A Filha De Hades escrita por Morpheus


Capítulo 15
Não vamos a Disney...Mas vamos pro "meio do mato".


Notas iniciais do capítulo

Enfim, aqui está mais um capitulo.
Não deixou um review no outro? Volta lá >

Enjoy '*'



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- De acordo com o que eu pesquisei, e com a ajuda de Atena. – ela disse já voltando a sua cor normal – Vamos para Orlando.

- EBAAA! – gritei – Parque da Disney!!!

- Infelizmente não vamos. – é... a Annie cortou meu barato – Além de não termos tanto dinheiro, não temos muito tempo.

- Okay... – falou Percy que parecia que tinha tido o mesmo pensamento que eu.

- Vamos né gente. – falou Diuly pegando voltando de sabe-se lá onde com um sorvete.

- É, vamos para Orlando. Sem ir na Disney ...– peguei na mão do Connor e fomos para o... Porshe claro!

X

Percy dirigia. Annabeth sentou no banco de trás para pesquisar algumas coisas no notbook dela. Então, eu fui na frente com o Percy.

- Ei, Arya. Porque você escolheu o Lee e o Travis para não virem.

- Não caberiam todos em um carro só, e o Nathan não poderia ir pra casa de a pé.

- Mas porque os dois?

- Não sei ta legal! Foi aleatório! –Nossa! Tudo que eu fizer tem uma razão? Cara, as pessoas precisam parar de me levar tão a sério.

- Nossa Arya... calma.

- Ai, ta bem Diuly. Ta bem.

O meu estresse tava passou de nada, paro o nível máximo de uma hora pra outra. Talvez estejamos nos aproximando das pedras.

- Está se sentindo bem? – perguntou Percy.

- Ham... – eu não sabia o que responder. – Chegamos!

Salva pelo gongo!
Me virei e olhei para Annabeth que estava concentrada.

- Ei. Chegamos. Qual o próximo passo?

- Ham... – ela olhou para mim, como um professor olha para um aluno indisciplinado por cima do óculos – no próximo farol. Virem a esquerda.

- Ah. Ótimo. – resmunguei – Você ouviu Percyto.

- Percyto? – Annabeth indagou.

- É. Percyto, Annipédia. – falei.

Ela bufou e continuou a mexer no notbook.

Percy virou onde Annabeth tinha dito.

- E agora?

- Pare ai. – ordenou.

- Aqui? – perguntei apontando para uma praça.

- Sim.

Paramos o carro onde Annabeth pediu. Era uma praça cheia de turistas tirando fotos, assim como o resto da cidade.

- Uma praça. Nossa que legal...

- Desçam! – ela ordenou de novo.

- O QUE?

- Desçam!

Achei melhor obedecer. Annabeth estava com cara de poucos amigos.

Percy desceu por ultimo e travou o carro.

- O que viemos fazer aqui? – perguntou Connor pegando na minha mão.

- Solte-a. – pediu Annabeth a ele – Devemos deixa-la livre, sem qualquer interferência.

- Como assim?

- Arya, ande sem rumo, para onde você tiver vontade. Provavelmente assim encontremos as pedras, elas podem te atrair. – provavelmente; pensei.

Tateei o bolso direito, e tirei de lá a pulseira que Eros havia me dado. Com dificuldade coloquei-a no pulso direito.

- Pra que isso? – Annabeth perguntou me olhando repreensivamente.

- Nada. Só... uma ajudinha. Nada de mais.

Olhei nervosamente para todos os lados -minha cabeça doía por causa do sol, assim como meus olhos,mas eu sabia que não ia demorar muito para o tempo fechar -decidindo para onde andar.

- Arya... não pense de mais. Vá para onde você achar que deve... – falou Annabeth.

Fechei os olhos, respirei fundo, e comecei a andar.

- Vamos. – ouvi Percy falar.

Andei sem rumo, esbarrando em turistas, vendedores, alguns reclamavam outros não. Virei a rua, dando a volta no parque, eu não tinha idéia do que estava fazendo.

Algumas pessoas olhavam para mim desconfiadas. Uma senhora gritou achando que eu ia rouba-la. (Mereço isso?)

Desci a rua com o coração acelerando cada vez mais. Meus passos eram firmes e rápidos. Pensei em correr por um estante, mas achei melhor não. Afinal, eu não sabia para onde estava indo.

Enquanto eu andava sem rumo, comecei a pesar no que viria a seguir. O que estaria guardando aquelas pedras? Elas não podiam estar por ai dando sopa. Com certeza estariam fortemente vigiadas; talvez gigantes, campes... não sei. E se conseguimos sobreviver a esses monstros, e se pegarmos as pedras. O que vai acontecer? Vamos dançar como se nada tivesse acontecido? Onde vamos guarda-las? Elas não podem ficar por ai, desprotegidas. E amanhã? Para onde vamos? Buscar o Nico? Mas onde ele está? Nem se quer sabemos... e ainda temos que desfazer o elo. Ah, ótimo! Nada com uma dúzia de duvidas para encher a minha cabeça. Cara, minha vida mudou radicalmente, em menos de um mês. Eu descobri que era uma semideusa, fui pro acampamento, descobri que tinha um irmão, tenho um namorado, meu irmão foi...

- Ei? Arya? – Connor me tirou dos meus pensamentos. – Está tudo bem? – ele colocou as mãos em meus ombros.

- Ãn... sim... porque? – falei um pouco confusa.

- Porque você está ai parada tem cinco minutos...? – respondeu Diuly.

Pisquei algumas vezes, e quando me dei conta estava em frente a um bosque, denso e estranho. Nada do que você esperasse encontrar em Orlando.

- Ah, nem percebi que estava aqui... eu estava pensando em... – parei, e comecei a olhar para o bosque detalhadamente.

- Pensando em...?

- Nada. – respondi – Bem, deve ser aqui.

- Provavelmente.

- Avante! – comecei a andar para dentro do bosque.

Olhei para trás para ver se todos me acompanhavam, e continuei.

O canto de passarinhos ecoando pelo bosque, e o som de nossos passos de encontro com galhos e folhas secas eram os únicos barulhos dali.

Diminui a velocidade dos meus passos, e aos poucos todos estavam do meu lado.

- Continuem em frente. – ordenei, e Percy e Annabeth me passaram.

Senti alguém pegar meu pulso e apertar com força. Logo me puxando. Graças aos deuses era o Connor.

- O que foi Connor? – perguntei encarando aqueles olhos perfeitos.

Eles simplesmente me beijou. Um beijo carinhoso, e talvez, com um pouco de receio. Coloquei as mãos no seu cabelo. Ele colocou a mão na minha nuca me impossibilitando parcialmente de nos separarmos.

Assim que terminamos de nos beijar, ele me abraçou e afundou o rosto no meu ombro.

- Connor... temos que ir... – falei. – O que foi?

- Eu... eu estou com medo do que pode acontecer.

- Nada vai acontecer amor...

- Arya... me prometa que vai tomar cuidado. Não vai fazer nada por impulso.

- Prometo. – menti – Mas não juro pelo Estige. – cruzei os braços.

Ele bufou.

- Acho que...

- Sabe o que eu acho? Que é melhor irmos logo. Se você não reparou – apontei para o pessoal que nos esperava  a mais ou menos dois metros de distancia – estão todos parados prestando atenção na nossa conversa, – falei mais alto para que escutassem – nos esperando. Temos que pegar as pedras.

- Vamos. – ele disse passando o braço em volta de mim.

 Andamos uns dez minutos, até ouvirmos vozes.

- Ei, cara. Não da pra acreditar. Isso é sério? – uma voz de garoto dizia.

- É verdade. Agora... CALE-SE! Não vim aqui para contar histórias.  – dizia uma voz um pouco mais severa e nervosa, mas ainda sim de outro garoto. – Vim aqui para vigiar isso!

Nos escondemos atrás de arvores.

- Mas, talvez eles nem cheguem aqui. – disse o menino.

- Como não? Tem uma filha de Atena com eles. E com certeza aquela Coruja deu com a língua nos dentes pra filhinha dela.

Achei que Annabeth estragar tudo, se mostrando e tentando mata-lo. Mas, graças aos deuses, o Percy a segurou.

- Ei... – falei pro Connor que estava na mesma arvore que eu – vou para uma arvore mais pra frente. – ele fez sinal negativo com a cabeça – Preciso ver quem é, acho que conheço essa voz.

Nem dei tempo para ele questionar mais. Sai correndo para a arvore mais perto.

Olhei para onde vinham as vozes.

Dois garotos trajados com armadura dourada e fortemente armados, estavam sentados, cada um em uma pedra, discutindo.

Fiquei com medo de um deles me ver, e parei de olhar por alguns segundos, apenas ouvindo.

- Mas deuses não podem interferir na vida de seus...

- Ah, tanto faz. Não me importo. Eles vão morrer.

- Menos a filhinha do Caveira.

- Menos ela. – concordou a voz severa.

- Mas eu queria muito mata-la... – ah, valeu ai cara – ela é tão... petulante, rebelde e...

- CHEGA! Não vamos matar a rockeirinha, – revirei os olhos – não importa o quanto você reclame. As ordens foram bem claras...

Espiei de novo, agora com mais calma, e vi que o garoto da voz severa era o Jeremy.

- Mas o que...?

Voltei minha cabeça pra de trás da árvore rápido, achando que ele tinha me visto.

Minha cabeça trabalhava a mil, pensando em um plano. Mas, eu não deixava de pensar o que teria dado no Jeremy ? Porque diabos ele estava fazendo aquilo?

Senti alguém tocar meu ombro, dei um salto e quase cai. Se o Percy não tivesse me segurado.

- Calma ai. – falou.

- O que você quer?

- O que você esta vendo ai?

Bufei.

- Aqui não é o lugar certo para conversarmos. – o empurrei – Avise aos outros para nos afastarmos um pouco daqui.

Ele me encarou com aqueles olhos verdes por um tempo, mas logo assentiu e foi de encontro aos outros.

Olhei Jeremy mais um pouco, e sai.

Nos reunimos a alguns metros de distancia do local, distancia suficiente para que não nos ouvissem.

- Então? – perguntou Connor.

- Dois garotos estão vigiando as pedras. – falei.

- DOIS GAROTOS? Ah, por favor. Essa vai ser fácil. – zombou.

- Não, não vai. – disse Annabeth – Provavelmente, eles são apenas uma distração, e mesmo se forem, devem ser treinados muito bem, e estão fortemente armados...

- Diferente de nós. Que saímos de um shopping e viemos pro mato. – comentei.

Percy abriu um sorriso, que logo se desfez por um olhar furioso da Annie.

- Então...? o que nós vamos fazer? – perguntou Diuly.

- Ãn... vão embora. Eu cuido disso. – disse.

- Maluca ela né?

- Tudo bem, vamos enfrenta-los então... eu ... posso chamar uns esqueletos se as coisas engrossarem.

- E se você não conseguir? – perguntou Diuly preocupada.

- Detalhe. – balancei as mãos com desdém. – Temos que arriscar. Não vejo outro plano.

Senti gotas caírem no meu nariz.

- Ah, merda. – reclamou Connor – Tinha que chover numa hora dessas.

- Não vejo como... – Annabeth analisou o céu – o sol estava forte.

Percy me olhou. Mas não deixou que ninguém percebesse.

- Ignorem a chuva. – Percy disse – Temos que bolar um plano.

- Podemos nos dividir em duplas. – sugeriu Diuly.

- Mas um ficaria sozinho. – argumentei.

- Eu posso ser o que fica sozinho! – comentou Percy.

- É pode ser... – os olhos de Annabeth eram fixos no chão – eu e Connor, Diuly e Arya e o Percy sozinho.

- Ta legal... mas ... porque foi dividido dessa forma? – meu namorado perguntou.

- Você quer dizer: porque nós dois não ficamos juntos? – corrigi.

- Porque Arya, você é muito distraída. E ir em casal, só te distrairia  mais... enfim...

- Ei, eu não sou tão distraída assim...

- ... como não estamos em vantagem, todo cuidado é pouco.

- Ta, ta... então vamos né?

- Eu e Connor vamos por aqui. – Annie apontou para a esquerda e depois para a direita – E você e Diuly por ali.

- E eu?

- Você, Percy, vai por aqui mesmo. E espera o sinal.

- E qual vai ser esse sinal?

- Vocês vão ver. – ela apenas disse e saiu andando.

Connor ficou parado, me olhando.

- VAMOS! – Annabeth gritou, mas ele estava imóvel.

Mexi os lábios formando a palavra: “cuidado”

Ele me abraçou, e eu falei em seu ouvido:

- Vai.

Ele assentiu e foi.

- Cuidado ein Percyto. – falei.

- Você também.

X

Lá estava, eu e Diuly, - que um dia já fora minha amiga. Mas que agora, eu tinha uma raiva sem explicação. – andando no meio do mato, indo para nossas posições, em um silencio desconfortável. 

- Vê se não vai dar uma de intelectual no meio da luta e começar a ler um de seus livrinhos.

- Ora Arya, por favor... – suspirou.

- O.K, só garantindo.

Eu adoro implicar as pessoas. Mas não gosto quando me implicam, deixando claro. Aquele ditado: “não faça com os outros, o que você não gostaria que fizessem com você” não se aplica a mim de forma alguma.

Enquanto eu pensava em mais ditados idiotas. Chegamos no lugar onde ficaríamos pelos próximos cinco minutos.

Me escondi atrás de uma arvore – de novo – e Diuly se abaixou atrás de uma pedra.

- Que droga! – exclamei.

- O que?

- Não consigo vê-los.

- Não era pra conseguir mesmo. Só vamos ataca-los quando a Annabeth der o sinal.

- Ah, ela não é minha mãe. E vendo eles eu me sinto mais “segura”. – fiz aspas com as mãos.

- Então o que você vai fazer?

Olhei para cima, procurando lugares para me apoiar.

- Fiquei abaixada. Eu vou subir na arvore. – coloquei uma mão e um pé na arvore. – E CUI-DA-DO. Já deixa a espada, ou seja lá o que você usa, preparado.

- O.K. Cuidado pra eles não te verem.

Revirei os olhos. E comecei a subir.

X

Apenas digamos que ficar em uma arvore por quinze minutos esperando  uma filha de Atena dar um sinal que você nem sabe qual é, para poder entrar em uma luta, não é muito confortável.

- Ah que droga! – murmurei irritada – Onde esta a Annie?

- Fala baixo ai. – falou Diuly.

- Ah ta. – eu não ia mais esperar. Dane-se o plano. – To descendo.

Desci, ajeitei minha roupa. E respirei fundo.

- O que você...?

Nem dei tempo da Diuly terminar de falar. Sai correndo na direção dos meninos.

- EI . IDIOTA! VOCE VAI ESTRAGAR TUDOO! – ouvi Diuly gritar. Mas ignorei.

Olhei para o outro lado, e vi um vulto correndo para a mesma direção que eu. Quase na mesma velocidade. Algo na minha cabeça me mandava parar, mas quem disse que eu faço tudo o que pedem?

A medida que eu ia me aproximando do “campo”, a pulseira que Eros me deu brilhava cada vez mais forte. Se estivesse a noite seria uma ótima lanterna.

Transformei meu pingente em uma espada assim que pisei no “território inimigo”.

Jeremy me lançou um olhar mortal, seus olhos se arregalaram. Mas logo sua expressão voltou a ser a mesma: fria e debochada.

- Ora, ora... olhe quem veio nos fazer uma visitinha Braian. – ele disse ao menino – Veja se não é a senhorita Spenc.

Sorri sarcasticamente como de costume.

- Prazer em revê-lo Jey. – apertei o cabo da espada com força. Eu estava com um pouco de medo. – E é um prazer em conhece-lo ... ãn... Braian.

O tal Braian se levantou.

- Pena que eu não possa dizer o mesmo. – Braian disse se aproximando de mim.

Ele partiu pra cima de mim, e tentou me acertar. Mas eu chutei seu estomago fazendo com que ele desce alguns passos para trás com a mão na barriga.

O que aquele garoto tinha contra mim?

- Maluco... – murmurei – Mas então Jey... o que faz por aqui?

- Ah. Sabe. O de sempre. Cuidando de umas coisinhas, esperando algumas pessoas para matar. – ele falou enquanto passava a mão na lamina da própria espada. – Mas, como eu previa, não tive que esperar muito. Arya Spenc sempre chega antes.

- Hum... sei... achei que... bem, fossemos amigos. – comentei.

- Bom. JÁ FOMOS. Não somos mais.

- Mas... você é um mortal...

- ERA. Depois da morte da minha mãe, um homem me procurou. E me fez uma oferta... – ele parou olhando profundamente nos meus olhos. Não parecia ser ele.

E além do mais, olhos de pessoas não são da cor prata. A não ser que você faça parte do X-Man.

Suspirei. Eu realmente, do fundo do coração. Queria que ele voltasse a ser o mesmo de antes.

- Que tipo de “oferta”?  Pode me contar?

Algumas gotas de um inicio de chuva caíram no meu nariz. 

- Ele não está aqui para contar sobre a vida dele! – interrompeu-nos Braian.

Me deu uma vontade de matar aquele garoto. Fui pra cima dele. 


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Notas finais do capítulo

Entãão? Me falem o que acharam. Um simples: "Li, ou gostei ou não gostei". O dedo vai continuar no mesmo lugar ;D
E... quem quiser me recomendar alguma fic (pode ser a sua) me envie por MP.
Mas quatro reviews eu continuo ;** Bjs



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