My Heart Is Bleeding escrita por Mimia R


Capítulo 25
Atos Inconsequentes


Notas iniciais do capítulo

Hey gente, mais um capítulo. Pessoas, tenho que dizer, a fic chegou em sua reta final. Depois desse, só vão ter mais 3 capítulos!!! Oh Deus! Pois é!! Bom, espero que gostem e boa leitura!! :DD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/335400/chapter/25

Eu precisava extravasar tudo o que estava sentindo. E se nenhuma lágrima escorria pelo meu rosto, eu arrumaria outra forma de me esvaziar. Só não iria ficar ali naquele quarto sofrendo de algo que eu ainda não entendia. Por causa do Marcus ainda mais. Ele tinha deixado bem claro que só tinha se divertido comigo. Por algum motivo fiquei arrasada, mas pelo menos tinha esclarecido todas as minhas dúvidas.

 Eu passei o dia inteiro no quarto, contando cada segundo para que anoitecesse. Eu estava tão magoada, que uma fúria foi surgindo da mágoa também. E agora eu estava decidida que iria me vingar. Me vingar do Marcus por ele ter me trazido pra cá. Por ele ter me deixado morrer. Por ele ter me transformado em vampira. E por ele me arrasar como fez.

 Depois de tanto tempo agoniada, eu senti que a noite caiu. Tinha tomado um banho e nem isso me ajudou a esfriar a cabeça. Eu me preparei para encontrar o Marcus, porque com certeza ele estaria lá no salão e não iria me deixar sair. Eu saí do quarto e fui seguindo até lá. Tinham alguns vampiros, e como eu previ, o Marcus estava lá também.

 Eu caminhei até perto da saída e ele me viu. Obviamente chegou perto de mim e impediu minha passagem. Eu não olhei em seus olhos. Todos os vampiros fizeram silêncio, percebendo a tensão entre nós dois.

- Pensei ter sido bem claro quando disse que você não ia sair daqui. – Marcus disse.

 Eu ouvi alguém rindo e me virei para olhar. Era aquela vampira vadia. Eu nem pensei duas vezes. Cheguei tão rápido ao lado da vampira, que ela nem esperava. Agarrei o pescoço dela e quebrei. O corpo da vampira caiu inerte no chão. Todos os outros fizeram coro de choque. Eu olhei só para o Marcus. A expressão dele era de indignação e fúria.

- E eu digo que vou sair. Espero ter sido clara também. – Eu falei.  

 Percebi que ele ia vim para onde eu estava, mas eu fui primeiro até onde ele estava. O encarei sem pestanejar. Vi uma fúria ir crescendo mais e mais em seu rosto.

- Você está me desafiando? – Ele falou, sua voz carregado de ódio e até um pouco de ironia.

- O próximo vai ter o coração arrancado.

 Os vampiros ali começaram a murmurar. E alguns segundos depois um caos reinava. Todos diziam para o Marcus dar um jeito em mim, outros ainda estavam indignados demais para dizer algo. Era só o que eu precisava. E o Marcus sabia que eu não pararia de jeito nenhum.

 Ele não soube o que fazer exatamente. Ele olhava para dos vampiros para mim, e para eles novamente. Parecia confuso. Eu toquei em seu peito e o empurrei para abrir caminho para eu passar. Ele cerrou o maxilar com força, seu rosto transpassando fúria. Eu abri a porta de saída e depois olhei para ele.

- Você vai ter notícias minhas. – Falei e saí pela noite sem esperar para ver o que ele iria falar.

 Eu fui caminhando ate encontrar um lugar com árvores mortas, cheias de galhos. Arranquei um galho grande e só com minha força consegui a fazer uma estaca. Não ficou perfeita, mas mataria qualquer vampiro que fosse sortudo. Eu fiz três estacas e as guardei em minha calça e coturno. Depois fui atrás do primeiro vampiro que eu iria matar naquela noite.

 Não precisava de alguma desculpa, o primeiro que passasse pela minha frente estaria morto. E o segundo e o terceiro. E eu esperava que a notícia dessas mortes chegassem logo ao Marcus. Queria ver como ele lidaria com aquela situação. Aquele desgraçado! Na mesma hora em que pensava nisso, vi dois vampiros chegando perto de onde eu estava.

 Todos os vampiros sabiam quem eu era e era por isso que eles sentiam medo de mim. Mas eles não esperavam que eu fosse enfiar uma estaca neles agora que era como eles. Eles me viram e eu percebi que ficaram um pouco tensos. Eu estava parada ali, sozinha, parecia estranho demais. Me aproximei deles devagar. Eles pararam de andar e me olharam.

- Já se alimentaram hoje? – Perguntei.

 Os dois vampiros se olharam. Depois voltaram a olhar para mim. Minha expressão era totalmente vazia. Eles não responderam. Eu cheguei mais perto. Eles ficaram alertas, mas não fizeram nenhum movimento.

- Nós não precisamos conversar. – Eu disse. – Só quero que deem um recado para o Marcus. Vocês não tem que fazer nada, é bem simples.

 Os dois não estavam entendendo nada. Provavelmente achando que eu era louca. Eu segurei uma estaca que estava escondida na minha calça, e me preparei. Eles não perceberam.

- Eu me encarrego de todo o trabalho. – Eu falei e me joguei em cima de um deles. Ele não teve tempo para se defender e eu enfiei a estaca bem no peito dele.

 O vampiro soltou um grito alto de terror. Depois foi caindo no chão até ser só um cadáver. Eu arranquei a estaca do peito dele e me virei para o outro vampiro. Ele estava indignado com o que tinha visto. Mas se preparou para lutar comigo.

- O que você fez, sua desgraçada?! – Ele rosnou. Suas presas já expostas para mim.

 Eu fiquei com raiva e minhas presas cresceram também. Dei um passo em direção a ele.

- Eu só fiz meu trabalho. – Falei e fui para cima dele.

 O vampiro desviou de mim. Ele me agarrou por trás. Eu consegui dar um golpe nele e me soltei. Mas quando virei para ele, vi que ele tinha pegado uma das estacas da minha calça e estava com ela bem firme nas mãos. Eu balancei a cabeça de um lado para o outro.

- Isso é meu. – Eu falei e avancei até ele novamente.

 Eu estava tão desesperada para acabar com ele, que me distraí a ponto de ele conseguir enfiar a estaca no meu ombro. Eu soltei um grito, mas a dor que eu sentia só meu deu mais fúria. O vampiro começou a correr para longe, mas eu consegui alcançá-lo. Dei um chute no maxilar dele, fazendo-o cair no chão. Eu puxei a estaca que estava em meu ombro e soltei outro grito, mistura de dor e ódio. Depois olhei bem nos olhos assustados dele.

- Espero que seja bem recebido no inferno. – Falei e enfiei a estaca no peito dele.

 O vampiro não gritou como o outro. Ele não foi pego de surpresa, e por mais que sentisse dor, percebi que ele era orgulhoso o suficiente para não demonstrar. Dei um sorriso para ele, mas ele já era só um corpo morto embaixo de mim.

 Eu olhei os dois vampiros mortos ali, e pensei no que ia fazer com os corpos. Resolvi deixar eles expostos ali mesmo, seria mais problema para o Marcus. Saí de lá e comecei a caminhar em direção a cabana para me encontrar com o Tony.

 No caminho fui tentando me acalmar um pouco, eu estava bem eufórica e meu ombro doía, mas o ferimento estava se curando.

 Eu não queria que o Tony me visse assim, mesmo que eu tivesse matado vampiros, o que era o normal para ele. Eu puxei o ar algumas vezes para ver se ajudava. Comecei a ficar um pouco menos insana.

- Você não sabe o que está fazendo. – Uma voz de menina falou.

 Eu me virei para trás imediatamente, alerta. E fiquei surpresa ao me deparar com aquela vampira que eu tinha conhecido lá no covil quando estava presa, a mesma que tinha me ajudado um pouco. Fazia muito tempo que eu não a via e tinha até me esquecido dela. Eu franzi a testa.

- Você não pode matar vampiros só porque quer. – Ela falou.

- E o que você vai fazer? – Perguntei. Eu não estava com nenhum pouco de medo dela, mas por algum motivo agora eu sentia que devia respeitá-la, não sabia por quê.

- Esses seus atos vão desencadear consequências. Tanto para você como para o seu criador.

 Algo dentro de mim se remexeu ao pensar no Marcus. Mas eu ignorei. Era isso mesmo que eu queria, não era?

- Olha só, é melhor você ir embora antes que eu me esqueça de que um dia você me ajudou, e enfie uma estaca no seu coração morto também.

 A vampira, que olhando agora eu achava que devia ter uns 15 anos no máximo, ficou me analisando por mais algum tempo. Depois desapareceu na noite, sem dizer mais nenhuma palavra. Eu me virei e continuei meu caminho até a cabana.

 Eu cheguei e olhei ao redor para ver se Tony esperava em algum lugar. Mas ele não tinha chegado ainda. Peguei a chave da porta no bolso da minha calça. Abri e entrei. Ascendi as luzes.

 Eu estava parecendo um robô, fazendo tudo automaticamente. Minha cabeça estava naquela vampira. Eu tinha sentindo que devia respeito a ela, eu tinha sentido o poder que ela emitia. Fiquei encucada com aquilo. E foi tarde demais que eu fui ouvir todos os corações que estavam batendo ao meu redor.

 Várias pessoas começaram a sair dos cantos da cabana. Todos caçadores apontando, cada, um atirador de estaca para mim. Eu arregalei os olhos surpresa. Mesmo que eu fosse lutar, ou eu ia acabar morrendo ou no mínimo sairia dali muito machucada.

 Eu olhei para cada um e os reconheci do ‘Estaca de Sangue’. Eles pareciam um pouco assustados comigo, mas não vacilaram. Eles sabiam que eu não era mais uma deles, e sim um monstro que eles foram treinados para matar.

 Minhas presas cresceram, mas foi só força do hábito mesmo. Eu não queria machucar nenhum deles e sabia que não tinha chances. Fiquei parada e comecei a pensar no Tony. Ele tinha planejado uma armadilha para mim com o ‘Estaca de Sangue’? Não sei se me doeu mais saber dessa traição, ou as palavras do Marcus no dia anterior. Tudo me deixou com raiva.

- Não resista, Joyce. – Eu reconheci a voz que veio por trás mim. – É melhor.

 O Sr. Kadan estava no comando da operação, claro. Então era realmente algo grande. Não sei por que, mas resolvi fazer o que ele disse. Depois disso senti duas mãos agarrarem minha cabeça e quebrarem meu pescoço.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Gostaram? Pois é, a fic já está bem perto do fim, só mais 3 capítulos pela frente. Como será que as coisas vão e desenrolar em? Mandem REVIEWS, REVIEWS!!! :DD