(P.D.V. off)

-Bella – Edward disse ao encontrar a garota tão procurada no bobo jogo de esconde-esconde.

A garota corou ao ser pega e ele, ao vê-la tão vulnerável, quis tê-la para si, mas ficou afastado, afinal ela era namorada do seu ‘irmão’, por mais que ele a amasse ela não era dele, mal sabia Edward que Bella o desejava naquele momento tanto, ou até mais, se isso for possível, que ele.

Eram realmente bobos, se amavam, mas não ficavam juntos, pobre casal que teve a vida confundida por obras vãs do destino.

“Não agüento mais isso” confessou ele em pensamento, realmente ele não agüentava, nem ela.

Bella fez menção de se aproximar, ela quis esquecer de tudo, quis pelo menos tocá-lo, mas o olhar gélido de seu amado a fez parar, ele não queria para-la, mas ele não podia se permitir ser levado pelo desejo e pelo erro.

Assim, Edward Masen fugiu daquela casa e daquela garota novamente, entrou em seu carro e dirigiu em busca de um bar, achou um promissor e entrou.

-Me de uma garrafa de sua bebida mais forte - exigiu ele, pagou e saiu.

Ele pensou em pegar o carro, mas não seria de muita utilidade dirigir bêbado novamente, ele tinha péssimas recordações da ultima vez, então seguiu seu caminho em busca de nada a pé mesmo, sem se importar com o que estava fazendo.

No chalé Swan, Bella implorava desesperadamente ao nada para trazer Edward de volta, ela tentou ligar no celular dele, mas Edward havia o largado no carro, desistiu por fim e reuniu os outros amigos, todos se dividiram e foram pela cidade procurar Edward.

(Bella P.D.V.)

Apressei meus pés para aquela rua escura, algo me dizia que ele estaria lá, segui em frente quando vi o amor de minha vida sentado sobre a calçada, qualquer um poderia facilmente confundi-lo com algum drogado, ele tremia e parecia que a qualquer momento entraria em colapso a frente dos meus olhos.

-Edward – gritei, ele não respondeu.

Corri até ele e passei os braços pelo ombro dele em uma tentativa tola de aquecê-lo. Sorri com a sensação dele nos meus braços, ele era meu tudo.

-O que está fazendo aqui Edward? Estávamos tão preocupados – eu estava realmente desesperada, completei mentalmente, então ele disse algo que eu já mais imaginaria ouvir:

-Eu te amo.

(Edward P.D.V.)

(N/A: aqui o Edward narra desde a hora que a Bella o encontra, para ver o ponto de vista dos dois).

Estava sentado sobre a margem da calçada, apenas estava ali sentido o momento, tudo era muito vago pra mim lá.

Ouvi passos pesados se aproximando, permiti que minha mente vã imaginasse que aqueles eram os passos do meu anjo, mas eram passos urgentes e desajeitados demais para uma garota tão doce como ela, desajeitados talvez, mas não, eram fortes de mais, eu podia até arriscar serem desesperados.

A brisa fria da manhã me tocava e o único cheiro presente ali era o álcool impregnado em meu corpo, quando um novo cheiro chegou até mim, morangos, o cheiro dos cabelos de Bella.

Então era assim não era? Quando perdemos tudo que nos importa começamos a alucinar.

-Edward – minha alucinação gritou com uma mistura de desespero e reconhecimento na voz.

Não me preocupei em responder, era tudo na minha mente não era? Eu tinha certeza disso até o momento em que Bella passou os braços protetoramente sobre os meus ombros.
-O que está fazendo aqui Edward? Estávamos tão preocupados – ela disse com desaprovação na voz, deixei me ser abraçada por Bella, eu não fugiria mais disso, não negaria a felicidade a mim mesmo de novo, que se dana-se o mundo.
-Bella eu te amo – disse com um fio de voz, tudo mim estava acabado, eu não era mais um homem eu era apenas um fantasma daquilo que um dia foi um homem, eu era apenas um corpo sem vida, movido por álcool, ir pra cama com Rosalie e sair com os volturis, mas o principal motivo de eu manter meu corpo em funcionamento era a idéia de que Bella estava vivendo, no dia que a vida dela acabasse a minha acabaria junto.

Ela riu da minha fraca declaração de amor.

-Edward, Rosalie é sua namorada – ela engoliu em seco e continuou – é a ela que você ama e não a mim.

-Não, sempre é tempo para voltar atrás certo? Eu sei que te magoei, mas eu estou disposto a lutar pelo teu perdão nem que eu leve a vida toda para consegui-lo – insisti olhando em seus olhos.

Ela soltou mais uma risada, só que dessa vez era uma risada nervosa e murmurou algo inteligível que soou como “tudo isso deve ser efeito da bebida”.
Pensei em algo para responder a ela, mas então minha cabeça ficou pesada demais para que eu pudesse pensar, o álcool fazia seu efeito assassino agora, eu quase podia sentir a queima desenfreada de neurônios na minha mente.

-Bella... eu... – tentei novamente, mas então tudo ficou preto e eu apaguei no colo de Bella.

Em minha mente escura eu ainda a via, eu ainda a amava, (N/A: aqui contem trechos de um livro da minha mãe que eu esqueci o nome .-.) Bella era a mão certa na escalada incerta, era perfeita dos sorrisos até as lagrimas, era o horizonte nítido.

Porque eu não podia simplesmente acordar naquela hora? Eu queria tanto que ela soubesse que eu a amava. Eu queria recostar-me em seus seios, e adormecer como no travesseiro, eu queria acordar nos braços dela e transitar pelo seu corpo. Eu queria me perder no agora e me encontrar só nela, Eu queria sussurrar em seu ouvido, e ouvir o eco no brilho dos olhos dela.

Eu queria provar seus lábios e alimentar-me com seus desejos, eu queria parar tudo, ficar diante de você, vazio de problemas e cheio de inocência.
Vivendo o milagre do amor verdadeiro.