Because, I Love You. escrita por


Capítulo 30
Uma semana.


Notas iniciais do capítulo

UAHUAHAUHAUH, olha eu n me aguentando pra postar, acho que mais tarde eu ainda posto mais um.. Vai depender do meu humor, beeeeijos gatitas ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/336989/chapter/30

POV Tony.


Aquela noite foi a pior noite da minha vida, eu virei para um lado e depois virei para o outro. Insistentemente.

– Eu preciso ir ver ela. – eu me sentei na cama, o Augusto estava sentado na poltrona, com um livro na mão, e me encarou sobre os óculos.

– Você mal deixou a respirar. – ele disse baixo.

– Está sendo horrível, péssimo. Não vou conseguir dormir. – eu gemi, ele fechou o livro e ficou me encarando.

– Você estava vendendo drogas Antony. – Augusto sentou na ponta da cama. – com sua namorada ao seu lado, já não basta quase ter sido preso uma vez? – ele cerrou os lábios.

– Para de me dar lição de moral, para de falar comigo, eu não quero falar com você, eu preciso falar com a Ana. – eu coloquei as duas pernas pra fora.

– Antony você não vai sair dessa casa hoje. – Augusto disse se levantando e ir sentar na poltrona de novo. – ou então serei obrigado e acordar a casa inteira por causa disso. – eu deixei meu corpo cair na cama de novo e esfreguei os olhos.

– Ela me odeia. – eu sussurrei com a garganta quase fechando.

– É um bom sinal. – ele disse ainda lendo seu maldito livro.

Continuei encarando o teto enquanto minha mente repetia as palavras da Ana na minha cabeça. E eu não podia deixar de me culpar. Eu era mesmo um imbecil!




POV Ana.


Matheus compreendeu o meu silêncio durante todo o percurso e motivo das minhas lágrimas estarem molhando o banco de coro do seu Veloster. Ele ficou o tempo todo calado, até quando chegamos na frente da minha casa.

– O que é que você vai fazer? – ele disse baixo, quando desligou o motor do carro.

– Não pensei nisso ainda. – eu disse encarando a frente e segurando fortemente para não chorar na frente dele.

– Vou compreender se você nunca mais quiser olhar na cara dele. – ele disse sério.

– E se eu quiser olhar na cara dele? – perguntei o encarando dessa vez enquanto outra lágrima rolava.

– Também vou compreender, qualquer decisão que você tomar eu te apoiarei. – ele sorriu de lado. Foi então que me lembrei que a Maria quem tinha ligado pra ele.

– Porque a Maria ligou pra você? E como ela te conhecia? – ele sorriu de lado.

– É muita coisa pra você hoje meu anjo, acho melhor você entrar. – ele colocou o meu cabelo atrás da orelha.

– É ela? – eu perguntei sentindo meu estomago revirar, ele me encarou, sua respiração a centímetros da minha.

– Ela quem? – ele disse piscando algumas vezes.

– A garota, a garota que você ama. – ele olhou pra baixo.

O impulso de gritar com ele veio alto.

– Maria Luiza. – ele suspirou. – é, é ela.

– Vocês homens são todos burros. – eu sai do carro rápido, ele saiu atrás de mim.

– O que? – ele segurou meu pulso. – espera Ana! O que foi? – ele disse confuso.

– Nada Matheus. Nada, você deveria ter ficado com ela lá na festa e não ter vindo comigo. – eu disse amargurada.

– Você é minha melhor amiga Ana. – ele disse sério e os primeiros pingos de chuva começaram a cair. – é obvio que eu iria larga qualquer uma pra te levar pra casa. – eu o encarei e a chuva foi ficando mais forte.

– Ela gosta do Tony. – só a menção do seu nome, fez o choro irromper com força.

– Eu sei. – ele disse puxando meu corpo para um abraço.

– Qual é o problema das garotas Math? – eu disse chorando alto. – porque logo ele?

– Porque logo o idiota? – Matheus disse afagando meus cabelos embaixo da chuva. – eu também não sei.

Quando eu tremi em seus braços, nos corremos para a cobertura e sentamos no banco da frente da minha casa.

– Eu não quero entrar. – eu disse ainda chorando. – mas quero ficar sozinha. – eu suspirei e coloquei o rosto entre as mãos.

– Quer que eu vá embora? – ele perguntou do meu lado.

– Não. – respondi de imediato. – eu queria ligar pra ele, mas no fundo sei que eu não quero isso.

– Posso te dar um conselho? – ele perguntou.

– O que? – eu limpei as lágrimas e o encarei.

– Pula fora. – ele disse sério. – ele vai te puxar pro buraco onde ele está.

– Ele não é assim. – eu suspirei alto.

A verdade é que eu não sabia quem o Tony era.

– Você confia nele? – ele perguntou baixo.

Suspirei alto e abaixei a cabeça.

– Não. – respondi por fim.

– Foi o que eu imaginei. – ele me abraçou e eu cai no choro de novo.


Não sei como acordei na minha cama, eu estava trocada e coberta, flashs da noite interior veio na minha mente e eu senti vontade de chorar de novo, respirei fundo e me deparei com o Matheus deitado na poltrona com a mesma roupa de ontem, apenas coberto com uma manta.

Me sentei na cama e ele acordou assustado na poltrona.

– O que foi? – ele disse assustado, eu sorri mediante ao seu susto e ele suspirou alto encostando a cabeça na poltrona de novo.

– Deita aqui na cama. – eu bati do meu lado.

– Acho melhor eu ir pra casa. – ele disse sério e esfregou os olhos.

– Quatro horas da manhã? – eu disse olhando para o rádio relógio ao lado da minha cama.

– Ainda são quatro horas da manhã? – ele disse bocejando.

– Aham, e ainda está chovendo. – eu disse olhando para os pingos que caiam forte na janela do meu quarto.

– Então acho que vou deitar aí, um pouquinho. – ele se levantou, tirando o tênis, a meia e a blusa. Ele deitou do meu lado se cobrindo e eu deitei do seu lado, virando o rosto para o seu, ele me encarou por alguns segundos e então eu deixei uma lágrima cair. – eu disse que ele ia te machucar. – ele disse baixo.

– Só não pensei que seria tão rápido. – eu disse suspirando alto e controlando as lágrimas.

– Você vai conseguir dormir essa noite? – ele perguntou sério.

– Vou. – eu afirmei.

– Então fecha os olhos. – ele pediu, eu fechei meus olhos e ele beijou as duas pálpebras. Eu sorri em meio as lágrimas que caiam. – Eu te amo Ana. – ele sussurrou.

– Eu te amo mais. – eu disse segurando o solução que quis sair da minha garganta, ele me abraçou e eu afundei a cabeça no seu pescoço, chorando um pouco antes de adormecer.


(...)

Uma semana depois.

Desci do ônibus, cansada, ultimamente eu ando andando muito de ônibus, pois meu carro estava na oficina, coisas de rotina.

Andei um pouco, já exausta das minhas noites mal dormidas pensando no Tony, ele não tinha vindo me procurar, depois de ter me ligado no dia seguinte do incidente e eu ter mandado ele me deixar em paz. Acho que ele estava seguindo a risca os meus pedidos. Parei em um bar para comprar algo pra comer, quando vi um garoto sentado no meio fio, com o rosto enterrado entre as pernas, eu parei de andar alguns segundos quando reconheci aquele cabelo, minha respiração aumentou e eu deveria ter corrido ou então passado direto, mas não consegui.

– Antony? – minha voz saiu como um sussurro e o garoto levantou a cabeça rapidamente, suas olheiras fundas, mostrando várias noites mal dormidas, sua aparência esbranquiçada, mais do que o normal.

– Ana? – ele perguntou se levantando automaticamente, sua regata estava manchada de algum liquido azul e ele fedia a cigarros e a perfumes baratos.

– O que você está fazendo aqui? – eu disse mantendo a minha pose de durona.

– Estava esperando... – ele me encarou. – você está bem? – ele disse mudando de assunto.

– Estou. – eu menti.

– Percebi suas olheiras. Rosto de quem está muito bem mesmo. – ele sorriu ironicamente e mesmo um sorriso irônico do Antony era lindo.

– Eu vou me atrasar pra aula. – apertei meus livros contra o peito e tentando passar, ele entrou na minha frente.

– Ana... – ele disse com o rosto próximo do meu.

– Me deixa ir. – eu pedi.

– Sua ausência está me matando. – ele disse mexendo com a ponta dos seus cabelos. – eu estou ficando louco.

– Você sempre foi meio louco. – eu afirmei.

– Por favor. – ele segurou meu rosto. – diz que você não está pensando em separação. – seu rosto angustiado me deu vontade de chorar porque era exatamente naquilo que eu estava pensando.

– Eu preciso ir. – meus olhos estavam queimados.

– Eu faço qualquer coisa que você quiser. – ele sussurrou com a testa encostada a minha. – eu pinto o céu de outra cor se você pedir. – ele sorriu e seu nariz roçou no meu.

Até o hálito de cigarro nele era mais gostoso de sentir.

– Antony. – eu disse séria. Ele estava prestes a fazer aquilo que eu não podia deixar ele fazer.

– Não me faz ficar longe de você. – ele me encarou. – porque eu não vou conseguir fazer isso e vou acabar cometendo uma besteira. – ele disse sério.

– Eu tenho aula. – eu me afastei dele, prestes a chorar.

– Você ouviu? – ele disse entrando na minha frente de novo. – eu não vou me afastar de você. Não vou. – ele disse sério.

– Me deixa ir. – eu disse chorosa.

Ele saiu da frente e eu passei por ele, fungando bem ao sentir seu perfume forte.

Era como se quando ele se movesse o seu perfume se movesse junto, ele estava impregnado nele e em mim. Era minha maldição, amar Antony Albuquerque.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Because, I Love You." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.