pular de susto e correr até o hall para ver o que estava se passando. O susto maior foi notar encantado ali em pé empunhando a espada como se estivesse a ponto de matar um dragão.

– O que? – gritei ao ver o estrago que estava à entrada de minha residência. – Enlouqueceu? Ou qual a merda que estou sendo acusada de ter feito?

– Eu cansei Regina, cansei de procurar e não achar nada. Portanto agora você irá me levar até Branca e Emma, nem que para isso tenha que ameaçar sua vida. – disse descontroladamente o homem a minha frente sua raiva estava evidente em seus olhos.

– O que quer que eu faça Encantado? Já não disse que não tenho idéia de como chegar até aquela Ilha? Ou você está ficando débil e já não compreende mais o que dizem a você? – Murmurei de volta a ele arrogante. – Agora, por favor, poderia se retirar da minha casa? – disse rapidamente me virando para voltar à cozinha antes que algo queimasse se já não havia queimado.

Porém quando dei meu primeiro passo mãos fortes seguraram um de meus braços, me fazendo ficar de frente ao dono das mãos. – Está me machucando. – sibilei tentado em vão soltar meu braço do aperto.

– Eu disse Regina só saio daqui quando você achar um jeito de trazer elas de volta. – disse ele teimosamente, com o mesmo olhar de antes, mas agora ele se encontrava com o meu, as palavras que estavam na ponta da língua se foram e meus pensamentos ficaram perdidos sobre o mar azulado do homem a minha frente e como se o mundo parasse e minha corda de salvação fosse o azul brilhante que me encarava. Nossos rostos se encontravam cada vez mais próximos minhas pernas sofriam por antecipação e meus lábios formigavam por vontade dos dele. Mas o cheiro forte de algo queimado tirou a bolha de encantamento que nos rodeava.



– Então espere sentado, porque não tem maneira para se conseguir isso. E agora me de licença, pois xerife o senhor acaba de fazer meu ensopado virar cinzas. – Disse rapidamente achando um bom mondo de quebrar o embaraço que se criou, e coloquei-me a correr para a cozinha, tentado a todo custo tirar o formigamento que se localizava no estômago junto com a tremedeira de minhas pernas. Quando peguei a panela sobre o fogão e levei a pia despejando água sobre o objeto tentando aplacar o cheiro forte, soltei a respiração, nem mesmo sabia que tinha prendido.



Tentando entender o que tinha passado a pouco no hall de entrada coloquei meus olhos sobre a janela para ver o jardim de minha propriedade tentado distrair a mente antes de recomeçar a cozinhar ou sair para comer em algum lugar, entretanto meus pensamentos foram por água a baixo ao sentir algo gelado sobre meu pescoço, mas especificamente uma espada. – Vou dizer mais uma vez para ver se compreende Regina, só deixarei você em paz quando conseguir trazer minha mulher e minha filha para cá novamente.

– Sinto encantado não sou um papagaio e não ficarei repetindo o que já disse a você milhares de vezes. – bufei irritada, tentando manter a calma e mostrar que eu não o temia. Mas meu corpo estava extasiado pela proximidade e me traia fazendo o homem que se encontrava atrás pensar que estava com medo. – Será que pode me soltar? Se quer mesmo ajuda, minha morte não é uma opção viável para você é? – Sorri ironicamente ao sentir a lâmina da espada deixar o meu pescoço. Em segundos já estava virada para David encarando-o enquanto esperava a próxima loucura ou tentativa falha de me forçar a conseguir algo que não era possível. Mas o que veio a seguir foi inesperado, os lábios de encantado se juntaram aos meus e o formigamento em meu estomago de antes ficou maior junto com o fraquejar de minhas pernas.



Mas as sensações duraram pouco, pois logo encantado se afastou me olhando com raiva. - Porque eu sinto isso por você? – disse aos berros. – Eu sinto um aperto no peito, eu odeio isso! Odeio lhe olhar e sentir vontade de lhe beijar, odeio adorar o seu cheiro, odeio querer estar perto quando tenho que querer sua distância... Odeio sentir isso, quando na verdade Branca é meu verdadeiro amor! - Minhas mãos começaram a ficar frias e minha boca seca, não entendia porque ele tinha que ter dito essas coisas.



Baixei os olhos, respirando profundamente. Naquele momento meu coração inundou-se de felicidade. Olhei para Encantado com um sorriso nos lábios, em meu peito o coração batia acelerado, sentia minhas mãos trêmulas. Levei uma delas ao rosto dele, vendo-o fechar os olhos com meu toque, e um leve sorriso surgir em seus lábios.



– Só você pode responder essas perguntas, Richard. – sussurrei, ele abriu os olhos, espantado. – E antes de Branca, eu talvez tenha sido seu verdadeiro amor. – disse acariciando sua face, sentindo lágrimas escapar por meus olhos, juntamente com o sorriso em meus lábios.



– Gina... – levou uma das mãos a minha face, sorrindo, colou nossas testas.



– Sim Rich... – deixei a frase morrer quando às lembranças inundaram minha mente.



Flashback - Mundo dos contos de fadas.



– Regina olhe! – O grito de Richard me fez andar mais rápido, tentado chegar onde ele estava, porém o longo vestido a qual mamãe me obrigava a usar não deixava correr e consequentemente estava muito atrás. – Ande logo ou vai perder. – Gritou novamente, com a curiosidade crescendo, fui correndo até ele, mas a barra do vestido enganchou em um dos meus pés me fazendo rolar o pequeno morro o qual estava descendo.



O grito de dor trouxe um menino de estatura um pouco maior para a sua idade, cabelos loiros e portador de grandes olhos azuis, correndo desesperado até mim. – Gina você está bem? – o olhar preocupado rondava meu corpo, porém ao notar que estava em perfeitas condições estendeu a mão e ajudou-me a levantar. – Não me dê mais sustos assim. –



– Às vezes você fala igual minha mãe. – disse bufando, ao olhar para meu vestido tive noção que estava muito encrencada. – Olha o que fez Rich, além de me fazer cair agora vou ficar de castigo por rasgar meu vestido, muito obrigada. – fiz bico cruzando os braços e me sentando sobre a relva.



– Desculpa – sussurrou ele ao sentar ao meu lado e logo pegando minha mão. – não foi minha intenção. Só estava tentado mostrar as borboletas que sobrevoavam o riacho. – Seu olhar era fixo em minha mão.



– Você sabe que não consigo ficar com raiva de você. – disse sorrindo feito idiota e dando um beijo rápido na bochecha de Rich e logo levantei. – Me leve para vê-las, adoro borboletas. – Em poucos segundos já estávamos sobre a margem do riacho e diversas borboletas das mais variadas cores voavam sobre a água, fazendo um espetáculo tão belo que amoleceria o mais duro dos corações.



Passaram-se diversos minutos, talvez algumas horas, não sabia ao certo tudo transcorria tão mais rápido quando estávamos juntos. – Gina – a voz de Richard me tirou dos devaneios.



– o quê? – perguntei docemente ao olhar para ele.



– Acha que se pode achar o amor verdadeiro na nossa idade? – a voz dele era tão baixa que quase não entendi a pergunta.



– Acho que amor verdadeiro não se tem idade, ele é a única mágica que de tão bela transforma os mais frios em adoradores de fofos coelhinhos. – Disse após pensar muito para responder, fazendo Rich rir. – Porque essa pergunta repentina? – disse ao deitar sobre a grama e observar o céu.



– porque acho que encontrei o meu. – respondeu ele se deitando ao meu lado e enquanto entrelaçava os dedos nos meus.



Flashback Off

– Eu te procurei tanto. – e aquelas poucas palavras foram suficiente para fazer meu coração disparar como há muito tempo não acontecia. – Porque nunca me disse que era você? –



– Porque para mim você era James e não Richard – murmurei quase inaudível, logo pus meus braços na cintura do homem o qual pertencia meu coração, abraçando-o fortemente. – soube quem você realmente era a pouco, quando George me falou dos planos dele e de quem era você. – subi meu olhar encarando os olhos de Richard, logo ele levou uma de suas mãos ao meu rosto acariciando.



– Eu achava que estava morta. – pronunciou ele enquanto suavemente acariciava meu lábio inferior. – Sua mãe me fez acreditar nisso. – O olhar triste que agora ele tinha me fez perder o chão, sem perceber fiquei na ponta dos pés e depositei um selinho em seus lábios.



– Isso é passado agora estamos aqui. – Ao completar a frase, grudei meus lábios novamente aos de Richard, fazendo aquilo que desejava desde que soube quem ele realmente era.



O beijo que começara doce agora estava intenso, as respirações irregulares. Quase não notei que minhas pernas estavam em torno da cintura de Richard e ele subia rapidamente as escadas que levava ao meu quarto. Tudo estava tão rápido e intenso que as roupas que usávamos foram espalhadas pelos cômodos, sempre que o ar parecia faltar nossas bocas procuravam outros lugares porém jamais um deixava o corpo do outro.



Logo senti sendo deitada sobre a cama e ai tudo se fez parecer tão mágico, cada beijo, cada toque, cada palavra sussurrada, os lábios que percorriam toda a extensão do meu corpo. Quando estava dentro de mim e a cada movimento eu me sentia completa, pela primeira vez depois de tanto tempo, eu me sentia feliz sendo mulher.



Quando chegamos juntos ao ápice, caímos exaustos e suados sobre a cama. Encantado me puxou para seus braços, e ficamos ali por algum tempo sem dizer nada, apenas matando a saudade de quando éramos somente Regina e Richard sem complicações, sem reinos, sem brigas, nos amávamos da forma mais pura que já existiu.



– Como foi seu amor por Branca? Mas forte do que sentiu por mim? – Mesmo que desejasse não quebrar o momento eu precisava saber daquilo eu precisava entender se poderíamos ficar juntos ou era apenas aquela noite.



– Eu jamais esqueci seu sorriso, procurei por você durante anos. Mas sua mãe me disse que você tinha morrido em um trágico acidente de cavalo. Então me conformei que não teria mais você, vivia um inferno interno desejando e sonhando com você, porém Branca me salvou dele quando ela apareceu me lembrando exatamente o seu sorriso sua paixão pelos animais, eu vi ali a esperança. – Confessou ele sem por um instante parar de acariciar minhas costas. – E você amou Daniel mais que a mim? – A voz dele pareceu falhar ao perguntar.



– Ele foi exatamente o que Branca significou para você. Uma válvula para escapar da escuridão. Entretanto ele se foi e me levou mais fundo ainda do que pensei que estava. – disse tentado não mostrar o quanto me arrependia daquilo.



– Eu te amo – sussurrou Richard – e não quero ficar nem mais um segundo sem você. – Sem pensar duas vezes beijei Rich me entregando ao que estava sentindo.

– Eu também te amo – dizendo aquelas 3 simples palavras me senti livre, e viva pela primeira vez desde que me lembrava do inferno em que estava vivendo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vocês devem estar falando "Mas Richard? Porque?" Bem eu sabia que o Charming tinha outro nome, porem ninguém sabia ate a pouco, e como eu imaginei a historia assim. Como para mim Richard era o nome que achei que seria o dele... Espero mesmo que não me matem e tudo mais...