De Volta Ao Reino Dos Gatos escrita por Milady Sara


Capítulo 1
Salvando uma gata


Notas iniciais do capítulo

Gente... Sou a primeira a fazer fic pra essa categoria! Uhul )o).



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Seiko dormia calmamente em sua cama. Seus cabelos castanhos sobre seu rosto enquanto dormia de bruços, sua respiração regular por debaixo das cobertas verdes enquanto a luz do Sol invadia seu quarto. Era dia da semana ainda então, ela teria que acordar para ir à escola. Seus pais já estavam tomando café da manhã e quando seu despertador começou a tocar ela se remexeu na cama, resmungando.

Esticou o braço até a mesa de cabeceira e apertou o botão para desligar o despertador, que era um relógio digital e se encolheu na cama.

– Ah... Escola... Que droga... – resmungou sentando na cama e esfregando os olhos. Levantou-se ajeitou a camisola azul e quando deu o segundo passo escorregou em seu coelho de pelúcia e caiu de cara no chão fazendo um baque surdo.

– Tudo bem ai em cima? – gritou sua mãe da cozinha.

– Não... – Seiko disse se levantando e indo para o banheiro fazer sua higiene matinal. Voltando para seu quarto, já usava o uniforme da escola. Penteou seus cabelos e colocou sua bolsa no ombro, depois desceu as escadas indo para a mesa da cozinha, onde seu pai lia o jornal e sua mãe uma revista. – Ohayo mamãe, papai.

– Bom dia querida. – os dois disseram automática e mecanicamente. Estavam usando seus ternos, típicos do trabalho. Havia muito tempo que era somente com isso que eles se preocupavam. Seiko encheu um copo com suco de laranja e o bebeu, em seguida, montou um sanduíche com alface, tomate, queijo, e uma fatia de presunto.

– Bem, vou indo. – ela disse colocando o sanduíche entre seus dentes e ajeitando a bolsa em seus ombros.

– Ah, querida... – sua mãe disse enquanto ela calçava os sapatos.

– Chim?

– Eu e seu pai vamos sair numa viagem a trabalho e voltamos no sábado.

– Cherto. Até lá então. – e dizendo isso saiu para a calçada. Do lado do muro estavam dois gatos. Seu bairro não tinha exatamente muitos gatos, mas não era difícil encontrar um. – Oi bonitinhos! – ela disse se abaixando e tirando o sanduíche da boca para tirar dois pedacinhos de presunto e jogá-los para os gatos que comeram contentes.

Em seguida começou a andar pela calçada comendo, até que uma garota passou correndo por ela segurando uma maleta e com um rabo de cavalo mal feito.

– Ei Haru-chan! – Seiko gritou correndo atrás da garota que parou de correr.

– Seiko-chan? Está atrasada também?

– Não estamos atrasadas pode se acalmar. – Seiko disse com um sorriso simpático.

– Não? Ah, droga... Achei que estava atrasada e sai sem nem tomar café da manhã... – Haru choramingou enquanto voltavam a andar.

– Aqui. – Seiko disse partindo seu sanduíche ao meio e deu um pedaço para a amiga.

– Ah! Arigatou Seiko-chan! – Haru disse comendo o sanduíche avidamente.

Yoshioka Haru não era a melhor amiga de Minamoto Seiko, mas, era uma boa vizinha e uma garota gentil e agradável que sempre a ajudava quando tinha problemas. Às vezes era um pouco estranha, mas Seiko não ligava muito para isso. Foram juntas pelas calçadas o caminho inteiro conversando até chegarem à rua da escola.

– Haru! Seiko! – se viraram e viram Hiromi correndo até elas.

– Yo Hiromi! – disseram as duas em uníssono. E assim as três foram juntas pelo resto do caminho até o pátio.

– Seiko! – olharam para o lado e um garoto um pouco alto de cabelos castanhos claros e um pouco magro, Noboru, o namorado de Seiko vinha na direção delas e abraçou a namorada. – Oi meninas!

– Ohayo Inoue-kun. – disse Haru. – Bem, nós já vamos indo. – falou puxando Hiromi pelo braço deixando o casal rindo da cena.

– E então, como estão as coisas? – Noboru disse colocando o braço em cima dos ombros de Seiko e andando para dentro da escola.

– Meus pais vão viajar... De novo. – Seiko disse colocando seus sapatos no pequeno armário azul enquanto Noboru fazia o mesmo. – Às vezes acho que eles não lembram que eu existo...

– Claro que lembram... Só não anotaram no bloco de notas. – Seiko riu com isso enquanto iam até a sala de aula. – Assim que eu gosto, com um sorriso no rosto!

– Isso não significa que eu deixei de pensar a mesma coisa.

– Pelo menos você ficou de bom humor. – ele disse lhe dando um beijo no rosto e indo para sua sala.

Seiko entrou na sala de aula e sentou no seu lugar de costume ao lado de Hiromi.

– E então hein? – disse Hiromi se virando para ela junto com Haru. – Você e o Inoue-kun... – levantou a sobrancelha.

– Hiromi, você é muito intrometida! – disse Haru.

– Estamos ótimos. – disse Seiko com um sorriso.

– Mesmo? – insistiu Hiromi.

– Por que toda essa curiosidade?

– Ela tem inveja de você ter um namorado e ela continuar encalhada. – disse Haru rindo.

– Nani?! Não é nada disso! Só quero saber se eles estão bem, para caso não estejam e eles terminarem eu possa me preparar para consolá-la e xingar ele! – disse Hiromi cruzando os braços.

– Como eu disse, pura inveja. – falou Haru e ela e Seiko começaram a rir enquanto Hiromi ficava vermelha.

– E o que aconteceu com o Tsuge-kun? – perguntou Seiko.

– Ah, o Tsuge-chan?! – disse Hiromi dando um tapa no ar. – Ele é passado! Estou em outra! Já estou de olho em outro garoto.

– Ele é do time de futebol. – cantarolou Haru.

– Calada Haru!

– É o zagueiro. – Haru cantarolou outra vez deixando Hiromi vermelha.

– Hm... Acho que sei quem é! Ele é bem bonitinho! – disse Seiko.

– Olha o professor chegou! – disse Hiromi se virando para frente enquanto Haru e Seiko riam.

~*~

Já era hora da saída e Seiko estava sozinha perto do portão quando viu Haru carregando duas grandes caixas, uma em cima da outra, e a de cima estava aberta e tinha bolas de futebol ali.

– Ei Haru-chan! – ela gritou indo até a amiga. – Vamos voltar para casa juntas?

– Er... Desculpa Seiko-chan. – Haru disse tentando equilibrar as caixas. – Hiromi me convenceu a ajudar o time de futebol com ela para ela se aproximar do zagueiro bonitinho. Você não tinha aula de canto?

– Não, é só amanhã.– Haru deu um passo para trás para tentar impedir que as caixas caíssem.

– Talvez na próxima. – a garota com rabo de cavalo disse balançando um pouco os braços.

– Então você vai ter que se contentar com o seu namorado mesmo Seiko. E ai Haru! – disse Noboru ajeitando a caixa de cima que Haru carregava.

– Arigatou. – disse Haru andando devagar para os fundos da escola.

– Bem, vamos? – Noboru disse oferecendo a mão a Seiko, que a segurou e assim eles foram embora.

Estavam andando nas calçadas de uma rua movimentada agora.

–... E depois eu tive que trocar a fralda dela, sinceramente, você tem muita sorte de ser filha única. – contou Noboru enquanto caminhavam.

– Bem, assim pelo menos eu teria companhia enquanto passo dois terços do meu dia sozinha.

– Sinceramente você já está parecendo uma idiota com toda essa história...

– Nossa, - Seiko soltou a mão do namorado. – Obrigada pela parte que me toca. – e cruzou os braços parando de andar.

– Você fica uma graça com raiva sabia?

– Nem tente!

– Anda, admite. – ela falou a abraçando. – Você é uma idiota quando se trata dos seus pais. – Seiko não respondeu, só ficou com a cara fechada. – Você sabe que é verdade. – a garota suspirou.

– Tudo bem, mas idiota é uma palavra forte demais para isso...

– Talvez eu mude a palavra se você me der um beijo.

– Isso é chantagem sabia?

– Sei sim. – os dois se inclinaram, mas quando estavam prestes a se beijar, um gato cinza se espremeu entre suas pernas e se esfregou neles e deu um fino miado quando estes se separaram enquanto se esfregava nas pernas de Noboru. – Acho que esse gato gostou de mim.

– É uma gata. – disse Seiko e a gata deu outro fino miado. A gata tinha um pelo cinza, quase perto de um tom de azul, olhos vermelhos e uma argola prateada no pescoço.

– Como pode saber? – questionou Noboru.

– Primeiro, é só olhar para ela. Segundo, uma mulher reconhece a outra. – a gata se enrolou na perna de Seiko e depois saiu andando. Ela foi para uma faixa de pedestres a alguns metros dali, Seiko a encarou. A gata estava parada enquanto o sinal estava fechado, quase como se esperasse alguma coisa. – Tem algo errado.

– O que foi?

– Eu não sei, mas... Tem algo errado. – ela encarou a faixa por alguns instantes. O sinal abriu e quando os carros começaram a acelerar, e a gata deu alguns passos para atravessar a rua. Seiko ficou paralisada um segundo e tentou correr até a gata, mas Noboru a segurou.

– Ei o que você... – ela se desvelhenciou da mão dele e correu.

Um carro ia velozmente na direção da gata, que andava normalmente. Correu mais rápido, não acreditava no que estava fazendo, mas estava ciente disso. Agarrou a gata e quando chegou à calçada, tropeçou e caiu de cara na areia com algumas flores em volta e a gata caiu ao seu lado.

– Ai... – Seiko disse massageando seu rosto. – Quase quebrei o nariz...

– Ah! Não! Não! Não! Saiu tudo errado! – Seiko olhou para o lado e a gatinha estava de pé nas patas traseiras segurando a cabeça e a balançando. – Não era para você ter me salvo! Não! Não! Não! – ela disse para Seiko enquanto limpava a poeira de seu pelo.

– Acho que bati a cabeça meio forte... – falou a garota esfregando o topo de sua cabeça.

– Não foi assim com Lune! Bem, tecnicamente foi assim, mas... Argh! Meu plano deu errado! – a gata continuou a reclamar. – Agora ele não vai fazer! Vou ter que dar um jeito porque a pessoa errada me salvou!

– Vo-você fala?

– Huh? Ah, sim. Obrigada por me salvar. – a gata se curvou. - Embora tenha estragado meu plano...

– Er... De nada e... Des. Culpe...?

– Tudo bem, vou dar meu jeito. – a gata se pôs de quatro como um gato normal. – Mas não serei ingrata. Irei agradecer você assim que conseguir o que eu quero! – e saiu correndo.

– Ha-hai... – quando a gata saiu de vista Noboru chegou.

– Ei! Você está maluca? – ele perguntou se ajoelhando para olhar para o rosto dela. – Tudo bem que foi por uma boa causa, mas... Foi loucura! Ah, cara olha esse galo na sua cabeça e... O que foi? – ele disse quando Seiko somente olhava para frente com um olhar vidrado.

– Hã? Ah! É que a gata...

– A gata o que?

– Ela... Falou comigo. – ela olhou nos olhos do namorado.

– Falou com você? – Seiko assentiu. – Ai Deus... Vem, vou te levar pra casa. – ele disse a pegando no colo. – Acho que você bateu forte a cabeça.

– Ei, eu posso andar!

– Melhor não arriscar. Além do mais você não viu sua queda, pode ter até fraturado alguma coisa.

– Eu estou bem!

– Seiko. – ele a olhou nos olhos. – Você disse que falou com o gato! Eu não vou arriscar! – e foram em direção a casa dela, com Seiko se sentindo um bebê nos braços de Noboru.

Ela tinha certeza que havia falado com a gata, mas... Parecia muita loucura mesmo. Provavelmente fora só sua imaginação.


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Notas finais do capítulo

Bem, serão 10 caps, e vou postar td sábado!
E quem n viu o filme mas tem interesse em ver, aqui o link - http://www.anitube.jp/video/20580/Neko-no-Ongaeshi-A-gratid%C3%A3o-dos-Gatos