POV Larissa 

Eu estou morta! Fui para as Forjas e fiquei trancada lá, quase o dia todo com o Valdez, sabem como é quente? Não é a toa que eu estou nos braços dele agora, feito uma boneca de pano.

 -Desculpe - Murmurou ele.

-Por quê? - perguntei irônica.

 -Não sabia que ia ficar assim nas forjas... Devíamos ter treinado na Arena- disse cabisbaixo.

-A culpa não é sua, acho que não fui feita pra limpar ou produzir armas e sim para usa-las. – disse - Não fique assim Léo, Eu...Não gosto de ver você triste, é errado.

-Errado?- perguntou com aquele sorriso bobo nos lábios.

-Você é a pessoa mais alegre por aqui, te ver triste é... Errado. - Disse dando um sorriso amarelo.  

- Ok então senhorita, vamos, você merece um descanso - Disse me levando para o chalé 12. - Nosso chalé agora, pelo visto a Bea já tinha se instalado aqui - Brincou apontando as roupas no chão.

- É, acho que sim- disse rindo e logo depois bocejando, Leo me deitou numa beliche próxima a de Pólux, com todo cuidado como se eu fosse quebrar. -Léo...- Chamei, ele se virou, estava fechando a porta.

-Sim?- disse vindo em minha direção.

-Eu não sou de vidro - Disse pegando ele pelo colarinho e o arrastando até a cama - E você sabe disso - disse o beijando, droga de Hormônios adolescentes!

  Um beijo tímido de começo, mas depois, foi ficando mais intenso, mais quente que as forjas... ATÉ QUE UM SER ABRE A MERDA DA PORTA COM TUDO! Eu e Leo nos separamos num pulo e observamos a pessoa. Pólux entrou como uma bala, seu rosto era puro ódio, e se eu pudesse decifrar mais, juro que... Ciúmes. MERDA. Peixonauta.  - Pólux?- chamou Leo, o garoto se virou, seu ódio emanava do corpo – ‘Tá legal cara?

- Melhor impossível - Respondeu entrando no banheiro. Eu e Léo nos olhamos confusos, e curiosos.

 -Eu cuido do Uvinha e você fica com a Peixonauta?- perguntei.

- Porque eu tenho que ficar com ela?- perguntou ele com um pouco de ciúmes, homens, Hulf!

 -Porque o Pólux nessa felicidade toda é capaz de quebrar a tua cara - Disse dando de ombros - Já a Peixonauta é mais maleável.

 -Tudo bem. Nos vemos no jantar- disse me dando um beijo- Te amo ruiva.

 -Te...Gosto Valdez.

POV Bea

(Um tempo antes de toda a confusão do Pólux)

  Eu estava na plantação, colhendo morangos com o Pólux, já falei que ele está mais bonito? Seus cabelos pretos enrolados dando contraste com seus olhos roxos, acho que babei, ele caminhou em minha direção.

- E ai, está fazendo o que? – Perguntou passando á mão na frente dos meus olhos, despertei de meus pensamentos... Pevertidos “Droga de Hormônios!”.

- Na verdade, como sou uma pessoa justa era um morango pra mim, outro coloca na cesta. – Ele me olhou com os olhos semi-cerrados. - ‘Tá bom! É três pra mim, um pra cesta. – Falei cruzando os braços enquanto ele ria da minha careta, que sorriso lindo.

- Vou pegar mais cestas, já volto. – Ele me deu um selinho demorado, mas, só um selinho? Isso é muito pouco, comecei um beijo com ele que infelizmente foi interrompido por falta de ar, fiquei vermelha. – Acho que sei porque Apolo é seu padrinho. – E caminhou para fora da plantação rindo.

  Fique ali entediada sem nada para fazer andando, até que sinto alguém me abraçar pelas costas, tomei um susto e pulei pra frente me soltando, quando olhei para trás vi... Diego.

 - Que susto seu filho de Gaia! – Falei com a mão no coração rindo.

- Calma! Só vim aqui pegar alguns morangos, não esperava te ver por aqui. – Falou parecendo sincero com seus olhos azuis joviais. – Então está fazendo o que?

- No tédio na verdade, sem nada, queria correr ou queimar energia. – Falei o que era verdade, tive uma idéia. – ‘Tá com você!

  Toquei no braço dele e sai correndo, o Di ficou um tempo parado e depois começou a correr, poxa, ele era rápido!

 Acelerei o passo e comecei a rir, me embreei por debaixo dos pés de morango, fiquei bem escondida, vi seu sapato passar diante dos meus olhos e ir para o outro lado “Idiota, não me pe....” Senti algo puxar meu sapato me arrastando.

- Ahhhhhhhhhh! – Com uma puxada rápida vi o filho de Hebe que ria, fiquei vermelha e já não estava debaixo do pé.

- Peguei! – Exclamou com o outro livre dei-lhe uma rasteira, mas, ele acabou caindo em cima de mim, com cada mão fixa no chão segurando o seu peso.

- Não, eu te peguei! – Ri um pouco e de repente nossos rostos estavam perto demais um do outro, desviei os olhos e virei á cabeça para o lado, bem a tempo de ver um Pólux bufando vermelho irritado dando ás costas e marchando. – Não espera! – Ele já estava fora das minhas vistas, empurrei o moreno para o lado e sai atrás dele, mas, ele estava muito na minha frente.

 (Agora continua os fatos)

  Depois de um tempo cheguei á frente do chalé e antes de abrir a porta alguém já o fez, era o Leo, meus olhos ficaram cheios de água e eu o abracei, ele se assustou mais passou a mão no meu cabelo, desabei chorando “Droga de Hormônios que me fazem ficar sensível”.

- O que aconteceu? – Perguntou o palito de fósforo.

- É-é que ele me viu com o Diego, mas, foi tudo um mau entendido!

- Odeio aquele cara, vamos comer cupcake para ver se eu te vejo sorrir! – Depois disso fomos para a cozinha.