Para Sempre.

Chapther One.

Havíamos acabado de sair do cinema, assistir um filme qualquer fazia parte da nossa rotina. Ainda agíamos como dois adolescentes, embora estivéssemos casados. E com uma feliz história de amor.

A estação era Inverno.

Midori estava com um casaco vermelho por cima de sua vestimenta normal, um cachecol colorido e bota de couro. E o cabelo. Estava longo novamente, sem qualquer mecha verde marinha ou azul escuro. Estava linda como sempre.

-Eu achei bem interessante. Muito bom, eu gostei demais sabia? – Disse a ela minha opinião sobre o filme.

-É. – Ela concordou enlaçando seu braço com o meu.

Olhamos para frente. A neve.

-Ah. –Midori suspirou encantada.

-Nossa, tinha pouca neve quando chegamos. Olhe para os carros, não consigo vê-los direito.

-Isso é tão lindo.

Dei uma risada e beijei seus cabelos.

Outras pessoas começaram a sair do cinema.

Depois fomos correndo até o carro. Realmente, a neve estava fazendo o clima ficar mais frio do que o normal.

-Ah. – Midori abriu a porta do carro e a fechou assim que entrou. Colocando o cinto.

Não entrei ainda. Estava limpando a neve que havia no vidro do carro, me certificando que também não morreria congelado ali.

Ela sorriu para mim acenando. Sorri de volta.

-Já está bom! – Ela destravou a porta do meu lado e eu entrei. – Não consigo sentir os dedos.

Peguei suas mãos e as aqueci com o meu ar, fazendo barulho de como se fosse um beijo.

-Obrigada.

-Tudo bem. – Liguei o carro e saímos dali.

Em seguida, deixei que as informações que passava na rádio fossem transmitidas para todo o carro. Mudei de estação e coloquei em uma música.

-Ei, eu gosto dessa música. – Aumentei o volume e cantei junto. – Anything for...

-Você não gosta dessa música. – Ela sorriu.

-Claro que gosto. I DO ANYTHING FOR LOVE! LOVE!

Midori riu.

-Ah tá! Você devia desligar!

Continuei cantando e ela continuou rindo. Comecei a me remexer com a música alta.

-Eu me rendo! Pare, por favor! – Ela riu mais ainda.

-Você gosta disso. Fala que você gosta que eu paro. Vai, fala!

-Isso é tão brega, Tsurugi. Para!

-Você adora isso. Você ama essa música.

-Por favor! Para!

Ela ainda estava rindo quando parei no sinal vermelho.

-Sabe, eu tenho uma teoria.

-Estou ouvindo.

-Uma mulher pode ficar grávida enquanto faz aquilo no carro.

-O quê? – Olhei estático para ela, enquanto ela tirava o cinto.

-Uhum.

Ela se aproximou de mim e me beijou. De imediato retribui. Queria poder não ceder, qualquer do que estávamos fazendo agora, tínhamos tempo para fazer em casa.

E então, fomos lançados para frente do carro. Até ele bater em um poste, e então eu desmaiar.

Eu também tenho uma teoria. A minha teoria é sobre momentos.

Momentos de impacto.