Escolhidos (slenderman) escrita por jellybells


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

este capítulo promete, muaahahahahha



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/335624/chapter/4

Acorde, acorde!

Me acordei, suando frio, com Pedro sacudindo meu braço.

-Finalmente você acordou, Bela Adormecida! Estou a uns 20 minutos tentando te acordar. Já são onze horas, se apresse. – Pedro falou, se levantando e indo em direção ao banheiro.

-Eu...Eu tive um sonho muito estranho. Sonhei com minha tia Ana, ela estava falando com alguma coisa. Acho que era a criatura.

Pedro parou quase instantaneamente de escovar os dentes.

- Conte tudo, os mínimos detalhes. – ele falou, cuspindo a pasta de dente.

E assim como ele pediu, contei tudo. Contei que parecia uma lembrança, sobre a voz do homem, contei tudo que tinha acontecido (pelo menos a parte que eu me lembrava).

Depois que eu acabei, ele ficou sério, pensando. Ficou assim durante uns quatro minutos, e logo depois veio sua conclusão.

- Sua família ajudava aquilo a matar as pessoas, e seus pais devem ter traído a confiança dele, por isso ela nos persegue. Nossa família é interligada de alguma forma, talvez a nossa também tenha traído a confiança daquilo... E é por isso que ele nos persegue, nós temos um motivo. Não somos como as outras vítimas... você percebe como isso é foda? A gente é especial!

-Pedro! A gente pode morrer! – Falei, horrorizada pela animação dele.

- Mas não vamos, vamos achar um jeito de parar essa coisa, nossa família devia ajudar ele... Sei lá.  – Da onde ele tirou isso?

- Por que nossa família ajudaria aquilo? Ajudar a matar pessoas... Então todos na nossa família são? – Falei, debochando.

- Talvez sejam, mas pode ser que não seja por vontade própria... Ah, não sei. Vamos logo pra casa da sua tia procurar alguma coisa. – Pedro parecia confuso, e eu não poderia culpa-lo. – Arruma esse cabelo, parece que um passarinho fez um ninho aí.

Sorri, indo em direção ao espelho. É, ele estava certo. Eu estava horrível, meus cabelos castanho claro estavam emaranhados, meus olhos estavam cansados, com olheiras enormes. Penteei os cabelos com os dedos, lavei meu rosto, e fiquei um pouco mais aceitável. Agora iríamos para a casa da minha Tia.

Chegamos na minha casa, estacionamos na frente. Bati na porta.

-Tia Ana, sou eu! Isabela! Desculpa por sumir assim.

Ninguém respondeu. Me lembrei que tinha uma chave que sempre carregava no bolso da calça. Espero que ainda esteja lá. Remexo no bolso, entre tantos papéis de chiclete sinto algo frio, a chave. Encaixo a chave na fechadura, giro a chave,  um arrepio percorre minha espinha. Me sinto vigiada novamente, não estava segura.

Abro a porta.

A casa está toda bagunçada, móveis virados, quadros quebrados, janelas fechadas. Um horrível cheiro de mofo invadia a sala.  Nenhum sinal da minha Tia.

- O que aconteceu aqui? – perguntou Pedro, logo que entramos na casa.

- Será que foi a coisa? – falei, encarando ele – Será que ela está... morta?

- Não faço a mínima ideia. Olha, o que é aquilo em baixo da almofada? – Ele apontou para uma almofada que jazia no chão, realmente um pedaço de folha estava a mostra.

Me aproximei, e peguei a folha. Mais uma carta. Era a letra de sua Tia Ana.

Querida Isabela,

Se você está lendo isto, estou morta. Quero esclarecer algumas coisas pra você. A criatura que está te perseguindo me matou, e agora você deve estar se perguntando como eu sei disso.. Nossa família é amaldiçoada, por muitas gerações nós ajudamos aquilo a matar suas vítimas, para proteger nossas crianças. Mas seu pai decidiu se rebelar, não queria mais isso. Não queria que você tivesse que passar por isso. Então, a coisa o matou. Fiz um trato com a coisa, ele não a mataria, dês de que você não seguisse os passos de seu pai. Fui uma tola escondendo isso de você, mas entenda: Fiz isso pela sua proteção. Mas se você traísse a causa, você teria que pagar. E foi isso que você fez. Daqui a pouco ele irá me pegar, tenho certeza disso. Ele está se aproximando. Nenhum lugar é seguro. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*tan dan daaan*