A Legião escrita por Takahashi


Capítulo 5
Capítulo 5 - The Amazing Savage-Man


Notas iniciais do capítulo

Único brasileiro na Legião, Pedro e seus ajudantes devem parar Caio, o Demônio, que tomou o governo do país. Seus ajudantes, Diego e Lolly, ainda tem algo pra descobrirem.



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Pedro saiu do porto para o aeroporto até o jato onde Diego e Lolly, ou Artilheiro e Inocente, seus codinomes, iriam levá-lo até Brasília para sua missão. Eles ajudam Pedro em certas missões, já que possuem grandes habilidades com armas e estilos de luta. Eles se conheciam desde que tentaram matar um ao outro, cada um em sua missão de mercenário pra matar o outro. Mas isso é outra história.

– Demorou, bochechudo. - diz Lolly, segurando seu rifle:

– Nada, a reunião foi rápida, comparado ao trabalho que teremos. - Pedro parou um instante e olhou para Diego, no banco do motorista no carro que eles usariam até o aeroporto, e disse: - Esse sub-13 vai mesmo ir dirigindo? Nem fodendo, eu tenho idade, eu dirijo.

– Cara, já fiz 18... Me deixa em paz. - todos deram uma certa risadinha, já que aquela não foi a primeira vez que Pedro zomba de Diego por ser novo.

Eles entram no carro e seguem para o jato, que tinha piloto automático, inclusive nas decolagens e aterrissagens, e isso não leva nem quinze minutos. Ao entrar no jato, todos se sentam, prendem os cintos e o avião decola depois de Diego acionar os comandos e dar as coordenadas. Pedro pede um pequeno relatório sobre seu inimigo:

– Então, crianças, o que sabemos sobre esse Caio?

Lolly responde, pegando uma papelada e entregando no colo de Pedro, que estava sentado como um daqueles gordos que comem pizza enquanto assistem TV:

– Ele é conhecido como o Demônio, por causa de seus planos sádicos e pela maneira que tortura seus prisioneiros. Ele já foi colaborador da Legião, mas deixou a equipe por vocês terem percebido que ele era mal intencionado.

– É, disso eu sei, mas como ele detonou Brasília? Sabe, Diego?

– Ele conseguiu alguns capangas com a Sociedade Sombria. Ele não entrou nela, mas fechou um acordo com eles. Creio que seja teatrinho dele. Duvido que ele quisesse se aliar a qualquer um depois de deixar de ser colaborador da Legião.

– Ele quer vingança? - pergunta Pedro.

– Não, acho que só quer conquistar o mundo. Duh. - diz Lolly.

– Ah mas isso todos eles querem. Ele deve ter um motivo melhor, não?

– Não que saibamos. - diz Diego coçando a cabeça de dúvida.

– Ô, porra... Então preparem-se, abigos*, que teremos muito trabalho.

Levou pouco menos de duas horas para eles chegarem na capital brasileira, e perceberam que a cidade estava toda murada, e aonde eles viam por dentro da cidade cercada, haviam carros tombados, incêndios, corpos, sangue, tripas, uma verdadeira visão de apocalipse zumbi. Só que sem zumbis, aparentemente.

– Caraca, mil tretas passaram aqui, manolos!!! - diz Lolly e suas gírias, típico dela. Diego interrompe e oferece as armas e munições:

– Ok, eu vou levar minhas flechas de alta precisão, de vários tipos. Tenho as que dão choque, explodem, lançam outras flechas... vários tipos. E levarei minha sniper também, com 20 balas de reserva. Lolly, pra você, isso deve bastar. - Diego entrega um par de colares estranhos para Lolly.

– O que é isso?

– São pulseiras atiradoras. Elas lançam dardos venenosos, cortantes, e até explosivos. São bem eficientes. E tenho algo especial pra você. - Ele tira de um pacotes dois lançadores de teia artificial, que podia lançar cordas enormes feitas de teia de aranha, super-resistentes, que ajudariam Pedro a poder se locomover melhor por aí.

– Ah, não.... você conseguiu???? Caraca, mas como... - Pedro já sabia do que se tratava, já que ele mesmo pediu por aquilo.

– Eu tenho minhas fontes. - Ele entrega os lançadores, que Pedro já sabia como usar, afinal, ele mesmo projetou aquilo. - Então, bicho da selva, qual o plano?

– Bem, o jato não vai tocar no chão, ele está rondando a cidade por enquanto. Vamos descer de pára-quedas. Diego fica no alto do prédio do Congresso, já que a Praça do Três Poderes deve estar cheia de soldados. Use primeiro a sniper, depois as flechas. Lolly, você desce na praça. e arrebenta eles. Quem o Diego não derrubar, você derruba, e vice-versa. Quando terminar, invada o Palácio da Alvorada, que é aonde eu vou, dar de cara com o Capeta, literalmente. Novamente, boa sorte, pessoal. Vamos precisar. - diz Pedro dando os pára-quedas aos companheiros.

Logo em seguida, todos saltam do jato. Primeiro a Inocente, depois Artilheiro, e por fim, Homem-Selvagem. Lolly, antes mesmo de pisar no chão, já estava atirando, já que foi recepcionada à bala. Diego ficou no alto do prédio do Congresso, se armou com a sniper e começou a atirar também. Só Pedro deu azar de pegar o pára-quedas defeituoso e acabou caindo em queda livre. Mas, ele pensou numa saída: ele ficou próximo do prédio do Congresso, usou o lançador de teia de sua mão esquerda, que prendeu no prédio do Congresso, e conseguiu se balançar até o Palácio da Alvorada. Assim, todos estavam cumprindo seu papel.

Lolly se virava como podia. Ela mau aterrissou e já provocou os soldados:

– E aí, seus viadinhos? Alguém quer um pedaço da novinha? - Essa era Inocente mostrando a ironia em seu codinome. Ela parou de falar e começou a atirar nos soldados da Sociedade, sendo que parte estava babando com o corpinho da jovem vestida em seu colante de couro, outra estava ouvindo o que ela queria dizer, já que eram burros, ou não tiveram tempo pra recarregar as munições, gastas enquanto Lolly estava no ar de pára-quedas. Ela ainda tinha a ajuda do Artilheiro, que acertava com precisão os soldados, dando cobertura para Lolly.

Enquanto isso, Pedro Selvagem caía bem em cima do Palácio. Ele caiu com tanta força que o teto cedeu e ele caiu dentro do prédio. E logo no andar da Sala da Presidência. Ele deu de cara com alguns guardas, facilmente rendidos. E foi mais fácil ainda achar a Sala da Presidência. E lá estava o Demônio. Sentado com os pés na mesa. Como se estivesse esperando Pedro.

– Bom vê-lo de novo, bicho do mato. - diz ele, com seu treno todo vermelho, acendendo um charuto.

– Bom te ver também, filho da puta. - diz Pedro com a cara mais irônica possível. - E aí, fazendo merda de novo?

– Há, claro! Limpar o mundo é uma grande besteira, né?

– Limpar o quê? Não há nada para limpar. Eu mesmo uso papel ao ir ao banheiro, hehehe. - Pedro fazia piadas para fazer Caio perder o controle e poder facilitar a luta que viia. Mas Caio tinha pavio longo, não ia perder o controle do nada. Ou iria?

– Dessa escória que faz esse mundo não andar. Que não faz o mundo progredir. Esse povo tosco que só sabe ver programas toscos na TV, leem revistas de fofoca ou nem mesmo querem saber de ler. E que ainda são corruptas.

– Assim falou o Diabo. O pau cantando lá fora, centenas dos seus contra dois meus, e eu tô ganhando. É, acho que vai ser rápido isso. - Pedro lança a teia do lançador no pulso, que acertaria o rosto de Caio, se o mesmo não tivesse bloqueado com o braço.

– Por essa você não esperava, hein?

– Na verdade, sien**. - Pedro não tinha largado a teia, e aproveitou para puxar Caio, que saiu da mesa e parou do lado de fora o palácio, com tamanha força que ele usou. Sorte ele que teia é bem resistente. Caio caiu bem no meio do fogo cruzado, quase na Praça dos Três Poderes, quando Lolly, já ofegante por causa dos soldados, apontou a pistola na cabeça de Caio, que caiu de barriga pra cima.

– A brincadeira acabou, filho de capiroto. Se fizer qualquer coisa tem um arqueiro mirando bem na sua cabeça.

– Seria aquele que vai enfrenar um zumbi no prédio do Congresso?

Ela olhou para Diego, que lutava contra zumbis no alto do prédio. Ela penso, como zumbis surgiram ali? Aquela foi a deixa para Caio fugir, deixando um cheiro de enxofre durante seu teleporte. pedro saiu do prédio, e notou coisas estranhas acontecendo.

– Eu fiquei doido com esse enxofre ou eu tô vendo zumbis dos soldados?

– Não, eu tô vendo também. E o Diego lá em cima também.

Lá em cima, Diego usava as flechas que tinha para matar os zumbis, que haviam subido até o teto, sabe-se lá como, ele acreditava que eram os soldados que ele e Lolly mataram lá embaixo. Diego estava encurralado, e acabou tropeçando e caiu do prédio. Ele caia direto pra morte certa. Mas não tão certa porque Pedro foi esperto em improvisar rápido uma enorme rede pra segurar Diego. Só que eu passo maus bocados depois, já que, com o impacto, a rede o amorteceu, e depois o lançou na direção da Praça, só que antes ele acertou um ônibus que estava no meio.

Lolly saiu correndo em direção de Diego, que saiu bem ferido do impacto com o ônibus. Ela entrou em desespero, e nem ligou que ainda haviam zumbis ali. Pedro viu que ela só ia pensar ele e esquecer os zumbis, criou um cercado entre o ônibus, algumas árvores, um poste e um carro tombado. Ela começou a chorar ao ver o coitado sangrando, todo cortado, e ele se remoendo de dor, ele chegava a pensar que todos os seus ossos quebraram todos. Ele apenas conseguia ficar estendido no chão, com a cara no asfalto.

Lolly chegou perto dele, e Pedro ficou olhando se as redes de teia aguentavam. Ela se abaixou, virou Diego de lado, e o colou em seu colo, e ela chorou mais ainda quando viu o rosto ferido daquele que ela amava, porém nunca contou. E ele, tentava sorrir sem sentir dor, já que ele também a amava, mas não havia contado também.

– Diego... meu Deus... você está....bem? - Lolly não conseguia falar uma frase inteira sem gaguejar de choro.

– Tô... não... ai... me lembre de agra.... decer o Pedro pela teia... - Diego não falava uma palavra inteira sem se remoer de dor.

– Precismos... precisamos tirar você daqui,... Diego, se não, morremos..., e precisamos de alguém que... que... que cuide de você!!! - Mais lágrimas saem de seus olhos e ela começa a pôr a mão no rosto de Diego, com cuidado pra não causar dor.

– Não... temos... que impedir Caio... ai, não quero mais cair de um prédio ou bater num ônibus de novo, ai. - Diego sente a dor da mão de Lolly em seu rosto que ainda tinha algumas feridas abertas. Porém, ao mesmo tempo, podia sentir a mão lisa de Lolly em seu rosto, e reagiu apertando sua mão esquerda usando a mão direita.

– HEY, DÁ PRA ACABAR O ROMANCE AE E AJUDAR AQUI? OS ZUMBIS TÃO INVADINDO!!! - Pedro corta o clima ao avisar que os zumbis romperam a barreira, ao mesmo tempo que ele batia em todos.

– Romance??? Que romance??? - pergunta Lolly, ao mesmo tempo confusa e sem graça.

– TODO MUNDO SABE QUE UM AMA O OUTO, AGORA PODERIAM AJUDAR? - Pedro não dava contar de todos, que já o cercavam. E só se salvaram porque eles contaram com uma carona. Uma nave espiã surgiu, vindo do oeste, e sobrevoou os coitados cercados por zumbis. Lembra um jato, mas jatos não costumam flutuar. E de lá saiu o agente Fox, que desceu uma escada pra eles.

– Vi que precisam de ajuda, né?

– Quem é você? - pergunta Pedro, com cara de quem ia agradecer depois dele dizer seu nome.

– Sou o Fox, o viado, lembra?

– Ah, só, valeu a ajuda, estávamos encrencados já.

Lolly pede ajuda a Fox para carregar Diego pro jato, que desceu até próximo ao chão por causa dele. Isac ajuda também, e ao entrar, eles vêm Takeshi, já recuperado das feridas que teve em Pequim.

– Terminou cedo sua missão, japa? - pergunta Pedro.

– Não, os desgraçados fugiram. E acho que vocês também não pararam o Demônio.

– Nem deu tempo de socar a cara dele. Ele se teleportou e foi pra não sei aonde.

– Provavelmente Nova Iorque.

– Como você sabe onde eles vão?

– O Fox colocou um rastreador no León, o garoto da armadura robótica. Se duvidar, ele até notou o rastreador, mas deixou assim porque talvez esteja do nosso lado.

– Ou é burro mesmo ! - Todos ali riam por um momento. Todos estavam preparados pra partir. O piloto, Julius, já zarpava com o jato.

– Todo mundo pronto aí? Pros novatos aí, sou Julius.

– Prazer. - pareciam alunos do fundamental ao responder o piloto, que, literalmente, era um negão: forte, alto, talvez nem precisasse de colete pra proteção ou armas pra se defender.

Enquanto isso, Lolly, que estava com Diego, que estava numa maca, pergunta a Isac se ele podia cuidar dele.

– É grave a situação dele?

– Um pouco... nada que mate, mas também nada que se recupere em horas. Vou fazer o possível. Vou ali buscar os equipamentos pro tratamento e deixo vocês mais a sós. - Até Isac sabiam do caso deles. E ele já havia colocado as ataduras suficientes para não deixar ele sangrando diante dela. Ele sai de perto - era um jato espaçoso até -, e ela olha pra ele, que não parava de olha pra ela.

– Então... você... gosta de mim? - Lolly ainda tentava secar as lágrimas.

– E você? Sempre me admirou? - Diego não sentia mais muita dor.

– Bem... acho que sabemos a resposta para nossas dúvidas... - Lolly fecha seus olhos, abre levemente a boca, inclina seu corpo em direção dele, e dá um beijo em sua boca, mesmo com um corte nela. Ele apenas fecha os olhos, já que não podiam se movimentar muito. Mas depois ele colocou sua mão nos cabelos dela, e eles se beijaram por cerca de 5 minutos. Com pausar pra respirar e dizer ''te amo'', claro. Eles não eram William e Myranda. Mas eram tão apaixonados tanto. Isac até tinha os equipamentos em mãos, mas deu um tempinho pro casal. E ele, sentado junto de Fox e Takeshi, assistiam.

– Eles formam um belo casal. - diz Isaque, sem tirar o olhos.

– Sim, formam... - diz Fox, outro vidrado, mesmo sendo gay.

– Dão até inveja... - diz Takeshi, em voz baixa, olhando pra baixo, pensando em seus amores passados e naquela que ele se apaixonou.



Em Nova Iorque, para aonde Pedro, Takeshi e cia. estavam indo, Caio, o Demônio, já estava lá. Ele se teleportou até lá depois de Pedro o jogar do gabinete do Presidente do Brasil. Ele torceu o braço na queda, mas como não se importava com dor, ele mesmo o consertou. Lá ele encontrou No-face.

– Fracassou depois da glória, né, capetinha?

– Foi, manequim... que nem você.

– Bem, espero que os planos do Daniel funcione.

– É.... eu também..... - Cada um saiu para um lado, ambos com seus próprios planos debaixo dos planos.



E lá estava Jonathan Victor lendo seus planos.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo é pro Pedro, pra Lolly e pro Diego, que, no dia de lançamento desse capítulo, fazia 14 anos. Parabéns pivete!!!
*Sim, é ''abigos'' mesmo, hehe.
**É ''sien'' também, hues.



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