Uma Mudança Inesperada escrita por BMontgomery


Capítulo 13
Capítulo 13 - Tentando mudar


Notas iniciais do capítulo

Lá vamos nós de novo, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/335668/chapter/13

CAPÍTULO 13 – TENTANDO MUDAR

 

No dia seguinte.

“Emma, você está atrasada.” Regina disse, levantando-se do banco em que estava sentada no estábulo.

“Sabe como é, não é, Regina? Quando seu filho fica enrolando para ir pra escola por que está imaginando como será quando suas irmãs nascerem e o que ele vai fazer com elas, essas coisas.” Emma disse seriamente.

“Eu sabia que ele não ia manter isso em segredo.” Regina disse balançando a cabeça e sorrindo.

“Absolutamente não, ele contou isso para todo mundo que ele viu e provavelmente esse vai ser o assunto da aula dele,” Emma disse sorrindo. “E se não fosse o Henry, você não ia me contar?” Ela disse encarando Regina.

“Não.” Regina rapidamente respondeu.

“É claro que ia, você não iria aguentar me ver todas as manhãs e não me contar isso, então... o que você está achando?” Emma perguntou rindo.

“Como sempre, Miss Swan, você é uma convencida.” Regina disse tentando parecer séria.

“Ainda assim eu estou certa, eu quase posso dizer que você adora me dar aulas pela manhã.” Emma disse tentando irritar Regina.

“Eu só faço isso porque eu preciso de você.” Ela se defendeu.

“Ok,” Emma decidiu deixar a brincadeira de lado. “O que eu vou aprender hoje?” Ela perguntou animada.

“Eu estava pensando, vou te ensinar a fazer o mesmo feitiço que Mr. Gold lançou no hospital. Um feitiço de proteção, ele funciona como uma bolha. Uma vez lançada nada e nem ninguém pode passar por ela." Regina respondeu. "Pelo menos enquanto a magia durar. E a sua é muito poderosa.”

“Legal!” Emma respondeu. “Então, o que eu tenho que fazer?”

Depois de passar a manhã inteira ensinando Emma, Regina e Perdita foram para a prefeitura e passaram o dia inteiro lá. Elas jantaram com Archie e Regina foi para casa descansar.

—------------------------------------------------------------------------------

Regina estava deitada debaixo de uma macieira. Era um dia ensolarado. Henry estava correndo com uma de suas irmãs, que agora tinha 2 anos. Sua outra filha estava dormindo ao seu lado. Archie chegou e beijou-a, sentando-se próximo a ela.

“Elas são tão parecidas com você.” Ele disse olhando para sua filha.

Regina beijou-o apaixonadamente.

“Eu sou um cara tão sortudo, eu sou casado com a mulher mais linda do mundo e tenho três filhos maravilhosos.” Ele disse olhando amorosamente em seus olhos.

Regina amava quando Archie se referia a Henry como seu filho.

“Você é a melhor coisa que me aconteceu.” Ela disse.

“Archie! Papai!” Oi dois gritaram de longe.

“Vem brincar conosco!” Henry chamou.

Archie beijou Regina rapidamente e correu para brincar com seus filhos. Regina assistiu à cena por alguns segundos e depois passou a observar sua filha dormindo. Ela olhou para a menina com amor, mas de repente ela sentiu como se não tivesse controle de si mesma.

Sentimentos do passado estavam vindo à tona. Ela sentiu um formigamento em suas veias e ela conhecia bem aquela sensação.

Magia.

Magia Negra.

Ela não teve controle de suas atitudes e agarrou o pescoço da menina dormindo ao seu lado. 

Archie ouviu o grito da pequena e olhou horrorizado para a cena. Regina estava sufocando sua própria filha. Ele correu em direção à Regina e começou a gritar para que a mulher parasse, mas antes de conseguir chegar mais perto, Regina jogou-o a metros de distância das duas.

“Regina!!! Pare, o que você está fazendo?” Archie gritou.

“Não se preocupe, Archie, essa sou eu!” Regina respondeu.

“Mamãe! Você está machucando ela, pare, por favor!” Henry disse chorando, mas Regina não deu atenção. Ela não sentiu remorso, pelo contrário, ela sentiu prazer em ver o sofrimento de sua própria filha.

Então, uma fumaça roxa surgiu perto de Regina e Cora apareceu.

“Pare com isso, Regina. Você está machucando sua própria filha.” Cora disse com raiva.

“E o que isso importa? Você fez a mesma coisa comigo!” Ela gritou com raiva.

Com um aceno de mãos, Cora levantou Regina no ar, fazendo com que a menina caísse inconsciente no chão. Archie correu para a menina e pegou-a nos braços, afastando-se das duas mulheres.

“O que você está fazendo? Deixe-me terminar!” Regina gritou para sua mãe.

“Regina, eu estou salvando a vida da sua filha, e a sua também,” Cora disse olhando tristemente para sua filha. “Você precisa voltar ao normal, Regina. Você não é mais a Rainha Má. Você tem uma família, você precisa protegê-los e não tentar matá-los.” Cora gritou as últimas palavras para a mulher que ainda estava no ar.

Regina, de repente, se sentiu perdida. Era como se ela tivesse acabado de acordar de um transe e ela não sabia onde estava.

“Mãe?” Regina olhou assustada. “Mãe, o que está acontecendo?”

Cora, percebendo que sua filha estava perdida, olhou para ela amorosamente enquanto retornava a mulher ao chão suavemente.

“Regina.” A mãe chamou delicadamente.

Regina olhou-a nos olhos, mas não conseguia entender o que estava acontecendo. Ela então ouviu pessoas chorando atrás dela e virou o rosto para encontrar Archie e Henry chorando, perto deles estava uma de suas filhas deitada no chão e a outra olhando assustado para ela.

“Ah meu Deus, o que aconteceu? O que está acontecendo?” Regina disse correndo em direção à sua família.

“Não chegue perto, Regina! Você é um monstro, eu te odeio! Você é um monstro!” Archie disse com raiva.

Regina não estava entendendo nada, mas aquelas palavras de Archie feriram muito mais do que ela imaginava.

“Archie? O que está acontecendo? Deixe-me ver minha filha.” Ela pediu chorando, mas foi impedida por Archie novamente.

“Você é uma bruxa, eu te odeio. Você sempre foi e nunca vai deixar de ser a Rainha Má, eu nunca deveria ter confiado em você! Eu te odeio! Você matou a minha filha, Regina, você não tem coração!” Ele gritou.

Regina estava olhando para ele com os olhos arregalados e cheios de lágrimas. Sua filha, sua preciosa filha estava morta? Por que ele estava dizendo que ela a matou? Ela nunca mataria sua própria filha, ela a ama. Regina virou para sua mãe com raiva.

“O que você fez, mãe?” Ela gritou.

“Regina, me escute, você estav-”

“Não! Eu não fiz nada, você está louca? O que você fez? Por que você machucou a minha filha? Eu acreditei em você, eu pensei que você tinha mudado. Eu te odeio!” Ela chorou.

“Não, meu amor. Tente se lembrar. Eu tentei te parar, mas você estava fora de si, eu juro que eu tentei, me desculpe, meu amor, eu cheguei tarde demais.” Cora respondeu e, mesmo contra a sua vontade, lágrimas começaram a fazer seu caminho em seu rosto triste.

Então Regina se lembrou do que aconteceu. Ela se lembrou de estar sufocando sua filha, sua própria filha, com suas próprias mãos.

“Ah meu Deus!” Regina gritou percebendo o que havia feito e tudo ficou preto.

—------------------------------------------------------------------------------

Regina abriu os olhos desesperada. Ela rapidamente se levantou e antes que pudesse realmente perceber o que estava acontecendo ela estava hiperventilando. Ela estava suada e estava chorando e tremendo. Ao passar a mão em sua barriga, ela soltou uma respiração aliviada quando sentiu a protuberância que ela havia se acostumado a encontrar lá. Esses pesadelos estavam ficando cada vez mais recentes e piores. A cada novo sonho, ela acordava ainda mais assustada, tremendo mais e chorando mais.

Ela tinha pensado que era coisa da sua cabeça ou o medo falando mais alto, o medo de se tornar a Rainha Má novamente, mas agora ela tinha medo de que esses sonhos poderiam ser um aviso. Ela não queria voltar a ser a Rainha Má. Ela não queria ferir as pessoas que ela ama, ela não queria ferir mais ninguém. Ela estava com medo e queria contar sobre seus sonhos para alguém. Archie talvez? Não. Ele ficaria louco e ela não pode falar disso para ninguém.

Ela se levantou, foi ao banheiro e lavou o rosto. Perdita estava deitada no tapete ao lado da cama e Regina não pôde deixar de sorrir para a cachorra que dormia tranquilamente. Ela olhou no relógio e viu que ainda era 1:28 da madrugada. Ela precisava voltar a dormir, mas nesse momento o sono não veio. Ela foi até a cozinha e fez um lanche, depois resolveu tentar ler um livro, mas ainda assim ela não sentiu sono. Depois de inúmeras tentativas, ela olhou para o relógio e este ainda marcava 2:01.

Ela estava lutando contra a vontade súbita de ir visitar sua mãe. Mas ela perdeu a luta. Ela se vestiu, pegou as chaves do carro e dirigiu até a mina.

Depois de alguns minutos tentando convencer Leroy a deixá-la entrar e conversar com sua mãe, Regina finalmente se aproximou da cela onde Cora estava.

“Mãe?” Regina chamou, como da primeira vez, foi necessário que Regina chamasse pelo menos mais duas vezes até Cora ouvir.

“Regina?” Cora perguntou ainda sonolenta.

“Sou eu, mãe.” Regina disse, olhando para Cora enquanto esperava para que ela despertasse de seu estado de sonolência.

“Eu senti sua falta, Regina,” Cora disse se aproximando das grades e olhando para a filh com um sorriso arrependido. “Eu estou feliz que você tenha voltado.”

Regina só assentiu. Só então Cora percebeu a barriga de Regina que estava, definitivamente, maior do que da última vez que ela foi visitá-la. Ela não se lembrava de ver Regina tão bonita, seu rosto estava iluminado e Cora podia sentir a alegria que vinha de Regina, porém seus olhos estavam cheios de medo.

“Regina, você está bem?” Cora perguntou e Regina pode ouvir o tom de preocupação que vinha de sua voz.

“Eu estou bem,” Ela sussurrou. “E você?”

“Eu estou bem,” Ela respondeu com um sorriso suave. “Eu estou trancada aqui, mas eu estou bem.” Cora completou e um silêncio preencheu o ambiente. Levou alguns minutos até que finalmente Cora quebrou o silêncio. “Você está linda, mas eu te conheço, eu sou sua mãe e você parece... seu olhos estão cheios de medo,” Ela comentou encarando os olhos de Regina. “O que aconteceu?”

Regina sabia que Cora a conhecia, Cora sabia tudo sobre ela, afinal ela era sua mãe. Por isso, é possível que Cora tenha percebido antes mesmo de Regina a verdadeira razão pela qual ela veio visitar a mãe. Regina estava com medo e embora Cora tenha feito tudo o que fez, alguma parte dela ainda esperava que Cora a consolasse e acalmasse, mesmo que ela não quisesse admitir isso.

“Nada.” Regina disse evitando olhar nos olhos de sua mãe.

“Eu conheço você, Regina, eu sou sua mãe. O que aconteceu, tem alguma coisa errada com o bebê?” Ela perguntou preocupada.

“Não.” Regina respondeu rapidamente. “Os beb- O bebê está ótimo.” Regina disse sorrindo, tentando evitar o breve pânico que ela sentiu ao quase revelar a sua mãe sobre as gêmeas.

As duas mulheres ficaram em silêncio novamente. Regina sentou-se no chão e encostou as costas nas grades da cela, Cora fez a mesma coisa, repousando suas costas contra as grades. As duas ficaram sentadas, costas coladas uma com a outra e em silêncio.

“Do que você tem medo?” Cora perguntou baixinho.

Com lágrimas nos olhos, Regina respondeu. “Eu não sei se posso confiar em você.”

“Regina, eu sei que fiz muitas coisas erradas, mas eu quero mudar, por você. Uma vez você me disse que estava tentando mudar por Henry e ser digna dele e que eu te devia isso. Eu percebi que é verdade. Eu quero mudar, por você, por que eu te amo. Eu sei que você ainda não acredita em mim, mas eu vou lutar por você até a morte se for preciso, eu vou lutar para ser uma pessoa melhor.” Cora disse olhando Regina pelo canto dos olhos.

A cada nova palavra que Regina ouvia, ela tinha vontade de chorar. Ela ainda amava sua mãe. Droga! Depois de tudo o que ela fez, ela ainda a amava e queria acreditar nela. Ela era vulnerável na frente de sua mãe.

“Eu amo você.” Cora disse acariciando muito suavemente a mão de Regina, que descansava no chão.

“Eu também te amo, mãe.” Regina disse chorando e apertando a mão de sua mãe. Ela queria abraçá-la, queria compartilhar com ela todas as novidades de sua vida, mas ela ainda tinha medo.

Elas ficaram assim por muitos minutos. Apenas descansando uma na outra, no conforto que a presença da outra oferecia. Seu relacionamento estava evoluindo e Regina sentia que Cora estava mesmo tentando mudar para melhor.

Regina chegou em casa por volta das 4 horas da manhã. Ela estava exausta, mas, de alguma forma, ver sua mãe ajudou a tranquilizá-la. Ela foi recebida na porta por Perdita e logo foi para o quarto. Assim que deitou na cama, ela dormiu.

Na manhã seguinte Regina foi acordada pela ligação de Archie. Ela havia perdido a hora. Emma com certeza passaria a manhã inteira jogando isso na cara dela. "A Prefeita se atrasou", mas dessa vez Regina não poderia evitar.

“Bom dia, Miss Swan.” Regina disse enquanto caminhava apressadamente para dentro do estábulo.

“Boa tarde!” Emma brincou. “O que aconteceu, Regina? Você nunca perde a hora e você está um lixo.” Ela disse olhando Regina da cabeça aos pés.

“Obrigada pelo elogio.” Regina sorriu ironicamente para Emma.

“De nada.” Emma aproveitaria cada momento dessa manhã. “Você não dormiu bem?” Ela perguntou notando a expressão cansada no rosto de Regina.

Regina estremeceu. Ela havia pedido para que Leroy não contasse nada sobre suas visitas. E se ele contou para Emma? Como ela poderia confiar que ele seria leal à ela? Ela era a Rainha Má, afinal de contas.

“Eu... eu,” Regina começou a gaguejar. “Eu não consegui dormir bem.” Ela disse evitando os olhos de Emma.

“Certo. Se você estiver muito cansada, nós podemos fazer isso amanhã, eu não vejo problema nenhum-” Emma tentou ser maleável, mas foi cortada por Regina.

“Não! Eu estou bem, eu só estou morrendo de fome.” Ela disse sorrindo para Emma.

“Bem, eu acho que você está com sorte, porque eu levei Henry para tomar café da manhã no Granny’s e eu trouxe um pouco de comida, você quer?” Emma perguntou enquanto notava o rosto de Regina se transformando em pura alegria só com a menção de comida.

“Eu quero.” Ela disse entusiasmada.

“Ok, eu vou pegar para você.”

 Elas passaram a manhã treinando, como sempre faziam. Na verdade, Regina passava a manhã ensinando Emma como usar a magia que ela tinha dentro dela. No entanto, alguma coisa estava acontecendo com a magia de Regina essa manhã, mas ela não percebeu. Talvez fosse a falta de descanso ou a gravidez, mas Regina não sentia sua magia fluir tão facilmente como sempre foi.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que vocês acham? Será que dá pra confiar mesmo na Cora?

Prometo que teremos um momento fofo no próximo capítulo *-*

Não deixem de comentar, estou amando ler cada comentário!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma Mudança Inesperada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.