Protect Me escrita por Anny Taisho


Capítulo 2
Emboscada


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas... Voltei com atualização. Espero que gostem!



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Cap. II – Emboscada

Cana estava sentada no bar, tinha perdido o trem que estava quando desceu na estação para comprar uma bebida, eles não queriam servir bebida no trem, última política da empresa. E aparentemente naquele fim de mundo só para um trem por dia, então teria que ficar até a manhã seguinte.

A morena bufou e levou sua caneca aos lábios tomando quase todo o líquido ali presente. Mas pensando bem...

- Tsk...

Não estava com tanta vontade assim de voltar a guilda e dar de cara com o babaca do Laxus. Ela ainda podia ouvir ecoando em sua mente a voz dele: “Não é nada disso que você está pensando, só quero um tempo para pensar direito nas coisas!”. Pensar direito é uma pinoia, mal havia lhe dado um pé na bunda e estava lá no balcão da guilda se oferecendo para Mirajane.

Mas é claro que o loiro iria procurar uma garota do tipo boazinha como Mira, afinal, Cana era extremamente vulgar. A maga pediu mais uma caneca extra-grande de cerveja e suspirou, talvez pegasse mais um trabalho assim que chegasse. Não estava com a mínima vontade de ficar observando a corte do seu ex-idiota-namorado para a princesinha da guilda.

Deixou o tronco cair sobre o balcão e suspirou. Cana tinha um grande histórico de encontros e bebida, desde muito jovem procurava consolo do vazio que sentia no peito na bebida e em companhia. Tudo bem que muita gente não sabia que muitas das histórias que contava não eram de todo verdade, afinal não era nenhuma vadia para sair dormindo com qualquer um, mas sentia-se melhor passando essa imagem de bem resolvida, não queria pena de ninguém.

Ergueu o corpo, virou a caneca e pediu mais uma, mais outra e assim foi indo até embriagar-se por completo. O que queria dizer uma quantidade absurda de álcool já que sua tolerância a bebida era mais ou menos a de cinquenta homens adultos comuns. A garota bebia sempre, bebia se estava feliz e bebia ainda mais quando estava deprimida e com o moral baixo. Havia se habituado as grandes quantidades ao longo dos anos, mas isso não a liberava de cair, muito raramente, e geralmente quando sentia-se o pior lixo do planeta.

Quando chegou a conclusão de que o mundo estava girando demais e que sua depressão estava chegando a níveis muito altos, deixou um maço de notas para pagar a bebida e ergueu-se sentindo o chão meio na diagonal. Já estava bem escuro quando saiu do bar e a mulher apertou os olhos olhando para ambos os lados, tentando se lembrar para que lado era a pousada que tinha feito reserva.

No final das contas, decidiu ir para a direita. Na dúvida, vá sempre para direita, ou será que seria para o leste? Bem, estava escuro, não tinha como achar o leste... A não ser que encontrasse as constelações, mas como estava vendo tudo dobrado, decidiu ir para direita. Afinal, era quase como ir para o leste. Escorando-se ocasionalmente em paredes, essas que, definitivamente, não estavam à noventa graus do chão, foi caminhando pela longa rua reta.

A cidadezinha era realmente um fim de mundo, não havia mais uma única alma viva circulando além dela própria, o que dava um ar sombrio aquele lugar provinciano. Piscou algumas vezes tentando ler o que estava escrito na placa da esquina, mas infelizmente as letrinhas estavam embaralhadas como se tivessem decido brincar de dança das cadeiras. Escorou-se no poste e suspirou...

- Eu não deveria ter perdido a dro... Hic... Droga... Hic... do trem!

A filha de Gildarts se batia mentalmente por aquela falha, se tivesse ficado quieta em sua cabine já estaria em Magnolia e o melhor, bêbada em ruas conhecidas! Um vento vindo não se sabe de onde bateu nas costas quase nuas da mulher e as luzes de todos os postes começaram a piscar e irem se apagando gradativamente do final para o inicio da rua.

- Mas hein....???? – praguejou Cana, como se não bastasse estar bêbada, o chão estar na diagonal e ela mais perdida que cego em tiroteio, agora estava escuro –

E seus instintos de vidente lhe diziam que aquele era um blackout muito suspeito. Reunindo toda a sobriedade que era possível, no caso de ainda restar alguma, a maga atinou seus sentidos e de repente virou o rosto para onde ela tinha certeza que havia gente.

Amaldiçoou o fato de estar tão embriagada, não conseguiria fazer uma luta decente naquele estado alcoolico.

- Card magics: explosion! – atirou algumas cartas que explodiram e ouviu uma risada, o que não era nada bom – Que está ai, apareça!!

Não houve resposta, só um golpe mágico que a acertou em cheio e atirou o corpo feminino alguns metros para trás. Tentou erguer-se, mas aquele golpe havia deixado o mundo muito mais turvo e confuso... Apertou os olhos tentando enxergar algo naquele breu, mas fechou-os por reflexo quando algo que pareceu um chicote a acertou dando-lhe um choque.

- Aaaahhhhh!!! – gritou sentindo a corrente de magia correndo sua carne –

Em seguida um chute pelas costas fez com que batesse em algo de metal que imaginou ser uma lata de lixo. Ótimo, aquilo estava ficando cada vez pior, tentou tirar algumas cartas da bolsa, mas sentiu o que era uma bota pisando sem dó em seu pulso seguido de mais um chute pelas costas e outra descarga magica que a fez perder os sentidos.

- Viu? Eu disse que seria fácil? – disse Grwill arrancando a bolsa com as cartas mágica no lixo – Como tirar doce de criança... Sinceramente, se soubesse que ela ficaria nesse estado depois de beber, teria atacado ela antes! Nem teve graça!

- Realmente, embriagada desse jeito nem tinha como oferecer resistência... Mas vamos sair daqui logo!

Grwill pegou a maga e a jogou nos ombros enquanto o companheiro fazia um feitiço que abriu um portal mágico que os levava diretamente a guilda. E assim que os três magos saíram da rua, as luzes voltaram a acender gradativamente.

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Fairy Tail – sede em reconstrução – 23:30 p.m.

Mirajane estava atrás do balcão terminando de arrumar as coisas para ir embora, entretanto, a albina parecia preocupada com alguma coisa. E virava e mexia olhava para as portas duplas esperando a entrada de alguém. Estava tão perdida em seus próprios pensamentos que levou um susto quando Makarov que estava sentado em cima do balcão a indagou.

- Mira-chan? Algum problema?

Sem querer, a maga deixou o prato que enxugava cair e começou a catar os cacos freneticamente.

- Não, mestre... Não é nada... É só besteira minha...

- Tem certeza? – Makarov conhecia bem de mais seus filhos para saber quando estavam mentindo –

- É que... – ela jogou alguns dos cacos no lixo – Recebi uma lácrima ligação do contratante da Cana, ele disse que ela terminou o trabalho, agradeceu e avisou que ela já havia embarcado para Magnólia.

- Compreendo... – o velho olhou para a entrada – Onde mesmo era a missão dela?

- Sawer. – respondeu num suspiro –

- Mas isso fica a menos de quatro horas daqui.

- Por isso mesmo estou preocupada, o contratando disse que ela pegou o trem da madrugada, era para ter chegado antes das dez da manhã. Eu dei uma olhada na lista da companhia de trens, esse trem da madrugada faz escalas em cidadezinhas que os outros trens não fazem, mas mesmo assim ela já deveria ter chegado...

- Hum... – o mestre bebeu de sua caneca – Talvez ela tenha decido para tomar alguma coisa e perdido o trem... – ele riu – É bem a cara da Cana.

- Não sei, mestre... Ela teria avisado...

- Relaxe, Mira, apesar de ter sido reprovada quatro vezes, não mandei a Cana pro exame Classe S por diversão. Ela é forte, sabe se defender!

- Mas mestre...

- Vamos esperar mais um pouco, talvez ela tenha ido visitar a cidadezinha em que nasceu, eu acho que ela ainda não teve a oportunidade de visitar o túmulo da mãe desde a grande revelação!

- Tudo bem... – a albina suspirou ainda exasperada – Eu já terminei aqui, você fecha a guilda, mestre?

- Pode deixar, Mira... E se eu estiver bêbado demais, o Laxus fecha!

O velho mestre riu olhando para o neto que estava em uma mesa próxima ao balcão com seu time, sendo que todos pareciam bastante embriagados. Evergreen dormia sobre a mesa resmungando algumas coisa, Bixlow estava caído no chão no décimo nono sono alcoolico e Fried estava corado e caído para trás. O único que parecia estar em seu juízo perfeito era Laxus que bebia tranquilamente uma cabeça de cerveja e Makarov sabia que com sua audição de Dragon Slayer ele deveria estar ouvindo tudo, tanto que o olhou com raios nos olhos quando ouviu seu comentário.

- Então tá, mestre. Até amanhã.

Mirajane pegou sua bolsa debaixo do balcão e deu tchau com a mão para o loiro que respondeu com um aceno de cabeça. A guilda já estava quase vazia e quem não estava capotado de bêbado estava quase lá. Assim que a maga saiu pelas portas, Laxus ergue-se de sua cadeira e caminhou até seu velho.

- Que história é essa da Cana?

- Mirajane se preocupa demais, ela deve ter bebido demais e passado da estação... – no fundo, Makarov estava preocupado, mas como até o momento não tinha nada de concreto para se preocupar, preferia adquirir um tom neutro –

- Ela não deveria se embebedar em uma missão, principalmente trazendo dinheiro.

- É Cana, Laxus... Ela bebe desde antes de poder beber! – riu – Se bem que muitos dos motivos que a fizeram beber às vezes só agora se explicaram. – ele se referia a paternidade dela –

- Mesmo assim, não é sensato! – replicou sério –

- Preocupado com ela é...? – o velho mestre jogou um tom de escárnio – Deveria escolher logo, uma garota já dá trabalho suficiente, garoto!

O mago do trovão ficou olhando sem entender bem o que o avô quis dizer e o viu caminhando em direção a saída. Olhou para o lado e viu as chaves da guilda sobre a mesa... Pensou em meia dúzia de impropérios, mas preferiu ficar na sua.

- Se quer mesmo ser mestre, tem que começar cuidando da guilda...

Ouviu o avô falando já na rua e rindo de sua provável carranca. Pegou as chaves e caminhou até a mesa da Raijinshuu numa tentativa tola de acordá-los.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Olha, recebi tres comentários... Sério, fiquei feliz com todos principalmente pelo fato de laxana não ser o casal mais popular do mundo!!! Eu sei que tem uma galerinha que leu e não falou nada, espero ter agradado vocÊs tambem!
Aos que comentáram um grande kisskiss na ponta do nariz, e me contem o que acharam desse cap!!
Oh Kami... Como será que vai ser?
Kisskiss, Anny Taisho!