Just A Kiss escrita por Miss Potterhead
Notas iniciais do capítulo
E é assim que esta fic chega ao fim, gostei particularmente do ultimo capitulo, acho que ficou bonito, talvez um pouco cliche, mas bonito...
Boa leitura!
Hugo Weasley chegou à casa dos Potter muito nervoso, ele estava com medo dos tios, e se eles não reagissem bem?
- Hugo, querido, sente-se – pediu a tia Ginny, sempre bem disposta.
Hugo sentou-se e minutos depois Harry chegou sentando-se também.
- Então Hugo, o que se passa? – perguntou Harry.
- Tios, isto não é fácil de dizer… mas… eu estou apaixonado pela Lily – ele afirmou corando um pouco.
Harry levantou-se, ficou andando de um lado para o outro, o seu rosto mudava de cor, de branco, para azul, depois para roxo e finalmente para vermelho. Como aquele garoto podia afirmar estar apaixonado pela sua filhinha? Lily era só uma criança!
- ELA É UMA CRIANÇA – gritou Harry irritado. – E CRIANÇAS NÃO SE APAIXONAM! Eu não permitirei que você namore com a minha filha. VOCÊS SÃO PRIMOS!
- Harry, querido, por favor, acalme-se
-VOCÊ NÃO VAI NAMORAR COM A MINHA PRINCESINHA! EU NÃO DEIXO!
- Por favor, tio Harry… acalme-se, eu sei que somos novos, mas eu realmente amo… - Hugo não conseguiu acabar de falar.
- NÃO FALE QUE A AMA! VOCÊ NEM SABE O QUE É O AMOR! – Harry aproximou-se dele – Você irá sumir da vida dela, não deixarei que a magoe, ela é uma criança. Arranje uma desculpa, mas só suma da vida dela, eu não te quero ver, nem mais uma vez a falar com a minha princesa. Se não… você irá conhecer um Harry Potter muito diferente do que você conhece – ele afirmou e subiu as escadas.
- Hugo, querido, eu vou falar com ele, não se preocupe. – Ginny correu escadas acima atrás do marido.
Mas tia Ginny não tinha conseguido ajudar, Harry estava inflexível, ele não iria deixar Hugo namorar a sua filha e tinha-lhe dado um prazo. Ele tinha uma semana para sumir da vida de Lily.
(…)
- Papai – ela disse chocada – Eu não acredito que o senhor fez isso.
- Desculpa minha princesa, eu achei que estava a fazer o correto.
Lily, embora soubesse que devia ter ficado chateada, ela percebia o lado de Harry. Ele só estava a tentar protegê-la.
- Depois que percebi o quanto tinhas ficado triste, minha bebé, eu procurei o Hugo e convenci-o a voltar, mas disse-lhe que ele não podia-te contar nada, eu não queria que soubesses o que tinha feito.
- Tudo bem papai, eu percebo – ela abraçou o pai entre lágrimas.
- A sério? Não vais ficar chateada, nem gritar que odeias-me?
- Não, porque sei que o que o senhor fez, foi só para me proteger.
- Obrigada, querida – ele deu um beijo na testa da garota – Agora vai, vai ter com o Hugo e vive o que sentes por ele – incentivou.
- Oh, quem me dera que fosse assim tão simples – ela sorriu triste e voltou a abraçar o pai.
(…)
Scorpius estava no seu dormitório a pensar. Como as coisas tinham mudado, a sua cabeça estava a mil. Lily e Rose, Lily e Rose. As duas ruivas lindas não saiam da cabeça dele.
Rose era o seu grande amor, e mesmo que ela o tivesse traído, a garota simplesmente não saia dos seus pensamentos.
Mas, Scorpius tinha-se aproximado de Lily, para causar ciúmes em Rose e rapidamente a pequena Potter tinha-se tornado indispensável na sua vida. Só que ele não sabia o que afinal sentia por ela, ele queria protegê-la, vê-la feliz e a sorrir. Ele queria cuidar dela, como se ela fosse uma irmã mais nova. Será que era só isso que ele sentia por ela?
(…)
Eram 4 da madrugada e Rose simplesmente não conseguia dormir, o medo, a insegurança e a tristeza habituavam todos os seus sonhos. Ela não queria mais sonhar com Scorpius ou Lily morrendo, ou Scorpius e Lily namorando. Ela tinha de fazer algo.
Levantou-se da cama, mesmo de pijama e desceu para o salão comunal que estava às escuras.
Ela ficou andando pelo castelo á noite, sem saber bem para onde se dirigia, só andava e pensava.
Absorta nos pensamentos, nem se apercebeu que tinha chegado á sala precisa. A sala, naquele dia, fazia lembrar a sala da sua casa. Estar em casa, era ótimo. Ela sentou-se no sofá e ficou pensando.
Ouviu um barulho e virou-se vendo um loiro entrar na sala. Era Scorpius.
- O que fazes aqui? – perguntou.
- Desculpa, estava a andar e a pensar e vim parar aqui. – ele desculpou-se
- Espera, tu pediste-me desculpa? – encarou-o num misto de sorriso comico e chocado.
- Droga, desculpa por ter pedido desculpa, quer dizer… ok, vou-me calar – eles riram juntos.
Scorpius sentou-se ao lado da ruiva.
- E tu? Porque estás aqui?
- Precisava de pensar e não conseguia dormir.
- Posso ajudar? – ele perguntou.
- Ajudavas se parasses de invadir os meus pensamentos… - ela riu baixo.
- Não tenho culpa de ser gato e irresistível.
- Scorpius Malfoy e o seu ego – ela riu.
Ele riu, mas depois encarou-a sério.
- Estou com o mesmo problema que tu.
- Não consegues dormir?
- É, e não te consigo tirar da cabeça – ele afirmou passando a mão pelos seus cabelos.
Scorpius beijou-a intensamente. Um beijo calmo e sereno. Mas mudou tudo… Simplesmente era como se os seus pensamentos, que era um quebra cabeças gigante, se tivessem tornado simples e fáceis. A única pessoa que ele queria, era Rose. E o batimento acelerado do seu coração e as milhões de borboletas que ele sentia no estômago, eram provas disso. Scorpius amava Rose e mais nada importava.
(…)
Naquela manhã, Lily acordou e simplesmente, ela sabia o que queria. Aquela noite e aquele sonho tinham-na feito reflectir sobre a vida. Depois da conversa com o pai ela não tinha mais dúvidas sobre os seus sentimentos.
Tudo tinha-se tornado claro e finalmente a vida parecia ter sentido. Ela chegou animada ao salão principal, depois de avisar Scorpius e Hugo que queria falar com eles, foi sentar-se com a prima, com quem fez as pazes.
Depois do café da manhã, a ruiva dirigiu-se animada até à sala precisa.
Lá encontrou os dois garotos que a esperavam ansiosos.
- Então? O que se passa? – perguntou Hugo.
- Eu finalmente sei o que fazer com a minha vida.
- Como assim? – perguntou Scorpius.
- Não há mais a Lily insegura, a Lily ingénua. Eu confundi amor com amizade e isso fez-me ficar confusa. Mas eu ouvi o meu coração e eu sei exactamente, quem é que eu amo.
- E quem é que amas? – perguntou Hugo nervoso.
- Eu amo vocês os dois, de formas diferentes, mas amo – ela aproximou-se de Scorpius – Tu, és como um irmão mais velho, que eu amo e quero ver feliz. E a prepósito, fico muito feliz que tenhas feito as pazes com a Rose – ela sorriu e depois foi até Hugo – E bem, Hugo, tu és aquele com quem eu quero passar o resto dos meus dias, podes dizer que não me amas, mas eu sempre vou amar-te, porque és o amor da minha vida – ela sorriu sentindo lágrimas caírem pelos seus olhos.
Hugo olhou-a absorto, deixou cair algumas lágrimas também e finalmente, beijou-a.
Foi como se, o sol pulasse, a terra estremecesse e o mundo todo estivesse em festa. Hugo amava Lily e Lily amava Hugo e não havia nada que pudesse impedir os dois amados de ficar juntos. Era como se o dia tão esperado, finalmente chegasse… e não havia nada nem ninguém que pudesse estragar aquele momento, bem, talvez exceto Scorpius Malfoy.
- Eu fico muito feliz que vocês estejam apaixonados e felizes juntos, mas eu não quero segurar vela, podem fazer o favor de pararem de se comer ou terei que ir embora – ele riu divertido.
- Desculpa Scorpius.
- Sem problema, só gosto de estragar momentos clichés e torná-los mais engraçados, vou procurar a minha ruivinha… - ele afirmou começando a ir embora.
- Hey, Malfoy – chamou Hugo – Cuida bem da minha irmã!
- Eu cuido, está descansado, Weasley. – ele sorriu e foi embora.
- Onde é que nós íamos? – perguntou Hugo.
- Eu acho que era aqui – ela disse e voltou a beijá-lo. Nesse momento, uma cama apareceu e os dois deitaram-se, ficando ali, naquele momento único e especial.
Se a vida deles foi perfeita e como num conto de fadas? Não, houve discussões, brigas e problemas. Porque a vida é feita disso. A vida é difícil, mas juntos, tornamos as coisas difíceis, mais fáceis. O amor pode mudar tudo, construir ou destruir. E não é o amor que não presta, são as pessoas, que muitas vezes não sabem como lidar com este sentimento tão forte.
O amor deles não teve um fim, Lily e Hugo tiveram filhos, netos e até bisnetos. A história deles, nunca realmente acabou, então não irei acabar a história com um “Fim”. Este foi só o fim de uma aventura e o começo de outra.
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Obrigada a quem comentou! Podem ser poucos comentarios, mas é sempre melhor do que nada XD