O Deus Sem Nome e o Narciso De Prata escrita por Luiza


Capítulo 3
Pegamos uma carona com o médico rico


Notas iniciais do capítulo

Pessoas! Que saudades! Eu peço mil desculpas por não ter postado antes, mas as minhas aulas estão ocupando todo meu tempo. Espero não perder leitores por isso.
COMO SEMPRE, PRECISO DAR ALGUNS RECADOS:
O primeiro, é que comecei uma nova fic, com a minha melhos amiga de todos os multiversos, Lei Valdez. A fic se chama Os 12 Trabalhos Greco-Romanos e pode ser achado no meu profile :D Não se preocupem, porque eu estou mais responsável pela história em sí, e ela pela escrita. Eu não vou deixar de postar aqui por causa disso, ok?
E a segunda coisa é muuito legal! Eu criei um blog no tumblr para a fic! Isso mesmo, agora temos blog oficial e tudo. Lá vocês podem tirar as suas duvidas comigo (SOBRE O QUE QUISEREM), fazer perguntas aos personagens, pedir edits e um monte de outras coisas. Deem uma olhada lá. o link é http://melrosing.tumblr.com/
Esse capitulo ficou meio chatinho, mas não significa que eu não quero que vocês comentem!
Boa leitura!



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Acordei-me no dia seguinte com as mãos de Chastity me sacudindo. Minha testa e minhas costas estavam encharcadas de suor, e meus olhos ardendo por algum motivo inexplicável, talvez por causa da luz que entrava pela janela.

Ai, nossa- disse Lena entre um suspiro- Você está bem? Devia procurar um psicólogo, tentar descobrir o motivo desses pesadelos.

Um psico o que?- perguntou Lisbeth, que era puro-sangue e não tinha uma mínima noção de especialidades trouxas.

Lena revirou os olhos e murmurou esquece.

Como sabem que eu estava tendo outro pesadelo?- passei a mão pelos cabelos encharcados. Eu havia suado frio a noite e tremia sem parar, mesmo que fosse verão e fizesse quase trinta graus (o que era muito para os padrões britânicos).

Vamos, Rose- disse Chastity- você estava gritando.

Gritando?

É, de novo- respondeu ela- E bem alto. Você devia se arrumar, o trem sai as nove em ponto.

Assenti e me levantei. Nós não éramos exatamente amigas, mas eu era grata a elas por me acordarem toda vez que eu tinha pesadelos.

Tomei um banho rápido e prendi os cabelos molhados. Já fazia muito tempo que não sentia tanto calor, então era bom poder usar roupas de verão de verdade. Minhas malas já estavam arrumadas a uns quatro dias, o que foi ótimo já que eu tinha mais o que fazer antes de ir embora.

Me despedi rapidamente de minhas colegas de quarto, peguei meu malão e desci as escadas até o salão comunal. Will estava me esperando lá, e se levantou assim que me viu, parecendo preocupado. Era um alívio que a sala estivesse vazia, porque ele esqueceu de se apoiar nas muletas antes de ficar de pé.

Você está bem?- perguntou.

Claro- respondi me fazendo de desentendida- Por que não estaria?

Ele revirou os olhos.

Eu pude ouvir seus gritos daqui. Na verdade, acho que todos em um raio de vinte quilômetros ouviram. O que foi dessa vez? Tyler?

Caramba, ele me conhecia bem de mais. Apenas sacudi a cabeça e falei:

Depois eu conto. Preciso ir ver a McGonagall, pode pegar a Íris para mim no corujal?

Ele ainda parecia meio preocupado, mas concordou e eu saí em direção ao escritório da diretora.

A porta do escritório era guardada por uma feia gárgula de pedra, que só sairia dali se eu desse a senha.

Sapos de chocolate- falei, e a estátua saltou para o lado, revelando a escadaria em espiral que dava diretamente na posta de carvalho. Entrei sem nem mesmo bater, o que foi um erro, pois o Professor Longbottom estava lá e eu não queria interromper a reunião dos dois. Já ia fazer meia volta, mas a porta foi fechada magicamente.

Está tudo bem, Rose- disse a professora- Já estamos terminando.

Eu era a única aluna que ela chamava pelo nome.

Na verdade estávamos falando de você- complementou Neville Longbottom, um homem de rosto redondo que já devia ter uns cinquenta anos.

De mim? Porque?

A Professora suspirou enquanto sentava-se na grande cadeira atrás da escrivaninha.

Seu pai me mandou uma carta hoje- respondeu-me ela- Está preocupado com a movimentação dos monstros.

Olhei de relance para o professor de herbologia. Não achei que seria bom falar esse tipo de coisas na frente dele, mas o homem apenas sorriu e disse:

A Professora McGonagall já me explicou tudo, Srta. Leonards, está tudo bem.

Assenti rapidamente. Porque não pegávamos um megafone e anunciávamos para o mundo todo ouvir: ROSE LEONARDS É UMA SEMIDEUSA! E TAMBÉM É UMA BRUXA! ELA É A INIMIGA MORTAL DE UM DOS MAIORES VILÕES DE TODOS OS TEMPOS, NÓS VAMOS TODOS MORRER SE DEPENDER DESSA MENINA MAGRICELA!

Então meu pai mandou uma carta? O que ele queria?

Ele disse que vai pegar você e Will na estação de Kings Cross e leva-los a salvo até o Acampamento.

Precisei pensar por um momento. É claro que eu estava aliviada de não ter que ir ao aeroporto, mas se fossemos direto para o Acampamento eu não veria minha mãe e Richard, e considerando o pouco tempo que estávamos passando juntos, a ideia não me agradou.

Minha mãe já sabe?- perguntei, e a Professora negou com a cabeça.

Você pode mandar uma Mensagem de Íris para ela.

_____________

Foi rápido conseguir um dracma e contatar meus pais. McGonagall e eu havíamos descoberto que se jogássemos a moeda de ouro na penseira- uma bacia de prata que serve para analisar memórias- a ligação ficava muito mais fácil.

Me mostre Lauren Leonards, West Village, Nova York.

A imagem tremeluziu sobre a penseira e a nuca de meus pais apareceu. Eles estavam sentados do sofá, assistindo um filme qualquer, abraçados. Pigarreei e os dois se viraram, assustados.

Rose!- o rosto de minha mãe se iluminou, e um sorriso de cinquenta dentes se abriu- O que está fazendo? Esse é o escritório da diretora?

É, sim. Humm, mãe

A Grifinória não ganhou a taça?- interrompeu-me Richard.

Suspirei, sabendo o que viria.

Não- respondi- A Corvinal ganhou.

Minha mãe levantou-se do sofá em um salto, e eu pude ver sua barriga de sete meses de gravidez. Ela começou a comemoração e disse para meu padrasto:

Viu só, Ricky? Tantos anos depois e nós ainda somos melhores que vocês! Agora me pague!

Ela estendeu a mão, sorridente, e Richard a entregou três galeões, contrafeito.

Vocês apostaram?- perguntei.

Sim- respondeu-me ele- Agora, por favor, me diga que ganharam a taça de Quadribol!

O Professor Longbottom andou até o meu lado.

Ganhamos, sim. E graças à Rose, eu devo dizer. Ela fez a maioria dos pontos.

Foi a vez de Richard estender a mão para minha mãe, que lhe devolveu duas das três moedas que antes recebera. Ele se virou novamente para mim.

Rose, quando você chegar, eu vou te levar para comer sorvete!

Ri da animação dos dois, mas então me lembrei que teria que cortar seu barato.

Humm, eu agradeço muito o convite, mas não vai dar. Meu pai vai me buscar na estação, disse estar preocupado com os monstros.

Minha mãe parecia que tinha levado um tapa.

Apolo vai buscar você?- perguntou baixinho.

Parece que sim.

Os dois assentiram lentamente, parecendo decepcionados. Eu tinha que fazer alguma coisa.

Mas eu posso voltar mais cedo para casa esse ano, e então vamos ao Beco Diagonal juntos.

Tudo bem- disse ela, em meio a um suspiro- Nos vemos lá, então.

Sorri.

Sim, nos vemos. Eu vou mandar notícias.

Aos poucos, a imagem da mensagem foi se dissipando, e o rosto de meus pais desapareceu.

______________

Quando voltei à Sala Comunal com o Professor Longbottom, Will parecia que ia me matar.

Pensei que tinha me esquecido!- disse ele- Todo mundo já foi.

Ele me entregou a gaiola com a coruja, e Longbottom fez o malão do sátiro flutuar atrás dele.

Certo crianças- falou, guardando a varinha- Tenham uma boa viajem, e cuidado com os, Humm... Monstros.

Will e eu assentimos e saímos pelo buraco do retrato em direção à estação de Hogsmeade.

Ocupamos, como sempre, a cabine número treze, e quando o carrinho de doces passou, não peguei nada além de uma varinha de alcaçuz.

Quem é você, e o que fez com Rose Leonards?- brincou ele, abrindo um pacote de feijõezinhos.

Como é que é?

Você sempre pega mais doces, o que aconteceu?

Pensei por um segundo na pergunta, mas eu realmente não sabia o porquê.

Eu sei lá. Só não estou com fome, acho.

A porta do vagão se abriu, e mais três pessoas o ocuparam. Constance pegou uma embalagem de sapos de chocolate sem nem pedir e se jogou ao lado de Will enquanto comia. Irelia e Nick sentaram-se comigo.

Finalmente livres!- disse ela, passando o braço pelos ombros do namorado- Essas férias vão ser ótimas!

Por quê?- perguntei- o que vão fazer?

Eles vão para a minha casa- respondeu Constance, sorrindo.

Seus pais concordaram com isso?

Ah, claro, como se eles ligassem- disse ela, amargurada.

Era verdade. Sua Mãe era dona de uma loja de roupas bruxas muito famosa, que tinha filiares em todas as partes do mundo (é mesmo, tem até na Mongólia), por isso estava sempre viajando, e seu pai era Sub Secretário no Ministro da Magia, um cargo muito importante. Ela fazia de tudo para agradar os pais. Tirava as melhores notas da escola, se vestia exatamente do jeito que sabia que sua mãe gostaria, mas eles não lhe davam nem os parabéns.

De qualquer forma- continuou ela- Eles vão estar no Alasca, porque minha mãe começou a reclamar que o calor estraga o cabelo dela!

O que?

Eu sei, é ridículo!

E eles não vão levar você junto?- perguntou Nick.

Nem que eles quisessem eu iria! Odeio frio. Quando terminar a escola vou dar aulas de feitiço no Brasil.

Eu ri.

É, você pode ser rainha de bateria!

Todos começamos a gargalhar, inclusive ela.

E vocês? Quero dizer, sei que vão para o Acampamento, mas vão pegar o avião?

Não- respondi suspirando- Meu pai vai nos dar uma carona até lá.

Ela pareceu estranhar.

Pensei que não tivesse muito contato com seu pai.

E não tenho, mas ele insistiu.

Irelia franziu as sobrancelhas, confusa.

Que tipo de carona cruza o Oceano? Ele não tem um navio de carga, tem?

Ele vai nos levar de... Jatinho particular- improvisou Will, fazendo-me bater a mão na testa. Jatinho particular?- Ele é um médico muito famoso, um dos melhores do mundo! E artista, e músico, e arqueiro...

Já chega, William!- falei, dando-lhe um chute no tornozelo.

Os outros estranharam, mas não fizeram perguntas, talvez achando que eu simplesmente não queria falar sobre meu pai.

_______________

Quando chegamos, era quase hora do almoço, e nossos estômagos roncavam. Deixamos o trem vermelho de Hogwarts e andamos até a parede que nos levaria de volta ao mundo dos trouxas.

Como vão chegar até sua casa?- perguntei para Constance. Ela morava em uma Mansão em uma parte afastada de Cambridge.

Vamos pegar um trem até a cidade depois de comer, e Joseph vai nos buscar a estação.

Joseph é o motorista.

A visão dos tijolos que eu acabara de atravessar foi substituída por um abraço um tanto quanto sufocante.

Rose, filha! Que saudades!

Me afastei do corpo que me segura e olhei para o rosto de meu pai.

Graças aos Deuses, ele havia lembrado que não podia parecer um garoto de dezenove anos, e agora parecia ter uns trinta. Tenho de admitir, ele ficava ainda mais bonito assim, com sua calça jeans e polo verde, e seu sorriso que quase podia cegar.

Irelia e Constance trocaram olhares sorridentes.

Oi, pai da Rose!- disse Cons estendendo a mão para ele. Eu a censurei com o olhar, e ela apenas deu de ombros.

Ele apertou sua mão e disse:

Me chame de Apolo. Você deve ser a Constance- então olhou para os outros dois- Irelia, Nick. E oi, Will.

Oi, Lord... Quer dizer, Apolo.

O Deus tirou seus óculos aviadores da cola da camiseta e os colocou no rosto.

Precisamos ir logo- disse ele- Despeçam-se de seus amigos.

Assenti e dei um abraço em cada um. Sentiria muita falta deles.

O seu pai pode até ser médico- sussurrou Constance enquanto se despedia- mas parece mesmo é um astro de cinema!

Revirei os olhos.

É, eu sei.

Vou sentir saudades, Embaralhada.

Suspirei.

Eu também. Me mandem caratas.

Nó vamos.

Trocamos mais um abraço e eu saí andando com meu pai e Will. Eu não havia realmente pensado no que seria a carona que Apolo nos daria, mas posso dizer uma coisa:

Eu não gostei. Eu não gostei nem um pouco.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Comentem, e não esqueçam de entrar em http://melrosing.tumblr.com/ :DD
~Lu