Continuação Arya

- Meu nome é Eros.

- Eros? – eu disse espantada – Tipo... Eros o deus?

- Claro que sim menina tola!

- TO-LA? – exclamei, mais ele não deu importância

- Você é igual ao seu pai...

- Talvez porque ele seja meu pai não é?

- Modos menina! Eu sou um deus, mesmo sendo um deus menor, eu ainda sou um deus!

- Me desculpe. – eu pedi. Mais não foi um pedido de desculpa sincero.

- Tudo bem! – ele disse revirando os olhos.

- Você é o deus do amor certo?

- Certo querida, certo.

- Então o que você quer comigo?

- Por enquanto eu ainda estou pensando... – ele disse passando os dedos no queixo – Mais... desde que o seu pai te reclamou, eu andei observando você, e me interessei muito em você.- seus olhos começaram a brilhar de um jeito... Não sei... Divertido?-  O seu destino será... – o brilho apagou. Acho que ele não podia falar mais do que isso- Enfim, eu só passei pra avisar uma coisinha muito importante.

- Sim...? Diga.

- Se eu fosse você, eu vigiava, ou melhor, cuidava. Do seu irmãozinho direitinho ta?

- Ta... – eu estava muito confusa, Como assim vigiar meu irmão? – Mas... porque eu tenho que fazer isso? O que ele vai fazer?

- Não é o que ele vai fazer, e sim o que eles irão fazer com ele.

- Eles quem? Fazer o que com o Nico? – as lágrimas iam transbordar dos meus olhos.

- Eu não posso dizer mais nada. Eu nem deveria estar aqui!

Eu não sabia o que dizer, o que ia ser de mim se eu perdesse Nico? Tudo bem que só faz dois dias que eu conheço ele, mas... Eu já não consigo imaginar minha vida sem ele!

- Sinto muito cria de Hades. – Eros disse passando a mão no meu rosto e enxugando as lágrimas. – Até breve.

Ele correu e sumiu.

E eu fiquei ali parada, olhando pro chão, que eu sentia que já não estava mais sob meus pés.

Eu tentava mover minhas pernas, mais elas travaram, nada em mim estava em si.

Lágrimas caiam descontroladamente dos meus olhos. Eu não piscava, eu não reagia a nada. Eu praticamente não estava mais no meu corpo. Eu só imaginava o que poderia acontecer com o Nico. Nada, absolutamente NA-DA pode acontecer com ele.

Acho que fiquei parada ali por muito tempo. Muito mesmo.

O sol já estava forte, e minhas costas queimavam.

- Arya? Arya? – Connor passava a mão freneticamente na frente do meu rosto. – Você...? Você está chorando?

Eu não conseguia responder, por mais que eu tentasse a voz não saia. Se eu já fiquei assim só de pensar que o Nico poderia morrer... Imagina... Se ele morrer mesmo?

Connor se aproximou de mim, enxugando minhas lágrimas.

Finalmente consegui me mover, e o abracei.

- O que aconteceu? – ele perguntava calmamente.

- Eu... – os soluços me interrompiam  – Eu ...

- Não precisa dizer se não quiser. – senti ele sorrir.

- Obrigada. – eu disse me separando dele. – E... Não conte sobre isso ao Nico, sobre eu estar chorando. Por favor.

Nico não podia saber disso, eu não estava preparada para tocar no assunto. Mas eu sei que eu vou seguir ele pra todo lado agora.

- Tudo bem. Não precisa se preocupar, eu não digo nada a ele.

Tentei abrir o melhor sorriso, Connor era um cara legal, e estava me ajudando muito.

- Acho melhor eu ir andando. – eu disse me separando dele – Meu irmão já deve estar acordando.

- Ok. Quando você conseguir me dizer o que aconteceu...

- De uma forma ou de outra, você vai acabar sabendo.

E com isso, deixei um filho de Hermes confuso na praia.

Corri pro meu chalé, tinha certeza de que meus olhos estavam vermelhos e inchados, e de que Nico estaria acordado.

Abri a porta com tudo.

- Arya. – disse Nico levando um susto.

- BomDiaNico! – eu disse bem rápido, escondendo o rosto de lado com as mãos.

- Bom dia...

Eu já ia correndo pro banheiro. Mais senti as mãos geladas(assim como as minhas) de Nico apertarem meu pulso e me segurar.

- Arya? O que aconteceu? – ele disse seco e bravo.

- Nada... – respondi tentando tampar o rosto.

Mas, foi em vão. Nico pegou no meu ombro e me virou, me colocando cara a cara com ele.

- Arya...? Você.... – ele disse sacudindo a cabeça – O que aconteceu?

- Só... – eu não sabia o que dizer, aqueles olhos negros assim como os meus, me encarando suplicante, eu sentia como se ele pudesse ver minha alma.

O que eu ia dizer? “Olha Nico, acho que você vai morrer, ou ser torturado coisas do tipo!” Não, eu não poderia contar a ele , é, Eros não disse nada sobre ele ser sequestrado, muito menos morto mas... Eu sei que era isso que ele ia dizer, se não fosse “impedido” de alguma forma que eu não sei explicar.

E naquele momento, Nico fez a melhor coisa que ele poderia ter feito agora. Me abraçou.

- Não importa o que aconteça. – eu disse aconchegando minha cabeça no seu ombro – Eu vou estar sempre do seu lado.

- Porque você está dizendo isso? – ele falou baixinho

- Só... – eu não podia dizer. – Só, lembre-se disso ta?

Ele assentiu e só me abraçou. Um abraço quente e reconfortante,que eu temia não sentir mais.

- Você não vai mesmo me dizer o que aconteceu não é? – ele disse nos separando e me encarando de novo.

- Ainda não. – eu disse e ele arqueou a sobrancelha

- Imaginei... – ele sorriu de fraco de canto.

- Eu vou... – eu falei, apontando pro banheiro.

- Vai lá, toma um banho pra tirar essa areia do corpo. Eu vou te esperar para irmos juntos pro refeitório.

- Ta bem... Não vou demorar .

Tomei  um banho super rápido, vesti minha calça, uma camiseta preta e all star, basicamente o de sempre.

- Pronta? – ele perguntou sorrindo.

- Sim senhor. Vamos.

Andamos para o refeitório. No caminho encontrei Connor, de longe ele me olhou e perguntou apenas mexendo os lábios “está melhor?”. Eu sorri e assenti.

- O que foi isso? – perguntou Nico me encarando e franzindo a testa.

- Não foi nada. – eu respondi rindo – Ele só me ajudou numa coisa importante.

- Que coisa?

Respirei fundo esperando algo me salvar.

- Nico! – disse Annie correndo em nossa direção. – Nico venha, é urgente!

Ufa, salva pelo gongo.

- Eu... – ele disse me olhando.

- Vai! – eu disse sorrindo.

Ele correu para a Annie, e os dois correram para a Casa Grande.

Eu não queria saber o que era, por mais que eu seja muito curiosa, minha cabeça já tinha problemas demais.

Andei de vagar até o refeitório. Me sentei na mesa de Hades e comi.

Mais tarde eu teria que escalar uma parede de lava... da pra acreditar nisso?

É mais ok. Estou com a agenda bem cheia. Além de escalar a parede de lava, eu ainda vou: voar no pégasu, praticar esgrima, aprender grego antigo e ter uma espécie de “aula de história” que por sinal era com a Annabeth.

Passei em frente a casa grande, e vi Nico olhando de canto pra mim pela janela.

Ele me jogou um olhar de: depois te conto.

Fui escalar logo de uma vez, eu queria ter um pouco de tarde livre.Will Solace ia me dar as “instruções” na escalada.

- Oi aluna. – ele disse sorrindo.

- Oi professor. – respondi correspondendo ao sorriso.

- Preparada para a escalada?

- Prefiro não responder.

- Ah, é fácil.

Ele me explicou tudo que eu devia fazer, e disse que hoje seria o nível fácil. O que me tranqüilizou um pouco. Mais não pense que foi fácil.

Eu não sou a melhor em escalada. Quase morri queimada umas três vezes, e cai duas.

No fim das contas, eu estava com os dois joelhos e o cotovelo ralado, as roupas chamuscadas, a calça rasgada, o cabelo todo sujo, o rosto praticamente todo preto. Alguém poderia facilmente me confundir com um monstro naquele momento.

- Acho que você precisa de um banho. – disse Will tentando não rir. O que foi difícil, pois ele caiu na gargalhada.

- Ei, não ri da minha cara. –eu disse mais comecei a rir também.- É, tudo bem, eu realmente preciso de um banho.

- RE-AL-MEN-TE. – ele disse repetindo e enfatizando o que eu disse.

- Até mais então.- eu disse acenando.

- Até.

X

Tomei um banho refrescante(percebo que vou tomar vários banhos por dia por aqui), tirei aquela roupa queimada e joguei fora.  

Vesti uma outra roupa. Peguei meu som,e coloquei um rock bem alto, eu fazia isso todo dia. Me joguei na cama do Nico ( que era de casal), peguei o lençol de seda e abracei.

- Resolveu se revoltar e por fogo nas roupas? – disse Nico olhando as roupas no lixo.

- Ah não. Foi a parede. –eu disse revirando os olhos.

- O som ta alto! – ele reclamou

- Eu sei, como todos os dias. Ainda não se acostumou? Trate de gostar.

- Tudo bem. – ele disse sorrindo e se jogando na cama ao meu lado.

Ele olhou pra cima por um tempo.

- Então? O que você e a Annabeth foram fazer na Casa Grande?

- Bem... – ele levantou a cabeça apoiando-a na mão. – Nada de importante. Só, do Percy.

Eu via nos olhos dele que ele estava mentindo, Quíron podia ter falado do Percy, mais não foi só isso.

- Para de mentir pra mim! – eu disse calmamente.

- Eu... – ele hesitou – Ah, mais você não me contou porque estava chorando!

- E nem vou contar!

- Olha só! – ele parecia nervoso – Você não me conta o que aconteceu, e eu tenho que te contar?

- É que não foi nada de importante que aconteceu. – menti – Mas te chamaram na Casa Grande. – dei ênfase em “Casa Grande”.

- Também não foi nada de importante.

- Então porque você está tão tenso?

- Você me estuda ou algo do tipo? – ele brincou.

- Sou sua irmã. Eu te conheço.

- Você é minha irmã a dois dias. DOIS!

- Pois é. Mais... você acha isso ruim?

- Claro que não. – ele disse me abraçando. – Te amo maninha.

Eu não sabia quando eu poderia ouvir a verdade dele, então despejei:

- E Bianca? – Annabeth havia me contado.

Ele ia se afastar de mim, mais eu o segurei, e o fiz olhar em meus olhos.

- Quem...?

- Nico, acho que é hora de você para de fugir das minhas perguntas. Eu sou sua irmã, e eu acho que eu tenho o direito de saber. Eu nunca vou ser como a Bianca pra você Nico. Nunca. – senti uma lágrima cair, quase invisível. E a limpei tão rápido quanto ela veio, antes que ele percebesse.

- Arya... Bianca, é muito importante pra mim, ela é minha irmã, desde quando eu era pequeno, desde quando minha mãe morreu ela cuidou de mim, ela sempre esteve ao meu lado. – ele se sentou de vagar na cama. – Depois que ela morreu,  eu me senti muito mal. Muito mesmo. Eu nunca mais fui tão feliz, até que você chegou, e mudou tudo. Me animando, ajudando, brincando e estando ao meu lado, me dando carinho e atenção. Eu te amo, e você está aqui isso é o que importa, você esta aqui, não Bianca. Não que eu não goste mais dela, eu ainda a amo, muito mesmo. Mas agora, você está ao meu lado. E eu te amo, assim como amo Bianca.

Sorri desajeitada. Eu estava com ciúmes do meu irmão com a irmão morta dele... Meus deuses.

- Eu sou ciumenta. – eu disse jogando um travesseiro na cara dele.

- Eu sei. Agora eu sei. – ele respondeu revidando.

Ai, pra melhorar aquele momento: irmão e irmã. Começou uma das minhas músicas favoritas.

- Aumenta essa Nico. – gritei.

Ele aumentou, e voltou a me acertar travesseiros. Começamos uma guerrinha de travesseiros. Plumas voavam por toda parte. Nico se engasgou com uma pena que entrou na boca dele, e eu cai na gargalhada.

De repente a porta abre com tudo. O que parou Nico no meio do engasgo e eu no meu ataque de risos.

- Música boa. – disse uma garota que eu não conhecia.

- Eu bati na porta centenas de vezes. Mais com esse rock alto e vocês fazendo essa bagunça ninguém ouviu! – reclamou Annabeth

- Mais a música é boa.- repetiu a menina.

Annabeth revirou os olhos.

- Seu chalé anda animado. – disse um menino (que eu já tinha visto antes no Acampamento mais ainda não sabia o nome) entrando no chalé. – Todos os dias que eu passo aqui, eu ouço uma música saindo daqui.

- Isso é algum tipo de reunião no meu chalé? – perguntou Nico.

- Não. É que Thalia chegou, e  quis vir conhecer a sua irmã. – respondeu Annabeth

- Mas tinha que vir essa... Comitiva com você?

- Curiosos. – ela disse rolando os olhos

- Oi. – a garota se aproximou de mim estendendo a mão. – Meu nome é Thalia Grace, filha de Zeus.

- Prazer. Meu nome é Arya.

Ela olhou nos meus olhos. Franziu a testa e se afastou.

- Oi Arya. – disse o menino vindo até mim. – Meu nome é Lee Fletcher filho de Apolo.

- Oi. Eu já te vi por aqui... Só não vi a Thalia.

- Thalia é caçadora de Ártemis. – respondeu Lee

- Então... Sem querer ser rude. O que ela veio fazer aqui? – perguntei

- Te ver! – ela respondeu.

- Só?

- É, uma filha de um dos grandes não é de se ver em qualquer lugar!

- Ah,sim...

- Bom. Todos já se conhecem, já se viram, acho melhor irmos. Vamos falar com Quíron. – disse Annabeth impaciente empurrando todos pra fora.

Olhei pro Nico.

- Percy... – sussurrei.

- Bem... Acho que Thalia...

- Estava mentindo? Que não veio aqui só por minha causa?- o cortei

- É. Leitora de pensamentos. – ele riu

- Daqui a pouco é o almoço. – eu disse mudando de assunto

- Finalmente.

Me deitei de novo.

- Arya?

- Sim?

- Posso te perguntar uma coisa? – iii a coisa ta feia.

- Pode Nico.

- O que você ... Faz a noite?

- Como assim?

- É que eu acordo a noite e não te vejo deitada na sua cama. E de manhã, você ta aqui.

Durante todas as noites, eu não fiquei na cama assim que deitei, eu fui pra praia todas as noites, não sei porque, talvez eu esperasse Eros voltar, dizendo pra eu esquecer aquela história e que tudo que ele me avisou não é nada mais. Mais estava mais do que claro que isso não ia acontecer.

- Eu vou há praia, todas as noites. Eu não consigo dormir cedo!

- Hm...

E assim, nossa conversa acabou. A concha para o almoço soou e fomos para o refeitório, deixando a bagunça do quarto para trás.

Sentamos na nossa mesa e comemos em silencio. Estranho. Nico sempre conversa bastante no almoço comigo. Algo errado estava acontecendo.

- Nico? Está tudo bem?

- Ta tudo bem.

- Você esta estranho... foi a conversa com Quíron não é?

- Esqueça isso Arya. Eu estou bem!

- Eu não acredito! – exclamei, e enfie comida na boca com raiva.

- Depois do almoço conversamos.

Assenti relutante, mais não consegui comer direito depois disso, eu estava muito preocupada.

Terminei meu almoço, e Nico também. Saímos juntos e fomos pros estábulos.

- Então?

- Arya... pra começar, eu quero que não se preocupe.Ok!?

- Vou tentar.

- Ótimo. Bem... Quíron disse que... Tem um cara, deus, semideus, sei lá. Que quer uma coisa do nosso pai. – arqueei a sobrancelha – E, irá nos usar pra conseguir isso.

- Nos usar? Porque?

- Para chantagear Hades.

- Hm... – eu sabia que não teria nós teria apenas ele. A verdade me corroia por dentro.

- Você não vai dizer nada? – ele franziu o cenho.

- Não.  –respondi tentando parecer o mais calma possível.

- Eu não quero mais que você saia pra praia a noite ouviu bem?

- Nico... não se preocupe. Eu sei o que eu faço!

- Arya! – ele sacudiu me sacudiu pelo ombro. – Por favor, eu já perdi minha mãe e Bianca, não quero te perder.

- Nico, eu prometo que você não vai me perder. Confie em mim. É uma promessa, e uma promessa minha, não é nunca, nunca, descumprida!

Sorri fraco pra ele e o abracei. Ele se aconchegou no meu ombro assim como eu havia feito antes, e eu senti uma coisa quente cair no meu ombro. Lágrimas.

- Por favor. Não chore. – eu disse enxugando suas lágrimas. – Eu vou sempre estar aqui. Sempre.

Ele balançou a cabeça e se separou de mim.

- Vai ficar tudo bem! – sussurrei.

Mas eu sabia que não ia ficar. Eu já estava preparada emocionalmente pro que der e vier.

- Me... – a voz dele falhou. – Me desculpe.

- Pelo que? – perguntei confusa

Ele não respondeu, acho que nem ele mesmo sabia. E isso me intrigava!

Puxei ele e saímos dos estábulos.

- Vou treinar remo agora! – ele disse.

- Mais antes, lave esse rosto Di Angelo!

Ele sorriu e foi.

Agora era minha aula de esgrima, e eu estava muito ansiosa.

Corri para a arena, e vi uma garota lá com uma lança na mão.

- Hãn... é... Oi! – eu disse me aproximando da garota.

- Pegue sua arma e vamos treinar logo! – ela disse ríspida.

- Prazer em conhecê-la também! – disse com ironia

-Oi cria de Hades. Meu nome é Clarisse.

- O meu é Arya... ARYA.

- Que seja!

Começamos a treinar, ela me ensinou alguns golpes nos bonecos de madeira. E eu aprendia rápido. Quase consegui ver um sorriso nos lábios de Clarisse. Mais ela não quis deixar transparecer.

- Por hoje é só! – ela disse empurrando um boneco. – Amanhã você treina comigo! Sugiro que se prepare.

- Sim senhora La Rue. – ela rolou os olhos.

- Vá logo menina, você deve ter mais coisas pra fazer- ela falou brava- já que tem dois dias que você está aqui e as únicas aulas que fez foi de grego antigo e vôo.

É ela tinha razão.

Sem dizer uma palavra, sai. Hora de História!

X

- Sim, Annabeth, eu entendi!

- Tem certeza? Isso é importante!

- Tenho Annabeth. Relaxa um pouco!

- Ah, me desculpe é que eu estou acostumada a dar essas aulas ao Percy e... – seu olhar se perdeu

- Tudo bem! Acho que já vou indo. Ainda vou ajudar Lee com as flechas, ele me pediu que o ajudasse.

- Vá. – um sorriso de canto se formou.

Me despedi dela e sai.

Era mentira, eu não ia ajudar Lee, eu só não queria ficar com Annabeth daquele jeito, pensando em Percy.

Procurei Lee.

O encontrei jogando vôlei.

- Lee! – gritei acenando.

- Haaam... – gritaram os meninos. – Vai lá Lee.

Revirei os olhor, e Lee riu.

- O que foi Arya?

-Se Annebeth te perguntar, diga que eu te ajudei com as flechas.

- Como assim? Porque?

- Longa história... Faz isso pra mim?

- Faço.

O abracei agradecendo e vi ele corar.

Sorri e fui até o chalé de Hefesto conhecer o pessoal que haviam me chamado para me mostrar umas coisas mais cedo.

- Arya! – exclamou Carl – Vamos entrando!

Entrei e cumprimentei a todos. Conversamos um pouco, acho que fiquei lá meia hora mais ou menos!

- Agora ela vem comigo! – uma voz familiar disse.

- Will.

X

Passei por todos os chalés, conhecendo todo mundo.

Por ultimo, fui pro chalé de Hécate.

Entrando lá, a primeira pessoa que eu vi, foi a que mais me surpreendeu desde quando eu cheguei!