Because, I Love You. escrita por


Capítulo 35
Mentiras.


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é terrível ): sério, eu chorei escrevendo ele... Enfim, n tenho muitas coisas p falar, estou na bad e tal pelo meu casal favorito está separado DD:



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POV Tony.

Eu ouvia os gritos dela lá em cima e o pai dela segurava meu peito, para eu não subir. Cada grito dela cortava a minha alma e se tinha como eu me sentir pior, aquela com certeza era a maneira.

- Você não vai subir. – ele disse pra mim.

- Eu não posso deixar ela fazer isso, eu preciso me explicar... Eu não... – eu comecei a chorar, minha garganta fechou.

Eu era um merda.

Eu olhei para o rosto da mãe da Ana que desci as escadas desolada e então me encarou, eu sabia o que aquele olhar significava, significava que eu tinha quebrado o coração da sua filha, eu dei as costas e sai daquela casa, meus pés estavam pesado, parei antes de entrar no carro, socando o vidro do passageiro, estourando o mesmo e cortando toda minha mão.

Comecei a chorar ali mesmo.

Você era um idiota, você perdeu a mulher da sua vida pelo o que? Por quê? Por causa de um caso antigo? De uma garota que não faz a mínima diferença na sua vida.

Eu sentei no meio fio e coloquei a cabeça entre as pernas.

- Tony, eu vou te levar em casa. – o pai da Ana disse colocando a mão no meu braço.

- Não precisa. – eu sussurrei baixo.

- Precisa sim, você machucou sua mão, você não está bem pra dirigir. – ele disse olhando para o carro, eu levantei e chutei a lata de lixo forte e depois soquei a traseira do carro.

Precisava fazer isso pra fazer parar de doer, pra fazer parar de sentir aquela maldita culpa.

- Para com isso! – o pai dela segurou meus ombros, uns vizinhos começaram a sair das suas casas. – você vai quebrar sua mão.

- Eu quebrei o coração dela. – eu sussurrei entre as lágrimas.

- Tira ele daqui. – a mãe da Ana disse na varanda. – leva ele pra casa, eu vou levar a Ana pro hospital. – ela disse séria e eu olhei pra ela assustada.

- O que aconteceu com a Ana? – eu disse assustado.

- Vamos embora. – o pai dela me puxou.

- O que aconteceu com a Ana? – eu gritei, ele me empurrou pro carro e fechou a porta dirigindo sem dizer uma palavra.

Eu estava me sentindo a pior pessoa do mundo. Se é que alguém conseguiria se sentir pior do que eu estava me sentindo.

Quando o vento bateu no meu braço, eu senti a ardência, meu braço estava todo arranhado e sangrando, algumas partes do me rosto também estava arranhados e meu rosto ainda estava ardendo, eu segurei o impulso de chorar e encarei o caminho a minha frente só respondendo as perguntas dele quando ele perguntava pra que lado ir.

Quando paramos em frente à aquele casarão, eu fechei os olhos. Ele desligou o carro e me olhou.

- Eu não sei o que aconteceu entre você a Ana... – ele sussurrou pra mim.

Abaixei a cabeça e comecei a chorar. De novo.

- Mas eu tenho certeza absoluta que ela não vai te perdoar. – eu solucei.

Queria dizer para ele não falar aquilo... Pra ele nem pensar naquilo. Eu não conseguiria viver sem ela, não mais.

Não depois dela ter me arrancado de tudo, me feito mais bem do que eu qualquer outra pessoa. Não, eu não podia perde-la.

- Por favor... – eu sussurrei.

A porta se abriu com tudo.

- Tony? – era minha mãe.

Eu não conseguia sequer responder, eu mal conseguia parar de chorar.

- Tony, ah meu Deus! – ela colocou a mão sobre a boca. – AUGUSTO! – ela gritou. – MARIO! – meu pai e meu irmão estavam ali.

- Oi eu sou o pai da Ana. – ele saiu do carro. – eles brigaram... Terminaram... Não sei bem. – minha mãe começou a chorar ao ver o estado da minha mão.

- Vem Tony. – o Augusto me puxou pra fora.

- Eu não preciso de ajuda. – eu disse o empurrando. – EU NÃO PRECISO DA AJUDA DE NINGUÉM! – eu gritei para minha família parada no jardim. – eu só preciso dela... Eu só quero a Ana... – sentei no gramado e coloquei a cabeça em cima dos joelhos.

- FAZ ALGUMA COISA MARIO! – minha mãe gritou. – eu não suporto vê-lo assim, eu não... – ela entrou em casa.

- Antony meu filho, vamos conversar dentro de casa. – meu pai segurou meus ombros.

- TIRA AS MÃOS DE MIM! – eu gritei.

- CHEGA! – o Augusto gritou. – VAMOS LÁ PRA DENTRO AGORA! – ela me puxou pra levantar. – você vai me contar o que aconteceu, vamos dar um jeito, ela ama você! – ele me encarou. – ela ama você ok? – eu continuei chorando e ele me puxou pra um abraço.

Nós entramos em casa e minha mãe enfaixou minha mão, aquela altura o Augusto já sabia o que estava acontecendo e me encarava. Como se soubesse que eu tinha estragado tudo.

Eu subi pro meu quarto e sentei na cama colocando os dois braços no joelho e apoiando a cabeça com as mãos, em seguida o choro veio alto quando eu vi uma foto pendurava no guarda-roupa com a Ana.

Eu não iria conseguia ficar no quarto, me levantei e sai dali indo pra escada, o Augusto estava lá embaixo e me encarou.

- Ana, eu entendo, eu só queria que vocês... – eu dei um pulo da escada e desci correndo.

- É ELA? – eu disse alto. – EU QUERO FALAR COM ELA! – eu gritei.

- Para Tony! – ele me empurrou.

Eu era mais magro que ele e consequentemente mais rápido, peguei o telefone da sua mão e coloquei no ouvido.

- Eu odeio ele... Ele... – ela chorou. – ele me destruiu, eu nunca vou perdoar isso... Eu não vou perdoar... Não vou... – eu já estava chorando de novo.

- Baby, eu... Não diz isso... – o telefone ficou mudo e o Augusto me encarou.

- Para de ser impulsivo.

- ELA NÃO VAI ME PERDOAR! – eu disse alto pra ele e empurrei seus ombros.

- ONDE VOCÊ VAI? – o Augusto gritou correndo atrás de mim.

- Eu preciso falar com ela... – eu disse correndo até o meu carro, o Augusto segurou meu braço.

- Ela não quer falar com você Tony, ela não quer te ver... Ela não vai querer olhar na sua cara agora, não vai lá pra ouvir coisas que vão te ferir. – ele me encarou com dó.

Minha visão estava turva, eu estava com os olhos marejados.

- Eu sou forte, eu aguento, se ela for me perdoar, eu deixo ela me bater tudo de novo, eu deixo ela acabar comigo, só se amanhã ela me perdoar porque eu não consigo... Eu não consigo mais viver sem ela Guto... – eu sussurrei. – ela é a mulher da minha vida... Eu não posso... Não consigo... Não posso deixar ela sofrer assim sem antes ela saber que eu quero ela, é só ela... Sempre vai ser ela... – eu funguei. – eu não posso perde-la... Eu não vou conseguir... – ele me puxou para um abraço forte e eu comecei a chorar.

Nunca achei que um abraço seria tão reconfortante como o do meu irmão.

(...)

O dia seguinte foi péssimo, eu não dormi a noite toda, ou o resto da noite, o Augusto também não pegou no sono um só segundo, eu tive que ir colocar tala porque eu tinha realmente quebrado a mão.

Estava doendo, mas nada comparado ao bagaço que meu coração estava.

E meu irmão tinha prometido que depois do almoço ele iria comigo na casa da Ana e era o que eu esperava que acontecesse, eu iria lá e falaria com ela. Eu explicaria e ela entenderia, ela entenderia eu tinha certeza. Iriamos voltar do ponto onde paramos.

Nenhuma porra de manhã passou tão rápido, eu não senti fome o dia inteiro e depois do almoço, eu já estava te pé com as chaves na mão e o olhando.

- Vamos, vamos agora! – eu disse pro Augusto.

- Vamos. – ele disse pegando a chave do carro e caminhamos até o carro.

Bem, na verdade, eu corri.

O percurso foi longo demais, parecia que todos os faróis estavam se fechando para nós e aquilo só estava fazendo minha barriga girar cada vez mais.

Nada comparado é claro ao ver a fachada da sua casa, eu desci do carro correndo sem nem fechar a porta e corri até a varanda, tocando a campainha duas vezes.

A Ana abriu a porta, seus olhos estavam com olheiras imensas e ela ainda estava de pijama apesar da hora, ela me encarou por dois segundos e então ia fechar a porta quando, eu coloquei o pé na frente da mesma.

- Vamos conversar. – eu disse sério.

- Você quer conversar? – ela disse séria, parecia mais controlada e lutando consigo mesmo para não voar em cima de mim. Seu olhar desceu até minha mão e em seguida ela olhou nos meus olhos. – vamos conversar lá em cima. – ela me deu as costas e eu subi as escadas atrás dela, vi o Matheus sentado no sofá e ele me lançou um olhar mortal.

Estava pouco me fodendo pra ele, o que me preocupava era a Ana.

Nós entramos no seu quarto completamente arrumado, nem parecia que nada tinha saído do lugar e eu fechei a porta, ela se virou pra mim de braços cruzados.

- Fala. – ela disse cerrando os olhos.

Eu não sabia por onde começar, eu queria me ajoelhar e dizer que não significava nada, mas ela iria me chutar.

Achei que deveria começar por um pedido de desculpas.

- Desculpa. – sussurrei.

- Desculpa? – ela repetiu baixo, seus olhos estavam transbordando as lágrimas de novo e naquela hora me veio a primeira vez que a vi chorar pelo Josh.

Sentia vontade de jogar ele de um ponte e entortar seu pescoço. Alguém com certeza estava sentindo vontade de fazer a mesma coisa comigo.

- Perdão, me perdoa. Qualquer coisa que faça você me perdoar. – eu disse com a cabeça baixa.

- Eu não vou te perdoar. – ela disse séria, sua pose inabalável.

- Ana... – ela levantou a mão e eu me calei.

- Eu não vou te perdoar porque você não tinha o direito de fazer isso comigo. – ela apontou pra si. – conosco. Eu nunca te dei motivos pra ir procurar nela o que tinha em mim. – ela pigarreou pra não chorar. – eu não vou te perdoar porque eu não consigo Tony, você acabou com o que a gente tinha por nada. Sem nem pensar duas vezes.

Eu estava me controlando pra não chorar.

- Nunca? – perguntei deixando algumas lágrimas rolarem.

- Nunca. – ela afirmou séria.

- Eu não acredito. – eu disse a olhando. – não pode Ana, não dá. – eu levei minha mão até o seu rosto e ela continuou séria.

Eu a beijei e ela continuou parada, estática. Eu fechei meus olhos e deixei o choro sair.

- Me beija Baby. – eu sussurrei entre o choro. – me beija! – eu sussurrei de novo. – ME BEIJA! – eu gritei, ela continuou parada na mesma posição.

- Não. – ela sussurrou me encarando, eu podia ver toda dor pelos seus olhos azuis, toda raiva, todo o amor que ela tinha por mim e ainda sim, eu podia ver o orgulho transbordando junto com suas lágrimas. Eu tinha vontade de me matar.

- Eu te amo mais do que tudo Ana. – eu disse com a testa ainda encostada a dela.

- Não ama não. – ela tirou minha mão do seu rosto. – quem ama não trai. – ela se virou de costas.

- Não fala assim. – meu coração apertou.

- Acabou Tony. Vai embora. – ela disse ainda de costas.

- Não vou. – eu disse segurando o choro mais uma vez. – você me ama. – eu sussurrei.

- Não. – ela disse baixo.

- Então fala olhando nos meus olhos isso! – eu disse alto, ela se virou pra mim e me encarou.

- Eu não te amo mais. – ela disse pausadamente. – agora vai embora.

Ouvir aquelas palavras doeram tudo em mim, eu pisquei duas vezes e então meus ombros ficaram rígidos.

- Tudo bem. – eu virei as costas, abri sua porta e desci as escadas sem ao menos olhar para trás.

Aquelas palavras mudavam tudo.

- Tony? – meu irmão disse me vendo passar.

- Vamos embora. – eu disse sério e abri a porta caminhando para o carro.

Seria a última vez que eu pisaria naquele gramado. 


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Notas finais do capítulo

Reviews?

música do capítulo: http://www.youtube.com/watch?v=i3MKTm-49uI