Más Intenções - Litor escrita por Mari W


Capítulo 59
Capítulo 59 - Até Mais




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Vitor desistiu de tentar distrair Robson ou trancá-lo em algum lugar, então decidiu pedir autorização para Mathias, que o fez jurar que teria juízo e não botaria bebidas no meio. Lia passou o dia todo com Ju e Gil, passeando pela cidade, enquanto Vitor contava com a ajuda dos colegas para organizar a última social do ano, no salão de festas do hotel.
A tarde passou rápido e os alunos começaram a se reunir no salão por volta das 20h. Chegaram muito aos poucos, sendo que Lia, Gil e Ju foram os últimos a se unir ao grupo, apenas para ajudar Vitor com seu nervosismo.
Vitor ficava encarando Lia o tempo todo, aproveitando para chamar Fatinha para um canto assim que a viu livre do pessoal.

- Tudo certo?
- Sim, a Ju vai ficar com o Gil e eu... Vou ter que aguentar o Pilha, valeu!
- De nada. Você sabe que é por uma boa causa. – Vitor piscou para Fatinha.
- Você me paga, gatão. – O celular de Vitor tocava incansavelmente, com o nome de Sal no visor. Vitor apenas desligava. – Ainda com fobia de celular?
- Sim... Nada pode ser tão urgente a ponto de não poder esperar.
- Que pensamento tosco. – Fatinha olhou pro lado, vendo Lia desviar o olhar assim que foi pega olhando para os dois. – Hoje alguém vai se dar bem.
- Ela tava olhando pra cá?
- Sim.
- Ótimo.

Depois de um tempo que Vitor sumiu da festa, Fatinha chegou em Lia pedindo para ela buscar sua câmera no quarto delas. Mesmo com Lia teimando em não ir por preguiça, acabou indo até lá e dando de cara com Vitor, sentado na cama que ficava entre as outras 2 do quarto.

- Porque demorou tanto? – Disse Vitor.

Ele se levantou imediatamente, para ir de encontro a Lia. Colou os lábios nos dela, andando com ela pra frente e fechando a porta sem parar de beijá-la. Lia puxava os cabelos dele enquanto, com a outra mão, levantava a camiseta dele, a tirando rapidamente.

- Deixou de ser idiota, então? – Ela perguntou, dando uma mordida no lábio inferior de Vitor e o puxando de leve.
- Sim, eu não aguentava mais ficar longe de você. – Ele disse, botando o cabelo dela pra trás e encostando a boca no pescoço de Lia, dando leves chupões.
- Imagino que isso tudo tenha sido um plano seu. – Ela disse, sorrindo, enquanto segurava seus gemidos.
- Sim, ninguém vai nos incomodar hoje.

Lia e Vitor decidiram parar de se preocupar com besteiras e ficar juntos de uma vez. Voltaram da Argentina prontos parem irem como par, finalmente, na festa de fim de ano do colégio e formatura.
Lia havia passado na Federal para Jornalismo, enquanto Vitor havia conseguido passar para Direito tranquilamente, deixando todos surpresos. Ele não estava muito animado para cursar essa faculdade, mas não tinha mais nada em mente para fazer.
Lia ajeitava a gravata cinza de Vitor, da mesma cor do paletó, enquanto ele ficava encarando o vestido que Lia escolheu, ainda mais provocante que o da festa do meio do ano.

- Você quer me deixar louco com esses vestidos.
- Você disse um tempo que não ligava pra minha roupa.
- E não ligo... Mas é difícil não reparar no quanto você fica maravilhosa nesse tipo de roupa.
- Bobo.
- Melhor só sem roupas.
- Cala essa boca. – Ela sorriu, botando as mãos no rosto dele e dando um beijo calmo nos lábios de Vitor.
- Mas... Queria te perguntar outra coisa.
- Fala. – Lia disse, botando os braços ao redor do pescoço de Vitor, que a puxava pra mais perto pela cintura.
- Dá pra você ir como minha namorada nessa formatura, de uma vez por todas? – Assim que Vitor finalizou a pergunta, um sorriso surgiu nos lábios de Lia.
- Vou pensar.
- Pensa rápido.
- É claro, né!
- Acho bom! – Ele disse, dando um selinho nela.

Os dois partiram para a formatura, onde receberam seus diplomas e foram parabenizados por seus parentes. Lorenzo deu uma trégua a Vitor, o cumprimentando. Sal aplaudia, orgulhoso, o irmão se formar como orador da turma. Todos se abraçavam e choravam na cerimônia, e logo depois a festa começou, também no pátio do colégio.
Lia e Ju conversavam sobre os planos do futuro, quando Vitor chamaram suas respectivas namoradas para dançar.

- Bonito anel. – Disse Vitor, reparando que Lia havia voltado a usar o anel que ele tinha dado a ela no começo do ano.
- É... Um cara aí me deu.
- Ele era legal?
- Mais ou menos. – Ela sorriu, botando as mãos no ombro dele.
- Sabe... Um dia eu quero que você tenha um anel em outra mão... E que a gente tenha uma casa cheia de cachorros e crianças ranhentas.
- Começou bem, Vitor. – Ela riu.
- Mas sério. Eu quero um futuro com você, Lia. Eu tenho certeza que a gente seria muito feliz... Que a gente vai ser muito feliz. – Ele disse, fazendo ela sorrir. – É disso que eu tô falando. Como eu conseguiria viver sem esse sorriso, sabe? Eu te amo, Lia.
- Eu também, Vitor. Eu também. – Lia passou a mão no rosto de Vitor. – E finalmente a gente não vai ter problemas mais.
- Nunca mais.

No final da festa, Vitor deixou Lia em casa, explicando que precisava levar suas coisas de volta para a casa de Sal, já que havia decidido ir morar com o irmão de vez.
Assim que Vitor entrou no carro, Sal tirou o sorriso do rosto, deixando Vitor preocupado. Sal afrouxou a gravata e ligou o motor, dirigindo devagar. Vitor perguntava o que tinha acontecido, mas Sal apenas pediu para eles chegarem em casa. Buscaram algumas coisas na casa de Orelha e quando chegaram na garagem do apartamento, o irmão de Vitor finalmente começou a falar.

- Eu preciso conversar com você. Eu tentei te ligar durante a viagem.
- Ah, é! O que era?
- A senhora sua mãe jamais deixaria eu estragar sua formatura. Ela gostaria muito de ter vindo, Vitor.
- Eu sei... Ainda não entendi porque não veio. Mas porque “estragar a minha formatura”? Não tô entendendo, Sal.
- Vitor... Eu preciso que você fique calmo com o que eu vou te contar.

Dois dias se passaram sem que Lia conseguisse contato com Vitor, até que ela decidiu aparecer no apartamento de Sal, em busca de seu irmão. Ouviu a voz de Sal soar estranha pelo interfone, preocupada. Quando o elevador parou no apartamento de Sal, não entendeu nada ao ver tudo vazio, com algumas caixas em cantos estratégicos e um pessoal de mudança tirando as poucas coisas de dentro do apartamento.

- O que tá acontecendo, Sal? Vai se mudar pra outro apartamento?
- Mais ou menos. – Ele dizia, nervoso, enquanto mexia na aba de uma das caixas de papelão, sem conseguir olhar Lia nos olhos.
- Cadê o Vitor? – Ela perguntou, fazendo Sal fechar os olhos com força, demorando pra falar.
- Lia... Eu tô voltando pra Brasília. O Vitor já foi.
- Como assim?? O que tá acontecendo?
- A nossa mãe... – Sal olhou pro lado. – Ela tá com câncer.
- O que? – Lia disse, respirando devagar.
- É, é isso. De pulmão. O Vitor foi assim que soube, tive que manter ele aqui até antes de ontem pra não ir pra Brasília de moto na noite da formatura mesmo, quando eu contei. – Lia sentou no sofá, tentando assimilar a situação toda. – Ele tava com a cabeça quente, ia acabar dando acidente de novo.
- E qual o estado dela?
- É... É difícil falar, Lia. – Disse Sal, com lágrimas nos olhos. – Ela teve que aguentar uma vida toda de humilhação nas mãos do nosso pai, aquele imbecil. E agora acontece isso. O que uma pessoa faz pra merecer tanto sofrimento?
- Eu sinto muito Sal. – Lia disse, se levantando e dando um abraço apertado em Sal.
- Eu vou pra lá hoje, Lia. Mas eu já vou te preparar. O Vitor não gosta de distância. Eu não sei se ele vai te ligar, eu não sei em que mundo ele vai viver enquanto isso acontece. Mas eu sei que ele vai ficar em outro universo enquanto isso estiver acontecendo.
- O que você quer dizer?
- Eu quero dizer que... Que ele vai ficar lá, do lado dela, até não poder mais, Lia. Ele vai pirar, eu preciso ajudar ele. O que eu quero dizer é que... Não espere que ele te ligue ou dê notícias. Mas eu prometo que farei o possível pra convencer ele ou manter contato com a Fatinha. Ela mora do seu lado, não mora?
- Sim.
- Então... Eu vou avisar ela, a gente se fala por celular direto. Eu prometo que darei notícias, mas eu preciso que você já esteja ciente que ele tá em outro universo, Lia. Mas ele te ama muito, vê se não esquece disso e não fica com raiva dele.
- Pode deixar. Vou fazer o possível.


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Notas finais do capítulo

Galerinha linda, desculpem não ter entrado desde quinta e não ter cumprido com nada do que eu prometi, mas uns amigos de SP vieram em cima da hora e tive que ficar com eles durante o fim da semana e tal. Não vai prejudicar em nada o fim da fanfic, que terminará na sexta ainda. Espero que me perdoem!
Beijos!