Sombras Ao Vento escrita por Ella NH


Capítulo 30
Especial 3: "Sombras ao vento"


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal.
Aqui vai o filme que é a base de toda a história!
Ao conhecer o enredo do filme. Creio que algumas peças vão se encaixar. Caso isso não ocorra vocês serão capazes de entender todo o desfecho do caso ao ler o enredo do filme.
Gostaria de agradecer a todos vocês que lêem e acompanham a história!
Muito obrigada! Rsrsrsrsrs



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A pequena ruiva que deveria ter entre 8 e 10 anos corria por uma grande fazenda entre a plantação de trigo alta e dourada no campo como se aquela corrida demonstrasse sua liberdade, o sorriso infantil com lindos dentes brilhantes demonstravam a clara felicidade explicita também em seus olhos azuis turquesa. A risada infantil tomava conta do ambiente enquanto seus cabelos vermelhos deixavam para traz um rastro flamejante na mesma direção do vento. Num momento de encantamento e alegria a menina fechou os olhos enquanto ainda seguia correndo. Isso a impediu de ver seu caminho e acabar por esbarrar em alguém interrompendo assim sua corrida e retirando bruscamente o sorriso de seu rosto. A menina do chão, onde havia ido parar devido o impacto entre os dois corpos, encarou o que havia atrapalhado a sua diversão com curiosidade. Um garoto de lindos olhos verdes e o cabelo castanho claro que devia ser um pouco mais velho dois ou três anos estava em pé na sua frente e ele dirigiu um sorriso amigável com belos dentes radiantes a ruiva caída e uma mão para ajuda-la a levantar, ele a ajuda se levantar que aceita sem pestanejar e ainda segurando a mão dele a pequena ruiva lhe devolve o sorriso feliz tendo a câmera focada em seu rosto.


A fazenda ao fundo e a pequena ruiva sumiam dando lugar a Kushina Uzumaki correndo novamente pela fazenda com o título do filme aparecendo na tela: “Sombras ao vento.”

O título some e a ruiva continua o seu caminho, tendo o seus cabelos levados pelo vento e sentindo a brisa em seu rosto e tendo o trigo batendo-lhe na altura da cintura. Não resistiu em fechar os olhos como que para sentir melhor o vento em seu corpo. Assim como na primeira vez, seu caminho foi interrompido e a força do impacto a fez cair no chão.

—Correndo de olhos fechados novamente, Sumi? —O menino, agora um homem, a olhava com os olhos verdes demonstrando diversão, o que fez a ruiva sorrir.

—Eu não poderia evitar, não concorda Kunio? —A ruiva mantinha seus olhos brilhantes brincando com o homem. Arrancando assim risadas do mesmo.

—Não mesmo! —Ele concordou com pesar fingido. E logo voltando a gargalhar. A mulher levantou perdendo o sorriso. E uma expressão triste estampava-se em seu rosto logo perdendo o brilho do olhar.

O homem a encarou seriamente como que prevendo o assunto em que a mulher entraria.

—Ele não permitiu, estou certo Sumi? —O rapaz a questionou irritadiço.

—Não… — Ela disse com a cabeça baixa. Os olhos da moça já começaram a ficar marejados e a dor se aconchegava m sua expressão.

O homem fechou a mão. Os nós dos dedos se tencionavam enquanto a raiva escapava por cada poro do corpo de Kunio. A menina o encarou preocupada, mas a dor não foi deixada de lado.

—Eu disse que deveria ter sido eu a falar com seu pai! Ele nunca permitiria a nossa união Sumi. Você conhece que a rixa da nossa família existe a anos! —Kunio se controlava para não berrar com a mulher a sua frente que se encolhia ao sentir a aura do amado.

—Se você fosse poderia ter sido pior! Mas isso não é nada… Ele disse que eu não deveria perder meu tempo com você e que… e que…—A voz da mulher estava sensível como cristal. Era como se com a menor perturbação ela fosse quebrar. E era assim que o coração da menina parecia estar: A ponto de quebrar-se!

Vendo a hesitação da menina Kunio se preocupou. O que poderia ser de tão ruim para a menina/mulher se comportar daquela maneira?

—‘Que’ o que, Sumi? —A raiva dava lugar a preocupação na voz de Kunio.

A primeira lágrima rolou na face pálida da jovem ruiva, traçando seu caminho em direção ao solo deixando um rastro marcando o desespero, a dor, a preocupação, a decepção, e o maior de todos: o medo.

—Que… —Ela suspirou entre os soluços que se iniciavam. —Eu terei que me casar com qualquer outro. Papai disse que era para se assegurar de que nós jamais fiquemos juntos. —A dor transpassava a voz de cristal e como se levasse um soco o cristal partia-se em milhões de pedaços como o coração de Kunio. Como o coração de Sumi.

Depois de alguns minutos para a apreensão dos fatos a primeira ideia de Kunio se passou na mente.

—Vamos fugir…—O rapaz sussurrou como se tivesse medo de quebrar o silêncio.

—Como? —A mulher ainda chorando questionava também entre sussurros, mas era como se sua voz estivesse fraca. Como se a dor no seu coração fosse tão forte que ela não tinha forças nem pra falar.

—Nos anos em que fiquei fora, trabalhei na cidade e ganhei algum dinheiro. Podemos nos casar e morarmos na cidade onde posso voltar a trabalhar e comprar uma casa. —Ele ainda sussurrava, mas agora o brilho em seus olhos demonstrava sua animação com a ideia.

—Mas Kunio… Não podemos nos casar sem a autorização de meu pai! —Ela ainda questionava a ideia. Tinha medo! Muito medo!

—Eu tenho alguns amigos lá. Um deles é muito rico e possui um grande navio. Eu posso pedir ajuda a ele. Nós navegamos para outro país e nos casamos por lá. Depois voltamos para o Japão. Ele consegue isso para nós! Confia em mim Sumi! Eu posso fazer isso! —Ele falava com tanta convicção… A expressão da ruiva se tornava hesitante, mas tentada a aceitar e num misto de coragem e amor ela lhe acenou em concordância tirando um lindo sorriso do rosto do homem.














O rapaz e a moça desembarcaram rapidamente em solo Europeu. Na tela aparecia em letras garrafais o ano e o país: 1937, Inglaterra. A tensão pairava no ar, a ameaça de guerra tornava o clima pesado, era como se o oxigênio faltasse nos pulmões dos europeus, como se todo o continente segurasse suas respirações em temor para o que parecia não tardar a conhecer. O olhar amedrontado e inseguro podia ser notado até mesmo nas crianças. O jovem casal observava a tudo com olhos receosos. Uma convicção podia ser visto nos olhares: Eles não ficariam ali por muito tempo!






Foi difícil despistar os homens do exército, mas eles não ficariam ali por muito tempo. Uma coisa a guerra os ajudou. O desespero era tão grande, que as igrejas não pareciam dificultar muito para um casamento. Eles entraram numa pequena fila com alguns outros casais e se casaram no mesmo instante. Logo voltaram para a embarcação, para voltar para alto-mar e fugir do pré-guerra na Europa.

O clima antes do estouro da Segunda guerra mundial fora bem retratado no filme e bem relatado ao mostrar a saída do casal de protagonista do continente logo que o casamento fora encerrado. Aquilo conquistara muitos intelectuais da época para assistir o filme sendo colocado na lista cultural de muitas escolas, o que rendeu outro prêmio internacional ao filme, trazendo ainda mais sucesso para o nome de Kushina. A caracterização dos personagens também era muito realista. Desde os vestidos simples e comportados em cores sóbrias e muitas vezes desgastados usados por Kushina e as mulheres do filme até a calça, camisa, suspensórios e até mesmo boinas e chapéus usados pelos homens. A bagunça típica de um ambiente pré-conflito era colocada até mesmo na ausência de cores vivas no cenário ou nas expressões cansadas das pessoas. Um excelente trabalho por parte da produção e uma revolução se considerarmos a falta de tecnologia na época em que o filme foi feito.










A ruiva corria pelo convés do Iate feliz e alegre mais parecendo uma criança. Ela se sentia encantada por cada mínimo detalhe. Inspirava fortemente o ar com o característico cheiro marítimo, observava as ondas se quebrando enquanto a embarcação cortava a água por onde passava, olhava curiosamente as gaivotas que cortavam o céu azul de verão tudo com um brilhante sorriso estampado no rosto mostrando a felicidade e o encantamento tudo em um simples olhar acompanhado de um sorriso deixando claro por que era considerada a maior atriz japonesa de todos os tempos. A expressão era tão real que parecia que ela realmente vivia aquilo, e não que ela estava simplesmente atuando. Ao longe Kunio observava a ruiva com um pequeno sorriso no rosto. Logo via-se a ruiva correndo pelo convés sobre o ponto de vista de Kunio, tornando assim a cena ainda mais romântica.










A casa simples e com um tom branco predominante se revelava na casa tipicamente japonesa. O ano e o país apareciam na tela mais uma vez. Era 1940, Japão. A mulher ruiva abria a correspondência do marido com um sorriso temeroso enquanto pensava em seu marido. Aquela era a carta que ela tanto temia. A aliança de casamento brilhava sutilmente na mão da ruiva deixando claro o voto que ambos haviam feito um para com o outro e acima de tudo para com Deus. Lendo o conteúdo da carta ela empalideceu. Era o requerimento de comparecimento de Kunio pelas forças armadas do país. Ele deveria se apresentar assim que lesse a carta. E assim ela tomou a decisão! Jamais deixaria que o marido arriscasse sua vida depois de tudo que ele fez por ela, depois de tudo que deixou por ela. Era hora de retribuir o favor e assim Sumi foi a guerra tomando o lugar do marido.



Toda a retração era fiel à história e o cenário era extraordinário, digno do prêmio que veio a ganhar. Até mesmo o olhar e a tensão que parecia pairar no ar dava um tom de pura realidade no filme. Kushina se saia bem no papel demonstrando tudo e muito mais que uma guerra provocava desde o recebimento da carta até a triste morte de sua personagem.








O rapaz corria desesperado pelo corredor do quartel. Era 1941, Japão. Fora convocado imediatamente após a notícia do ataque Japonês a ilha norte-americana de Pearl Harbor.



O desespero e a preocupação estavam estampadas em sua face, mas uma pitada de esperança ainda habitava em seus olhos. A cena fazia parecer que ele realmente acreditava que a esposa podia estar viva.

Ele irrompeu a sala na qual havia sido chamado. O olhar que esquadrinhava o cômodo procurava o olhar da bela ruiva de olhos azuis e o não encontrar aumentava o desespero, mas a esperança ainda podia ser vista.

A voz do general parecia ressoar pelas paredes como se fossem mil vozes falando e isso fazia o coração de Kunio se apertar ainda mais em seu peito.

—Eu sinto muito, mas sua esposa foi uma das vítimas do nosso ataque, mas ela morreu em honras ao seu país e será lembrada pelo seu ato de bravura. Será vista como heroína em abdicar das regras da nação e dar a vida por seu país. —A seriedade e a ausência de sentimentos na voz do homem abafou qualquer sorriso que foi dirigido ao rapaz.

Kunio caiu de joelhos enquanto sua expressão era a de alguém que não acreditava na notícia. Seus olhos refletiam toda a dor que se colocaria no coração de alguém que passasse pela situação em que ele se encontrava. Lágrimas de desespero corriam por sua face uma vez que seu coração se quebrava em milhões de pedaços.

A vista do rapaz foi escurecendo sendo impossível de enxergar qualquer coisa do lado de fora, mas nada de lá mais importava. Afinal ELA não estava mais. Um feixe de luz se colocava na tela enquanto a mulher ruiva aparecia em seu vestido branco correndo pelos campos de trigo. Um sorriso iluminava seu rosto e os olhos possuíam um brilho infantil. Ela o encarava amorosamente convidando o gentilmente para correr com ela. A mão onde a aliança repousava confortavelmente se estendeu para ele enquanto ela continuava a correr. Ele agora a seguia sorrindo timidamente.

—Kunio… Eu te amo e sempre irei te amar! —Ela sussurrou vagarosamente em seu ouvido pela ultima vez antes da imagem ir perdendo a cor aos poucos e a vida sendo tomada vagorosamente pelos dedos ardilosos da escuridão até desaparecer por completo.

—Para Sempre! —A voz soava num ultimo sussurro na escuridão.







A voz de um dublador era clara contando todo o veredito e os resultados da guerra. Colocando toda a realidade do mundo no final de 1945 de todas as mortes em vão por motivos egoístas. Contava o destino e as consequências do ataque a Pearl Harbor em 1941 e principalmente a foto de Sumi que permaneceu como heroína num mundo onde muitos perderam a vida por uma guerra que não era deles. Uma guerra por poder, por ganância e por ideais egoístas. Uma guerra que cavou fundo uma ferida no coração daqueles que perderam pessoas tão importantes para si. Uma guerra onde a dor era a única coisa mundial!











*Para deixar claro, o enredo, a história e os personagens do filme é meu. Eu inventei. Embora os acontecimentos sejam reais. Os acontecimentos históricos descritos realmente aconteceram. Para maiores informações podem pesquisar na internet que com certeza acharão muitas coisas sobre o assunto: A segunda guerra mundial e o ataque a Pearl Harbor.





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Notas finais do capítulo

E aí?
Opiniões sobre o caso? Alguém quer dar algum palpite? Alguma colaboração? Alguma sugestão?
Rsrsrsrsrs
Espero que estejam gostando! Amo a companhia de vocês!
Aqui então a prévia do próximo:


"De repente todas as peças se encaixavam. A mensagem de sua mãe fazia finalmente sentido. O kyuubi pertencera a Tobi. Pertencera a Kushina e pertence a Naruto! E Obito sabia disso, estava no dossiê que ele tinha sobre o loiro. Era disso que ele estava atrás, mas por quê?


A morena explicava e jogava aos outros suas dúvidas como se esperasse que eles tivessem a resposta.
Ou talvez realmente tivessem.
Todos se entreolharam uns aturdidos, outros preocupados e hesitante?



O cofre A chave! Hinata! Nagato! Naruto falava em choque lançando as constatações ao vento sem a menor coerência. Todos o olharam sem compreender enquanto o loiro sentava-se no sofá pondo os pensamentos em ordem."

Bom... Espero ver vocês no próximo capítulo. Finalmente a questão da Chave será respondida. O que pode haver de tão misterioso sobre a " a chave" rsrsrsrsrs