Pasa El Tiempo escrita por Mari
Notas iniciais do capítulo
Amoreees, mil desculpas, mas aqui está o capítulo!
Esse tem mais ação do que os outros, mas está meio tristinho, espero que gostem...
Os meninos ensaiaram o resto da tarde sem mais tocar no assunto Joaquim. Após o ensaio, cada um foi para sua casa, Maxi estava seguindo seu caminho, mas encontrou Ana sentada na praça, e resolveu se aproximar.
- Pensei que você já estivesse em casa – ele comentou sentando-se ao lado dela.
- Eu deveria, mas ninguém pôde vir me buscar aqui, e bem, eu não poderia ir andando até em casa – falou apontando para o tornozelo ainda enfaixado -, então, “meus pais” pediram que eu esperasse até a hora que eles pudessem vir aqui – ela comentou, referindo-se a família que a estava abrigando durante o tempo que ela ficaria em Buenos Aires.
- Já está ficando tarde, se você quiser, posso te ajudar e te acompanhar até sua casa.
- Ah não, tudo bem, daqui a pouco alguém aparece – ela sorriu. – Não quero te incomodar.
- Não vai ser incômodo nenhum, eu não ficaria completamente sossegado se te deixasse aqui sozinha e fosse para casa, Buenos Aires fica perigosa ao anoitecer.
- Tudo bem então, eu já estou cansada de ficar aqui também.
Maxi se levantou e ajudou-a a fazer o mesmo, depois a segurou pela cintura e foram caminhando na direção que Ana falou até a casa onde ela estava morando, assim que chegaram, eles pararam de frente um para o outro e ficaram se olhando por alguns minutos.
- Está entregue – ele quebrou o silêncio.
- Obrigada! – ela agradeceu sorrindo.
- Precisa de ajuda para entrar?
- Não, não.
- Então, boa noite, até amanhã – ele se aproximou para dar um beijo na bochecha dela, mas Ana virou o rosto e eles acabaram dando um selinho, Maxi recuou rapidamente. – O que foi isso?
- Maxim, eu gosto de você, e você sabe muito bem disso – ela falou sem rodeios. – Achei que agora que você não está mais com Naty poderíamos dar outra chance para nós.
- Não sei Ana, eu terminei a pouquíssimo tempo, não é certo isso, nem para nós, nem para Naty.
- Se você fala isso é porque ainda gosta dela.
- Isso é certo que sim, nós tínhamos uma história, não tem como eu não gostar de Naty.
- Hm, ok – ela baixou a cabeça.
- Porém, eu também gosto de você, e estou confuso com tudo isso.
- Saiba que foi você quem terminou com a Naty, pelo que ela fez comigo e tudo o mais – ela falou parecendo vítima.
- É, você tem razão, o que ela fez foi errado, mas eu preciso pensar, amanhã conversamos sobre isso, pode ser?
- Tudo bem, eu espero, o que são mais 24h para quem já esperou quase um ano?
- Bo noite – dessa vez ele apenas sorriu.
- Boa noite, Maxim. Até amanhã.
Ele esperou até que Ana estivesse dentro de casa, e seguiu seu caminho. Não sabia até agora onde ela morava, mas depois que a deixou em casa descobriu que os dois moravam relativamente perto, por conta disso, não demorou muito e chegou. Adentrou em casa e foi direto para seu quarto, tomou um banho demorado, aproveitando o tempo para pensar: em Naty, em Ana, em Joaquim, e no que faria agora. Terminou seu banho, vestiu-se e foi até a cozinha jantar, conversou com seus pais sobre ambiguidades, até sua mãe largar a pergunta.
- E Naty, como ela está? Você não a trouxe mais aqui...
- Nós terminamos – Maxi respondeu desanimado.
- Ah, por quê? – sua mãe parecia surpresa.
- Coisas da vida.
- Ah, sinto muito, ela era uma boa menina.
- Era sim – ele falou pensativo. – Não quero mais falar sobre isso.
- Ok.
Após isso eles continuaram o jantar em silêncio, depois do jantar e de ajudar sua mãe, Maxi foi para seu quarto e deitou para tentar dormir, estava com a cabeça cheia, e tinha certeza que o sono ia demorar a aparecer.
Na casa de Naty o clima estava bem descontraído, ela havia convidado Joaquim para o jantar, após sua mãe ligar e quase intimá-la para isso. Joaquim, que já se dava bem com a família sentiu-se em casa, passaram o tempo todo falando dos anos na Espanha, como havia sido o dia todo de Naty, só que agora com a presença de seus pais, que faziam questão de relembrar dos momentos mais inusitados.
Após o jantar, Joaquim ajudou a mãe de Naty com a louça, e depois a morena o acompanhou até a porta.
- Foi uma noite muito agradável – ele comentou já fora de casa, enquanto Naty se apoiava na porta entreaberta -, obrigada!
- De nada – ela sorriu.
- Então, até amanhã, no Studio – ele se reaproximou dela e deu-lhe um beijo no canto da boca.
- Até – ela falou rapidamente e fechou a porta.
Naty ficou alguns minutos ainda encostada na porta já fechada absorvendo o quase beijo de Joaquim, depois seguiu para seu quarto e arrumou-se para dormir. Jogou-se na cama e ficou se revirando incessantemente até cair no sono.
***
Amanheceu em Buenos Aires, sexta-feira, último de aula antes do final de semana, dia em que todos sempre estão mais agitados, o dia mais esperado, menos para eles, Naty e Maxi. Ele acordou cedo, ou melhor, não havia dormido quase nada a noite passada, pensou muito em Ana, na conversa que haviam tido, e resolvera o que fazer. Naty também pensara muito, estava confusa quanto a Joaquim, mas iria ser sincera com ele, e falar-lhe que nesse momento não queria se envolver com ninguém.
Eles saíram de casa juntos, e no mesmo momento chegaram ao Studio, foi estranho quando se encontraram na porta, olharam-se por alguns segundos, tinham o olhar perdido, triste, mas ainda apaixonado. Maxi foi o primeiro a desviar, virou o rosto e entrou no Studio sem mais olhar para trás, foi direto procurar Ana.
Ana estava no hall observando Brako e outros alunos que coreografam sem música, ela estava admirada com a habilidade do menino, que dançava como se tivesse nascido para isso. Ela estava apoiada em suas muletas, pois seu tornozelo continuava enfaixado. Maxi se aproximou.
- Oi Ana.
- Maxim, boa dia! – ela falou toda sorridente, como sempre.
- E então, tudo bem? – perguntou todo encabulado.
- Tudo bem... Você parece estranho, aconteceu alguma coisa?
- É, bem... Eu pensei sobre a nossa conversa de ontem.
- E aí? – ela pareceu animada, mas não demonstrou.
- Acho que eu deveria dar uma chance para nós, novamente.
- Ah, sério, Maxim? – ela o abraçou, mesmo com dificuldade por conta das muletas.
Naty entrou no Studio e deu com cara com Joaquim, eles se cumprimentaram e estavam conversando sobre eles quando a cena aconteceu há alguns metros de distância deles, Naty comentava sobre a noite anterior.
- E é isso Joaquim acho que está muito cedo para eu me envolver com alguém, Maxi e eu terminamos há pouquíssimo tempo, eu não acho isso certo – comentou.
- Parece que seu ex-namorado não pensa assim... – Joaquim falou apontando para Maxi e Ana. Ela estava atirada nos braços dele enchendo seu rosto de beijos.
Naty observou àquela cena com o coração apertado, então Ana tinha conseguido o que tanto desejara, conseguira separar Maxi e Naty, e agora estava com ele. Às vezes a vida não é justa. Ela olhou por mais algum tempo, e voltou a falar com Joaquim.
- Talvez Maxi não tenha mudado tanto quanto eu achava – falou chateada. – Bom, preciso ir, vou encontrar as meninas para fazermos um trabalho, até mais.
Saiu sem esperar a resposta dele. Ela foi até o Zoom, sua primeira aula do dia seria lá, e assim que entrou, avistou suas inseparáveis amigas: Vilu, Cami, Fran e Ludmi. As quatro estavam de pé em uma roda e jogavam conversa fora.
- Oi – Naty falou desanimada.
- Bom dia, Naty! – Ludmi falou.
- Aconteceu algo? – Viu perguntou notando o desânimo da amiga.
- Parece que Maxi e Ana resolveram assumir seu romance, acabei de ver os dois juntos...
- Juntos como? – Fran parecia confusa.
- Abraçados, mas Ana estava feliz demais, e beija o rosto de Maxi sem parar.
- Talvez não seja nada demais, só estão comemorando alguma coisa – Ludmi sugeriu.
- Não adianta meninas, tenho certeza que é isso, aliás, mais cedo ou mais tarde ia acontecer, e isso nós já sabíamos!
- Ah amiga, sinto muito! – Vilu disse.
- Nós também – Fran, Cami e Ludmi falaram em uníssono, então as quatro envolveram Naty em um abraço.
- Obrigada, meninas – Naty falou agradecida.
Pablo entrou na sala acompanhada dos demais alunos daquela aula e logo já iniciou as atividades da manhã. Propôs aos alunos que se juntassem em três grupos.
- Então, a atividade é a seguinte, cada o grupo da Ludmila, André, Napo, Joaquim e Naty, vai compor uma música para o grupo do León, Maxi, Ana e Fran, que vai compor para Tomás, Brako, Cami e Violetta, que fará a canção para o primeiro grupo.
- Que tipo de atividade é essa? – falou Ludmila indignada.
- Essa é uma atividade que vai mostrar o quanto vocês se conhecem e conhecem seus colegas, além de fazer com que vocês trabalhem em grupos, tanto na composição, quanto na apresentação – Pablo explicou calmamente.
- E quando será a apresentação? – Violetta perguntou.
- Na nossa próxima aula. Alguém tem alguma dúvida ou oposição ao trabalho? - todos responderam que não com a cabeça. – Então é isso, podem começar!
Eles ficaram trabalhando nas canções pela manhã, quando a aula do Pablo terminou, cada um seguiu para algum lugar diferente, uns para o Restó, outros para suas casas. Maxi pediu para Ana espera-lo alguns minutos no Zoom enquanto ele ia até seu armário. Ele estava lá remexendo em suas coisas quando ouviu passos atrás de si e virou-se para olhar de quem se tratava, ficou surpreso com a figura ali presente.
- Preciso falar com você, por mais que você não queira! – ela falou firme.
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É isso!
Quem será que veio falar com o Maxi? Deem seus pitacos, rsrs.
Passem lá no ask pra gente conversar: http://ask.fm/pasaeltiempofic
Bjbj! ♥