No outro dia foi igual a todos os outros que se passaram, no mês todo. Eu acordava, ia para a aula e não fazia absolutamente nada de produtivo a tarde. Até que, finalmente, depois de dois meses de aula, as coisas começaram a mudar.

Além do Gus, eu conheci outro garoto. O nome dele era Luke. Ele era a réplica exata do Gus, só que mais alto, moreno e mais forte. Ele era um amor, era simpático, tudo de bom. E talvez, só talvez, eu também estivesse gostando dele.
Ok, isso soa ridículo. Gostar de dois caras? Isso nunca foi o meu estilo. Mas é que o Gus e o Luke são tão... eles me completam, cada um de seu jeito. E é sempre bom, ter uma segunda opção, né?

Passado umas semanas após eu ter conhecido o Luke e ter conhecido melhor o Gus (hehehe), o Gus disse que precisava conversar umas coisas comigo, sobre um trabalho de história que a gente ia ter que fazer:

– Miranda, vem aqui um pouquinho?

– Que foi Gus? – perguntei um pouco preucupada.

– Ah, nada de mais. É sobre o trabalho, mas precisava falar com você em particular –ele destacou aquelas palavras, só para o Luke sair de perto. Nossa, precisava ser grosso assim?

Caminhei até onde ele estava, que era na esquina da escola, mas como já era quase 13 h não tinha mais ninguém.

– Então, o que você precisa? – perguntei a ele.

– Sobre o trabalho, eu conversei com o Luke e ele disse pra gente ir fazer na casa dele, esse sábado, as 14h, pode ser?

– Ah, claro. Mas por que você teve que me chamar até aqui para dizer isso, não poderia ter me contado lá? – falei, dando uma risada abafada.

– Se fosse só isso que eu queria falar... – ele disse, me olhando com aqueles olhos que meu deus do céu, eu me perco fácil.

– Hmm, Gus? O que é que você precisa falar???

– Olha Miranda, vou ser sincero com você. Eu.. eu estou apaixonado por você. É isso. Desde um tempo atrás, que consegui te conhecer melhor. É isso.

Olhei pra ele com uma expressão entre felicidade e surpresa. Aquilo tinha acon

Acho que eu teria começado a explodir fogos de artifício ali mesmo se ele não tivesse me beijado.
Espera.
Ele me beijou. 

Olhei pra ele com uma expressão que ia de felicidade a surpresa. Aquilo tinha acontecido mesmo? Eu estava sonhando, certamente. Não há motivos para que ele gostasse de mim, eu não era o "tipo" de garota que parece combinar com ele. Ele ficara bem melhor com aquela menina que me perguntou se eu gostava de 1D, ela era mais bonita, e sei lá, mais o estilo dele.

- Isso fica entre nós, ok? - ele falou, num tom de quase sussurro.

- Ta bom. Mas Gus, porque?

- Eu não sou o único que está apaixonado por você.

E após ele falar aquilo, saiu como se não houvesse acontecido nada. 

Eu estava muito, muito confusa.