Seus olhos vermelhos e pele fria me atraiam...

Quem era ele?

A distancia não me permitia observar detalhes, não enxergava nada mais que uma capa preta lhe cobrindo o corpo, seus cabelos eram tão negros quanto o lugar, não me era capaz vê-los com precisão, já seus dentes brilhavam com os fortes e imponentes caninos a mostra.

Senti por mero segundo meu pescoço sendo fincado,

Marcado eternamente por eles.

Afinal... O que era ele?

 Na verdade não importava muito... Apenas o queria para mim, apenas queria compreender por que meu corpo queimava propondo-o a tocar-me.

Percebendo finalmente minha vã presença, veio até mim.

Sem ao menos falar,

apenas  o olhar gélido me hipnotizou.

Enquanto fazia questão de andar vagarosamente seus olhos vermelhos me indicavam perigo,

 E sedução.

Quando finalmente ficou a centímetros de distancia botou uma mão em meu pescoço,

Estava rendida a tentação de ter alguém como ele tão perto.

O frio que emitia vinha contra meu provável calor,

Calor este provocado por ele.

Os lábios mais perfeitos possíveis vieram ao encontro dos meus.

Beijei-lhe com pressa descarregando todo o sentimento que tinha no momento, após um beijo desesperado o tão esperado momento havia chegado.

Os caninos estavam a espera daquilo, ele estava com sede.

Sua cabeça ia se envergando até chegar ao meu pescoço pálido, éramos brancos.

Brancos como a neve.

Brancos como tudo.   

Brancos como nada.

Sentia o sangue sendo sugado, puxado com toda delicadeza e veracidade possível.

Ah, como é maravilhoso!

Mas ele era da noite... Somente dela e de mais ninguém.

Comecei a me sentir tonta, fraca.

Estaria perdendo as forças?

Sim, estaria.

Porem não. Não iria pedir para que parasse.

Jamais.

Sensação única que não seria desperdiçada.

Até sentir meu corpo ficar pesado,

Minhas pernas não obedecerem...

Os braços ficarem largados como os de uma boneca de trapos...

Minha cabeça tombou decidida para trás...

E minhas pálpebras se fecharem.

Enfim posso me entregar completamente,

Ao meu vampiro.