Murmúrio escrita por bundadopatch


Capítulo 32
Oh Meu Deus




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Vee havia conversado normalmente comigo ao telefone, aceitou minhas desculpas e me convidou para uma visita.
A Sra. Sky ainda não havia voltado de viagem, muito menos sabia da situação da filha e do novo membro da família. Não, eu não estou me referindo à Scott e sim ao bebê.
- Ei, baby, estou aqui. - A voz de Vee veio do corredor.
Fiquei surpresa ao entrar em seu quarto, diversos potes de sorvetes estavam apoiados em sua cama, uns 15? Talvez. Vee estava com um vestido largo, seu cabelo estava bagunçado e seu rosto inchado.
- Vee… Me desculpe. - Eu comecei, jogando meus braços em torno do seu corpo que parecia frágil e flácido. - Você está bem?
- Estou. - Ela estava mentindo, eu podia ver no modo como ela desviava seus olhos. - E não precisa se desculpar, sério… Eu entendo, eu também iria querer matar Patch se ele enfiasse aquele…
- Ei… - repreendi, rindo. Era impossível não soltar algumas gargalhas com Vee. - Por onde quer começar?
Ela soltou um suspiro e deu palmadinhas no espaço vazio entre ela e os potes de sorvete. Eu estava sentindo falta disso, falta de Vee.
Deitei no espaço e apoiei uma das mãos na sua barriga.
- Primeiro… - Ela sussurrava, como se estivéssemos brincando de pique - esconde. - Foi naquela noite da festa de Marcie, por algum motivo depois que você foi embora Scott ficou mais solto comigo, sabe? - Ela sorriu, enquanto passava os dedos pela costura da minha blusa. - Me convidou para conhecer seu apartamento…
- Ah, Vee… - Não consegui segurar meu lamento. - Você tem certeza de que aconteceu alguma coisa? - Que pergunta mais idiota, Nora.
- Eu estava bêbada, vulnerável e Scott… Bem Scott é Scott - Ela olhou daquela mesma forma de menina entusiasmada de sempre. 
Eu apenas ri e concordei. Passei os dedos pelos seus olhos e bochechas, ela sorriu e fechou os olhos.
- Eu te amo tanto, baby… - Ela sussurou.
- Eu também te amo, Vee. - Abracei-a novamente.
Ficamos em silêncio por um tempo.
- Já conversou com Scott? - perguntei.
- Não. - Ela não parecia muito orgulhosa disso.
- Não? - Repeti. - Você precisa falar com ele, precisam enfrentar isso juntos…
- Eu estava pensando em abortar… - Ela foi sincera e meu coração pesou. Pensei na criança que tinha materializado com Patch, mas logo uma criança de olhos azuis e cabelo claro deu lugar. 
- Não… faça… isso - Meu ar ficou preso na garganta antes que eu pudesse concluir minha frase. Aborto? - Eu ficaria muito feliz em ser a madrinha, ajudar com as roupinhas e tudo mais… - Eu sorri tentando encorajá-la.
- Sério? - Seus olhos se iluminaram.
- Claro! - Afirmei. - E aposto que Patch também.
- Isso ai eu já duvido. - Ela sorriu e se levantou, suas pernas estavam bambas, - Patch? Com crianças… - Ela riu.
Não gostei do tom da piada mas deixei pra lá.
- Imagine, baby… - Ela sorriu, sacudindo as mãos como uma criança que acaba de abrir seus presentes no Natal. - Eu segurando uma bonequinha…
Sorri juntamente com Vee. Ela abriu a porta do banheiro e levantou o vestido o suficiente para que eu pudesse ver sua barriga. Uma corrente elétrica percorreu todo o meu corpo. Não fazia muito tempo desde que Vee me contou a sua situação, não havia muito tempo desde a relação dela e Scott, mas por incrível que pareça de alguma forma sua barriga estava crescendo. Manchas roxas se espalhavam no inferior da barriga, a pele estava com um tom estranho e parecia bastante esticada. Uma criança nefilim.
- Sabe, baby… - Ela disse, fazendo pose na frente do espelho. - É estranho eu já sinto dores e desejos, comi esse estoque todo de manhã. - Ela apontou para os potes e eu não pude deixar de arregalar os olhos. - Mal consigo tomar banho direito, meu corpo dói…
- Eu vou te ajudar com isso. - Falei. - Mas antes coloque as mãos na cintura e sorria. - Tirei o celular do bolso. - Vou tirar a primeira foto do meu sobrinho.
Tirei a foto e procurei nos contatos ” PATCH”, enviei, não esperei resposta. Eu precisava ajudar Vee sem magoá-la, precisava da ajuda de Patch, mas principalmente precisava cuidar da saúde da minha amiga.
Porque isso poderia matá-l


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