Começamos a nos beijar fortemente. Até que o meu celular vibrou. Era meu pai, comecei a suar, olhei para Jacob, que estava de olhos arregalados. Atendi.

– Alô

– Filha, por que demorou para atender? – ele perguntou suspeito.

– Desculpe, estava ouvindo musica aqui no carro, e estava alto, agora que vi que você ligou.

– Entendi, deixe-me falar com sua tia? – agora me ferrei. Coloquei no viva voz.

– Ela está dirigindo pai, calma ela vai encostar. – enquanto falava isso, me lembrei de que minha tia colocou um gravador com respostas, já que ela teve visão com as perguntas. Coloquei-o para tocar.

– oi Ed, estamos bem, não se preocupe, logo chegaremos ao hotel, e já estou pensando nas lojas que irei primeiro.

– Está bem, agora estou tranquilo. – relaxei, ele acreditou. – Nessie, vou ver o Jacob e me desculpar, na verdade vou agora.

– Não! – gritei de desespero.

– Eu sabia cadê sua tia? – meu pai havia descoberto.

– Tá louco pai? – tentei convencer de que estava com minha tia, mas já estava desesperada. Jacob me olhou preocupado.

– Eu estou aqui na janela do Jacob, se você abrir a cortina irá me ver. – me ferrei, meu pai desligou o celular.

O Jake abriu a cortina e vimos meu pai bravo, demos um sorriso amarelo. Meu pai sumiu, ouvi a porta, dei um beijo rápido em Jake, sabia que estava ferrada.

– Renesmee Carlie Cullen. – meu pai gritou enquanto abria a porta do quarto.

– Oi pai, tia Alice me deixou aqui durante um tempo para comprar umas coisinhas, logo ela está aqui. – tentei dar uma desculpa.

– Pare de mentir, aprendeu com ele né? Agora vamos embora, se pudesse te castigava durante séculos, mas sei que assim você irá me odiar. – ele falou enquanto pegava meu braço.

No carro foi literalmente silencio. Eu estava brava com ele, e ele estava bravo comigo. Mas aquilo era injusto, eu amava Jacob, e ele me amava. Por que não podíamos ficar juntos?

– Porque você é muito pequena, é uma criança. – meu pai falou sem me olhar, ele estava respondendo a pergunta em minha cabeça.

– Já tenho dezesseis anos. – falei emburrada.

– Não, você tem quatro. – ele teimou.

– Não, eu nasci há quatro anos, mas tenho dezesseis. – respondi.

– Renesmee, sem mais palavras. – ele falou com autoridade.

Nunca tinha visto meu pai assim, o que custava eu ficar com Jake, e ter ele como namorado? Se ele sofreu imprinting, é claro que nunca iria me magoar! Chegamos a casa, vi o carro de minha tia, então nem ela conseguiu cumprir seus objetivos. Entramos, estavam todos no sofá, tensos.

– Renesmee Carlie Cullen, você ficou louca ou o que? Quer dizer, o Jacob, você estava de castigo... – a ignorei, e fui subindo a escada – Pare de me ignorar. Volte e fale comigo. – parei no meio da escada.

– Pra que, falar com você? – perguntei com minha voz de choro, escorreu uma lagrima de mim – Para você falar que tinha que obedecer você? Já se sentiu assim mamãe? Ou o que você fala para meu pai é mentira, ou tudo que você viveu era mentira, falsidade? Eu sei que foi mentira tudo, porque se fosse verdade não trairia meu pai. – agora estava gritando – Eu amo você, amo papai, e amo muito o Jacob. Ele é minha vida. E não consigo ficar sem ele. – falei mais alto e apresada.

– Como sabe que beijei Jacob? – ela perguntou indignada.

– Um dia, quando ainda era criança, ouvi você e papai falar do que aconteceu entre você, o Jacob, e o papai. – expliquei, querendo esquecer que um dia Jake foi apaixonado pela minha mãe.

– Desculpe. – ela foi para a floresta. Agora isso foi um golpe baixo de mais.

– Eu não tive culpa. – me defendi.

Meu pai me fuzilava com os olhos, minhas tias estavam tensas, meu tio Emmet era o menos preocupado, tio Jasper tentava acalmar a todos, minha avó olhava com pena de tudo isso, e meu avô estava pensando, até que ele falou.

– Edward vá atrás de Bella, junto com o Jasper, a Esmee e as meninas cuidam da Nessie.

Meu pai assentiu, ele e tio Jasper se enfiaram floresta adentro. Eu subi para meu quarto, mas deixei a porta aberta, sabia que minhas tias e minha avó iriam vir. Sentei-me na cama e esperei. Vovó apareceu na porta, com um meio sorriso. Atrás veio tia Alice, e tia Rosalie. Elas sentaram-se na cama, ao meu lado, menos tia Alice, que se ajoelhou, na minha frente, no chão.

– Por que falou assim com sua mãe? – perguntou vovó, passando a mão nos meus cabelos.

– Eu fiquei nervosa. – falei sem graça.

– Vai pedir desculpas para sua mãe? – perguntou tia Rosalie.

– Não sei, acho que o que eu fiz foi horrível, mas eles não estão me dando escolhas. – expliquei.

– Eles estão fazendo o trabalho de pais. – falou tia Alice, um pouco mais serena, do que já era.

Comecei a chorar. Vovó me abraçou e limpou minhas lagrimas. Ouvi meu celular vibrar, era uma mensagem das minhas amigas, para ser exata da Patrícia.

gata a gente vai fazer uma viagem para a Florida, gostaria de ir com a gente, vai a Helo, a Bianca, a Yara, a Fernanda, a Joanna,os dois Gustavos,e o Matheus. A gente vai daqui a dois meses. Quer?

Seria bom viajar com minhas amigas, mas teria que ver com meus pais. Acho que eles não deixariam. Vamos dar um tempo para eles. Quem sabe tudo isso passe. Respondi.

Meninas vou ver com meus pais, está acontecendo umas coisas, que eles estão bravos comigo, mas logo darei a resposta. Beijo.

– Você quer ir nessa viagem? – perguntou tia Rose, pelo jeito ela não gostou.

– Sim, se der...

– Querida, vamos comer algo? – perguntou Vovó Esmee preocupada.

– Obrigada vovó, mas não. – recusei.

O celular vibrou de novo. Era novidade, ninguém me ligava, ou mandava mensagem. Era difícil isso acontecer, ainda mais vibrar duas vezes no mesmo dia, e na mesma hora. Era uma ligação, era o Jacob. Atendi.

– Oi Jake. – falei, enquanto colocava no viva voz. Odiava atender ao telefone sem colocar no viva voz.

– Nessie, você está bem?

– Estou, briguei com minha mãe, e ela se meteu na floresta, meu pai foi atrás...

– O que houve?

– Falei besteiras, Jake. – falei começando a chorar.

– Você está chorando? – ele nem deixou responder. – Eu vou ai.

– Jake, é melhor você ficar ai. – falei. Ele não falou nada, não ouvi mais nem um barulho. Será que ele estava vindo para cá?

Ouvi lá embaixo alguém bater na porta. Tio Emmet atendeu rindo.

– Cara você está ferrado, tem sorte que o Ed não está aqui. – falou tio Emmet entre as risadas.

– Cadê a Nessie? – perguntou Jacob nervoso.

– Está lá em cima com as... – antes de o tio Emmet terminar, ouvi Jake subindo as escadas, correndo.

Respirei fundo, e lá estava Jake, na porta, me vendo mal, e chorando. Ele fez uma cara de pena. E foi entrando. Tia Rose rosnou para ele, ele me olhou e ignorou. Vovó se levantou dando espaço para ele se sentar ao meu lado. Ele me abraçou, desabei sobre ele, e comecei a chorar.

– O que houve? – perguntou ele novamente.

– Falei para a mamãe, que ela traiu meu pai, e por isso não amava ele, e por isso não me entendia.

– Ela traiu seu pai? – perguntou ele indignado. – foi com aquele dos Newton? – ele não sabia. Acho que o beijo, para ele não foi uma traição.

– O beijo que você... Deu nela. – falei me soltando de seus braços. Ele ficou parado. Fiquei olhando sua expressão.

– Como... Como soube? – ele gaguejava.

– A ouvi falar com papai. – falei voltando para seus braços quentes.

– E como... Se sente... Sobre isso? – perguntou ele com medo.

– Você me ama?

– Claro.

– Então pronto. Você disse que sofreu imprinting por mim. Acho que talvez no passado você a amasse, mas agora me ama. – expliquei.

– Com certeza. – foi só o que ele disse.

Queria que minhas tias me deixassem sozinhas, quando elas iriam notar isso? Elas olharam para mim, e pisquei os olhos para elas, tia Rose ignorou, mas tia Alice atendeu ao meu pedido, se levantou, e foi puxando a vovó e tia Rose para fora.

– Vamos deixar eles em paz.

– Não. – protestou tia Rose. – Eu vou falar para o Ed. – ela ameaçou.

Tia Alice ignorou, vovó foi na frente, depois tia Alice conseguiu, e tirou tia Rose de lá. Tranquei o quarto.

– Agora podemos matar a saudade, e você me faz esquecer de tudo? – sugeri.

– Claro. – ele falou com um sorrisinho malicioso.

Começamos a nos beijar, fomos deitando na cama, quando estava prestes à tira minha blusa, ele parou.

– Com limites. – ele disse se afastando. Ele me abraçou, e ficamos abraçados por um longo tempo.