Camp Half Blood escrita por Dinha e Mary


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

HELLO,SEUS MARAVILHOSOS! tava inspirada e postei logo dois capítulos que eu tinha aqui e-e amanhã postarei os outros(que já estão prontos) espero que vocês gostem ^^ comentem,por favor. beijos na bochecha de todos.
P.S:Deborah,depois eu ponho tu na fic e-e'



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     E no coração da floresta, eu ainda corria. Por que a bandeira inimiga não podia estar mais perto? Teria me poupado um bom trabalho. Quando finalmente cheguei à bandeira,parei e esperei. O chalé de Ares havia se aliado ao de Atena,então era improvável que a bandeira tivesse sido abandonada ali,à mercê de quem a levasse. Eu estava certa,pois logo um garoto apareceu, de espada em punho,convidando-me à luta. Olhei direito e o reconheci: Era um dos irmãos de Gikah,um esquisito de nariz empinado,que praticamente deixava um rastro de testosterona por onde passava. Ele me encarou e fez uma expressão de desprezo para mim.

   Nesse momento,senti meu sangue ferver e tirei minha espada do cinto. Se eu ia parar na enfermaria,não seria por ser covarde. O garoto levantou a espada,tentando me acertar lateralmente e eu desviei,dando-lhe um golpe,que ricocheteou na armadura que ele usava. Quando eu tentava pegar impulso para um novo golpe,fui acertada com uma cotovelada no rosto,e cambaleei até dar de costas com a bandeira.

   Lembrei do quanto queria mostrar ao meu time que eu servia para alguma coisa. Lembrei do quanto todos haviam sido receptivos comigo,e do quanto eu queria mostrar ao meu time que servia pra alguma coisa (além de sofrer bullying da Ana e do Higor) e queria mostrar para aquele garoto o quanto seu jeito irritava todo mundo. Segurei a espada e ataquei,tentando me lembrar do que a Gikah me ensinara(entre gritos e palavrões). Consegui arranhar seu ombro, e me senti alegre ao ver que sangrava. Ele desferiu um golpe no meu tronco e eu saltei para trás,levando um corte na barriga, e sendo tomada por uma raiva cega,que me fez lutar instintivamente e bloquear,com a espada,um de seus ataques. Estávamos empatados,e eu desesperadamente,formulei uma estratégia extremamente deselegante: chutei suas partes baixas,fazendo-o cair de costas no chão e apontei a espada para seu pescoço. O garoto me olhava chocado,e nesse momento, Gigi,Juninho,Ingrid e Carlos irromperam pela floresta e olharam estupefatos. Raul chegou um pouco depois,chutando plantas e raízes que estavam enredadas em seus pés,reclamando:

   - Ai, pra quê tanto mato? Que inferno! - Quando ele viu o que eu havia conseguido,sorriu ironicamente. - ela conseguiu! poxa,eu achei que você seria massacrada e espancada,mas você conseguiu fazer algo de útil!

   Eu recuei lentamente a espada, já que agora meu time poderia me dar cobertura. Ingrid sorriu e exclamou:

  - Mary,vai pegar a bandeira,o mérito é seu! - Eu sorri,eufórica e peguei a bandeira. Levantei-a e todo o time gritou, anunciando a nossa vitória. Quando baixei a bandeira, me senti excessivamente alegre e revigorada, como se fogo estivesse correndo pelas minhas veias. Era de uma euforia tão grande,que quando me dei conta,a bandeira estava queimando. Pensei em soltá-la,mas não podia,por receio de provocar um incêndio na floresta,e ao mesmo tempo,tive medo de me queimar. Mas olhando bem,minhas mãos,pegavam fogo e eu não sabia o que fazer. Carlos tomou a frente no grupo e desviou um jato de água de um pequeno riacho que corria a poucos metros,e pela segunda vez naquele dia,eu estava totalmente encharcada,e todos rimos muito.

   Saindo da floresta(com o que restara da bandeira), encontramos Quíron e o time adversário. Gikah sorriu ao ver a bandeira e gritou:

   - Quíron! A bandeira foi destruída! acho que eles perderam!

   - O mastro ainda está aqui! E vocês não acharam a nossa bandeira,lembram? - Juninho gritou irritado.

   - E parece que vocês também não sabem onde ela está,não é,pirralho? - Gikah retrucou,irritadíssima. Juninho ficou sem palavras,já que estava na equipe de ataque e não sabia onde estava a nossa bandeira. E com a bandeira azul destruída e a vermelha desaparecida,a vitória era deles. Foi quando Ana Paula gritou:

   - EEEEI! A BANDEIRA NÃO SUMIU! - Todos os campistas se viraram na direção do grito e lá estavam Ana Paula,Roniara e Higor,exibindo sorrisos triunfantes e carregando a bandeira,que tremeluzia vermelha e brilhante,garantindo a nossa vitória. Todo o nosso time urrou de alegria, e Gikah ficou sem palavras, olhando boquiaberta. Quíron parecia distante,como se algo estivesse errado. Ele se aproximou e perguntou o que havia acontecido com a bandeira. Carlos narrou o fato e aquilo pareceu espantá-lo. Os dois afastaram-se e se puseram a cochichar. Ingrid arrastou-me apara longe(provavelmente para que eu não ouvisse a conversa). Em meio às comemorações,encontrei Rebeca,que pulou em mim para me abraçar,me parabenizando por ter pego a bandeira. Enquanto todos sorríamos e conversávamos,Gikah se aproximou de mim com sua cara de raiva assustadora, e Rebeca logo se dispersou na multidão. Gikah me arrastou a um canto e disse: 

   - Mary,eu preciso falar com você. - Meu coração disparou,o medo se instalou em mim, e eu esperei pela maior surra da minha vida,ou por uma torrente de xingamentos,mas Gikah apens sorriu,sem nenhum sarcasmo ou ironia. - Eu queria primeiramente agradecer por ter vencido do meu irmão. Ele era um saco,além de excessivamente brigão e metido,até mesmo para um filho de Ares,e eu não fazia ideia do que fazer para freá-lo um pouco.

  - Qual,é... Foi pura sorte,eu não fiz nada de interessante,apanhei mais do que tudo. - respondi,incomodada. Por algum motivo,estava me sentindo fraca,como se minha energia estivesse se esvaindo.

  - Calma,eu ainda não acabei. Eu ouvi o Quíron falando com o Carlos e parece que vem treta por aí,envolvendo você. Se eu fosse você,teria medo. Mas relaxa,pode ter sido apenas uma conversa em que eles comentavam sua inutilidade. - ela sorriu,e o sarcasmo voltou. Eu continuava a me sentir mal e pus a mão na barriga,onde meu corte ainda sangrava,mas como ainda estava molhada e vestia uma camisa preta,não era possível perceber o ferimento. Gikah se afastou e eu voltei ao pátio dos chalés,onde os campistas já haviam voltado ao "normal" e estavam em seus grupos,conversando ou fazendo outras atividades. Apenas num canto, perto de uma árvore,havia um pequeno grupo conversando e pareciam estar discutindo. Olhei com um pouco mais de atenção e vi que eram Carlos,Ingrid,Raul e Rebeca. Eles pareciam apreensivos,e Rebeca estava mais pálida que de costume. O clima ali era tenso e quando o olhar de Ingrid cruzou com o meu,um calafrio  percorreu o meu corpo e eu senti que algo ruim estava para acontecer. Foi quando um grito atrás de mim,despertou-me de meus devaneios. 

  -MARY! VEM CÁ! - virei-me e Ana Paula acenava,sempre acompanhada por Higor.Por algum motivo,eu me sentia bem junto dela,como se eu já a conhecesse. Sorri e me distanciei do grupinho,ainda sentindo os olhares deles sobre mim. Ana me arrastou até o lago,onde sentamos e ficamos a jogar pedras na água e em alguns dos campistas que passavam. 

  - Eu tenho a impressão de que te conheço de algum lugar,sabe? - perguntei a ela,que apenas sorriu e respondeu:

  - É que sou muito famosa! - ela começou a gargalhar. - mentira,não sou não. Mas tenho a impressão de que te conheço. Quem sabe não nos esbarramos por aí. 

   Sorrimos e fiquei a olhar o céu de fim de tarde. Eu estava encharcada,toda doída,exausta e me sentindo cada vez mais fraca. Olhei de solaio para Ana,que espiava o Higor de rabo de olho. Ele,por sua vez, catava pedrinhas no chão,com uma expressão preocupada e parecendo alheio a tudo. Voltei a encarar o lago,quando senti uma dor muito forte no abdômem,onde meu ferimento latejava. Fiquei de pé,pressionando o corte,que sangrava cada vez mais. Higor e Ana me olhavam estagnados. Minha vista escureceu,minhas pernas não conseguiram me sustentar e eu apaguei completamente.


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