A Supernatural Destiny escrita por UmaSerialKiller


Capítulo 4
Simple Goodbye... Or not (Parte II)


Notas iniciais do capítulo

Segunda parte.



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Tudo apagou. Quando abri os olhos novamente enxerguei uma capa preta e uma cartola comprida penduradas no encosto de uma cadeira. Tentei me mover, mas minhas mãos estavam amarradas atrás de meu corpo. Tentei gritar, mas minha boca estava amordaçada. Fechei os olhos e os abri de novo, na esperança de ser um sonho, mas não era.

– Devia ter vindo comigo quando te chamei a primeira vez, mocinha – era o mágico dizendo aquelas palavras em meu ouvido – agora serei forçado a fazer-te sofrer mais.

Uma lágrima escorreu por meu rosto.

– Ora, não chore, não vai doer... Muito.

Com a ponta de uma faca ele afastou uma mecha que insistia em cair sobre meu rosto e depois, com a mesma faca, fez um corte que começava no meu ombro e tinha cerca de quatro dedos de comprimento.

Quando o sangue começou a escorrer, ele encostou uma taça no machucado e juntou um pouco do líquido vermelho.

– Oh, você quer falar alguma coisa? – Ele olhou para mim misericordioso e então retirou a mordaça.

– Foi você... Você vem matando todas aquelas pessoas, seu monstro – Eu disse com raiva.

– Sabe... Sangue hoje em dia é difícil de se conseguir. – Ele disse enquanto sentia o odor do meu sangue quente dentro da taça. – Seu sangue parece ser bom, muito bom.

– O que você é? – Eu perguntei um pouco com medo da resposta.

– Um homem, é claro! – Ele disse depois de dar um gole na taça.

– Um homem que bebe sangue! – Eu completei.

– Um vampiro! – Ele disse entusiasmado.

– Você não é um vampiro. – Eu indaguei. – Acredite, eu já vi vários e sei como eles são e como se comportam.

– Então sou outro sanguessuga qualquer. – Ele disse um pouco desapontado.

– Você é um louco!

– Ótimo, você quer saber por que eu quero seu sangue? – Ele se aproximou de mim e então começou a falar sério, sem a diversão do começo. – Quero seu sangue para oferecê-lo ao meu senhor, senhor que dá força e vida longa para todos do Carnival Clown.

Eu estremeci. Ele se afastou e tirou um tapete do lugar. No chão, que antes escondido pelo tapete, tinha desenhado símbolos estranhos e diferentes, nada que eu tenha visto antes. Ele começou a pronunciar uma série de palavras e a cada uma que ele dizia eu começava a ficar com frio e mais frio.

Foi então que a porta foi arrombada e por ela entraram um Sam e um Dean nervosos e com muita raiva nos olhos, cada um segurando uma espingarda apontada para o rosto do mágico.

– Solta ela, Sir Teppop, - Dean mandou – ou devo dizer, Carl.

Fiquei confusa quando ouvi aquilo. Quem diabos era Carl e porque estava me mantendo presa numa cadeira enquanto fazia rituais com meu sangue? E então a aparência do mágico foi mudando e seus cabelos pretos e curtos caíram num loiro comprido e seco. Sua forma mudou totalmente e a minha frente já não estava mais o mágico de dedos finos.

– Vocês demoraram a perceber, Winchester. – Carl deu outro gole no meu sangue - Sabe, eu queria uma vingança tão doce e dolorosa quanto a que vocês me fizeram sofrer e quando os vi no meu parque junto de uma garota, ah, foi a chance perfeita.

– Solta ela – Sam disse entre os dentes.

– Não estou a fim.

– Da pra alguém me explicar o que está acontecendo? – Eu gritei.

– Claro, meu doce – Carl se aproximou – Sabe, esses seus amigos aí, cerca de um ano atrás, mataram minha namorada e então eu passei todos os dias da minha vida tramando uma vingança saborosa.

– Porque vocês ainda não atiraram nele? – Eu gritei.

– Nã, nã! Antes eles precisam me fazer soltar você. – E então ele apontou para o chão. Foi aí que percebi que minha cadeira estava sobre uma espécie de armadilha desenhada com símbolos antigos.

– Só quem fez essa armadilha pode quebrá-la. – Sam comentou. Ele e Dean se mantinham firmes com as espingardas não mãos.

Carl andou em volta da minha cadeira com os dedos acariciando o queixo. Me olhava intensamente enquanto parecia raciocinar.

– Uma troca? Que tal a sua pequena May em troca do seu pequeno amuleto? – Ele apontou para o pescoço de Sam.

– Fechado!

– Sam! – Dean o alertou. Tarde demais.

Sam havia arrancado a corrente de seu pescoço e entregado nas mãos de Carl que imediatamente sumiu numa cortina de fumaça, e logo depois a armadilha do chão havia sumido.

Dean correu em minha direção e me soltou. A primeira coisa que fiz foi envolvê-lo num abraço apertado. Eu pensei que eles nunca me encontrariam.

– O que era aquela coisa? – Eu perguntei depois que soltei o pescoço de Dean.

– Um Híbrido. Meio vampiro, meio lobisomem e definitivamente nada humano. – Sam respondeu.

– Como isso é possível?

– Não sabemos ao certo. – Dean respondeu.

– E porque ele queria o amuleto de Sam?

– Aquele amuleto era da namorada dele. Ele protege contra balas de prata ou qualquer outra coisa que posso matá-lo. – Sam esclareceu.

– Vocês trocaram algo valioso... Por mim?

– Pode não parecer, mas aquilo nem era tão valioso. – Dean respondeu, em conseqüência levou uma cotovelada do irmão. – Ok, a verdade é que... Pra nós você é muito mais valiosa que aquele amuleto.


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Notas finais do capítulo

Roupa da May - http://www.polyvore.com/cgi/set?id=72810382&.locale=pt-br



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