O Deus Sem Nome e o Narciso De Prata escrita por Luiza


Capítulo 1
Íris traz novidades


Notas iniciais do capítulo

Bom, esse capítulo eu já havia postado lá no Galho de Álamo, mas comentem de novo aqui! Porque? Para me deixar feliz, oras!
Eu vou abreviar o nome da "Série" de DSN (Deus Sem Nome), e vocês também podem usar essa sigla, ok?
Bom, aqui vai o primeiro cap., espero que gostem!



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O vento batia em meu rosto, mas era quente, e isso me fazia suar ainda mais. A multidão gritava enlouquecida. “Vamos, Grifinória!”, “Corvinal não presta!”.

Algo zuniu perto de meu ouvido, e eu ergui a mão para o menino de cabelos negros.

Vamos, Potter, pegue o maldito pomo!

–Cordelia Clinton, minha gente, recuperando a goles bem a tempo- anunciou Lissa Jordan no microfone- É quarenta a trinta para a Grifinória. Clinton passa para Lily Potter, Bethany Nöel desvia o balaço, Potter para Leonards.

Peguei a goles e voei até as balizas.

–Mais dez pontos para a Grifinória, por Rose Leonards. Os Grifos vão à loucura!

Em resposta a isso, a arquibancada vestida em tons de vermelho e dourado gritou e comemorou. Pude ver uns três ou quatro cartazes com meu nome, alguns segurados por pessoas com quem eu nunca trocara uma palavra sequer. Não pude deixar de sorrir, mas o momento foi interrompido por um balaço passando tão perto do meu braço que eu até me desequilibrei.

–Bola da corvinal- anunciou Lissa sem animação. Era engraçado ouvi-la narrando os jogos da Grifinória, já que ela sempre torcia mais do que comentava- Bobwood para Jensen, Jensen para as balizas, e é defendido por Malfoy no aro central. Na cara de vocês, corvinos inúteis!

A arquibancada azul e bronze rugiu, furiosa, e foi possível ouvir a voz da professora McGonagall no microfone.

–Pare de ofender o adversário e narre, Jordan!- urrou com sua voz severa, mas eu podia sentir o sorriso em sua voz.

–Desculpe, professora. E é Leonards com a goles de novo, essa menina voa! Leonards para Potter, Potter para Clinton, Clinton para as balizas, e é... não entrou. Leonards recupera. É ponto da Grifinória! Sessenta a trinta para a Grifinória, Corvinal atrás. É a final do campeonato.

Cordelia, uma menina ruiva e bonita do quinto ano passou por mim e esticou a mão, para que eu batesse.

–Ótima jogada, Rose. Estou orgulhosa- disse ela sorrindo e saiu voando novamente.

Ela era a capitã do time, então aquilo era bom para mim.

–É Potter atrás do pomo. Não, não a Lily, o Alvo. Francamente, de quem foi a ideia de botar irmãos no mesmo time? É Leonards para Potter, Potter para Clinton, Clinton desvia um balaço. Não a Cordelia, o Christian. Viu só? De quem foi essa ideia de jerico?

Bethany desviou um balaço para um dos artilheiros da Corvinal, e ele caiu da vassoura. Uma queda feia, tenho que dizer, e a enfermeira apareceu para levar o garoto desacordado.

–É Potter e Yang competindo pelo pomo de ouro. Yang está mais perto. Não Potter está... Não, Yang, e...-um momento de desespero em que ninguém sabia o que havia acontecido com os dois meninos que bateram no chão. Potter levantou-se, as mãos erguidas para mostrar a pequena bola alada para a multidão vermelha- E POTTER CAPTURA O POMO! É VITÓRIA PARA A GRIFINÓRIA POR 210 A 30! GRIFINÓRIA VENCE O CAMPEONATO ANUAL DE QUADRIBOL!

A parte em que todos os grifinórios saem das arquibancadas e se espalham por tudo quanto é canto como fogo de centelho, cantando o hino da escola ou canções inventadas durante as aulas especialmente para o momento é meio confusa, mas o campo vai se esvaziando aos poucos, deixando somente os sete jogadores no nosso time, comemorando, e mais algumas poucas pessoas nas arquibancadas.

–Ótimo jogo, pessoal- disse Cordelia sem conseguir diminuir o sorriso do rosto, e passando o braço pelos ombros do irmão gêmeo.

Alvo Potter, do último ano ofegava, mas sorria muito, segurando o pomo de ouro em uma das mãos.

–É assim que se faz!-exclamou rindo, e todos nós os acompanhamos.

O goleiro, Scorpius Malfoy deu tapinhas no ombro do amigo, os cabelos loiros grudados no rosto.

–Com certeza é, Potter. Mas não podemos esquecer da Rose, ela fez quatro dos seis primeiros pontos.

Os outros concordaram e também me deram tapinhas nos ombros.

–Obrigada- falei sorrindo, e também ofegante.

Três pessoas desceram correndo das arquibancadas e foram rapidamente até nós. Duas delas usavam roupas amarelas e pretas, e a outra, azul e bronze. O menino e as duas meninas me abraçaram forte.

–Parabéns! Foi um ótimo jogo!- disse a menina loira e baixinha, que se afastou primeiro. Ela tinha as bochechas naturalmente rosadas e seu cabelo formavam mini cachos a partir da metade- Eu só queria que a nossa casa pudesse chegar à finaluma vez!

–Calma, Irelia- disse Nick, um menino de cabelos escuros e pele morena, passando o braço em volta da cintura da namorada- A Lufa-Lufa ainda chega lá. Eu espero, pelo menos.

Irelia sorriu e o deu um beijo na bochecha.

Constance, uma das meninas mais bonitas da escola, com sua pele cor de café, seus cabelos compridos e espessos e os olhos verde-claros bufou e andou até meu lado.

–Eu não preciso mais segurar vela para vocês dois- falou fingindo estar irritada e passando o braço pelos meus ombros- Eu tenho a Rose!

Sorri e também a abracei.

Sei o que você está pensando: Mas como que de um ano para o outro a Rose ficou sociável?

Pois é, parece que foi isso mesmo o que aconteceu. Logo no início do ano letivo, na aula de herbologia, um menino corvino começou a incomodar o Will (não, ninguém mais o chama de aborto, já que agora ele consegue fazer alguns feitiços), e Constance foi a única que não riu das brincadeiras, tirando eu e, obviamente, o próprio Will. O Professor Longbottom botou todo mundo na detenção, com exceção de nós três, e nós somos amigas desde então. Ela também me apresentou os melhores amigos dela, Irelia e Nick, que namoram a, tipo, mil anos. Nós quatro e Will passamos o tempo todo juntos.

–Claro que sim-falei- Mas você não está triste porque sua casa perdeu?

–Na verdade, eu já sabia- respondeu ela- É claro que eu preferia que eles tivessem ganhado, mas estou muito feliz por vocês.

Isso era uma das coisas que eu mais gostava na Constance. Ela ficava feliz por você, mesmo que isso a prejudicasse de algum modo.

Mais uma pessoa veio em nossa direção, aos pulos.

–Vocês são muito maldosos- exclamou Will, enquanto largava uma de suas muletas no chão para poder me abraçar- Parabéns, Rose- disse ele rapidamente e então repetiu- Vocês são muito maldosos! Sabem que eu não consigo descer tão rápido, custava esperar?

–Tem razão- disse Irelia- Sinto muito, Will.

–Eu também- complementou Nick.

Will olhou para Constance, que simplesmente o encarou.

–Então?- perguntou ele.

–Então o quê?

–Não vai pedir desculpas?

–Porque eu faria isso?- ele revirou os olhos e ela juntou sua muleta do chão- Desculpe, William! Satisfeito?

Os dois riram. Essas briguinhas falsas eram frequentes, e ninguém mais se importava. Mais duas pessoas se juntaram ao pequeno grupo que formávamos no meio do campo.

–Você foi tão bem!- disse uma menina de cabelos muito volumosos se jogando nos braços de Scorpius.

–Obrigada, Rose- disse ele, dando um beijo nos lábios da namorada. Ela separou-se dele e andou até mim.

–Você foi ótima também, acho que nunca tivemos uma artilheira tão boa desde a minha madrinha- as outras duas artilheiras do time trocaram olhares, mas não pareciam realmente bravas. É claro que a minha xará, Rose, podia falar isso. A madrinha dela era Ginny Weasley!

–É, claro- murmurou Lily Luna Potter- Ela até pode ser sua madrinha, mas é a minha mãe!

–E minha- comentou Alvo, ainda examinado o pomo.

–Vocês são ridículos! Parem com isso- falou Hugo Weasley.

–Tudo bem, chega de discussões por hoje- anunciou Cordelia- Porque não vamos comemorar?

_____________

–Eles não podem entrar! De jeito nenhum!- exclamou a mulher gorda no vestido rosa.

–Vamos, nós queremos comemorar- falei para a pintura- Eles não vão ficar muito.

–Foi o que você falou da última vez! Se a professora McGonagall descobre...

–Ela vai entender!

A mulher suspirou profundamente (pinturas suspiram?) e abriu a passagem, dando vista ao salão comunal da Grifinória, uma sala redonda, toda decorada nas cores da casa. A festa que acontecia lá dentro era impressionante, com gente em tudo quanto era canto. Peguei cinco cervejas amanteigadas e sentei-me nas poltronas junto com meus amigos.

–Eu não quero nem ver o climão que vai estar dentro da minha sala comunal- murmurou Constance entre os goles na bebida quente- Vai se horrível.

Franzi as sobrancelhas.

–Mas vocês vão ganhar a taça das casas!

–Eu sei, mas eles estavam esperançosos, acharam que podíamos ganhar os dois.

Olhei na direção da janela, onde uma coruja das torres tentava entrar.

–Aí, Patrick- gritei para o garoto sardento que era o filho do Ministro- Pode abrir a janela para a Íris?

Ele olhou para o vidro e o abriu, sorrindo para mim.

–Belo trabalho, Rose!- gritou ele de volta.

Agradeci e deixei a coruja pousar em meu ombro. Eu sei que parece estranho botar o nome da ave de Íris, mas era muito engraçado dizer: Ó, Íris, leve minha mensagem.

Peguei a carta que estava em seu bico a abri.

De: Seus Irmãos (Dylan, Daniel, David, Bridget, Todd e Aria)

Rose,

Já estamos todos aqui. Parece que os monstros ficaram loucos nos últimos tempos. Estamos esperando a sua chegada, assim como todos os outros. Tem muita coisa acontecendo por aqui, mas nenhum sinal de Dárion. Queríamos escrever mais, mas vamos esperar para contar tudo pessoalmente.

Estamos com saudades.

Seus irmãos.

P.S- David: Você nem desconfia do que o Dan está fazendo!

Essa última parte estava riscada, como se alguém tivesse tentado apagar aquilo do papel, mas não tivera muito sucesso. Passei para a próxima parte.

De: Joonie-

Rosie!

Eu estou com saudades. Eu sei que trocamos cartas o tempo todo, mas não é o bastante. Acho que Íris já está ficando cansada de mim. Tenho algumas coisas para contar para você quando chegar... hum, eu não sei se você vai gostar muito disso. Vejo você semana que vem!

, Joonie.

De: Jake e Leona-

Rose,

O Acampamento é extremamente chato sem você por aqui! Bom, os campistas de ano inteiro fizeram uma excursão para o Olimpo a alguns dias, mas o Quíron nos mandou em uma para o Mundo Inferior, o que é extremamente mais legal. Bom, sabemos que isso não tem tanta importância, mas queríamos participar das cartas conjuntas, e não tínhamos nada para escrever... Vemos você em uma semana.

, Jake e Leona.

De: Tanner-

Rose,

Eu sinto sua falta. Não nos vemos desde o natal! Já está todo mundo aqui, e é tudo extremamente sem graça sem você aqui. Eu não tenho muito a contar, a não ser que a minha mãe vai ser transferida de volta para NY, e eu não vou mais precisar passar o ano todo aqui.

Bo, boa sorte com as provas finais, e nos vemos em uma semana.

Tanner.

P.S: Algumas coisa estão muito estranhas! Quando você descobrir o que o seu irmão está fazendo...


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Notas finais do capítulo

Comentem para me fazer feliz U_U
Espero que tenham gostado, o próximo vem amanhã, eu acho...
/Lu