Sasuke Pov’s

Sou Sasuke Uchiha tenho 17 anos e acabo de perder meus pais num acidente de carro. Eu sou alto, tenho cabelos negros e olhos igualmente negros. As pessoas dizem que sou bonito e bem... elas estão certas! Mas essa não é a melhor hora para me gabar, pois aqui estou eu, no enterro dos meus pais, sozinho. Sozinho. É assim que me sinto agora.

Mas Sasuke você não tem irmãos? Tenho, e ele se chama Itachi. É 4 anos mais velho que eu. Mas ele sequer deu o trabalho de mostrar sua ilustre presença aqui. Ele deu a desculpa de que o trabalho não permitiu. Fala sério! Como o trabalho pode impedir um filho de ir no enterro dos próprios pais?! No fim é só uma desculpa para não vir, ele mal deve estar se importando comigo e meu sofrimento pela perda.

Depois de receber todos os pêsames e esperar enterrar meus pais no cemitério Uchiha, (sim você leu certo. Sou de uma família muito rica e temos um cemitério só para nós.) fui para meu carro e me pus a chorar muito. Eu não derramei uma lágrima sequer no enterro para manter o orgulho da família, mas agora que estou sozinho posso chorar a vontade.

Depois de uns 40 minutos chorando, decidi ir pra minha casa e pensar no que farei da vida, afinal ainda estou estudando no terceiro ano.

Provavelmente minha guarda vai ficar com Itachi pois ainda sou de menor, mas isso não muda nada, ele está nos E.U.A e eu no Japão.

Quando abro a porta pra entrar em minha casa, uma forte luz branca me cega. Depois que ela passa, olho confuso pra minha casa. Observo atônito cada parte da minha casa procurando algo suspeito, e não é que eu achei?

Vi uma garota de longos cabelos rosas vestida em um fino tecido verde, aparentava ter a minha idade e ser uma pessoa normal, mas ai percebo que ela tem orelhas e um rabo de gato.

Ah, legal, uma garota vestindo uma fantasia barata esta na minha casa bem quando perco meus pais. Que ótimo!

Me aproximei da garota para expulsa-la da minha casa e perguntar como entrou, mas percebi que ela estava de olhos fechados.

-ei garota! –eu disse me aproximando dela e lhe tocando nos braços. Então ela abriu os olhos e pude ver que eram verde esmeralda. Por um momento eu fiquei hipnotizado por aqueles belos olhos mas ai voltei a realidade.- o que está fazendo aqui? Como entrou?

-nyah? –ela disse, ou miou, olhando pra mim. Isso foi muito fofo, devo admitir.

-nyah nada, o que está fazendo aqui?! –falei me irritando.

-nyah! –ela disse novamente. Me irritei e peguei o seu braço com força, deve estar doendo, mas essa era a intenção.

-não estou com humor pra brincadeiras! –falei meio alto, o que fez a garota se encolher. Isso mexeu comigo, por algum motivo eu não quero fazer mal a ela.- ah, quer saber, nem precisa dizer como e por que entrou aqui, só vá embora está bem?- falei mais calmo e a ajudando a se levantar. Quando ia leva-la em direção a porta, ela se agarra na minha cintura se jogando no chão.- o que foi?

-nyah! Nyah! –ela falou se agarrando a mim.

-o que? Quer ficar? –perguntei. Ela fez que sim. Ah que ótimo, e agora o que eu faço?- me desculpe, mas não posso te deixar aqui! Acabo de passar por um momento difícil, sequer sei o que é você, ou melhor, sequer sei o seu nome.... se é que você tem um.... –eu continuei, mas por que diabos eu estou dando explicação para esse ser? Nem eu mesmo sei.

-Sakura.... –ela disse. Ao menos uma palavra diferente de nyah ela sabe falar.

-presumo que seu nome seja Sakura então...  bem Sakura, você não pode ficar, me desculpe.

Quando disse isso ela começou a chorar me apertando mais a ela. Parecia uma criança mimada. Mas me senti culpado por ter feito ela chorar.

-calma... Olha eu não posso cuidar do você, acabo de perder meus pais e estou muito confuso a seu respeito. –suas orelhas de gato se abaixaram fazendo ela parecer ainda mais triste. Aquilo partiu meu coração não sei por que.- ah tudo bem! Pode ficar aqui até eu decidir o que fazer com você.

Ela me olhou feliz, suas orelhas de ergueram e começou a balançar seu rabo feliz da vida. Foi correndo em direção do sofá e se deitou. Mas que folgada! Mas deixa quieto, ainda tenho muito a pensar sobre essa tal de Sakura.

Subo as escadas para meu quarto e me sento na cama. No meu lado em cima de um pequeno armário, estava um retrato da minha família. Todos estavam nela, eu, Itachi, meu pai e minha mãe. No retrato nós estávamos sorrido e felizes e naquela época éramos felizes mesmo. Eu tinha uns 6 anos e Itachi 10.

Sem eu perceber, lagrimas começam a cair de meus olhos. Taco o retrato para fora de meu quarto por causa de minha raiva e tristeza.

Eu chorava tanto que nem percebi quando Sakura entrou no meu quarto. Ergui minha cabeça que estava entre meus braços e pude vê-la se aproximando de mim. Ela se abaixou até ficar na mesma altura que eu e tocou sua mão onde se localizava meu coração.

Ela fechou seus olhos e ficou assim por uns minutos. Eu estava muito surpreso para poder demonstrar alguma reação. Assim que abriu os olhos sorriu pra mim dizendo seu típico “nyah”.

Não sei se a intenção era me reconfortar, mas se era, devo dizer que deu certo. Me senti incrivelmente bem e ate sorri de volta pra ela, mesmo sendo um mínimo sorriso.

É, talvez essa convivência não seja tão ruim como eu pensava. Sakura parecia ser uma boa garota, espero não me arrepender futuramente por ter decidido deixa-la aqui em casa.