Camp Half Blood escrita por Dinha e Mary


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

OEEEE finalmente consegui postar outro capítulo *o* demorou um "pouquinho", mas taí. Espero que vcs gostem, esse capítulo ficou meio tenso,já que eu tive que fazer algumas alterações,mas tá pronto. Tentarei postar com um pouco mais de pressa os outros ^^' Boa leitura!



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                Estávamos encurralados. Carlos exibia um sorriso triunfante e provavelmente nos mataria sem pensar duas vezes. Eu já fazia mentalmente a lista de quais tipos de flores iria querer no meu caixão(considerando-se que eu teria um enterro), quando Ingrid deu um passo à frente e perguntou, corajosamente:

                - Por que diabos você está fazendo isso?

                - Por poder. Por justiça. Já é hora dos meio-sangues se rebelarem, destruírem o Acampamento e não obedecerem mais às ordens do Olimpo! – Ele levantava a espada e a brandia em nossa direção. – Nós criaremos o nosso próprio mundo, e seremos governados por um de nós, um verdadeiro semideus!

                - Espero que não esteja insinuando que esse alguém seja você, porque eu discordo completamente de seu ponto de vista. – Reclamei, e ele me olhou com fúria.

                - E por que não? Sou o semideus mais forte do Acampamento e o idealizador do plano, nada mais justo que EU lidere.

                - E o que a missão tem a ver com isso? – Raul falou calmamente, tentando se aproximar. Carlos apontou a espada para seu peito.

                - Quietinho aí. Os três, não se movam. Sabotar a missão, matá-los e deixar que Hades destruísse o Acampamento era parte do plano, e ainda arrecadaria alguns campistas para o nosso lado.

                Eu não havia pensado por esse lado, mas era realmente um plano maquiavélico, pensado nos mínimos detalhes, exceto por um ponto: E onde estava o Elmo de Hades? Carlos e sua gangue haviam mesmo o roubado? A torneira quebrada não parava de jorrar, e o chão do banheiro estava recoberto por uma fina camada de água, em cujo reflexo era possível ver o corredor.

                - Onde está o Elmo, Carlos? – Raul perguntou.

                - Eu não sei. Infelizmente, eu não o roubei. Por isso o meu plano inicial, ao ser escolhido para a missão, era achar o Elmo e usá-lo em minha própria causa, e matar os outros campistas da missão, que por um golpe de sorte, foram vocês, os campistas mais fortes do Acampamento. Agora chega de conversa fiada e se preparem para morrer!

                - Eu não estaria tão certo disso se fosse você. – Anunciou uma voz masculina atrás dele. Carlos olhou o reflexo da água no chão e viu que Roniara, Ana Paula e Higor estavam bem atrás dele. Roniara encostara a ponta da lança na base da coluna dele, e Higor e Ana apontavam suas espadas para ele, que fez uma expressão de desdém e falou:

                - Ah, vieram se juntar aos seus amiguinhos? Ótimo, assim mato todos de uma vez!

                - Ai deuses, até eu já cansei do seu sarcasmo, Carlos! – Ronny gritou. Eu observava a cena e sentia a tensão se acumulando. De repente, senti um frio na espinha e foi como se ouvisse a voz de Nêmesis em meu ouvido, dizendo “Ataque primeiro, e sempre ataque para matar, pois seu adversário não é nada piedoso”. Foi aí que a ficha caiu: Se queríamos derrotar Carlos, teríamos que tratá-lo  como um monstro qualquer e matá-lo. Eu não me sentia à vontade diante dessa alternativa, mas me sentia menos à vontade com aquela espada apontada para a minha cara.

               - Abaixe a espada e não tente nenhuma gracinha, Carlos. – Ana Paula falou e ele se virou cuidadosamente, tentando evitar encostar na lança da Ronny. 

               - Acho melhor vocês abaixarem as suas. – E com um gesto, ele fez com que a privada explodisse, e juntou aquele turbilhão de água ao enorme fluxo que também jorrava da torneira quebrada, e os usou para criar uma prisão de água, semelhante à que havia me prendido, porém bem maior dessa vez.

               Tudo isso aconteceu em questão de segundos, e num piscar de olhos, ele aprisionou Higor, Ana e Roniara. Eles não pareciam estar conseguindo respirar e sequer se mover. Logo percebi o que estava acontecendo: Ele estava aumentando gradativamente a pressão da água e isso logo iria matá-los. Apertei o machado em minha mão e olhei para Ingrid. Ela me deu um olhar sério, como se pedisse para que eu esperasse por algo e se abaixou, bem em frente a um dos filetes de água que fluía em direção a Carlos, e de repente, ela desferiu uma descarga elétrica, que fluiu em direção a ele, atingindo-o e o fazendo gritar e cair de joelhos no chão. A prisão de água logo se desfez, e Higor, Ana e Ronny caíram no chão, tossindo e arfando. Vi que ele já estava se recompondo, e seu próximo golpe não deixaria mais a guarda tão aberta, e acabei agindo movida pelo instinto. Girei o machado, e com um golpe firme, cravei-o na nuca de Carlos e o puxei. O corpo inerte tombou para a frente, e a água que escorria para o corredor adquiriu um tom avermelhado, devido ao sangue.

               Três segundos depois, Joy, Rebeca e Gigi apareceram na porta do banheiro e arregalaram os olhos frente à cena. Eu não fazia ideia do que dizer ou fazer, e estava em choque. Raul pôs a mão em meu ombro e tentou me dizer algo, mas as palavras pareciam vazias e distantes, e eu não conseguia achar nenhum sentido no que ele dizia. Ingrid tomou as rédeas da situação e gritava algumas ordens por ali. Mandou que eu, Joy e Rebeca fôssemos pegar as malas e dar um jeito de achar o dragão,enquanto o resto dos campistas tentava dar um jeito naquele lugar. Lá fora, fiquei a olhar para o céu, enquanto já estava escurecendo. 

              - Que inferno, como vamos achar um dragão no meio do nada? - Reclamei.

              - Sei lá, você que achou ele, assobia pra ver se ele aparece. - Joy respondeu.

              - Er... Acho que poderíamos tentar fazer algum sinal de fumaça ou fogo, que tal? - Rebeca sugeriu timidamente.

              - Alguém com uma ideia decente,até que enfim! - Joy levantou as mãos para o alto, em sinal de agradecimento e depois me encarou. - É com você, Mary.

              - Eu só me ferro nessa porcaria... - Resmunguei, e antes que eu conseguisse fazer algo, algo enorme apareceu no horizonte e se aproximou. Era Sirius. Ele se aproximou e pousou, com um olhar debochado. Jogamos as malas em cima dele e entramos novamente, para ver o que haviam feito com o Carlos. 

              Eles haviam enterrado-o em uma cova no jardim, e a terra estava fofa no lugar onde ele estava. Joy fez um gesto, e logo cresceram algumas flores brancas ali em cima. Higor falou um "vamos" e todos os campistas foram terminar os preparativos para partir, menos Ingrid e eu. 

              - Dinha, temos que ir. - Falei, e ela pareceu não ouvir. Olhei para ela e ao contrário do que eu imaginava, o olhar em seu rosto era de raiva, não de tristeza. - Ingrid,vamos?

              - Me esqueça como eu lhe esqueci... - Ela sussurrou, enquanto finalmente acordava para a vida e me seguia até o dragão. Quando nos acomodamos devidamente, Sirius levantou voo e eu dei instruções para que ele só pousasse quando chegássemos ao nosso destino. Depois disso encostei a cabeça no ombro da Joy e fechei os olhos, tentando raciocinar sobre tudo o que havia ocorrido naquele dia. Não conseguia acreditar que havia matado o General do Acampamento. Logo,o sono e o cansaço me dominaram e eu adormeci.

                Acordei quando o dia já estava amanhecendo. Ao longe, podia ver a placa de Hollywood. Havíamos enfim chegado ao nosso destino, agora só nos faltava dar um jeito de ir ao Mundo Inferior, enfrentar a TPM de Hades, achar o elmo, e voltar o mais rápido possível para o Acampamento. Com certeza não sobraria tempo para comprar lembrancinhas.

             


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