Raito vasculhava as estantes da biblioteca do QG em busca do livro que continha as anotações que L pediu.

- Flash Back-

- Yagami-kun, poderia pegar as anotações que deixei dentro de um livro de economia? – pediu o detetive gentilmente enquanto comia um pedaço de bolo.

- Eu não, pegue você, Ryuuzaki.- falou o moreno disfarçando o olhar irritado.

- Por favor, estou muito ocupado,e você não está fazendo nada.

- Como não estou fazendo nada? ARGH... Quer saber,vou lá pegar, assim você se cala. – levanta bruscamente e sai resmungando palavras incompreensíveis.

- Como ele é folgado, em vez de levantar-se da cadeira e vir aqui pegar, eu,futuro rei do novo mundo tenho que vir, quanta insolência. – irritava-se só de lembrar.

- Flash Back off-

Seus olhos passeavam pelas estantes, lá havia uma diversidade de textos, mapas e pergaminhos, todos certinhos e enfileirados.Havia muitos livros interessantes.

-  Até que aquele estranho não tem um gosto tão ruim.- pensa

 Mas retira o que disse,depois de ver revistas pornôs escondidas por entre os livros de budismo.

Procurou a ala de economia e se deparou com uma imensa estante.

- Vou ficar horas aqui procurando, realmente,esse Ryuuuzaki. – se irritando ainda mais.

Já estava a ponto de ir xinga-lo de todos os tipos de palavras de baixo calão que existe pois não estava achando o tal livro.Até que esbarra na estante,caindo tudo em cima dele e nisso revela vários papeis que estavam escondidos.

- Finalmente achei. – dizia orgulhoso –

Já saindo do recinto decide dar uma olhada, mas percebe que aquilo não era um simples texto manuscrito,e sim parecia mais com uma estória.

O papel estava meio rasgado e velho,provavelmente deveria ter escrito há algum tempo.

- Será que Ryuuzaki escreve estórias em seu tempo livre? – Raito se perguntava – Não consigo imaginar isso.

Após um tempo rindo ele decide ler,já que a curiosidade estava insuportável. Sem perceber,começar a ler em voz alta.

***

 “ Havia um reino as margens do oceano, ninguém de fora se atrevia a se aproximar,pois todos temiam seu soberano,que era um pequeno garoto de 14 anos chamado Near.

Ele era uma pessoa muito má que não se importava com ninguém,além de si próprio. Tinha tudo: poder,riqueza e beleza. Se faltasse dinheiro mandava seus subordinados tirarem do povo,pois é pra isso que eles serviam.

O único em que ele confiava era seu leal servo Lawliet. Ele fazia tudo que o príncipe mandava e era capaz de dar a própria vida por ele.

Near estava sentando em seu trono,ouvindo reclamações de uma mera camponesa.

- Alteza, estamos sem dinheiro, por favor nos ajude – implorava entre lágrimas.

- Se você não tem dinheiro o problema não é meu, apenas trabalhe mais. – responde friamente.

- Mas...

- CHEGA! – irrita-se - Agora, ajoelhe-se a mim!

Flor do mau,
Que florece caprichosamente,
Com um colorido tão vivo,
E mesmo as ervas que querem ficar,
Elas vão morrer de qualquer modo e lhe alimentar.

- Está na hora do chá, Alteza. – dizia seu servo entrando no recinto onde o jovem estava.

- Oh, claro. Aliás, quero comprar um cavalo de sangue-puro, então mande aumentar os impostos. – dizia Near  tomando seu chão,tranquilamente,enquanto olhava o sofrimento do seu povo pela janela da sua imensa varanda.

- Como quiser. – disse o servo recebendo um beijo em cada lado da bochecha  e logo depois um sorriso timido de Near.

Ele adorava aquele sorriso, tão doce;sempre amou o principe mas ele amava outro. Seu nome era Mello,ele era o principe azul do pais vizinho.

- Ouvi dizer que meu amado escolheu o principe Matt do reino verde , isso é verdade? – disse interrompendo os pensamentos do servo.

-Sim, Alteza.

- Como ele ousa? Já que é assim...- se aproximou de Lawliet e murmurou – Destrua o reino verde!

- Como desejar – diz olhando o semblante insano na face do outro-

Então como ordenado o Reino Verde foi destruido, casas queimadas, vidas sacrificadas o sofrimento pairava pelo reino.Isso não afetava o principe,pelo contrario,aumentava ainda mais seu sorriso e entristesia ainda mais o servo.

Flor do mau,
Que florece caprichosamente,
Com um colorido tão maníaco,
Mesmo que ela seja uma flor tão bela,
Ela tem espinhos demais e não pode ser tocada.

Depois da terrivel noticia ter chegados aos ouvidos do povo do reino, todos desconfiam do principe,pois ele seria o unico capaz de fazer tal atrocidade.

Então todos enfurecidos com tal ato,decidem fazer o principe pagar por tudo que fizera  até aquele dia,e com a ajuda das pessoas que restaram do Reino Verde cercam o luxuoso castelo. Todos os seus empregados haviam fugido do castelo,e seu leal servo fora também.

O principe não tinha como se defenderer,então finalmente  fora preso.

Flor do mau,
Que florece caprichosamente,
Com um colorido tão caótico,
O paraíso que ela criou para ela mesma,
Se mostrou o inferno que era para os outros.

E assim,ele seria punido as três horas.Quando os sinos batessem era chegada a hora da raiva acumulada se desipar diante do sofrimento do governante,daquele pequeno reino.

As nuvens carregadas prontas para despejar suas lágrimas de tristeza,ou seria alegria?

Ouvindo o badalar dos sinos o principe olhou para o céu e apenas disse:

- Ah, hora do chá!

E fora calado com o fincar da adaga em seu peito.

Flor do mau,

Que floreceu caprichosamente,
Sem o colorido tão caótico,
Agora que o povo reagiu sem pensar duas vezes,
A filha do mal colheu o que plantou.”

                                                           ***

Raito pronuncia a ultima palavra praticamente chorando.

- O que eu estou fazendo? – diz,limpando as lágrimas que teimava em cair – Melhor eu sair daqui,esse lugar não deve estar me fazendo bem.

Ao dizer isso, se retira do local caminhando lentamente de volta a sala em que o impaciente Ryuuzaki estava.

- Então, achou as anotações, Yagami-kun? – diz brincando com os cubos de acúçar.

- Err...