Uma Mudança Inesperada escrita por BMontgomery


Capítulo 11
Capítulo 11 - Um amigo diferente


Notas iniciais do capítulo

Lá vamos nós novamente!!!

Divirtam-se!



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CAPÍTULO 11 – UM AMIGO DIFERENTE

 

“Mãe?” Henry chamou quando ouviu um som semelhante ao de uma mulher chorando. “Mãe, você está aí? O que está acontecendo?” Henry perguntou preocupado, mas ninguém apareceu.

 Ele empurrou a porta devagar e engasgou com o que viu. Cora estava perigosamente perto de Regina que estava deitada no chão chorando. Henry não sabia o que havia acontecido, mas ele já podia sentir todo seu corpo estremecer de medo.

 “Garota idiota! Eu te dei tudo. Você seria uma Rainha e o que você é agora? Nada! Você não é nada!” Cora gritou.

“Mãe, por favor, pare. Você está me machucando.” Regina disse tentando se levantar do chão.

“Pare com isso! Saia de perto da minha mãe, sua bruxa!” Henry saiu de sua posição escondida e gritou para Cora.

“Olha quem está aqui Regina.” Cora disse com um sorriso sombrio.

“Henry, vai embora! Corra!” Regina tentou gritar em meio às pontadas de dor que sentia.

“Não! Eu não vou embora!” Henry disse.

“Então você vai assistir isso, garoto.” Cora disse quando levantou Regina no ar e começou a sufocá-la magicamente.

“Pare! Por favor, pare!” Henry começou a gritar em meio às lágrimas quando ele viu Regina se esforçando para respirar.

“Ai!” Regina gritou, agarrando sua barriga.

 Henry e Cora assistiram quando sangue começou a correr pelas pernas de Regina e fazem seu caminho até o chão. 

“Mãe?” Henry perguntou chocado.

“Ai! Tem alguma... tem algo errado... isso dói... ai!” Regina chorou.

“Eu te disse, Regina, você não vai ter esse bebê.”

“Pare! Você está machucando ela, por favor, pare! Pare!” Henry gritou com toda a força que tinha.

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“Henry? Henry, acorde!” Emma sacudiu o menino que se debatia e gritava na cama.

“Não machuca ela, por favor!” Ele estava chorando, ainda que estivesse dormindo.

“Henry! É só um sonho, acorda.” Emma tentou novamente.

“O quê?” O garoto pulou da cama assustado, procurando algo no vazio do quarto.

“Henry,” Emma disse tentando consolá-lo. “Está tudo bem, foi só um sonho.”

“Não, eu quero minha mãe.”

“Henry, Regina está bem. Foi só um pesadelo, você quer me contar sobre isso?” Emma perguntou preocupada.

“Não!” Henry gritou. “Eu quero ver a minha mãe”.

“Mas Henry, ainda está de madrugada e Regina deve estar dormindo.” Emma tentou.

“Não! E se ela não estiver bem? Eu quero falar com ela.”

Emma tentou mais algumas vezes convencer o menino de que tudo não passara de um pesadelo e que Regina estava bem, mas não conseguiu.

“Olha, Henry, eu não vou te levar agora porque está tarde e porque ela deve estar dormindo, mas nós podemos ligar pra ela. O que você acha? Ver se ela está bem. Eu prometo a você que se ela não estiver bem nós dois vamos lá, certo?” Emma disse pegando o telefone e entregando-o para Henry.

“Ok.” O menino assentiu pegando o telefone e discando o número que sabia decorado.

“Mãe?” Henry disse baixinho quando Regina atendeu depois de alguns segundos.

“Henry?” Regina perguntou sonolenta, ainda tentando reconhecer a voz em meio ao sono.

“Mãe, você está bem?” Henry perguntou preocupado.

“Henry, é claro que eu estou bem.” Só então Regina conseguiu observar o horário no relógio próximo à sua cama.

2:30 da madrugada.

“Henry, o que aconteceu? Você está bem? Por que você está acordado uma hora dessas?" Regina começou a fazer um monte de perguntas. O desespero já tomando conta dela. "Eu juro que se eles deixaram qualquer coisa acontec-”

“Não, mãe. Eu estou bem, eu só queria saber se você estava bem.”

“Eu estou bem, meu amor, o que aconteceu?” Regina perguntou finalmente se permitindo relaxar.

“Nada, não aconteceu nada, eu só queria falar com você.” Henry disse, mas Regina o conhecia melhor do que ninguém. Ela sabia que ele estava escondendo alguma coisa dela.

“Não parece que não aconteceu nada. Você não quer mesmo me contar o que aconteceu?” Ela insistiu.

“Não, mãe.”

“Ok, então você vai voltar a dormir, porque ainda é muito cedo para meu príncipe estar acordado e você tem escola amanhã cedo.”

“Ok.”

“Ok, boa noite, meu amor.”

“Boa noite, mãe. Eu te amo.”

“Eu também te amo, bebê.” Regina disse sorrindo e desligou o telefone.

Emma assistiu da porta toda a conversa de Henry no telefone. Ela viu como, rapidamente, o menino se acalmou. Não foi a primeira vez que Henry teve pesadelos. Na verdade, desde que Cora foi presa, ele vinha perdendo muitas noites de sono com pesadelos. O problema era que, por algum motivo, Henry não contava para Emma sobre o que eram os sonhos, mas ela sabia que eram sobre Regina, pois o menino sempre acordava pedindo pela morena e preocupado com ela. Ela se perguntava se Regina já sabia sobre esses pesadelos ou se o menino já havia contado a ela e também esperava que eles não significassem nada, que eles não fossem algum tipo de aviso ou premonição, ou qualquer outra coisa do tipo.

Na manhã seguinte Emma deixou Henry na escola e caminhou em direção ao estábulo, como fazia todas as manhãs. Como sempre, Regina já estava lá. Ela estava com uma aparência muito cansada e parecia não ter dormido bem a noite. Emma se pegou pensando se deveria ter acordado Regina de madrugada. Ela passa a manhã inteira ensinando Emma e o resto do dia na prefeitura, além de constantemente encontrá-la com Archie no Granny’s.

Archie tem insistido que Regina não deve ficar sozinha em casa e às vezes se pega imaginando como seria viver com a mulher, com a mãe dos seus bebês. Mas logo a ideia vai embora quando ele vê o quão independente ela é e como ele teve sorte de ter tido uma noite com aquela mulher, porque por mais má que ela possa ter sido um dia, aquela era a mulher mais linda que ele conhecia.

Henry e Archie estavam ficando um pouco mais próximos do que antes. Eles viviam juntos, uma vez que Regina estava sempre na prefeitura, Emma treinando e Snow e David arrumando soluções e fazendo planos para a cidade, além de cuidarem da delegacia junto com Emma.

Toda vez que acabava a escola, Archie iria buscar Henry e o levava à prefeitura para que os três pudessem almoçar juntos. Geralmente, Regina nunca almoçava com eles, mas ela adorava passar tempo com os dois. Ela queria acreditar que era só por causa de Henry, mas se ela fosse sincera consigo mesma, mesmo que por apenas alguns segundos, ela logo perceberia que não era. Depois Henry passava a tarde no escritório com Archie, conversando e brincando quando o psicólogo não tinha nenhum paciente. Quando Archie estava ocupado, Henry pegava Pongo e os dois iam passear.

Que Regina e Pongo eram apaixonados um pelo outro não era segredo. Uma tarde em que Archie estava sozinho, Pongo fugiu do escritório sem que ninguém percebesse. Depois de procurar em quase toda a cidade, Archie ligou para Regina totalmente desanimado informando que Pongo havia sumido e perguntando se ela não podia ajudá-lo a encontrar o cachorro. Archie não ficou tão surpreso quando Regina informou que o mesmo havia entrado em seu gabinete e estava lá com ela.

“Regina, eu sinto muito! Ele saiu e eu não pude encontrá-lo.” Archie disse entrando no gabinete de Regina.

“Está tudo bem, Archie. Ele foi muito educado e atencioso,” Regina disse virando-se para o cachorro que estava deitado no sofá com a cabeça sobre as pernas de Regina. “Não é Pongo?” Ela perguntou sorrindo para o cachorro enquanto acariciava a cabeça dele, que apenas latiu em resposta.

Depois das perguntas rotineiras que Archie sempre fazia quanto à saúde de Regina e dos bebês, ele se despediu e chamou Pongo, que não manifestou nenhum interesse em se mover.

“Vamos, Pongo! Você já me fez andar muito por hoje.” Archie disse olhando para o cachorro e divertindo-se com o fato do cachorro nem se mexer das pernas de Regina. “Vamos lá, garoto.”

“Por que você não o deixa aqui comigo? Mais tarde eu o levo para você.”

“Você tem certeza?” Archie olhou com incerteza para Regina.

“Não é como se eu fosse transformá-lo em um sapo, Archie.” Regina tentou uma piada.

“Não, não é isso... é que se ele estiver te incomodando-”

“Ele não está. Na verdade, Pongo é um excelente companheiro.”

“Ok, então. Eu te espero mais tarde. Se você quiser jantar comigo eu posso tentar fazer alguma coisa.” Archie ofereceu com um sorriso.

“É o mínimo que você pode tentar fazer por mim, Archie, considerando que é por causa dos seus filhos que eu não consigo comer quase nada.” Ela disse com um sorriso maior ainda.

“Ok, então. Te vejo mais tarde.” Archie disse e foi embora, negando a vontade súbita que teve de abraçá-la.

Archie saiu do escritório de Regina e ligou para Henry, dizendo que tinha uma ideia para contar ao menino e queria saber a opinião dele.

“Oi, Henry.” O homem disse abrindo a porta do seu escritório para um menino extremamente sorridente e curioso.

“Oi, Archie, eu vim correndo. Qual é a sua ideia?”

“Você soube que eu perdi o Pongo hoje?”

“Não. Ele sumiu? Você não o encontrou? Nós temos que encontrá-lo, Archie.” O menino falou rapidamente.

“Calma, Henry. Na verdade, eu o encontrei e você não imagina onde ele estava.”

“Onde?” O menino perguntou curioso.

“Ele foi atrás de Regina. Quando eu cheguei em seu gabinete, ele estava deitado no sofá com a cabeça apoiada em suas pernas.”

“Sério? Eu sabia que a mamãe era apaixonada por Pongo. Nas últimas semanas ela me perguntou algumas coisas sobre cachorros.” Henry disse se lembrando dos fatos.

“Então, eu tive uma ideia.”

“Qual?” Henry perguntou excitado com o que estava por vir.

“Você acha que sua mãe gostaria de ficar com ele? Quer dizer, eu adoro ele, ele é meu cachorro, mas ele gosta de Regina e eu não quero que ela fique o tempo todo sozinha em casa, ele seria uma boa saída, o que você acha?

“Eu tenho uma ideia ainda melhor.”

“Qual?” Archie franziu a testa.

“Por que não compramos um cachorro para ela? Tipo uma fêmea? Podemos comprar uma fêmea assim como Pongo? Uma dálmata adulta. Ela vai adorar. Primeiro ela não vai parecer muito feliz com a ideia de ter um cachorro dentro de casa, mas depois ela vai adorar.”

“Bem, eu não tinha pensado nisso, mas e se ela não quiser o cachorro?”

“Ela vai querer, ela pode ficar um pouco brava no começo, mas se pedir pra que ela fique com ele, ela vai ficar com certeza. Eu até já tenho um nome para ela.” Henry informou.

Archie só podia rir do menino.

Henry era uma criança, mas ainda assim era um adulto. Ele sempre via as coisas de uma maneira um pouco diferente de todo mundo.

“Ok. Então vamos atrás de uma dálmata! Mas esse é o nosso segredo, certo?” Archie perguntou.

“Certo! Nosso segredo.” Henry assentiu muito feliz.

Mais tarde, Regina e Pongo chegaram ao escritório e todos acabaram indo jantar no Granny’s. A essa altura do campeonato todo mundo da cidade já sabia da gravidez de Regina, mas poucos sabiam que ela estava esperando gêmeos.

“Vossa majestade.” Mr. Gold cumprimentou Regina aproximando-se da mesa onde os três comiam sossegadamente.

“O que você quer, Gold?” Regina disse irritada.

“Nada, eu só gostaria de saber como vai a futura mamãe.” Mr. Gold perguntou.

“Ela está bem.” Henry disse. Regina deu-lhe um sorriso agradecido e voltou a comer.

“Eu estava pensando em como seria o nome deles.” Mr. Gold disse com um sorriso.

Tanto Regina quanto Archie olharam para Mr. Gold assustados. Como ele descobrira sobre os gêmeos? Quem contou? E o mais importante, será que ele estava planejando alguma coisa? A possibilidade de ter seus filhos perto de Mr. Gold assustou Regina de tal maneira que ela se levantou de repente.

“Como você sabe disso?” Ela perguntou com raiva.

“Calma, Vossa Majestade. Eu deixei passar que você estava grávida, agora eu prefiro me manter atualizado.” Mr. Gold respondeu com um sorriso.

“Você não vai tocar nos meus filhos, está ouvindo?” Archie disse com raiva.

“Então é mesmo verdade? Eu estava certo. A Rainha e o Grilo, quem diria?” Mr. Gold disse com sarcasmo. Mas antes que Regina e Archie pudessem reagir, Belle apareceu e puxou-o.

“Me desculpe, Regina.” Belle disse, puxando Mr. Gold de volta para sua mesa.

“Não peça desculpas a ela, Belle. É por conta dela que Cora está aqui na cidade.” Mr. Gold disse.

“Rumple, você me prometeu, lembra?” Belle disse olhando-o profundamente.

“Está tudo bem, Belle. Eu só estava puxando assunto com Regina, foi só isso.” Mr. Gold disse.

“Certo, então vamos para nossa mesa.” Belle disse levando-o consigo e lançando um olhar arrependido para Regina.

Regina e Archie sentaram-se na mesa novamente. Archie e Henry voltaram a comer, mas Regina não.

Ela estava tremendo.

“Regina, você está tremendo.” Archie disse olhando para ela e tomando as mãos dela entre as suas. “E você está gelada, você está bem?” Ele perguntou preocupado.

“Eu... eu estou bem, Archie. Eu só perdi a fome, eu acho que já vou pra casa.” Regina disse tentando suavizar o medo em seu rosto.

“Eu vou com a senhora, mãe.” Henry afirmou, deixando de lado sua comida.

“Eu adoraria, Henry, mas acho que preciso ficar sozinha essa noite, além do mais você tem escola amanhã e eu nem falei com Emma sobre isso, mas se você quiser, pode dormir lá em casa amanhã. O que acha?” Regina ofereceu soando mais tranquila.

“Tá bom, mas a senhora vai me levar até a casa dos meus avós?” Henry perguntou.

“É claro.” Ela disse, se levantando e despedindo-se de Archie, que ficou preocupado com ela, mas não quis pressioná-la.

Não agora e não na frente de Henry, de qualquer modo.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?

Regina com uma cachorrinha só pra ela, já quero *-*
Por falar nisso, saudades do Pongo no seriado, né?



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