Remember escrita por Lady


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Minna, gostaria de pedir para quem nao leu a one-shot Promise, que por favor le-se por esta one é uma continuaçao dela.

http://fanfiction.com.br/historia/334286/Promise/

isso nao é propagando de fanfic, Promise é realmente a primeira de uma coletania de 3 ou 4 one-shots que lançarei.

boa leitura



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Remember

“O passado pode ser divido em duas partes, mas a mais consciente delas é que, não importa quanto preze algo ou alguém, você sempre acabará esquecendo-se de tal lembrança.”

Baixou o olhar para o livro que mantinha em mãos. Suspirou, fechando e logo depositando-o sobre a mesa a frente.


Recostou novamente no estofado atrás de si enquanto levava o olhar para o teto do aposento, este sendo iluminado apenas pela luz da lareira acesa.




E mais uma vez suspirou já fechando os olhos e cobrindo-os com o braço.





Fazia exatamente duas semanas três dias seis horas e quarenta e nove minutos que ele a vira pela primeira – e ultima – vez.





Os jogos já haviam acabado. Os Fairys havia reinado no fim de tudo, e os tigres tiveram de recuar para sua ‘caverna’.





Mas ainda sim... depois de todo esse tempo ele ainda lembrava-se dela e de como ela pareceu decepcionada quando lhe entregou aquilo.





Travou o maxilar lembrando-se que tais pensamentos sobre ela vieram a lhe atormentar depois que aquilo lhe fora entregue.





Será que havia alguma magia naquele colar? Era o que ele se perguntava. E por que ela havia dado-o para si? E por que logo ele? Essas, dentre muitas outras, perguntas rodavam a mente do mago.





– Por que logo eu!? – indagou-se baixo. Mas ele sabia que era mentira. Não era apenas ele quem estava sendo afetado.





Havia outro que também demonstrava estar muito no “mundo da lua” ultimamente. Ele percebera que depois que ela apareceu na sua vida... na vida dos dois... pensamentos, opiniões, gostos, poder, ser o mais forte... tudo parecia... trivial demais... fútil demais.





Mas por que!? Por que? Um simples por que... que não possuía resposta.





Ele lembrava-se claramente do que lhe fora dito naquele dia fatídico. Cada palavra. Cada pequeno movimento. A forma espontânea como ela ágil na presença dos Tigres, mesmo depois do que Minerva havia feito consigo. Ele lembrava-se de tudo. Memorizara sem perceber.





“– Eu tinha algo para falar, mas não adianta nada já que você não se lembra mais. Talvez uma promessa muito antiga não tenha mais nenhum valor para você – concluiu. – E já que não há mais valor nela quero te devolver o que me deu há quase oito anos atrás...





O Lohr não entendeu o que lhe fora dito. E apenas permaneceu mudo esperando que a jovem dessa continuação ao que falava.





– Prometi que o usaria sempre até nos encontrarmos novamente – disse-a logo após ter retirado o cordão. – Mas se não se lembra de mim, o mais sensato a se fazer seria te devolver ele – e logo a loira depositou a peça sobre a mão do rapaz. – Boa sorte nos jogos – disse-a dando um passo para trás e curvando-se.





Logo a loira fora embora.”





Ergueu-se e seguiu em direção a pequena caixa de madeira que havia sobre a lareira. Abriu o pequeno compartimento e tomou em mãos a única peça que residia dentro do mesmo.





O colar prateado simples com um pingente de flor bem detalhado em tonalidade rosada.





Voltou-se para a poltrona e sentou novamente ainda mantendo a peça em sua mão.





Engoliu em seco mantendo a respiração fraca enquanto, se quer, desviava o olhar de tal peça.





Tinha de que se controlar. Precisava pensar... precisava descobrir por que aquilo mexia tanto consigo.





Fechou os dedos sobre o cordão, ocultando o pingente.





Por que não conseguia esquecê-la?





E também...





Por que tinha a impressão de que esquecera algo extremamente importante...?





...





Na manha seguinte quando o mago acordara surpreendera-se pelo fato de que adormecera segurando o colar, mas o que mais surpreendera-o fora que o mesmo ainda estava em sua mão, na verdade, Rufus o segurava firmemente quase que com medo de que alguém retirasse a peça de si.





Franziu a testa e logo sentou-se sobre a cama. Esfregou os olhos com uma das mãos enquanto mantinha o olhar fixo sobre a peça em sua outra mão.





E então lembrou-se dela. Dos cabelos dourados. Dos olhos avelã. Da pele aparentemente macia e leitosa. Dos lábios carnudos que abriam-se num majestoso sorriso. Da forma graciosa e espontânea como a maga sempre parecia agir diante de todos. Da bela magia que a mesma utilizava. E, por fim, ele lembrou-se do nome dela.





Cada letra ecoou por sua cabeça, e por fim estas uniram-se formando um nome. Lucy Heartphilia.





Levou as mãos à cabeça. Buscava uma forma de retirar a jovem loira de seus pensamentos, adormecera na noite anterior pensando em uma forma para tal. Mas toda e qualquer possibilidade que lhe vinha a sua mente, seguia junto com uma pequena frase que lhe fora dita naquela tarde fatídica durante os jogos.





“Talvez uma promessa muito antiga não tenha mais nenhum valor para você”





Que promessa? Quando ele prometera algo a ela? E, por fim, quando ele a vira?





Não lembrava-se de ter visto a loira... ou ter conhecido-a antes dos jogos.





Respirou fundo já afastando o lençol que lhe cobria e erguendo-se.





Jogou um ultimo olhar para a peça em sua mão antes de jogá-la sobre a cama e seguir em direção ao banheiro a fim de tomar um banho refrescante.





~Fash Back~





– Rufus cuidado – advertiu a loira seguindo em passos calmos atrás da criança que corria alegremente alguns passos à frente.





– Senhorita Lucy vamos na roda gigante – pediu-o estampando um largo sorriso enquanto apontava para o brinquedo um pouco ao longe.





A loira apenas sorriu e abaixou-se frente ao jovem.





– Por que não vamos seguindo a linha de brinquedos até chegar lá, hum? – perguntou-a sorrindo docemente. E assim pode-se ver os olhos da criança brilharem e logo este acenou em resposta.





Já era fim de tarde quando a dupla de loiros sentou-se em um banco – cada um carregando um palito com algodão doce.





Após alguns minutos de silencio a maga apenas voltou-se para a criança a fim de anunciar que eles deveriam voltar para a residência do mais novo. Mas assim que seu olhar decaiu sobre a face completamente melada do loirinho, esta não se impediu de gargalhar.





Um bico – incrivelmente fofo, por sinal – se formou nos lábios do pequeno Lohr enquanto este voltava-se emburrado para encarar uma barraquinha de churros próxima.





– Ainda com fome? – indagou-a após cessar o ataque de risos.





– Um pouco – murmurou-o. – É raro eu sair de casa para lugares assim... e mesmo quando saio mamãe não me deixa comer esses doces. Diz que dar caries...





E assim a maga inclinou a cabeça para encarar a face do pequeno homem. Na verdade ela se identificava bastante com o que ele dissera. Quando era mais nova os pais não deixavam-na comer tais doces também, mesmo sua mãe sendo boa consigo, ela não permitia que a loira provasse tais ‘iguarias’.





Repousou a mão sobre a cabeça do jovem, fazendo assim com que o mesmo redirecionasse seu olhar para si.





– Seu exatamente como é isso – murmurou-a. – Quando eu era mais nova minha mãe e meu pai também não me deixavam comer essas coisas. Mas isso já é passado... – e assim sorriu para o mais novo antes de pegar a mão do mesmo e depositar alguns jewels sobre.





– Po... – começou-o, mas logo fora interrompido pela maga.





– Você quer churros, não é mesmo? – sorriu-a notando que o olhar do mais jovem voltara-se para a barraca um pouco distante. – Vá comprar para você.





E então o mais novo voltou-se para a maga. Seus olhos brilhavam em agradecimento, e logo os bracinhos envolveram Lucy em um abraço carinhoso.





– O-Obrigado Senhorita – disse-o antes de erguer-se do banco e correr em direção a barraquinha.





Logo após alguns minutos o mais novo retornou trazendo consigo o doce parcialmente comido, assim como também vinha com os lábios – e bochecha – parcialmente sujos de chocolate.





– Cuidado para não sujar suas roupas – advertiu a maga, não desfazendo o sorriso por ver a felicidade da criança. – E então, gostou de comer?





– É gostoso – confirmou-o sorrindo logo após comer o ultimo pedaço.





– Agora vamos para casa, certo? Sua mãe pode ter chegado – concluiu Lucy após abaixar-se frente ao garotinho loiro para limpar a face do mesmo com um lenço. – Quando chegar em casa vá direto escovar os dentes, ok? – e assim o mais novo acenou em resposta.





A Heartphilia apenas limitou-se a sorrir antes de depositar um beijo sobre a bochecha do mais jovem – que prontamente corou – e erguer-se.





Pegando a mão do pequeno Lohr, a loira seguiu em direção a residência deste.





~Fim Flash Back~





...





Suspirou seguindo para a estação de trem. Não estava a fim de ir a qualquer missão, mas como fora o mestre quem o mandara ir a aquela missão em conjunto com um membro da Fairy... não havia como negar, mas não lhe agradava nem um pouco ter de que dividir a mesma missão que uma fadinha irritante.





Mas apesar de estar irritado por ter de que trabalhar logo quando não queria, o Lohr sentia-se aliviado com o fato de que... dentre todos os membros poderosos que as Fadas tinham... a possibilidade de ele ter de que trabalhar com a loira eram de... 1%? Talvez até menos...





Em questão de algumas horas o loira já via-se diante da mansão do cliente, estava bem adiantado para o horário que lhe fora marcado, e achava que o representante dos Fairys talvez nem houvesse chegado ainda.





Adentrou na residência seguindo um empregado que havia lhe atendido. Em pouco mais de alguns minutos o mago memory make já se encontrava frente ao escritório de seu cliente.





Percebeu certa movimentação no interior do cômodo e assim que a porta lhe fora aberta o loiro pode identificar a figura loira parada frente a mesa onde, por detrás desta, um homem um tanto velho e de aparência cansada mostrava-se pouco aflito.





Mas apesar de tudo o olhar do mago centralizou-se na figura feminina... e loira. Sua parceira. A fada Lucy Hearptilia...





A última pessoa com a qual ele queria encontrar-se naquele momento... ou não. Quem sabe não pudesse obter alguma resposta sobre o que ela havia lhe dito nos jogos.





A maga celestial sorriu para o Lohr assim que o mesmo se aproximou. Mas este não fora um sorriso comum... na verdade parecia meio triste... meio... decepcionado.





Após algumas horas os magos já haviam partido da residência do cliente e também já haviam se instalado no mesmo hotel, cada um em seu próprio aposento é claro.





Um suspiro atravessou os lábios do loiro assim que este sentou-se sobre a cama de seu aposento temporário.





– Por que tinham que mandar logo ela? – indagou-se. E logo após alguns minutos pode-se ouvir batidas em sua porta.





– Rufus-san – chamou a voz doce da Heartphilia. E então a maga abriu a porta e adentrou no local.





Sem delongas o olhar firme do mago memory make decaiu sobre a figura frágil da maga celestial.





– Eu... b-bem, eu irei sair para comer algo e gostaria de saber se quer ir junto... – murmurou-a apesar de saber que o rapaz a sua frente ouvira. E este apenas limitou-se a negar com a cabeça enquanto fitava intensamente a parceira. – E-Entende... – gaguejou desviando o olhar. – E-Entao amanha f-farem-mos a missão...? – e assim obteve como resposta um breve aceno afirmativo. Com um suspiro a loira apenas abaixou o olhar. – Entendo... até amanha... – e assim ela virou-se e saiu do aposento, mas antes que a porta se fechasse murmurou um “Príncipe”.





O mago parou por alguns instantes. Jamais alguém havia lhe chamado assim... ou melhor, desde que não visitava mais seus pais que não era chamado assim... mas a forma como a palavra fora dita pela maga... a simplicidade e o carinho naquela simples palavra lhe pareceu tão... familiar.





Engoliu em seco logo voltando-se para fitar o chão.





“- Rufus você esta tão lindinho, parece um príncipe... – disse a loira sorrindo para a criança a sua frente, esta que logo devolveu o sorriso, claro que corando parcialmente junto ao mesmo.”





Piscou algumas vezes perante a breve lembrança que lhe atingiu. A voz... era familiar. Era muito parecida com a da...





– Espere! É uma promessa, não é? Vamos nos encontrar de novo, não vamos? – indagou o pequeno Lohr temeroso.





E assim a maga voltou a abaixar-se frente a ele com um sorriso nos lábios.





– É uma promessa – e assim enlaçou seu dedo mínimo com o do mais novo selando ali uma promessa de longa data. – Magos estelares nunca quebram suas promessas.





Senhorita Lucy...





Piscou mais algumas vezes só então dando-se conta de que Lucy Heartphilia era a garota que ele que ‘cuidou’ dele quando era criança, era ela a primeira paixão dele... e ela ainda estava jovem por que... por que os sete anos que os membros da Fairy Tail passaram presos em Teroujima não os fez ser afetados pelo tempo.





Arregalou os olhos. Mesmo depois de todo esse tempo... mesmo sabendo que passara os sete anos... mesmo ela sabendo que não havia possibilidade... ainda sim... ela nutriu esperança de o rever...





Talvez... só talvez... ela também estivesse apaixonada?





Mas e ele...? O que sentia...?





Era amor? Atração? O que poderia ser? O que poderia explicar a necessidade da presença da maga? Ou a dor que sentiu quando viu o que Minerva fizera?





Amor... ou compaixão?





E só então lembrara-se de Rogue. De como o mesmo parecia estar diferente quando se encontrou com a loira na manha antes de ela partir. E também de como o Dragon Slayer sempre aparentava estar ‘ansioso’ diante de algumas missões que fazia solo – claro que tendo o pequeno Frosch como companhia.





E só então a ficha pareceu cair.





O Cheney estava apaixonado pela maga, mas não era só isso... aparentemente, o Lohr também havia sido pego nos encantos da loira.





Mas quem seria o vencedor de tal disputa?





O Principe ou o Dragão?





Rufus Lohr ou Rogue Cheney?





~Fim~




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Notas finais do capítulo

minna, nao esqueçam de comentar....

bjosss

ps: o link da continuaçao o/

http://fanfiction.com.br/historia/346963/Present