Because, I Love You. escrita por


Capítulo 18
Pequeno problema.


Notas iniciais do capítulo

Queria dedicaaaaaaaaaaaaaaaar esse capítulo para as meninas que mandam reviews, amei os reviews *-* sério, e também para as leitoras novas e velhas.
Se esse capítulo tiver confuso, me avisem, ok?



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Eu tinha que arranjar algum jeito de dizer para o Matheus que definitivamente o problema não era ele, e também não era eu.

Era ele.

Essa era a droga do problema, acho que esse era o problema da maioria dos garotos, eles chegavam de mansinho, conquistam seu carinho e depois te deixa mal, como dizia na música. Eles não estão nem ai se você se apaixonou e se por acaso vai precisar dele por, sei lá, algum - longo - tempo.

Esse era o problema de todo e qualquer garoto, eles se acham os maiorais, principalmente os bonitos e não, não vamos colocar a culpa neles, a culpa é nossa!

Sabe porque?

Porque nós damos a ele esse pensamento, correndo atrás, mostrando que não somos nada sem eles, quando na verdade, são eles que não são nada sem nós. Antony era só mais um garoto egocentrista vidrado demais em todas as garotas que morrem de amores por ele. Eu era só a pobre Ana que um dia ele teve um pequena queda.

Eu devia ter percebido, um pouco antes.

– Ana... Ana, você está me ouvindo? - Matheus estralou os dedos na frente do meu rosto, sorri de lado corando de leve.

– Me desculpa, eu meio que me perdi. O que você estava falando? - perguntei o encarando.

– Se você quer ir pra casa ou jantar comigo? - ele sorriu de lado. Dava pra ver as covinhas que se formavam no seu sorriso quando ele queria soar charmoso, droga!

Ele conseguia, sem sombras de dúvida.

– Eu queria ir pra casa, tem algum problema? - ele sorriu meio desapontado, mas logo em seguida pegou as chaves do carro.

– Nenhum. - nós andamos silenciosamente até o estacionamento não sei onde Tony havia se metido com a Maria, e pra mim não fazia a menor diferença.

O caminho foi silêncio, o Matheus tentava puxar conversa, mas eu de alguma maneira cortava e eu juro, não era por querer. Era o maldito não beijo do cinema que tinha me deixado assim, desmotivada para fazer qualquer coisa.

– Ana? - Matheus disse quando paramos o carro em frente a minha casa. - eu fiz algo de errado? - ele sorriu de lado constrangido.

– Não! - me apressei em dizer.

– Porque, eu queria muito que tivesse dado certo esse nosso encontro e acabou que você não quis... - eu o beijei.

Matheus ficou surpreso de iniciou, mas logo abriu sua boca para iniciarmos um beijo lento, ele colocou a mão na minha nuca e tomou a dianteira do beijo. Era muito gostoso, lento, sem contar que ele beijava divinamente bem, parei um beijo com um selinho longo e ele sorriu.

– Acho que esse encontro ficou muito, muito melhor. - ele riu baixo e eu sorri.

– Também acho. - demos mais alguns beijos e então entrei em casa, não tinha ninguém, estava tudo apagado, mamãe tinha deixado um bilhete dizendo que tinha ido para o concerto com papai e eu estranhei, eles nunca saiam, subi as escadas lentamente e um pouquinho mais feliz, entrei no meu quarto e liguei a luz.

Soltei um grito muito alto, minha bolsa caiu no chão e eu quase desmaiei.

– Calma, calma Ana, sou eu! - Antony levantou da cama e se aproximou de mim me abraçando fortemente.

– Você... Você... - eu deixei algumas lágrimas caírem ele me puxou pra sentar e desceu as escadas, logo voltou com um copo de água, eu tremia muito.

Como ele tinha conseguido entrar na minha casa, deitado na minha cama sem ninguém em casa?

– Como você... Entrou aqui? - perguntei com um pouco de dificuldade.

– Teus pais deixaram eu te esperar aqui, eu disse que era muito importante. - ele respondeu calmamente.

O que minha mãe tinha na cabeça para deixar ele entrar em casa?

– Então, o que é? - eu já tinha me acalmado, não completamente, mas bastante.

– Pra gente acabar o que não conseguiu no cinema. - sorri ironicamente.

– Você está brincando né? - eu o empurrei.

Antony fez uma cara séria e então balançou a cabeça negativamente, como ele conseguia ser idiota a esse ponto? Alguém podia me explicar?

– Olha, você precisa entender que... - ele pegou na minha mão. - eu gosto de você. - puxei minha mão e me levantei.

– Sai da minha casa! - gritei apontando pra porta.

– Mas... - ele tentou argumentar.

– Sai! - eu disse alto, queria começar a chorar ali mesmo, ele se levantou e eu fui até a porta a segurando na mesma, Antony andou calmamente até a porta, puxou a mesma da minha mão e fechou, me encostando na comoda que tinha atrás de mim.

– Porque você ta tentando fugir? - ele colocou as duas mãos na comoda atrás de mim. - Quanto está tão na cara assim que você me quer tanto quanto eu te quero Ana?
Estremeci, ele disse isso tão baixinho, fechei meus olhos, era verdade, eu queria. Inutilmente eu queria tentar fugir dele, mesmo sabendo que cada osso do meu corpo imploraria pra mim ficar.

– Eu... Não... - ele beijou meu pescoço e sua respiração me arrepiou.

– Não...? - ele me incentivou a continuar, já era, eu tinha perdido o fio do pensamento.
Seu rosto subiu lentamente para o meu, e ele me encarou, minha respiração acelerou.

Eu não devia admitir, na verdade eu não queria admitir, o que todo mundo já sabia. O que pelo menos estava na cara que era verdade. Todo o ciumes, a raiva, tudo... Tinha um motivo, tinha a droga de um motivo pelo qual eu lutava a cada segundo com mais veemência para não declarar em voz alta que eu estava completamente ferrada.

Sua respiração se aproximou da minha lentamente e ele me deu um selinho longo, minhas mãos automaticamente envolveram seu pescoço e as mãos dele soltaram a comoda para minha cintura me puxando com força para seu corpo e assim começou o pequeno problema. Aquele beijo teria consequências destrutivas para tudo que eu lutava para afastar.

Eu era uma menina tola, e na verdade, sempre fui. Namorei dois anos com o Josh e tudo que ele falava eu acreditava, sempre fui pura demais para ter amigos homens. Eu era pura demais em todos os sentidos.

Parei o beijo com o Tony respirando pesado.

– Não! - empurrei ele de leve.

– Não, porque? - ele perguntou sem se mover, foi como se eu não tivesse sequer o empurrado.

– Porque não podemos. - eu disse tentando arranjar uma desculpas.

– Podemos sim, você é livre, eu também... - ele sorriu.

– Antony... - virei o rosto para o outro lado, ele novamente aproximou a boca do meu ouvido e sussurrou baixo me fazendo arrepiar de novo.

– Você quer, para de ser chata... - ele riu baixo e beijou a base do meu pescoço.

Como que eu ia negar assim? Não dava... Maldito garoto.

– Para com isso! - sussurrei.

– Hurum. - ele disse alisando a base da minha coluna por baixo da minha blusa, me ocorreu por um segundo que eu queria que ele me beijasse, até mais que me beijasse... Por um segundo.

–É sério, para! - mandei, ele se afastou de mim, me encarando.

– Então vamos sair daqui, quartos me dão... - ele suspirou alto soltando minha cintura.

– Você pode sair. - eu disse piscando pra ele.

– Não, nós vamos... - ele foi até a ponta da minha cama e pegou o meu all star vermelho. - veste esse tênis que lá é muito ruim de andar. - ele sorriu.

Fiz o que ele mandou e calcei o tênis, não deu nem tempo de eu ver como estava no espelho, Antony não deixou.

Ele abriu a porta do carro pra mim entrar em em seguida entrou também, abrindo o teto solar. Estava meio que ventando, e ele parecia nem se importar, com o chapéu dele quase voando, seus cabelos caiam ainda sobre os olhos, mas de uma maneira que não atrapalhava sua visão, uma de suas mãos estavam do lado de fora segurando o cigarro enquanto a outra segurava o volante suavemente, como se ele controlasse o tempo, ele me olhou e sorriu.

– Você já foi em alguma rave? - ele perguntou alto.

– Rave? - eu perguntei.

– É. - ele assentiu rindo e acelerou o carro com mais vontade.


(...)

Era em uma espécie de campo de futebol, eu não sei bem, só sei que era muito grande, tinha muita gente gritando, bebendo, usando drogas e pulando, tocava uma música de eletrônica e era impossível ouvir qualquer coisa que outra pessoa falava, Antony parecia se sentir em casa, ele falava com um monte de pessoas (na maioria meninas), ele sussurrava algo no ouvido delas que as faziam rir como bebezinhos sua mão estava entrelaçada na minha e isso não atrapalhou em nada, ele me puxava cada vez mais para dentro, confesso, era divertido, no começo você estranha, mas depois, parece que fluia naturalmente, minhas pernas começaram a ser mexer e o Tony riu quando eu dei a primeira rebolada deixando a música entrar pelos meus poros, ele também dançava muito bem, ele colocou a mão nos meus cabelos e puxou o elástiquinho que os prendia para baixo, deixando cair no chãos, meus cabelos pretos caíram sobre os ombros, até quase a cintura e ele ficou alguns minutos me encarando.

– O que foi? - gritei pra ele.

Ele aproximou a boca do meu ouvido.

– Fale assim. - ele me encarou e assentiu.

– O que foi? - perguntei no seu ouvido, eu o encarei, ele sorriu maliciosamente e aproximou a boca do meu ouvido novamente.

– Todos os caras estão olhando para você. - nós olhamos para o lado e tinha um monte de garotos nos olhando, então ele voltou a falar no meu ouvido. - e eu nem acredito que você está só comigo. - ele soltou uma risada debochada e se afastou de mim de novo, pulando e cantando um pedaço da música que tocava e demorou alguns minutos para eu reconhecer a minha música predileta: Swedish House Mafia - Don't You Worry Child ft. John Martin.

Don't you, don't you worry child see heaven's got a plan for you...– cantei em alto e bom tom, quando olhei para o lado, Tony havia sumido, olhei para todos os lados em busca dele.

Foi quando olhei encarei um casal se beijando há quase dois metros de mim que parecia que meu coração iria sair pela boca, Antony parou o beijo e limpou a marca de batom da boca, era a mesma garota que ele havia cumprimentado na entrada. Não sei ao certo quando tempo fiquei parada olhando, só sei que nessa brincadeirinha ele ficou com umas sete ou oito garotas, de uma vez só, uma atrás da outra, senti as lágrimas brotando e quando ele se virou pra mim e viu que eu estava olhando, seu rosto paralisou.

Não tive coragem de encarar seu olhar, sai correndo entre a multidão. Não vi se ele tinha vindo atrás de mim, só sei que eu sabia que nisso tudo o problema não era ter perdido ele, era ter me perdido. Me perdido para uma pessoa que nunca iria me encontrar.

Porque?

Porque, eu o amava.


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Notas finais do capítulo

Tony, Tony e Tony porque você é tão idiota?