Valentine’s Day.

-One Short.-

“Roses are red.

Violets are blue.

Sugar is sweet

And so are you!”

Tenma parecia envergonhado.

Não acredito que o professor de inglês havia feito tal tortura com os alunos.

Era dia dos namorados! E eles foram obrigados a fazer cartões fofos com frases bonitas e românticas... E em inglês ainda por cima!

Isso não parecia nada legal. Na verdade, era um tanto frustrante.

“Shinsuke?” Sussurrou Tenma,

“H-hai?”

“O que você escreveu no seu cartão?”

“Oh, eu escrevi isto: There’s an old dance. That we’ve done forever if you was mine.”

“Woah! Quem vai ganhar isso?” Tenma surpreendeu-se com as palavras do amigo.

“Provavelmente o lixo.” Shinsuke sorriu amarelo. “É só para nota mesmo.”

“Vocês não gostam do Dia dos Namorados?” Hikrou virou aos amigos tentando abrir um pote de glitter.

“O que tem de tão especial nesta data? Eu nem tenho uma namorada mesmo!” Shinsuke deu de ombros emburrado.

“Porque ser sozinho é a melhor coisa do mundo.” Kariya revirou os olhos. “Olhem, até o Tsurugi está fazendo a atividade sem reclamar.”

Tenma olhou o azulado.

Para ele é fácil, ele estava namorando. Tenma não estava namorando.

O azulado pegou o moreno o observando, este lhe sorriu gigantemente, mas Tsurugi apenas revirou o olhar. Tenma pode ver a caligrafia mais que perfeita do amigo.

Só podia ser brincadeira. Até o Tsurugi estava fazendo as coisas sem reclamar.

“Não tenho ideia do que escrever...” Tenma se debruçou sobre a carteira. “Onde está Aoi afinal? Ela é boa nessas coisas.”

“Parece que foi ajudar Akane e a Midori-chan.” Hikaru abriu o pote de glitter que de imediato foi parar em seu uniforme.

Todos riram do roxinho.

“Droga.” Murmurou Hikaru, fazendo um biquinho fofo. Kariya revirou os olhos.

“Queria saber o que elas estão fazendo. Elas foram liberadas de todas as aulas! Sério! Eu queria ser liberado de todas as aulas!” Kariya bufou.

Shinsuke riu e respondeu a pergunta que Tenma havia feito.

“Tenma. Faça qualquer frase, contanto que seja doce e fofa.”

“Ok.”

Tenma lembrou-se de um verso que havia feito no primário.

“Roses are red.

Violets are blue.

Sugar is sweet

And so are you.”

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O treino havia sido longo, cansativo, e feliz. Mas a caminho de seu lar, Matsukaze Tenma ainda estava triste. Ele podia dizer que odiava o Dia dos Namorados.

Aoi o acompanhava.

Embora Tenma odiasse a data, ele saboreava lentamente o bombom que havia ganhado.

O motivo por Aoi ter sido ‘suspensa’ de todas as aulas, era pelo simples fato que ela estava ajudando a fazer uma surpresa doce para todos os jogadores da Raimon.

Ao final do treino todos ganharam uma caixinha bem decorada de bombons variados.

“Acho que serve de consolo.” Tenma deu de ombros.

“Como assim? Você não ganhou nada além da caixa?”

“Quem dera. Ei, é verdade que Kirino Senpai ganhou um buque muito, muito grande de flores?”

“Sim, é verdade. Como soube?”

“Kariya achou isso um completo absurdo.” Tenma explicou rindo um pouco. Aoi riu também.

“Bem, o Kirino Senpai é muito admirado pelas as meninas de todos os colegiais.”

“Acho que é por causa do cabelo rosa...”

“Tenma!”

“Ué, não é verdade? Enfim, o professor de inglês, com tantos cartões que ele poderia ter pegado, ele escolheu o meu. E me fez ler para a classe inteira. Eu o odeio.”

“Mas você ficou com a nota mais alta, certo?”

“Eu ainda o odeio.”

“Não te entendo Tenma.” Aoi riu.

Tenma revirou sua mochila.

“Aqui... Este é o cartão que eu fiz.” Entregou a azulada. “Pode ficar. Não havia ninguém em especial que eu queria dar mesmo, e como você é minha amiga, isso é mais importante.”

Aoi ruborizou. Tenma estava lhe dando um cartão do Dia dos Namorados? Ela perdeu algo? O que entendeu de errado?

Ela abriu o cartão.

“Roses are red

Violets are blue.

Sugar is sweet

And so are you.”

Aoi corou violentamente. Aquilo era tão fofo.

“Foi à única coisa que eu me lembrei. Não sei como o professor a classificou como a melhor. Você gostou?”

“A-ah, e-eu,” Aoi suspirou. “Eu adorei Tenma. Eu não também não ganhei nada que...”

“Mentirosa. Você ganhou um pinguim de pelúcia do Hikaru-kun e uma Orquídea vermelha do Kariya-san.”

“S-sim! Mas, eu q-quero dizer que...”

“Eu quero ir para a torre Inazuma. Vem comigo?” Tenma estendeu a mão.

“Claro.” Aoi deu a mão ao moreno. Ela gostava dessa sensação.

Queria que amigos pudessem andar de mãos dadas com mais frequência, como as crianças que via no parque. Aoi nunca esteve certa do porque eles tinham que crescer e se envergonhar com o ato.

Subiram até o final da torre. A primeira estrela já surgirá no céu.

“Isso é lindo, Tenma.” Aoi contemplou admirada.

“É sim, não é?” Tenma sorriu à amiga. “Obrigado por estar aqui comigo agora. Sinto-me melhor.”

“Tudo bem.” Aoi assentiu. “Tenma?”

“Sim?”

“Você vai arrumar alguém. Tenho certeza disso. Você é ótimo.”

Aoi sorriu e apertou as mãos do amigo, soltando logo em seguida.

“Aoi?” Tenma pegou suas mãos.

As duas orbes azuis ficaram a se fitar.

“Aoi.” Tenma chamou de novo.

E então estavam tão próximos. Tenma sublinhou suavemente o rosto de Aoi e fechou os olhos. Aoi também os fechou.

Tenma roçou os lábios dela algumas vezes até decidir que precisava disso. Daquele beijo.

E o fez. Ele a beijou com a maior delicadeza. E ela correspondeu. Foi um beijo demorado e lento, até o ar se fazer necessário.

“T-e-n-ma...”

“Aoi, eu gosto de você.” Ele pousou sua testa na dela. “Eu gosto muito de você.”

Aoi começou a chorar.

“Ah, o que eu fiz de errado. Por favor, Aoi não chore. Eu estraguei tudo? Ah, eu sou tão idiota, eu... Aoi, eu...”

“Tenma!” Ela disse. “Matsukaze me ouça.”

“Do que você me chamou?”

“Matsukaze.”

“Chame de novo.”

“Matsukaze.”

“De novo.”

“Matsukaze.”

Os dois riram.

“Aoi, pode dizer que gosta de mim? Acho que vou morrer.”

“Eu não gosto de você seu bobo. Eu o amo.”

Tenma corou e então os dois se beijaram de novo.

“Diga de novo.”

“Que eu te amo?”

“Meu nome.”

“Matsukaze.”

Riram novamente. E voltaram a se beijar de uma maneira tão apaixonada como antes.

“Eu também te amo, Aoi.”