La Usurpadora - Nada es lo que parece ser escrita por Fernanda Bracho


Capítulo 49
Um novo plano


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, aqui vai mais um capitulo. A partir de agora, as coisas vão mudar um pouquinho haha espero que gostem. Beijos ♥



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Lupita correu para o banheiro e olhando a água cair, ficou pensando no que faria dali pra frente. Pensou, pensou... tinha se dado conta que Paola era perigosa, e a qualquer momento poderia arrebata-lá sem pudor. Não tinha coragem de enfrenta-lá. Decidiu continuar fingindo que acreditava nela. Se enrolou em uma toalha e saiu do banheiro, fingindo ter tomado banho.

– Demorou, hein? – falou Paola – mas enfim, isso não vem ao caso. A questão é, seus pais vão se divorciar, e tudo está indo perfeitamente bem! Agora, temos que dar mais um passo...  fiquei sabendo que seu pai tem um jantar de negócios hoje, e você, na hora em que ele estiver conversando com os caras, você tem que aparecer como acompanhante... tenho certeza que ninguém no mundo dos negócios irá querer fechar contrato com um cara que sai com uma menor de idade... um pedófilo! – ela deu aquela risada maléfica

Lupita tremeu por dentro. Ela sabia que aquilo não seria certo e não queria continuar com aquilo. Mas, por medo, assentiu com a cabeça que sim. Paola disse que iria fazer umas compras e quando voltasse queria ela pronta para que ela explicasse como tudo iria ser feito. 

Lupita aproveitou para saber de uma coisa. Colocou o ID do seu número de celular como privado, e ligou para o tio, Rodrigo, com uma falsa voz:

– Alô, Rodrigo?

– É ele, quem é? – perguntou, desconhecendo a voz.

– Sou eu, Paulina! – mentiu

– Paulina? Está gripada? Que voz estranha! – desconfiou

– Ah, estou sim! Eu liguei para saber como estão as coisas? A vovó melhorou? 

– Ué, você disse ontem pra Patricia que iria visita-lá hoje... aliás, deveria estar no hospital... o que aconteceu? – continuou desconfiando

– Ah, tive medo de encontrar o Carlos Daniel... você teve noticias dela? Estou preocupada! – continuou a fingir

– Mas... o Carlos Daniel sabia que você ia ver a Vovó hoje... qual o problema com você? Está esquecendo as coisas? Aliás... quem é você? Tá na cara que não é a Paulina! O que quer saber dos Bracho? – despejou, nervoso.

Lupita desligou o telefone. Droga! Pensou ela, teria que saber como estava tudo e dar um jeito de provar que eles estavam errados sem se comprometer... tinha medo que Paola fizesse algo com ela. Continuou a tarde inteira pensando naquilo, não poderia deixar as coisas como estavam e também não podia enfrentar a Paola... o que fazer? Não demorou muito, e a mesma chegou. 

– Ué, porque ainda não se vestiu? Vamos logo com isso, não temos o tempo todo! – ordenou

Lupita se levantou, meio desanimada.

– Arruma essa cara, parece que vai pra um enterro, garota! – disse ela, sem olhar pra onde ia, e acabou esbarrando em uma estante com alguns livros, que caíram no chão – ai que horror, joga isso fora. Pra que quer essas coisas inúteis? – falou

Porém, um livro que havia caído no chão, aberto em uma página chamou a atenção de Lupita. Na verdade, não era um livro, era uma espécie de diário dela. Que ela tinha quando era mais nova. Onde contava sobre seus medos, escrevia músicas, e colava fotos e recortes que achava legais. A página que parou em aberta, era uma que ela havia feito um recorte de uma revista, que havia uma frase que Selena havia dito em uma certa ocasião, que era a seguinte:

"Nunca deixe o medo de errar, impedir que você jogue!" Ela ficou parada por vários minutos, só refletindo e repetindo aquilo á si mesma.

– Que coisa mais idiota! Joga isso fora! – Paola disse, pegando o pequeno caderno e jogando em um canto.

– Nunca deixe o medo de errar, impedir que você jogue! – ela sussurou a si mesma

– Vamos, vista esse vestido vermelho, passe uma maquiagem que vou te explicar tudo! – ordenou

– Não! – ela respondeu, com uma coragem que ela mesmo desconhecia

– Como assim "não", garota? Vai dar pra trás com o nosso plano? A essa altura do campeonato? 

– Também não... tenho uma idéia melhor! – disse – Agora eu vou encontrar o Simon, tenho umas coisa a resolver e quando voltar te explico melhor o meu plano! Até mais! – ela disse e saiu. Na verdade, ela não ia a nenhum compromisso. Pediu que o táxi a deixassem em um restaurante a céu aberto, sentou-se em uma mesa, e pediu um refrigerante. E começou a pensar em um plano. Ela definitivamente iria desmascarrar Paola, porém não poderia chegar e contar tudo aos Bracho sem provas. Nunca acreditariam nela, depois de tudo que havia feito. Depois de muito pensar, ligou para seu primo, Raimundo.

– Raimundo, oi, é a Lupi. Olha eu sei que você deve estar com muita raiva de mim, mas eu te peço desculpas. Preciso da sua ajuda! – falou, e com calma, pediu o que queria. Decidiu que iria "grampear" o telefone de Paola e gravar suas conversas com Willy, seus amantes e até com ela mesma. E claro, resgatou o vídeo original da "traição"  o restaurou, de modo que pudesse ver bem a data em que o vídeo foi gravado, a hora e que Paola dizia. Durante um tempo, ela continuou fingindo que estava acreditando nas mentiras da tia. E por telefone, tentava arrancar coisas dela... falando do dia em que ela saiu de casa, da decisão de gravar o vídeo e etc, e ia gravando todas as conversas. Com uma leve melhora, Piedade teve alta e foi pra casa. Em uma determinada noite, Lupita pediu á Raimundo que falasse com Estefhanie para que convidasse Paulina e todos os Bracho para um jantar na mansão. Mesmo sem entender ela fez o que o filho pediu. Lupita preparou tudo para o dia marcado. Todas as provas da falsidade de Paola, dos planos, de sua cumplicidade com Willy, e do envolvimento dela na mudança de Lupita.

Em um belo sábado á noite...


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