Extraneous Thougths escrita por Myssih-chan


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Essa fic na realidade é um livro que eu pretendia escrever, mas eu estou um tanto insegura, então eu quero ver o que vocês acham antes de tomar uma decisão nee...
Boa leitura!



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Aqui estou eu de novo, vagando entre as lembranças, sentada nessa poltrona a olha o vazio da imensidão do mar. Uma vez me disseram que a praia é bom local para escritores, bom talvez fosse, mas isso nunca fez muita diferença para mim.

  Vocês devem estar pensando como uma pessoa pode ser feliz, escrevendo livros de romances juvenis que são aproveitados por adultos, com 28 anos nas costas, solteira, que até pouco tempo morava na casa dos pais e ainda por cima vivendo uma vidinha pacata como professora de uma cidadezinha pequena.

  Realmente eu estou bem longe de ter aquilo que muitos chamam de VIDA, mas me contento com que tenho.

  No momento meus pensamentos estão mais voltados exatamente para pessoa que mesmo sem falar nada, sem fazer esforço algum, conseguiu prender toda minha atenção ao ponto de esquecer até do meu primeiro trabalho.

  A pouco de duas semanas atrás um garoto foi transferido para escola Silvertweind. Nome esquisito? Concordo completamente, até tentei dar algumas dicas ao diretor, mas não deu muito certo, fazer o que... Mas voltando a historia...

  O garoto não era lá muito alto, era magro, encorpado até, tímido penso eu, pois não falou com ninguém nessas duas semanas desde que chegou, nem mesmo com os professores, era realmente bonito, tinha olhos verdes claros, cabelos ruivos que provavelmente iam até o ombro que por qualquer motivo estavam sempre presos em um pequeno rabo de cavalo. O garoto era realmente bonito, porem por algum motivo se mantinha recluso de tudo e todos. Era perceptível que o garoto era dedicado aos estudos, sempre prestava atenção nas aulas, nunca se manifestava, parecia saber de tudo que se dizia ali porem mesmo assim querer sempre prestar atenção.

  Eu não sei explicar de onde teria saído esta sina que eu venho mantendo desde o momento em que coloquei os olhos nele.

  Por favor, não pensem vocês que eu estou apaixonada, de modo algum, é um sentimento mais complexo que este, uma vontade de protegê-lo, tirar daquele rosto a expressão monótona e cansada, e me atrevo até a dizer triste.

  Eu tinha que fazer algo a respeito sobre isso, não podia passa todo o tempo somente imaginado o que ocorria com o garoto não é? Tinha que fazer algo, e logo!

  Assim que cheguei à escola aquela manhã eu havia ido até a secretaria, na noite que passara fiquei maquinando em minha mente diversas formas de me aproximar do garoto, nada melhor do que pegar a ficha do garoto, e depois eu podia dizer que era por motivos pedagógicos, eu tinha que começar por algum lugar para poder conhecer o garoto e duvido um pouco que o mesmo iria se abrir para mim.

- Boa tarde Sueli, com vai?

- Professora Agatha! Estou bem e a senhora?

- Ficaria melhor se parasse de me chamar de senhora assim fico parecendo mais velha do que já sou, você sabe que pode me chamar somente por você.

- Minhas desculpas. Mas o que você deseja?

- Eu queria os documentos de um aluno do 1º ano do ensino médio.

- Qual seria o nome?

- Eanes Aires

- Só um momento, por favor, eu irei procurar.

- Fique tranqüila, na hora do intervalo eu venho buscar.

- Se é assim, deixarei separado em seu armário.

- Muito Obrigada.

  Caminhei para sala de professores somente para buscar meus materiais, para a aula e segui para minha primeira sala de hoje.

A aula transcorreu muito bem, assim como as duas seguintes a essa, eu lecionava história, não me perguntem o que isso tem haver com literatura romântica, sim eu sei a resposta, mas vocês não devem estar interessados.

  Graças aos céus o intervalo chegou, estava ansiosa para saber quem era aquele garoto. No momento em que cheguei ao meu armário à primeira coisa que fiz foi guardar meu material e pegar os documentos. Sentei em um canto solitário da ampla sala dos professores e comecei a ler.

  O que vi lá certamente me impressionou, e tenho certeza que impressionaria a qualquer outra pessoa, o garoto não era nada mais nada menos do que um dos maiores herdeiros de um reino desconhecido por muitos, sua terra natal se chamava Sikcritiméia, era uma ilha pequena porem poderosa. E se você esta se perguntando por que eu conheço, sendo que é um reino desconhecido, lembre-se que eu sou professora de historia benzinho. Continuando, pelo menos isso explica o nome de contos de fadas, mas abria a porta para novas inquietações.

  Agora o que me custava a compreender era o porquê dele estar aqui. Afinal de contas o garoto não era um príncipe? Deveria esta entre outros de seu bando, indo a bailes e tentando achar uma princesa, ou o que seja que príncipes de hoje em dia fazem, mas de tudo eu tenho plena certeza que morar em uma pequena cidade do outro lado do mundo não conta como coisas que uma realeza faria.

Isso entre outras coisas estavam me deixando inquieta sobre o que estava naquele documento, se tudo que estava ali fosse realmente verdade eu teria muito que conversar com o diretor.

  Porem teria que deixar aquilo para depois, naquele momento eu teria aula na sala dele. Assim que entrei na sala o silêncio reinou, esse era o meu sonho desde criança, quando via meus pobres professores tentando controlar a sala sem progresso nenhum senti que se eu seguisse esta profissão eu iria fazer esses pivetes que se achavam os maiorais por estar na puberdade me respeitarem. Por que você acha que essa é minha segunda profissão? Colocar conhecimento naquelas cabecinhas? Dito e feito e aqui estou hoje.

- Boa tarde My Darlings.

- Boa tarde, professora.

  Meus olhos logo o alcançaram na ultima cadeira perto da janela, lá estava ele observando o que é que houvesse por trás daquela janela, sem se comunicar com ninguém e se quer olhar pra mim, mas se ele não queria falar com os outros, tudo bem que ele não falasse com eles então, mas comigo ele falaria, ah se falaria.

- Eu disse boa tarde Aires. – Ele me encarou sem ao menos abrir a boca, mas pude ver certo brilho alcançar seus olhos e desaparecer no mesmo instante. – A não ser que o senhor seja mudo e surdo querido, quero que responda tudo o que eu disser, será que me entendeu? – Aquilo foi raiva, sim foi sim, com toda a certeza aquilo foi raiva que eu vi em seu olhar. Tenho certeza que meus olhos brilharam de emoção com isso...- Vamos tentar novamente, Boa tarde Aires.

- Boa tarde senhorita Kitnari.

- Obrigada pela participação querido. Vamos continuar com a aula pessoal, onde foi que eu parei na ultima aula?

- A senhora estava falando sobre a segunda guerra mundial.

- Claro. Galera eu preciso de seis voluntários, quem se habilita?

  Silêncio. Sim, era somente silêncio que presenciei, eu gosto dele sabe, é tão calmo, mas  não agora.

- Não todo mundo junto, eu não entendo assim. Bom sendo assim eu vou escolher – olhei envolta da sala procurando alguém que estivesse implorando pra não ser chamada – Rebeca, Arthur, Felipe, Amanda, Natali e quem mais eu poderia chamar. – disse mais pra mim do que para os outros, mas é um tanto obvio quem eu iria chamar a seguir não é? – Aires não quer se juntar a seus colegas aqui na frente.

- Agradeço a gentileza, mas não.

Hilárias essas pobres crianças, se tumultuavam por tão pouco, provavelmente imaginando que tipo de detenção eu daria ao garoto.

- Eu perguntei por educação, mas... Será que você me consideraria a honra de saber o porquê de a sua resposta ser não?

- Por que não? Quando fazemos um pergunta, certamente queremos duas respostas, sim ou não, ao ter me feito àquela pergunta você logo desejava duas repostas, eu desejei lhe dar a negativa.

- Bom muito bom, mesmo crendo cegamente que não estamos em uma aula de gramática lhe darei meio ponto na média por sua esplendida explicação e tirarei um por sua petulância.

- Eu só respondi sua pergunta da maneira que me cabia senhorita Kitnari.

- Sinto lhe informa então senhor Aires, aqui você é somente uma aluno como qualquer outro, ou seja, não te cabe maneira alguma de se comportar em minhas aulas a não ser responder minhas perguntas educadamente e abaixar a cabeça quando precisar. Meu príncipe talvez o que você precise e de algumas aulas de humildade.

  Obviamente não disse isso em tom alto para que toda a sala ouvisse, ele não necessitava de uma humilhação e sim de uma lição.

- Quero você na sala dos professores ao final da aula, estamos entendidos? – A ultima frase foi dita em voz alta.

- Sim senhorita.

- Que bom – Olhei pra sala a tempo de ver todos se virando para frente – Então vou dar continuidade, Armando se junte a seus colegas na frente, por favor.

Após esse pequeno acidente a aula continuo calmamente, ele não pronuncio nenhuma vez se quer e continuo assim até o termino das duas aulas que eu tinha ali.

Ao termino de todas as aulas, fui direto para a sala dos professores para esperar pelo menino que viajava por meus pensamentos ultimamente aparecesse, qual não foi minha surpresa ao encontrá-lo já do lado de fora da sala.

- Vamos entre - Ele seguiu para dentro sem contestar – Acho que você já deve ter alguma noção do motivo de estar aqui senhor Aires.

- Creio que não senhorita Kitnari.

- Sente-se. Eu li os seus documentos hoje, fiquei realmente intrigada com a sua aparição por aqui, mas acho que isso não é da minha conta.

 – Realmente não é, será que poderia ser mais direta, por favor.

Mas que garoto petulante...

- Eu quero conversar com os seus pais.

- Isso não será possível.

- E porque isto não seria possível?

- Meus pais estão do outro lado mundo.

- Então deixe me falar com seu responsável.

- Isso também não será possível, eu estou aqui sozinho professora.

- Como assim sozinho você deve ter alguém contigo certo, um amigo, parente algo do gênero.

- Sinto muito, eu realmente estou sozinho aqui.

Ele tava de brincadeira comigo. Como assim um garoto de 15 anos é mandado para outro continente sozinho, sem nem ao menos conhecer alguém aqui.

- Espere um minuto que eu preciso falar o diretor.

Corri até a sala do diretor, que por algum acaso do destino estava aberta, entrei sem nem ao menos pedir licença e já fui querendo tirar satisfações, fazer o que eu era assim, se eu via algo que eu não achava correto eu ia pra briga sem nem mesmo pensar um pouco antes, o que já me meteu em muita confusão.

- Queira se acalmar Kitnari.

- Me desculpa.

- Agora me explique o que foi que te deixou tão exaltada desta forma.

- Diretor, aquele garoto, Eanes Aires, disse para mim que não tem ninguém aqui neste país, isso é verdade?

- Receio dizer que sim.

- Mas ele é somente uma criança, e se alguma coisa acontecer a quem ele vai recorrer, ele pode sofre um acidente e morrer e ninguém vai sequer ficar sabendo, e ele...

- Você vai acabar tendo um ataque no meio da minha sala se continuar assim professora.

- Eu sinto muito, mas é que ele é somente um menino, então eu fico preocupada.

- Compreendo sua preocupação, porem não a nada possamos fazer.

- Talvez vocês não possam fazer nada, mas eu posso e vou fazer.

Sai da sala tão nervosa que acabei por me esquecer que Aires ainda me esperava na sala, fui rapidamente até lá e o encontrei da mesma forma que estava quando sai.

- Garoto me diga, onde você mora?

- Binotos

- Oh meu pai amado, você só pode estar brincando com a minha pobre pessoa. O que te faz pensar que ali é um bom local para se morar?

- Foi o local mais barato que eu encontrei.

- Eu pensei que você era rico.

- Isso não é da sua conta.

- Garoto, esquece hoje você vem comigo.

- Não preciso da pena de ninguém.

- Eu não estou te oferecendo pena estou te oferecendo segurança.

- Eu agradeço mais terei que recusar sua segurança, se era somente isso eu preciso ir.

E assim eu acabei sentada nessa poltrona, pensando qual seria a melhor maneira de ajudar aquele carrancudo, de uma coisa eu tenho certeza eu vou ajudá-lo quer ele queira ou não.


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Notas finais do capítulo

É isso minna. O próximo capitulo já esta pronto, mas vai depender de vocês, eu preciso saber se você gostaram ou não nee...
Então deixem review pra me deixar feliz e criativa!! XD
kissus



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