Ponto De Paz. escrita por keemi_w
Notas iniciais do capítulo
Pensei que como o capítulo anterior era o mais esperado da fic haveria mais comentários... :( comentem, gente, dá ânimo para os autores.
– Você está de brincadeira! – Kelly exclamou feliz. – ELE DISSE ISSO? OH MY GOD, ELE REALMENTE DISSE ISSO?
Assenti contendo um gritinho beirando o surto.
– Você ganhou na loteria, mulher – Bethany disse rindo. – Sério!
– Eu não acredito ainda que exista alguém que possa fazer isso! – Kelly disse.
Porém, eis que Victor aparece atrapalhando toda a crise de felicidade de três amigas psicóticas dentro de um hospital cheio de gente necessitada. Okay, então, Victor. Seu estraga prazeres!
– Tudo bem, garotas? – falou nos cumprimentando. – Poxa, Mari, você continua com olheiras e muito pálida.
Okay, ele só sabe me dizer isso?
Agora se ele me vir atravessando a rua é capaz de falar:
– E aí, Mari! Ainda está na pior?
– Ahn... Eu apenas esqueci de tomar café da manhã hoje – respondi. – Relaxa.
– Não, vamos fazer uns exames em você.
Depois de fazer trezentos exames para Victor ficar feliz e me deixar em paz de uma vez por todas, ele sentou em sua cadeira e, vendo os resultados, se surpreendeu.
– Confirmei minhas suspeitas.
– O quê?
– Você está com anemia, Marina – ele respondeu sério. – E é severa, o que indica que você tem há mais ou menos dois anos e ainda não tinha sido identificada e nem curada corretamente.
Ele estava brincando comigo, só pode! Eu era médica, eu sei do que eu tenho que me alimentar diariamente, eu sei o que a falta de proteínas pode ocasionar! Eu sei de tudo isso e agora ele vem falar de algo que eu tenho completa ciência?
– Não é possível, Victor – falei descrente.
– Você é uma ótima profissional. Se quiser olhar os exames para tirar as conclusões por si mesma...
Coloquei a mão na testa, chateada. Como eu não percebi que a fraqueza, dor de cabeça, vontade de dormir durante dois anos seguidos, não era anemia? Eu sou uma péssima medibruxa, não sei nem me cuidar e quero cuidar dos outros.
Droga!
– E eu acho – começou de novo – que aquela vertigem que sentiu no dia que seu amigo se acidentou não era apenas pelo nervoso. Hipoglicemia também é constante nos anêmicos pela falta de glicose no sangue. Cuide-se. Vou passar uma vitamina que te trará mais ânimo, okay?
– Eu sei quais vitaminas tomar – falei perplexa. – Eu sou medibruxa.
– E está na hora de se cuidar também – Victor disse e descolou uma folha com algumas receitas médicas para liberarem a vitamina. – Infelizmente não há nenhuma poção ou feitiço para você fazer porque só é encontrada entre os trouxas. É isso.
Cara, eu sei de tudo isso! Droga, droga, agora serei tratada como uma doente. Tudo o que você precisava, Marina!
Saí chateada do escritório conversando com Victor que eu não tinha ideia de como isso acontecera. Eu simplesmente entrava no embalo e não me alimentava corretamente, mas não tinha sentido fortes sintomas que estava com falta de proteína em mim. Acho que foi o excesso de café.
Ficamos conversando sobre isso no batente da porta até que meus olhos foram atraídos por um moreno na secretaria que correspondia o olhar, porém o dele é irritado.
– Até amanhã, Victor – despedi-me e dei um beijo em seu rosto. – Ei, James!
Ele me olhou ainda de cara fechada.
– Quem era? – perguntou.
– É o Victor, um doutor do hospital – franzi o cenho. – Por quê?
Ele sorriu mais calmo.
– Por nada, baixinha – ele respondeu e me deu um beijo na testa. – Confio em você.
Sorri aliviada.
– Vamos? – perguntei entusiasmada.
– Huuuuum – Bethany resmungou ao nos ver juntos. – Doutora Mitchell vai sair com alguém do sexo oposto. Milagre?
James a olhou curioso.
– Para de ser boba, Bethany – respondi corando enquanto tirava meu jaleco e dobrava (socava) dentro da bolsa.
James e eu saímos do hospital então e ele nos aparatou em um vale com gramínea verde e um lago de águas transparentes onde havia o reflexo da lua. Por algum motivo, sei que conhecia o local. Só não sabia de onde.
– Que lindo, James! – exclamei boquiaberta. – Belo local.
– Você também ficou em transe quando te trouxe aqui da última vez – falou rindo. – Lembra?
Espera...
– Você me trouxe aqui de vassoura para me fazer esquecer um pouco os estudos na época de Hogwarts! – lembrei-me feliz por essa linda recordação que estava sendo revivida. – Você é demais, Jay!
– Eu sei que sou demais, Mari, não precisa bajular – riu-se. – Brincadeira, eu só queria que fosse algo especial. – Segurou em minha cintura e tirou uma mecha de cabelo que escorregava cobrindo meu olho. – Então, meu amorzinho. – Nós rimos já que era muito estranho nós nos tratarmos como namorados por enquanto. – Namora comigo?
Olhei para ele.
– Ah, não estou afim – brinquei e ele gargalhou.
– Estou levando o fora de Marina? – perguntou. – Realmente devo estar um bagaço.
Estreitei os olhos me fingindo de brava, só serviu para ele gargalhar mais ainda.
– Agora que não namoro mais com você! – exclamei tentando ficar brava embora quisesse rir.
– Como você é bobinha! – ele falou e apertou meu nariz brincando. – Na verdade, se eu levasse um fora teu não ficaria tão triste assim porque você é muita areia para o meu caminhãozinho.
Corei com essas palavras
– Claro que não, James – respondi.
– Claro que sim, você é uma mulher maravilhosa, Mari. É dedicada, esforçada, compreensiva, linda, gentil, meiga, fofa – dizendo isso apertou minha bochecha -, tem todas as qualidades que uma mulher gostaria de ter e que um homem gostaria para sua companheira. Acho que tive sorte.
Droga, por que faz isso comigo, James?
– Você é bajulador, isso sim! – exclamei rindo.
– Para de mudar de assunto, Marina. Namora comigo ou não?
– Ou.
– Você é boba! – ele exclamou. – Eu sei que você quer meu corpinho banhado a mel, mas não admite porque está com vergonha!
– Eu? Vergonha? Desde quando?
– Viu? – falou James rindo. – Está fugindo do assunto! Estou reconsiderando a hipótese de você realmente me dar o fora.
– Tá bom – falei derrotada. – Eu assumo que te amo, okay? Eu quero namorar com você, ser ultra bajulado por todos.
Ele sorriu e me beijou. Foi um beijo especial onde tudo que havíamos suspeitado se confirmava. Eu, pelo menos, suspeitava que era louquinha pelo James. Agora eu tinha essa certeza.
James beijava com todo o carinho presente em seu ser, e eu percebia isso no jeito como ele sempre queria me agradar mais do que estava agradando, como por exemplo passar a mão em meus cabelos, segurar minha cintura com força com medo que eu me fosse e juntar nossos corpos como se fossem um só.
E eu amava essa sensação de paz que ele me causava, como se nada ao meu redor existisse.
Quando abrimos os olhos ele sorriu verdadeiramente para mim.
– Quem diria, hein? – comentou rindo. – Nós dois assim juntinhos um dia.
– Eu não imaginava que aqueles gritos e brigas de brincadeira um dia virariam beijos e abraços verdadeiros – assumi, mas ruborizei no mesmo instante.
– Foi a coisa mais adorável que você disse para mim – falou me dando um selinho e sentando na grama verdinha. Acompanhei seu movimento. – Às vezes eu pensava que você só me via como amigo, na verdade. Principalmente na época que eu estava com a Renata.
Lembranças daqueles dias estressantes pelo ciúmes excessivo da loira me vieram à mente.
– Eu comecei a me sentir diferente em relação ao seu carinho, para falar a verdade – assumi. – E dei desculpas para mim mesma que era só o excesso de carência da minha parte pela decepção que foi o Richard.
– Nem me lembre daquele otário – falou rindo. – E o pior era que todas as meninas de Hogwarts ficavam caidinhas por ele e o babaca escolheu justo você para aplicar seus conhecimentos de idiotice.
Dei risada.
– É, fui sortuda – respondi. – Ainda bem que essa fase já passou
Ele entrelaçou seus dedos aos meus e me olhou com esmero. Naquele momento pude perceber que não tínhamos entrelaçado apenas os dedos.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eu estou trabalhando em uma outra fanfic também, postarei assim que acabar a PDP... e esta já está no finzinho. beijos! :)