Á Caminho Da Perdição escrita por BrunaTorres


Capítulo 1
Capítulo 1 - Novo caso


Notas iniciais do capítulo

Esta é minha primeira fic sobre supernatural, espero que gostem :D Por favor me avisem se encontrarem algum erro. Vou postando os próximos capítulos de acordo com os reviews, então sejam bonzinhos haha

Boa leitura !



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                Mais um dia de negócios. Paro numa fábrica abandonada para encontrar um cliente. É incrível como eles escolhem sempre o mesmo tipo de local para fazer negócios.

Fábricas abandonadas. –suspiro.

                Acho que não posso reclamar, o meu trabalho é extremamente sigiloso e deve ser mantido em segredo. Trato mais com caçadores, vendo ingredientes para poções e feitiços, coisas que são normais na vida dessas pessoas. E agora na minha também.
                Não entendo como conseguem caçar tantas criaturas perigosas, e pior: sem receber nada em troca.       
                Tenho que admitir que, de sua própria forma, é um trabalho digno. Apesar de serem muitas vezes mal educados, carrancudos e machões, esses caras, e até algumas mulheres, são como heróis para as pessoas que ajudam. Eles passam a vida toda na estrada, procurando casos, se mudando como nômades. Grande parte seguiu essa “carreira” por causa da família. Parece que é preciso manter o negócio na árvore genealógica. Vai entender...
                Acabo ás vezes lidando com uns caras bem babacas, mas no final sempre tiro um bom dinheiro com eles. Caçadores podem trabalhar sem lucro, só que uma coisa que eles sabem bem é como roubar cartões de créditos.

                O cliente se aproxima do local. Entrego um pacote lacrado em suas mãos. Nem queira saber o que está dentro. Acabei tendo que me acostumar com certas coisas nojentas. Quanto mais indecente e difícil de achar mais dinheiro recebo. É o lema do negócio. E também uma coisa que sempre tento dizer pra mim mesma em certas situações.

– Mais alguma coisa, Garth? – pergunto ao cliente.
– Na verdade sim. Tem uns colegas meus que precisam de uma coisa bem específica. Eu acho que poderá ajudá-los.
– E o que seria essa coisa?
– Bem, eu não posso falar agora, mas liga pra eles que eles te explicam melhor. – ele me entrega um cartão com números de telefone.

O mais curioso foi o título do cartão: “Agentes FBI”. É comum os caçadores usarem identidades falsas, e apesar de eu já ter visto milhões desses nomes, não reconheço nenhum dos que estão no cartão. Aceito mesmo assim. Não perco um cliente por nada.
                Voltei para o motel em que estava hospedada. Eu sei que comentei sobre esse costume de ficar mudando, mas com o meu tipo de trabalho, eu não preciso necessariamente deixar as cidades por onde eu passo, só me mudo de acordo com meus clientes. Ás vezes ainda separo um tempo para conhecer os lugares e me divertir, ainda que sozinha. Não tenho amigos, muito menos um namorado. Meu trabalho não permite.
                Chego ao quarto e já me agarro ao telefone. Preciso descobrir quem são esses caras e por que precisam de mim. Se for apenas mais um osso de coelho banhado em sangue juro que vou enlouquecer! Sempre que me envolvo nesse tipo de mercadoria sinto uma forte sensação de culpa corroendo meu corpo. Não sou eu realmente que arranjo os produtos, mas comercializá-los desse jeito, sem pudor, apenas não me faz bem. Disco o primeiro número do cartão, e como ninguém atende, tento o outro.    Uma voz grossa penetra meus ouvidos.

– Alô?
– Olá, eu sou a Catherine Williams, o Garth me indicou, ele acha que posso ajudar com alguma coisa e... – ele me interrompe.
– Não, obrigado. Estamos bem. – percebo seu tom irônico.
– O que quer dizer com isso?
– Quero dizer que não precisamos da sua ajuda.
– Wow, calma aí estressadinho. – reluto – Pediram pra eu ligar e agora você diz que não precisa de mim?
– É isso mesmo, que bom que entendeu – ele desliga o telefone.

                Mas que perda de tempo! Não precisam de minha ajuda, me fazem de tola e ainda vem esse idiota ser grosso comigo. Já estou cansada desses malditos caçadores!
                Passo a noite pesquisando preços na internet. Nada a ver com o trabalho, apenas procuro por um carro usado que desejo comprar. No meu rumo, o dinheiro só entra de verdade quando não se é honesto. A maioria dos meus colegas de trabalho furtam os pertences dos outros para vender. Já fiz isso numa época, mas me arrependo. Agora a única coisa que consigo fazer é dobrar os preços dos produtos que vendo. O risco de dar uma confusão é menor e mesmo com os baixos valores, ainda consigo me manter hospedada em bons motéis. Só de me imaginar em um daqueles pulgueiros que os caçadores costumam ficar, me dá arrepios.
                Acabo cochilando em cima da mesa do meu notebook. Quase não durmo, e sempre que consigo, tenho uns pesadelos bem estranhos.
Acordo com o meu celular tocando. Atendo em seguida ainda meio sonolenta e com a voz rouca.

– Alô?
– Oi, Catherine? – ecoa o som de um cara com a voz doce.
– Sim, sou eu mesma... Quem é que tá falando?
– Meu nome é Sam. Sam Winchester.
– WINCHESTER?! – pergunto surpresa – Como os verdadeiros irmãos Winchester?
– Sim, nós mesmos. Não imaginava ter toda essa fama... – ele diz constrangido.
– Pois é, querendo ou não vocês começaram e terminaram o apocalipse! Me deram muitos clientes novos depois disso, sabe? – nós dois rimos.
– Desculpe-me pelo meu irmão, ele anda um pouco estressado com tudo que está acontecendo e não gosta muito de depender dos outros...
– É, eu percebi! Vou ser sincera: Não gostei mesmo da atitude dele e tinha até desistido de ajudar vocês!
– Entendo.
– Mas... Como você foi tão simpático, acho que posso mudar de ideia.
– Ótimo. Então passa aqui onde estamos para resolvermos.

                Depois de anotar o endereço, decidi me arrumar. Não sou exatamente do tipo vaidosa, mas gosto de estar apresentável para meus clientes. Vesti um conjunto normal e joguei um sobretudo amarrado por cima, calcei umas botas e soltei meu cabelo liso.
                Chego ao local do endereço depois de algumas horas. Mas que surpresa, mais um motel barato! Fui em direção á recepção. Droga! Não sei que nomes citar, eles devem ter se registrado com outras identidades. Achei melhor ligar e avisar que já cheguei.
                Sam aparece acenando. Fiquei um pouco impressionada, ele é bem mais bonito e alto do que eu pensava. Como será o outro irmão? Ele me acompanha enquanto subimos para o quarto. Logo me deparo com Dean deitado na cama roncando.

– Dean! DEAN! – Sam grita enquanto tenta acordá-lo.
– O QUÊ? – Ele acorda assustado – Droga Sam! Você podia ter me chamado antes! Quem é ela?
– É a vendedora que o Garth indicou.
– Tá, mas o que ela tá fazendo aqui?
– Eu pedi pra ela vir.
– Achei que já tínhamos conversado sobre isso, não precisamos dela!
[...]


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso! Esse capítulo foi só uma abertura para conhecer a personagem principal. Prometo ter muita ação no próximo haha Espero que tenham gostado! Não deixem de dar o review ^^

beijinhos