Ciel rapidamente, segura Ririchiyo em seus braços, e com o rosto corado e os olhos brilhando diz:

– Vo-Você está bem? Acalme-se!

Ririchiyo, abre os olhos lentamente e diz:

–Ci-Ciel? Sim, estou bem. Obrigada por me segurar, seria um tombo horrível... –diz, toda corada e também com os olhos brilhando.

Sebastian repentinamente, aparece e fala:

– Estou atrapalhando em algo? –diz ironicamente, dando risadas.

O-o que você está insinuando?!? –Ciel solta Ririchiyo- Não é isso que está pensan...

– Ai! –grita Ririchiyo- Está ficando louco? –diz com um tom rude- Não teria feito diferença você me segurar ou não!

Miketsukami bate na porta, e em seguida entra.

– Che... O que está acontecendo aqui? –Ele olha aquela cena, Ririchiyo no chão, Ciel nervoso e Sebastian rindo.

Ele corre rapidamente e levanta Ririchiyo, e fala:

–Você está bem? O que aconteceu? Diga! –diz bem nervoso.

– Acalme-se Miketsukami-kun! Eu estou bem, foi só o idiota do Ciel que me derrubou. –diz Ririchiyo.

– Eu te ajudo e você ainda me chama de idiota? –diz Ciel indignado.

– Quem disse que você me ajudou? Eu cair e você me jogar no chão é a mesma coisa! –diz ela.

– Que tal vocês pararem de brigar e irem para cama? –diz Sebastian.

–Isso mesmo. Subam, subam! –diz Miketsukami.

–Ok... –diz os dois ao mesmo tempo.

Então os dois subiram e foram se deitar.

Ririchiyo deita-se e começa a pensar:

“Por que é tão difícil fazer amizade com o Ciel? Queria ser mais próxima dele, mas parece ser muito difícil conquistá-lo...”

Enquanto isso, Ciel também deitado pensa:

“Ririchiyo-sama... Uma garota completamente bipolar. Uma hora seus lindos e doces olhos encantam as pessoas... Pera aí! O que estou dizendo? Não é nada disso, não fiquei em nenhum momento encantado... E em outra hora da vontade de dar um soco na cara dela!”

No dia seguinte, logo de manhã, Ririchiyo ia saindo para procurar uma faculdade.

–Ei Ririchiyo! Espere, eu posso te ajudar a encontrar uma faculdade! –grita Ciel.

– Sei que está tentando ser gentil, mas depois do que aconteceu ontem... Não quero mais problemas, nem para mim, nem para você. Me desculpe ter que recusar. –responde.

Ciel, desanimado e sentindo um sentimento de culpa em seu peito, abaixa a cabeça e retorna para dentro da mansão.

–Vamos Miketsukami-kun? –diz Ririchiyo.

– Vamos sim, milady! –responde.

Ciel da janela, observava a carruagem seguindo caminho, e não parava de pensar no que tinha feito no dia anterior.

A mesma coisa com Ririchiyo, ela não parava de se sentir culpada por ser rude com o conde. Estava querendo chorar, mas como Miketsukami estava por perto, preferiu não realizar tal ato...

–E então Ririchiyo-sama? Se divertiu? –Miketsukami tenta puxar assunto.

–Eh... Sim! Só não queria ter discutido tanto com o conde...

–Não fique lembrando disso! Pense em coisas boas! –diz Miketsukami tentantando animá-la.

–Eu sei... Vou tentar! –diz ela dando um sorriso discreto.

Miketsukami soltou um sorriso e prosseguiu a viagem até a mansão Trancy.

–Lar, doce lar! –disse Ririchiyo tentando animar o clima.

–Trocarei minha roupa para irmos procurar uma faculdade. –disse Ririchiyo.

–Senhorita, se importa deu não ir? Preciso organizar umas coisas aqui. –disse Miketsukami.

–Não, claro que não me importo! Pensei que você não pudesse passar nem um segundo sem minha presença... –diz ela com ar irônico.

Miketsukami dá risos e responde:

–Acho que consigo ficar um pouco... Mas volte logo!

–Ok! –responde com um grande sorriso estampado em sua face.

Então, pegou sua bolsa e começou a andar pela calçada da rua.

Ririchiyo passou o dia inteiro procurando faculdades, mas para seu azar, nenhuma podia ser paga, pois o dinheiro era insuficiente. “É isso que dar tentar estudar na Inglaterra...” pensou. Então ela disse falando consigo mesma enquanto andava pela cidade:

–E agora, o que eu faço? Não tenho dinheiro suficiente para pagar nenhuma dessas faculdades... E se... Já sei! Eu vou arrumar um emprego e no próximo semestre começo a faculdade, pois já terei economizado muito dinheiro! Perfeito! –diz- Bom, já está tarde, como Sebastian disse, não posso ficar andando sozinha pela noite... Vou para casa e contarei a notícia para Miketsukami! –completa.

Ririchiyo, já à caminho de casa, começou a escutar vozes, inicialmente, pensou que fosse alucinações, mas então escutou novamente:

–Hihihi! Você não deveria estar andando sozinha a essa hora da noite... O bicho papão pode te pegar...

Assustada, ela responde indagando:

–Q-Q-Q-Q-quem é você? Vamos, responda! Olha que eu sou muito forte!

– Forte? Só em seus sonhos... E então menina? Não vai me dizer o que está fazendo aqui?

– Por que preciso dar satisfações a um estranho? Não aprendeu essa lição no conto “Chapeuzinho Vermelho”? –diz, ironicamente.

– Estou avisando, acho melhor tomar cuidado com o que fala mocinha! Hihihi!

Ririchiyo sai correndo e, bem nervosa, repete várias vezes a mesma frase:

– Isso é uma alucinação! Isso é uma alucinação! Isso é uma alucinação!

Mas, de repente, Ririchiyo sente algo puxando e apertando seu braço, e escuta um leve sussurro em seu ouvido:

–Acha que vai ser fácil fugir de mim?

Ririchiyo vira-se para trás e vê a face da pessoa que estava te incomodando tanto e surpresa, grita indagando:

–Q-Q-Q-Q-Quem é você?!?!