The Demigods Games escrita por Alface


Capítulo 2
Tudo começa denovo.




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Abro os olhos e olho no despertador. São 5 da manhã. Caminho até o armário e pego uma calça jeans claro, uma blusa laranja suja com um escrito desbotado "Camp Half-Blood". Calço meu tênis que está bem, esfarrapado e cutuco meu irmão até ele acordar. Amarro meus cabelos e saio do chalé. Antes quando eu acordava ia olhava para fora do chalé a vista era linda, semideuses jogando, correndo, treinando e se divertindo. Hoje é o contrário.

Caminho pelo acampamento até as forjas dos filhos de Hefesto. Quando entro, lá então Will, Jéssica e Matheus, todos filhos do deus dos metais e do fogo.

– Bom dia Will, Matt, Jess.

– Bom dia onde? - Will me da um de seus olhares sarcásticos e tristes ao mesmo tempo. Sorrio sem graça de volta, e abaixo os olhos.

– Já tem algo ai? - hoje é segunda, o que significa que devo ajudar a carregar as armas das forjas até a aglomeração do exército máximo.

–  Lucker - ouço a voz de um dos soldados atrás de mim. Me viro e fico em posição de sentido. É assim que devemos ficar perante os guardas agora. - Hoje temos uma tarefa pra você. Vá até a casa grande, há uma garota nova. Explique a ela como funcionam as coisas... por aqui. - O guarda é novo, deve ter 15 anos, ou não passa disso. É hilário receber ordens de alguém mais novo que eu, mas é assim que as coisas andam agora.

Saio das forjas e subo todo o pátio do acampamento. Passo pelos chalés e o campo de vôlei. Há algum tempo a essa hora filhos de Apolo estariam jogando vôlei, dando suas sacadas, bloqueios e cortadas perfeitas. Agora eles estão carregando sacos de areia e cimento.

Chego à casa grande, onde costumávamos nos reunir para o café da manhã e o jantar. Lá vejo uma garota de estrutura baixa e corpo pequeno. Ela está horrorizada.

– Oi. Sou Meredith - tenho ser simpática e estendo a mão para ela. Ela aperta minha mãe de volta.

– Sou Fernanda. O que é isso? Onde estou? Você também é um deles?

– Um deles?

– Os guardas - ola agora me olha como se quisesse respostas. Não a culpo.

– Ah, os... Não. Eu sou como você. - digo pra ela. Seu corpo é pequeno, como garotas velhas que tem problema de crescimento.

– Como eu? - ela me olha da cabeça aos pés com um olhar repugnante. Mais uma vez não a culpo, estou com um jeans esfarrapado, uma blusa suja, meus all stars estão acabados. Tenho uma péssima aparência.

– Sou uma semideusa. Você também deve ser, caso contrário não estaria aqui. O que aconteceu?

– E-eu estava saindo da escola e uma coisa apareceu na minha cabeça, uma luz estranha, e tinha o símbolo de um elmo. Um elmo verde. Me escondi em um beco e depois de algum tempo três guardas chegaram me agarrando, me jogaram dentro de um carro e me trouxeram pra cá.

Olhei para ela novamente. Ela havia sido reclamada. Um elmo verde pairando sobre sua cabeça, o símbolo de Ares. Mas não é possível, os deuses não podem reclamar mais seus filhos, eles não conseguem. Fernanda com seu corpo pequeno nunca seria aceita como filha de Ares.

– O que foi? - perguntou Fernanda

– Sabe algo sobre deuses gregos e mitológicos?

– Sim, eu estudei isso e...

– Ótimo, vamos. - Puxo seu braço e a levo para meu chalé. O velho chalé 3. Entramos no chalé e acendo a única luminária que ainda resta aqui.

– Que lugar é esse? - sento na cama e indico para que ela sente-se também.

– Sei que parece loucura, e que vou parecer uma louca falando isso. Mas os deuses que você conhece na mitologia, são reais. Eles estão em algum lugar ai fora.

– Eles estão comandando o mundo?

– Não. Não podem mais.

– Mas o que...

– Escuta. É extremamente raro nestes tempos um deus reclamar o filho. Há quase 3 anos não recebemos um novo Semideus, voocê é a primeira desde então. Seu pai é Ares, conhece ele? - ela afirma com a cabeça e continua olhando pra mim, como se esperasse uma história - Muito bem. Não sei como, mas ele te reclamou, agora você está aqui. Ares ter te reclamado significa que ele ainda tem forças, e vai sofrer mais castigos.

– Vão matá-lo?

– Não. Poderiam, mas não vão.

– Ah - ela solta o ar de seus pulmões como se estivesse um pouco aliviada. - Mas o que eu estou fazendo aqui?

– Aqui é pra onde vem os semideuses. Infelizmente.

– Infelizmente?

– Você não viu como é lá fora?

– Vi, e não gostei. Por que as pessoas vem pra esse lugar? É tão... horrível.

– Não estamos aqui porque queremos. Estamos aqui porque somos obrigados. Temos que trabalhar, vivemos pra isso agora. Somos os escravos aqui.

– Eu não entendo. Por que semideuses são obrigados a vir pra um lugar horrivel como este, sendo que foram os deu... nossos pais quem construíram?

– Não foi sempre assim. Há algum tempo esse era o lugar perfeito para nós. Muitos viviam aqui, e outro vinham apenas nas férias. Era divertido, faziamos o que gostávamos, éramos felizes.

– O que aconteceu? - Fernanda me olhava com curiosidade.

– Há três anos aconteceu uma guerra. Cronos, o titã e pai dos deuses atacou o acampamento e o Olimpo. Ele ganhou, então todos nós fomos escravizados e os deuses foram presos.

– Cronos obriga vocês a trabalharem?

– Nós, agora você é uma de nós também. - corrijo. - Sinto muito que tenham te encontrado. - meu olhar pra Fernanda é triste, ela está sem emoção, não sabe o que dizer.

– Então a minha vida vai ser assim? Trabalhar e ser forçada a fazer coisas?

– Sim. - escutamos um foguete vindo de fora. Todos estão correndo e gritando lá fora.

– O que é isso?

– Os jogos. - digo. Tudo começa de novo, como nos últimos 2 anos.

– Que jogos?

– Temos que ir. Venha - vou até a porta e ela vem atrás de mim. Quando olho pra fora todos estão correndo como loucos até a grande montanha. Saio do chalé e vejo Percy, meu irmão correndo. Pego no braço de Fernanda não muito forte, e apenas puxo ela. Corremos junto com os outros semideuses até o soldado maior que está acima da montanha.

– Bem vindos, meio-sangues. - ele diz e da um leve sorriso. Seus olhos são frios, sua barbicha aparada. Sua pele é clara como neve e seu cabelo preto como petróleo. - Bem vindos. - ele sorri de modo cruel e sombrio.

Os jogos irão começar.


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